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Alterações Obstrutivas EMBOLIA 1 “Presença de substância estranha ao sangue caminhando na circulação, levando à oclusão parcial ou completa da luz do vaso em algum ponto do sistema circulatório”. EMBOLIA “É a impactação, em alguma parte do sistema circulatório, de qualquer material não dissolvido, conduzido pela corrente sanguínea” 2 Tipos de êmbolos • Êmbolos sólidos: - Trombos; - Células neoplásicas; - Placa de ateroma; - Bactérias e parasitos; - fragmentos teciduais (traumatismos); - Corpos estranhos (ex: projétil de arma de fogo) - Restos de tecidos (ex: placenta durante a gestação) 3 • Êmbolos líquidos - Embolia amniótica e a embolia lipídica (gordurosa). - Lípides podem formar êmbolos nas seguintes situações: • Esmagamento ósseo e/ou de tecido adiposo; • Queimaduras extensas da pele; • Esteatose hepática intensa; • Inflamações agudas e intensas da medula óssea e tecido adiposo (osteomielites e celulites); • Acompanhando a embolia gasosa nas descompressões súbitas, quando o nitrogênio dissolvido nas gorduras com pressão maior, torna-se insolúvel com a descompressão rompendo os adipócitos. 4 – Êmbolos gasosos Gases podem ocorrer na circulação nas seguintes situações: • Injeção de ar nas contrações uterinas durante o parto; • Perfuração torácica; • Veias abertas em cirurgias; • Partos; • Transfusão de sangue e injeção endovenosas; • Nas descompressões súbitas (aviadores e astronautas). Com a descompressão súbita, o gás (nitrogênio) se torna insolúvel rapidamente, na própria circulação (fazendo com que o sangue "borbulhe“). 5 Embolia 6 Tromboembolismo 7 EMBOLIA PULMONAR • Cerca de 95% surgem a partir de trombos localizados nas veias grandes e profundas dos membros inferiores (tromboembolismo). • Dependendo das dimensões do trombo, podem ocluir a artéria pulmonar principal, impactar a bifurcação, ou penetrar nos ramos terminais pulmonares. • Êmbolos de veias ou do lado direito do coração seguem para os pulmões ("Embolia pulmonar"), onde poderão determinar Insuficiência súbita do coração (lado direito) e morte por hipóxia sistêmica, forma mais comum e mais letal no ser humano, com asfixia e tosse. 8 9 10 11 12 Líquido Aminiótico: rupturas das membranas placentárias e das vias uterinas permitem a entrada de líquido contendo células descamadas e cabelo da criança na circulação materna. Provoca edema pulmonar, insuficiência pulmonar e morte. Gordurosa: -gotículas de gordura pós fraturas de ossos longos, queimaduras e traumatismos de partes moles. Síndrome da embolia gordurosa: apenas 1% dos casos (insuficiência pulmonar, sintomas neurológicos, anemia e trombocitopenia). 13 14 EMBOLIA GASOSA Presença de bolhas de ar ou gás na circulação (barotrauma) • Podem ingressar na circulação através de: – Parto ou aborto; – Em cirurgias, principalmente torácicas, na região cervical ou cabeça; – Cateterismo cardíaco; • Doença descompressiva (chamada de doença dos caixões, ou mal dos aviadores); ***Entrada acidental de ar no sangue por injeção, transfusão ou durante o mergulho a grandes profundidades. 15 EMBOLIA • Embolia por parasitos: – Cisticercose (cérebro, músculos ou tecido subcutãneo) • Embolia por células neoplásicas: - Linfonodos, fígado, pulmão, etc 16 INFARTO “É uma área de necrose causada por interrupção da irrigação arterial, e mais raramente por obstrução venosa” • Cerca de 99% dos infartos são tromboembólicos • Quase todos eles decorrem de oclusões arteriais. 17 INFARTO Morte tecidual devido à falência vascular •Área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa em um tecido. 18 • Morfologia: Infartos vermelhos (hemorrágicos): 1)Oclusões venosas (torção ovariana) 1)Tecidos frouxos (pulmão) 1)Tecidos com dupla circulação (pulmão e intestino delgado) 4)Tecidos congestionados devido fluxo venoso lento 5)Restabelecimento do fluxo sanguíneo em local de oclusão e necrose prévios (angioplastia de uma lesão trombótica). 19 Infartos brancos (anêmicos) Órgão sólido com circulação arterial terminal tendem a apresentar forma de cunha. 20 Presença de região esbranquiçada (I) nos rins (R), indicativa de infarto isquêmico. 21 Infarto do miocárdio 22 Infarto hemorrágico e Infarto isquêmico 23 24 25 ISQUEMIA “Diminuição do afluxo de sangue em uma região” ****Falta de oxigenação de um tecido orgânico: de nutrientes (glicose/ oxigênio/ proteínas/ etc) para os tecidos e o retardo na retirada dos metabólitos 26 ETIOLOGIA DISTÚRBIOS NA DISTRIBUIÇÃO SANGUÍNEA FISIOLÓGICAS: Vasoconstrição arterial ou arteriolar pelo frio (fenômeno de Raynaud) ou estímulos emocionais (susto) PATOLÓGICAS: A mais comum é o espessamento da parede arterial por aterosclerose;trombose;embolia;compressão extrínseca por tumores, moldes de gesso, etc. 27 TOTAL: fluxo arterial insuficiente para manter a vida celular ou tecidual. PARCIAL: fluxo arterial mantém a viabilidade celular, porém com risco de morte do mesmo. Vai depender da importância do tecido (coração/ cérebro, p. ex.) e do tempo decorrido. PODE SER DE 2 TIPOS 28 CONSEQUÊNCIAS DA ISQUEMIA Depende de vários fatores: • Velocidade de instalação; •Tempo de duração; •Grau de redução do calibre do vaso; •Eficiência da circulação colateral, quando presente. 