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5. Inflamação Cronica

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INFLAMAÇÕES CRÔNICAS 
 
 
"Reação tecidual caracterizada pelo aumento 
dos graus de celularidade e de outros 
elementos teciduais mais próximos da 
reparação, diante da permanência do agente 
agressor". 
 
•È sempre precedida pela inflamação aguda; 
Clinicamente, nas inflamações crônicas não se 
observam os sinais cardinais característicos das 
reações agudas. 
• Porém, todas as alterações vasculares e exsudativas 
que originam esses sinais clínicos continuam 
acontecendo. 1 
1) Classificação das Inflamações Crônicas 
1. Inespecífica (ou não-específica): È composta 
por células mononucleares associadas a 
outros tipos celulares; não há predominância 
de um tipo celular; 
 
2. Produtiva (ou hiperplásica ou proliferante): È 
formada pela proliferação de fibroblastos, 
células parenquimatosas, vasos sanguíneos e 
células endoteliais. 
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1) Classificação das Inflamações Crônicas 
3. Exsudativas: algumas inflamações crônicas podem 
manifestar a presença de pus, principalmente se o tecido 
não for adequado para o desenvolvimento de uma 
inflamação aguda, como é o caso do tecido ósseo. 
4. Granulomatosa: Ocorre a formação de granulomas 
(Hiperplasia focal, avascular, do sistema mononuclear 
macrofágico, como resposta a agentes agressores de baixa 
virulência). 
Manifesta-se macroscopicamente ou clinicamente sob a 
forma de pequenos grânulos. 
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INFLAMAÇÕES CRÔNICAS 
 
 
2) Definição e ocorrência: A maioria das 
inflamações crônicas, geralmente denominadas de 
inespecíficas, podem ocorrer: 
 
a) Pela persistência do estímulo causador da 
inflamação aguda. 
b) Por exposição continuada a agentes tóxicos. 
c) Por interferência no processo normal de 
cicatrização. 
d) Devido a ataques repetidos de inflamação aguda. 
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INFLAMAÇÕES CRÔNICAS 
 
 
2) Definição e ocorrência: 
 
 
 
e) Sob certas condições como: reações imunes contra 
o próprio tecido do indíviduo. Ex: artrite reumatóide, 
lupus eritematoso, doenças do tecido conjuntivo, etc. 
 
f) Insidiosamente como uma resposta de baixo grau, 
lenta que nunca adquire os aspectos clássicos da 
inflamação aguda. 
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INFLAMAÇÕES CRÔNICAS 
 
 
3) Características histológicas: 
 
a) Inflamação mediada por células mononucleares 
(linfócitos, plasmócitos e principalmente macrófagos). 
b) Proliferação de fibroblastos e pequenos vasos 
sanguíneos. 
c) Produção de tecido conjuntivo por ativação dos fatores 
de crescimento e progressão (fibrose). 
d) Destruição tecidual com ou sem deformidade. 
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INFLAMAÇÕES CRÔNICAS 
 
 
4) Exemplos: 
 
1) Citam-se alguns exemplos de inflamações 
crônicas inespecíficas: salpingite e cervicite crônica 
inespecíficas, aortite sifilítica e miocardite chagásica. 
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Inflamações Crônicas Granulomatosa: 
Trata-se de um padrão distinto de reação 
inflamatória crônica no qual a célula 
predominante é um macrófago ativado com 
aparência de célula epitelial (célula epitelióide) 
formando granulomas. Estes consistem de um 
agregado de macrófagos que se transformam 
em células epitelióides rodeado por um halo 
linfoplasmocitário. 
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Granuloma 
 
• Compostos por macrófagos ou pela fusão destas células - 
as chamadas células gigantes ou multinucleadas. 
• Essas células estão com quantidade aumentada 
("hiperplasia") e restritas a uma local (“focal”). 
• Não existem vasos na estrutura do granuloma, somente 
em sua periferia (daí o termo "avascular"). 
• Os agentes agressores são de baixa virulência (possuem 
poucas propriedades de agressão ao tecido - por 
exemplo, produção de toxinas), mas de alta 
patogenicidade (provocam ampla resposta no tecido). 
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Inflamações Crônicas Granulomatosa: 
 
