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Sistema Toyota de Produção.docx

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SISTEMAS DE PRODUÇÃO.TOYOTA
HISTÓRICO
Um dos grandes feitos dos japoneses foi conseguir estabelecer um equilíbrio na economia do país logo após a Segunda Guerra Mundial, para isso utilizaram o Modelo Japonês de Administração ou até mais conhecido o Sistema Toyota de Produção, que objetivava a qualidade dos produtos reduzindo os estoques e custos. O Sistema Toyota de Produção é uma combinação dos princípios e técnicas de qualidade total, da administração científica e das tradições culturais japonesas.
O Sistema Toyota foi criado por membros da família Toyota e foi baseado nas técnicas de Henry Ford e Frederick Taylor. Sendo assim os dois princípios mais importantes do sistema Toyota são: eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade.
CARACTERÍSTICAS
O Sistema Toyota aplica três ideias principais para eliminação de desperdícios: racionalização da força de trabalho, “just in time” e produção flexível.
A racionalização da força de trabalho da Toyota consistiu em agrupar os operários em equipes com um líder para cada equipe, líder esse que tinha a função de coordenar o grupo e substituir qualquer funcionário que faltasse. As equipes recebiam tarefas e deveriam executá-las da melhor maneira possível, eles também eram responsáveis pela manutenção de seus próprios equipamentos como controle de qualidade. O método “just in time” consiste em reduzir o mínimo o tempo de fabricação e os estoques, produzirem somente o que é necessário na hora certa com produto certo. Produção flexível consiste em fabricar somente o que era demanda dos clientes, fabricar em pequenos lotes.
A fabricação com qualidade tem três elementos:
Fazer certo da primeira vez (influência de Deming);
Corrigir os erros em causas fundamentais;
Círculos de qualidade.
Os trabalhadores paravam a linha de produção, analisavam os erros e perguntar sucessivamente o “por quê”, até chegar a causa fundamental, esse método foi chamado de “5 whys”, os “cinco por quês”, dessa forma os problemas diminuíram bastante.
E por fim com objetivo de resolver problemas de qualidade e eficiência a aplicação dos círculos de qualidade ou CCQ, consiste em que um grupo de voluntários de um mesmo setor ou área de trabalho que se reúnem regularmente para estudar e propor a solução de problemas que estejam comprometendo a qualidade e a eficiência dos produtos. 
O Sistema Toyota de Produção baseia-se na aplicação dos princípios do Lean Manufacturing (Produção Enxuta), sendo seu principal objetivo a eliminação de desperdícios, classificados nas seguintes fontes:
Transporte
Estoque
Movimento
Espera
Excesso de produção
Excesso no processo
Defeitos
Habilidades
O sistema é caracterizado por setup times, sempre buscando formas de reduzi-los, porém, sem afetar a produção. Além disso, o processo deve ser harmonioso (ex.: Kanban, sistema pull – empurrar), e com a menor quantidade de desperdícios (variações), como visto anteriormente;
Produzir partes do produto final em processos pequenos e simultâneos, diminuindo a duração dos setups de troca de tarefas. Além de diminuir o tempo do processo como um todo (redução do Lead Time - tempo de atividades);
Produção adaptada (Just-in-time) = tudo deve ser comprado, produzido, e transportado na hora certa, ou seja, fazer o que é necessário, quando for necessário, e na quantidade necessária;
Combinar layout, trabalhadores multifuncionais, e maquinário (Shojinka): 
Layout em forma de U (começo e fim bem definidos). E espaço para o transito de pessoas, materiais e informações;
Realizando “Job Rotation”para deixar os trabalhadores mais flexíveis;
Buscar adaptar maquinário ao trabalhador, com melhorias contínuas (Jidoka). Além de operações manuais.
Processo padrão com “Cycle Time” definido, operações de rotina estabelecidas, e quantidade de trabalho em processo também;
Balanceamento de linha para evitar esperas no processo: definir o que começar, e quando parar;
Respeito pela humanidade, e aumentar moral dos trabalhadores: 
Fazer com que os trabalhadores se sintam importantes, e que sua atividade é significante para o processo;
“Dar ouvidos” aos trabalhadores, proporcionando melhorias junto com eles.
Qualidade assegurada: certificar a qualidade do produto para promover satisfação, confiança, e economia para consumidores;
É necessário definir cada passo a ser seguido no processo, departamento e de quem é a responsabilidade
VANTAGENS
Técnicas onde fosse possível alterar as máquinas rapidamente durante a produção, para ampliar a oferta e a variedade de produtos, pois para eles era onde se concentrava a maior fonte de lucro. Obtiveram excelentes resultados com essa idéia e ela passou a ser a essência do modelo japonês de produção; 
Mercadorias com giro rápido e a eliminação de estoques, caracterizando o que passou chamar toyotismo, (ou Ohnismo, devido aos nomes Toyoda e Ohno);
Partiram do princípio de que qualquer elemento que não agregasse valor ao produto deveria ser eliminado, pois era considerado desperdício e classificaram o desperdício em sete tipos principais:
Tempo que se perdia para consertos ou refugo;
Produção maior do que o necessário;
Produção antes do tempo necessário;
Operações desnecessárias no processo de manufatura;
Transporte;
Estoque;
Mmovimento humano e espera.
