Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Espaços confortáveis A acústica é a ciência do som, incluindo sua geração, transmissão e feitos; O som é a sensação produzida no sistema auditivo, e ruído é um som sem harmonia Perturbações em frequências muito baixas (infra-sons) ou muito elevadas (ultra-sons), que não são ouvidas por uma pessoa normal, são também consideradas sons; O ruído está presente 24 horas por dia, e vem sendo apontado como uma das principais causas de deterioração da qualidade de vida, principalmente nas grandes cidades; Infelizmente, como os problemas de saúde associados aos ruídos não ameaçam tanto a vida como os poluentes do ar, das águas e o lixo químico e atômico, o ruído está em último lugar na lista das prioridades ambientais; Os ruídos geram: perda de audição, stress, hipertensão, perda de sono, falta de concentração, baixa produtividade e redução de oportunidades de repouso; Somos agentes ativos quando geramos os sons, e agentes passivos quando escutamos o mesmo sem o nosso consentimento; A tecnologia é em grande parte responsável pelo problema, sendo ele própria que terá de propor soluções. É grande a escassez de materiais sobre o controle de ruídos; Alguns sons poderiam ser qualificados como ruídos, porém este pode transmitir informações úteis. Ex.: o café na cafeteria automática está pronto. Se o motor do carro está funcionando adequadamente. Alarmes e sirenes de ambulâncias podem salvar vidas. Ficar em um ambiente completamente silencioso também pode causar irritação, pois escutar a batida do próprio coração também é perturbador; Portanto o objetivo é controlar o ruído, e não eliminá-lo por completo. Níveis de ruídos compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos NBR 10151 IEC 225 IEC 651 Isolamento contra o ruído: →Ambiente interno deve ser isolado dos ruídos externos, e dos ruídos produzidos no próprio interior ( teatros, sala de aula, igrejas, bibliotecas) →Deseja-se que os ruídos internos não perturbe os moradores próximos (boates, clubes, salão de festas) Controle dos sons no interior dos recintos: nos locais onde é importante uma comunicação sonora, o projeto acústico deve propiciar uma distribuição homogênea do som, preservando uma perfeita comunicação e evitando problemas acústicos como ecos, ressonâncias e reverberações excessiva. Distribuição homogênea do som: O som deve chegar a todos os pontos do ambiente com o mesmo (ou quase) nível sonoro. Por exemplo, para uma igreja ou um teatro, as pessoas posicionadas sonora, bem como as pessoas no fundo do recinto, devem escutar com níveis próximos. Quando o ambiente é muito grande, ou a acústica é deficiente, deve-se recorrer à amplificação do som. Neste caso o projeto acústico se altera, incorporando outros aspectos. Deve-se lembrar que o som sem amplificação torna o ambiente mais natural, devendo sempre ter prioridade(os teatros gregos comportavam milhares de pessoas com boa audibilidade). Boa relação sinal-ruído: O som gerado no interior do recinto deve permanecer com níveis acima do ruído de fundo. Daí a importância do isolamento do ambiente ao ruído externo. Embora existam muitos fatores envolvidos, pode-se afirmar que a permanência dos níveis de som em 10 dB acima do nível de ruído, assegura uma boa inteligibilidade sonora aos ouvintes. Novamente pode-se recorrer a amplificação sonora para solucionar os casos problemáticos. Reverberação Adequada: Quando uma onda sonora se propaga no ar, ao encontrar uma barreira (uma parede dura, por exemplo), ela se reflete, como a luz em um espelho, gerando uma onda sonora refletida. Num ambiente fechado ocorrem muitas reflexões do som, fazendo com que os ouvintes escutem o som direto da fonte e os vários sons refletidos. Isso causa um prolongamento no tempo de duração do som, dificultando a inteligibilidade da linguagem. A esse fenômeno, muito comum em grandes igrejas, chama-se reverberação. Soluções: → Projeto arquitetônico que evite as reflexões do som; → Revestir as superfícies do recinto com material absorvente acústico; → Dirigir a absorção sonora apenas para algumas direções da propagação; → O corpo humano é um ótimo absorvente acústico - como elemento acústico; Finalmente, recomenda-se que a preocupação com a acústica de um ambiente existir o início do projeto, possibilitando uma análise mais ampla e de forma coerente e econômica. As tentativas de se corrigir a acústica de ambientes já construídos, normalmente recaem em soluções pouco eficazes e muito onerosas. A absorção é utilizada para o controle do tempo de reverberação de determinado recinto; A absorção reduz ruídos do recinto, porém em poucos decibéis, mas o conforto gerado da a impressão de que os ruídos foram reduzidos mais do que as medições revelam; O material absorvente apresenta estrutura fibrosa ou porosa, na qual as ondas sonoras podem propagar e perder parte da sua energia; A isolação sonora é medida através da perda na transmissão, é utilizada para impedir que o ruído de um recinto se transmita para outro recinto; Uma estrutura isoladora é densa e reflexiva, e oferece propriedades estruturais; Para reduzir os níveis sonoros, a aplicação de material absorvente no teto é mais eficaz do que nas paredes. Ocorre que a eficácia do tratamento de absorção sonora no teto depende não só da distância fonte – receptor, como também do pé-direito; A eficácia de absorção num teto de pé-direito baixo é melhor do que num pé- direito alto, podendo resolver esse problema dependurando verticalmente placas de material poroso/fibroso. Analisar o design do mobiliário com a eficiência acústica; Privacidade nas conversas; Escolha dos materiais de acabamento; Quando necessita-se projetar um ambiente com um tempo de reverberação determinado, pode-se recorrer a alguns estudos teóricos sobre o assunto. São três os modelos matemáticos usados para se prever o tempo de reverberação de um ambiente. Iremos usar o modelo Sabine Onde: V= volume do ambiente em m³ S= superfície de cada parede em m² a= coeficiente de absorção de cada parede T= tempo de reverberação em segundos Bistafa, Sylvio R. Acústica aplicada ao controle do ruído/ Sylvio R. Bistafa – São Paulo: Blucher, 2006
Compartilhar