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Aula 04: Anatomia da Mama Professora: Rianne Brito Instituto Educacional Maria Ranulfa LTDA Faculdade do Trabalho Tecnologia em Radiologia Mamografia Introdução As glândulas mamárias ou mamas, são uma característica que distingue os mamíferos; Elas evoluíram como órgãos reprodutores de leite para fornecer nutrição aos filhos; Durante o desenvolvimento embriológico há o crescimento e diferenciação das mamas de ambos os sexos. Introdução No ser humano normal, normalmente uma glândula se desenvolve em cada lado da região peitoral; Uma mama extra (polimastia) ou um mamilo extra (politelia) pode ocorrer como condição hereditária; Ocorre em cerca de 1% da população feminina, em condições raras pode ocorrer no homem; Introdução Por volta dos 20 anos de idade a mama atingiu o seu maior desenvolvimento, e pela idade de 40 têm inicio alterações atróficas; Durante cada ciclo menstrual ocorre alterações estruturais da mama; Alterações notáveis ocorrem não apenas na atividade funcional da mama mas também a quantidade de tecido glandular, durante gravidez e lactação; Com as modificações no ambiente hormonal que ocorre na menopausa, o componente glandular da mama regride e é substituído por gordura. Estrutura Anatômica Macroscópica Forma e Tamanho A mama está localizada dentro da fáscia superficial da parede torácica anterior; Ela consiste em 15 a 20 lobos de tecido glandular tipo tuboalveolar, tecido conjuntivo fibroso conectando seus lobos e tecido adiposo nos intervalos entre os labos; O tecido conjuntivo subcutâneo rodeia a glândula e estende-se sob forma de septos entre os lobos e lóbulos, proporcionando sustentação para os elementos glandulares; As mamas abrangem três estruturas principais: a pele, o tecido subcutâneo e o tecido mamário propriamente dito, o qual é composto de elementos epiteliais e o estroma; Os componentes epiteliais são as ramificações ductais que conectam as unidades estruturais e funcionais da mama (os lóbulos) ao mamilo. Estroma: tecido conjuntivo vascularizado que forma o tecido nutritivo e de sustentação de um órgão, glândula As faixas fibrosas que se conectam com a derme são os ligamentos suspensores de Cooper; Abundante em tecido adiposo está presente no tecido conjuntivo denso dos espaços interlobulares; O tecido intralobular é muito menos denso e contém pouca gordura. Cada lobo da glândula mamária termina em um ducto lactífero, que se abre através de um orifício constringido na papila mamária; Debaixo da aréola cada ducto possuí uma porção dilatada, o seio lactífero; Próximo a sua abertura, os canais lactíferos são revestidos por epitélio escamoso estratificado; A morfologia da porção secretória da glândula mamária varia grandemente com a idade e durante a gravidez e lactação; Desenho esquemático ilustrando o desenvolvimento da glândula mamária. A: Pré puberdal (infância) B: puberdade C: maturo (reprodutivo) D: gravidez E: lactação F: estado pós menopáusico Papila Mamária e Aréola A epiderme da papila mamária e aréola é altamente pigmentada e um pouco enrugada. Coberta por epitélio escamoso estratificado queratinizado; Papila Mamária e Aréola Na puberdade esta pele se torna mais pigmentada, e o mamilo se torna mais proeminente; Durante a gravidez a aréola torna-se maior e o grau de pigmentação aumenta; Profundamente à aréola e o mamilo, feixes de fibras musculares lisas estão dispostas radialmente e circunferencialmente no tecido conjuntivo denso, e longiditudinalmente ao longos dos canais lactíferos que se estendem para cima e adentro do mamilo; Essas fibras musculares são responsáveis pela ereção do mamilo que ocorre em resposta a vários estímulos. Papila Mamária e Aréola A extremidade do mamilo contém numerosas terminações sensitivas livres, de células nervosas, e corpúsculos de Meissner nas papilas dérmicas, a aréola contém menor número dessas estruturas; A inervação sensitiva da papila mamária e aréola é de grande importância funcional; Durante a gravidez, em preparação a lactação, as glândulas mamárias sofrem proliferação e desenvolvimento; Essas alterações no tecido glandular são acompanhadas por diminuições relativas na quantidade de tecido conjuntivo e adiposo; Células plasmáticas, linfócitos e eosinófilos infiltram o componente fibroso do tecido conjuntivo à medida que a mama se desenvolve em resposta a estimulação hormonal. Vascularização da Mama Vascularização Arterial É feita principalmente pelos ramos da artéria torácica lateral (ou mamária externa) e pelos ramos perfurantes da artéria