Modelo de produção composto por: automatização;
Adoção do “just in time”, um sistema de administração da produção que determina que tudo deve ser produzido, transportado ou comprado na hora exata;
Trabalho em equipe, administração por estresse, flexibilização da mão-de-obra, gestão participativa, controle de qualidade e subcontratação.
DESVANTAGENS
Esse sistema tem como imprescindível uma maior cooperação e confiança entre trabalhadores e administração, assim como demanda uma estrutura de remuneração e de classificação de cargos que reconheça devidamente o valor agregado ao produto pelos empregados.
Do contrário, o sistema adotado além de não gerar resultados será responsável pelo enfraquecimento ainda maior dessas relações, tendo como consequência maior o aumento do estresse, tanto dos funcionários como da gerência, piorando os resultados sendo sistema com um alto custo, restrição da variabilidade do processo e planos-mestres de produção estável (sem a perspectiva de sensíveis alterações). 
Este sistema trabalha tendo como objetivo a “utopia” do estoque zero, ou seja, busca a incessante redução de estoques, não sendo capaz de atender substanciais alterações na demanda, razão pela qual não são indicados a este tipo de mercado, ou de consumo de produto.
Sobrecarrega-se os trabalhadores e eliminam-se postos de trabalho. A racionalização é a fábrica mínima, ou seja, com efetivo mínimo. O objetivo não consiste então, em diminuir trabalho e sim, reduzir trabalhadores;
Pressão no trabalho em equipe. Cada trabalhador sofre para desempenhar sua função com qualidade, sob pena de ser rejeitado pelo grupo, ainda que neste grupo todos se encontrem nas mesmas condições;
De acordo com as vendas é estabelecido um objetivo de produção para cada dúzia de trabalhadores, para os quais Ohno disponibiliza apenas 90% dos recursos que ele deveria normalmente oferecer e desafia os operários a atingir a produção necessária. Estes, por sua vez, discutem entre si e descobrem maneiras de vencer o desafio. Porém, quando pensam ter vencido, Ohno retira novamente a porcentagem de recursos, e assim sucessivamente. “Isso para mostrar que se trata de um sistema permanente;
Os trabalhadores vêm trabalhar doentes. No Japão, isso se desenvolve no quadro do trabalho em grupo: o ausente não é substituído e o time deve se desembaraçar sem ele; aquele que não se sente bem vem para a empresa ainda assim, para evitar sobrecarregar seus colegas. Em certos casos, esses últimos foram procurar o doente para trazê-lo para a cadeia de montagem;
O trabalho representa uma completa servidão. O operário já não dispõe de tempo para o lazer e para a vida familiar, pois o único tempo livre é utilizado para repouso e recuperação. Os acidentesde trabalho passam a ser constantes e verifica-se também um alto índice de suicídios;
O nível de estresse também decorre da necessidade dos trabalhadores estarem sempre preparados para produzir o que pede a demanda, uma vez que a produção é feita sob encomenda. Desta maneira devem adaptar-se imediatamente para a nova produção no decorrer do dia;
Necessidade que o trabalhador esteja disponível para incorporar à sua rotina de trabalho árdua e desgastante, muitas horas de trabalho, caso assim for necessário para suprir a demanda;
A flexibilização da mão-de-obra passa a ser outro requisito essencial para o trabalhador inserido no sistema toyotista. É preciso ser polivalente para assumir qualquer posto que se faça necessário. É princípio de multifuncionalidade - teoria das competências, onde o indivíduo precisa desenvolver uma série de capacidades para se inserir ou se manter no mercado de trabalho.
A partir dessa breve análise é possível concluir que o toyotismo representou, na verdade, uma grande ofensiva aos trabalhadores, uma vez que se instalou como um processo apenas preocupado em resgatar o domínio e o poder de acumulação do capital. Evidenciando assim que, ainda vai longe esse modelo de sociedade composta por exploradores e explorados.
BIBLIOGRAFIA
http://www.mundoeducacao.com/geografia/taylorismo-fordismo.htm <acesso em 25 de setembro de 2016 >;
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STO_091_615_14658.pdf < acesso 25 de setembro de 2016 >;
http://admftv.blogspot.com.br/ < acesso em 25 de setembro de 2016>;
http://www.espacoacademico.com.br/047/47cfutata.htm < acesso em 25 de setembro de 2016>.

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