Podem ser causadas por: 
a) Bactérias: Tuberculose, Hanseníase,etc. 
b) Fungos: Histoplasmose, Blastomicose,etc. 
c) Clamídias: Linfogranuloma venéreo. 
d) Helmintos e protozoários: Esquitossomose, Leishmaniose, 
etc. 
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Inflamações Crônicas 
Granulomatosa: 
 
Mecanismos de formação do granuloma: 
a) Resposta granulomatosa a agentes inflamatórios 
não imunogênicos (granuloma de tipo corpo 
estranho). Ocorrem por ação de agentes 
desprovidos da capacidade imunogênica ou 
imunogenicamentes fracos. 
 
b) Resposta granulomatosa a agentes inflamatórios 
imunogênicos (imunogranulomas). Nestes casos, o 
agente lesivo apresenta antígenos que suscitam 
uma resposta do tipo celular e formação de 
granulomas. 
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Inflamações Crônicas 
Granulomatosa: 
 
Constituição celular dos granulomas: 
a) Células epitelióides - São macrófagos modificados 
originários do sangue. Apresentam formato 
alongado, citoplasma de limite indistintos, núcleos 
vesiculosos ovais ou alongados, lembrando 
células epiteliais. 
b) Células gigantes - Frequentemente, estão 
presentes nos granulomas. São formadas pela 
fusão de macrófagos e células epitelióides. 
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Inflamações Crônicas 
Granulomatosa: 
Constituição celular dos granulomas: 
c) Linfócitos - São as células chave na formação dos 
imunogranulomas, podendo estar ausentes nos 
granulomas de tipo corpo estranho. 
d) Fibroblastos: distribuem-se de forma variável na 
periferia dos granulomas (colágeno). 
e) Outros: Granulomas parasitários (eosinófilos); 
infecções por fungos (ex: Paracoccidioides 
brasiliensis – neutrófilos). 
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Tuberculose evidenciando a presença de grânulos, os quais se juntam e originam formações 
maiores denominadas de "tubérculos"; daí o nome "tuberculose". 
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Fenômenos Reparativos 
"Processo de reposição do tecido destruído 
observado após a extinção dos agentes 
flogísticos" 
 
• O tecido inflamado que foi destruído vem 
sendo reposto durante toda a inflamação. 
• Diz-se que há reparação completa quando 
houver restituição da morfostase e 
homeostase tecidual. 
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1. Regeneração 
"Organização tecidual com substituição das células 
mortas ou lesadas por novas células, idênticas às 
originais". 
• A regeneração promove a restituição da 
integridade anatômica e funcional do tecido. 
• Todo o procedimento regenerativo se realiza em 
tecidos onde existem células lábeis ou estáveis 
por intermédio da multiplicação e organização 
dessas células origina-se um tecido idêntico ao 
original. 
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2. Cicatrização 
• Diante de grandes destruições teciduais, que ultrapassam os 
limites da regeneração, ou perante a destruição de células 
perenes, a reposição tecidual é feita às custas da proliferação de 
células menos diferenciadas (tecido conjuntivo). 
 
• "Reposição de tecido destruído por conjuntivo neoformado não 
especializado". 
• A cicatrização é a forma mais comum de cura dos tecidos 
inflamados. 
• Nela se tem uma reposição tecidual, porém a anatomia e a 
função do local comprometido não são restituídas, uma vez que 
se forma a cicatriz, tecido conjuntivo fibroso mais primitivo que 
substitui o parênquima destruído. 
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Fatores que alteram a reparação 
1. Fatores locais: 
• Tipo de agente; 
• Contaminação; 
• Características da ferida. 
 
2. Fatores Gerais: 
• Estado fisiológico e nutricional; 
• Ausência de Vit. C e proteínas; 
• Desequilíbrio hormonal; 
• Medicamentos. 
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