mamária interna (ou torácica interna); A artéria torácica lateral nasce da artéria axilar; A artéria mamária interna nasce da primeira parte da artéria subclávia; Um pequeno suprimento sanguíneo também vem do ramo peitoral da artéria toracoacromial e das artérias intercostais; Vascularização Arterial Vascularização Venosa Importante conhecer a vascularização venosa das mamas não apenas porque essa via pode dar origem a metásteses, mas também porque as veias são a chave para o trajeto dos linfáticos; Existe a vascularização venosa superficial (longitudinal e transversal) e a vascularização profunda; As veias subcutâneas superficiais da mama estão em baixo da fáscia superficial, são calibrosas e estão muito próximas da pele; Vascularização Venosa A vascularização venosa superior longitudinal converge para a região supra-esternal e drena nas veias superficiais do pescoço, que drena nas veias jugulares anteriores; A vascularização venosa superficial transversal converge para a borda externa da mama, segue para o plano profundo juntando-se aos vasos perfurantes que atravessam a parece torácica, drenando nas veias mamárias internas. Vascularização Venosa Vascularização Venosa As veias profundas mais importantes são: Ramos perfurantes da veia mamária interna: são as veias que mais transportam o sangue para mama, drenam para a rede capilar pulmonar; Fornece uma via de metastização pulmonar; Veia axilar: leva diretamente à rede capilar pulmonar e fornece a segunda via de embolização de células neoplásticas para pulmões; Veias intercostais: comunicam-se com as veias vertebrais, drenam a veia ázigo, a veia cava, superior e os pulmões. É a terceira via pela qual êmbolos de carcinoma produzem metásteses pulmonares. Vascularização Venosa Linfáticos A drenagem linfática da mama tem implicações diagnósticas e terapêuticas. O câncer pode se disseminar através dos vasos linfáticos; A importância do envolvimento linfático de um tumor reside no fato de isto significar que o tumor alcançou potencial metastático; Quatro plexos linfáticos se intercomunicam na mama: Plexo cutâneo (localizado na derme); Plexo subcutâneo (região subcutânea superficial); Plexo fascial (fáscia do musculo peitoral maior); Plexo glandular (na glândula mamária, envolvendo os lobos e ductos); Linfáticos A principal via de drenagem linfática da mama ocorre por meio dos linfonodos axilares (75%) e grande parte do restante é drenado através dos linfonodos mamários internos (20%) e pequena parcela através dos intercostais posteriores (5%, aproximadamente); Os linfonodos de drenagem da mama são subdivididos em 6 grupos: Mamário externo: linfonodos junto das veia torácica lateral; Escapular: linfonodos junto a veia escapular; Axilares: linfonodos junto a porção lateral da veia axilar; Centrais: linfonodos entremeadosno tecido adiposo no centro da axila; Infraclaviculares: junto da veia subclávia; Interpeitorais (ou de Rotter): linfonodos entre os músculos grande e pequeno peitorais, junto do ramo peitoral da artéria toracoacromial; Outros grupos de linfonodos regionais: Mamário interno: acompanham os vasos mamários internos; Supraclaviculares: acima da clavícula Os linfonodos axilares são divididos para fim de estadiamento, entres níveis: I: são laterais a margem lateral do músculo peitoral menor e estendem-se até a cauda da mama; II: Encontram-se abaixo do músculo peitoral menor; III: encontram-se medial e superiormente ao músculo peitoral menor até a clavícula Inervação da Mama A pele da porção superior da mama é inervada pelos 3° e 4° ramos do plexo cervical e da porção inferior é inervada pelos ramos do plexo braquial; É importante observar que grupos nervosos obedecem estrita correlação com as glândulas mamárias; Os nervos correm quase sempre paralelamente com as artérias; Aspecto Radiológico Normal das Mamas Na mamografia a glândula mamária se projeta como um triangulo com a base em direção ao tórax; Separando-a da pele há um espaço radiotransparente, tecido adiposo; No triangulo propriamente dito está o tecido glandular e os ductos lactíferos com suas camadas de tecido conectivo que se estende até a papila; o tecido glandular e o tecido conectivo tem densidades semelhantes; O tecido adiposo tem menor densidade, o que provê o contraste na mamografia; Aspecto Radiológico Normal das Mamas Aspecto Radiológico Normal das Mamas Incidências crânio caudal e médio lateral obliqua mostrando distribuição equilibrada entre os tecidos fribroglandular e adiposo Obrigada Dúvidas?
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