29 CHOQUE “É uma deficiência circulatória devida a diminuição do débito cardíaco, com diminuição da pressão sanguínea e consequente fluxo sanguíneo inadequado” È um estado em que há uma redução séria e difusa da perfusão sanguínea tecidual. A hipóxia celular resultante leva a respiração anaeróbica a nível de tecidos, acidose metabólica, dano generalizado em órgãos nobres e morte. 30 Ocorre quando o coração não bombeia sangue suficiente para encher as artérias a uma pressão suficiente para fornecer/enviar oxigênio para os órgão e tecidos. Deixa de ocorrer a perfusão. Danos em 4 a 6 minutos (coração, pulmões, cérebro) 31 CHOQUE • Consequências do déficit perfusional: – Insuficiência de O2 e nutrientes às células. – Depuração dos metabólitos é inadequada. – Desvio do metabolismo aeróbio para anaeróbio: aumento da produção de ácido lático. – Lesão irreversível, morte celular e óbito. “colapso e falência progressiva do sistema cardiovascular.” 32 • Etiopatogenia: a) Diminuição da função miocárdica: • Diminuição da capacidade cardíaca (Infarto) • Obstrução do fluxo sanguíneo (embolia pulmonar, pneumotórax, aneurisma,etc) CHOQUE 33 • Etiopatogenia: b) Diminuição do retorno venoso: • Diminuição do volume sanguíneo: perdas extensas de líquidos e hemorragias • Queda do tônus vasomotor CHOQUE 34 TIPOS DE CHOQUE 1. Cardiogênico: causado pela falência da bomba miocárdica (infarto), arritmias, compressão extrínseca ou embolia pulmonar. 2. Hipovolêmico: hemorragias, queimaduras graves ou traumatismos. 3. Séptico: causado por infecções bacterianas graves (geralmente Gram-negativos). 4. Neurogênico: acidentes anestésicos ou lesão na medula espinal.5. Anafilático: reações de hipersensibilidade I, promovendo grande permeabilidade vascular e saída de líquido para fora do vaso, diminuindo a sua volemia. 35 Contratilidade cardíaca diminuída Débito cardíaco e volume sistólico diminuídos Perfusão tecidual sitêmica diminuída Perfusão diminuída da artéria coronária Congestão pulmonar 36 CHOQUE CARDIOGÊNICO Falência do coração como bomba devido disfunção do músculo cardíaco A principal causa é o infarto do miocárdio – estima-se que seja necessário a perda de 40% da massa ventricular pra a instalação do choque. A mortalidade gira em torno de 70-80%. Outras causas são miocardites, cardiomiopatias, doença de Chagas, doenças valvares, arritmias, etc. O tratamento da causa base é primordial e a correção do distúrbio. A angioplastia é o melhor tratamento para o IAM. 37 • Causas: * lesão da medula espinal; * anestesia espinal; * lesão do sistema nervoso; * efeito depressor de medicamentos; * uso de drogas e ainda estados hipoglicemiantes. Choque Neurogênico 38 • Causas: * alimentos e aditivos alimentares; * picadas e mordidas de insetos; * agentes usados na imunoterapia; * drogas como a penicilina; * drogas usadas como anestésicos locais (benzocaína e lidocaína); * vacinas como o soro antitetânico; * poeiras e substâncias presentes no ar (casos raros). Choque Anafilático 39 Choque Anafilático 40 Choque Hipovolêmico • Choque hipovolêmico ou hemorrágico: perda rápida de fluido que resulta na disfunção de múltiplos órgãos devido a perfusão inadequada. • Ex: Hemorragias (trauma penetrante, desordens gastrointestinais severas, dano de órgãos sólidos, ruptura de aneurisma, cirurgias, etc.) • Perda significativa de fluido (diferente de sangue) como gastroenterites, desidratação, calor excessivo e queimaduras extensas, etc. 41 Volume sanguíneo diminuído Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuído Choque Hipovolêmico 42 Evolução do Choque A) Fase precoce, não progressiva ou compensatória • São ativados mecanismos reflexos de compensação para manter a perfusão sanguínea nos órgãos vitais; • Efeitos: taquicardia, vasoconstrição periférica e manutenção de líquidos nos rins; 43 Evolução do Choque B) Fase tardia progressiva • Os graus de hipoperfusão sanguínea vão aumentando, atingindo órgãos vitais; hipóxia nos tecidos, o que leva a diminuição da vasoconstrição devido ao acúmulo de ácido lactico-maior débito cardíaco e renal; C) Fase tardia irreversível • Os tecidos atingem um elevado grau de degeneração e morte celular, gerando perda da função miocárdica e falência renal. 44
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