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Esquemas Elétricos - Apostila de Treinamento

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SÉRIE TREINAMENTO 
 
 
 
 
Apostila 3232 
 
 
 
 
 
Juvenilton Firmino de Lemos 
 
 
 
 
2A . Edição Revista e Atualizada 
 
 
 
 
 
ESQUEMAS ELÉTRICOS “2” 
 
 
 
 
 
 
 
TRÊS IRMÃOS 
2003 
 
 2
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
p. 
1 - Introdução ................................................................................................................................ 03 
 
 
2 - Esquemas elétricos .................................................................................................................. 03 
 
 
3 - Definições de termos técnicos sobre equipamentos e 
 dispositivos elétricos ................................................................................................................ 04 
 
 
4 - Tipos de esquemas ................................................................................................................... 16 
 
 
5 - Contator ................................................................................................................................... 21 
 
 
6 - Exercícios ................................................................................................................................ 23 
 
 
7 - Disjuntor .................................................................................................................................. 26 
 
 
8 - Comandos por botão de giro e pressão e giro .......................................................................... 28 
 
 
9 - Bibliografia .............................................................................................................................. 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
 
 
Apresentamos com esta apostila alguns conceitos e simbologias, de esquemas elétricos básicos 
de comando de equipamentos de operação, tendo como fundamental para estudos e 
compreensão, exercícios e alguns esquemas para completar e interpretar. 
 
2 - ESQUEMAS ELÉTRICOS 
 
 
 
2.1. Conceito 
 
 
Representação gráfica, sem escala e simbólica dos equipamentos e respectivas ligações elétricas 
entre os mesmos. 
 
 
 
2.2. Finalidade 
 
 
Facilitar o estudo e a interpretação dos esquemas, para entender o funcionamento de um 
determinado circuito de comando de equipamentos. 
 
 
2.3. Regras básicas 
 
 
 
Deve ser feito de maneira a permitir sua interpretação pela pessoa que vai utilizá-lo. 
Deve conter todos elementos necessários a sua compreensão. 
O esquema deve ser claro e preciso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4
2.4. NORMAS 
 
A seguir, apresentamos as normas nacionais e internacionais dos símbolos de maior uso 
eletrotécnico. 
 
 
 
 
 
 
SIGLA 
 
 
SIGNIFICADO E NATUREZA 
 
ABNT 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
 
 
ANSI 
 
American National Standarts Institute. 
 
 
IEC 
 
Internacional Electrotechnical Comission. 
. 
 
 
DIN 
 
Deutsche Industrie Normen. 
 
 
 
3 - DEFINIÇÕES DE TERMOS TÉCNICOS SOBRE EQUIPAMENTOS E 
DISPOSITIVOS ELÉTRICOS 
 
 
Cada área da eletrotécnica tem sua linguagem própria, nem sempre compreensível por parte de 
qualquer pessoa. Os termos técnicos sobre equipamentos de manobra de baixa tensão mostrados 
a seguir. foram definidos de forma, que possam compreendê-los. 
 
 
 
 5
- Acionamento com fecho 
 
 
Tipo especial de acionamento para dispositivos de comando, em lugar de botão ou punho. 
O dispositivo possui um fecho mecânico, que só pode ser acionado manualmente através de 
uma chave. Evita-se, assim um acionamento desnecessário que possa acarretar perigo. 
 
 
- Acionamento manual 
 
 
Componente mecânico de acionamento de um equipamento. 
Exemplo: botão de comando, punho, alavanca. 
 
 
- Acionamento por botão ( ou tecla) 
 
 
Comando de circuito através de um dispositivo de comando por botão (ou tecla). 
Com esse tipo de acionamento são dados apenas impulsos de comando de curta duração. 
Ex. botoeira liga-desliga para motores. 
 
- Acionamento por corrente alternada (C.A.) 
 
 
Circuito de comando alimentado por corrente alternada. 
 
 
- Acionamento por corrente contínua (C.C.) 
 
Circuito de comando alimentado por corrente contínua. 
 
 
- Acionamento por punho 
 
Acionamento manual no qual o elemento de acionamento tem a forma de um punho. 
 
 
- Acionamento zero 
 
Ajuste feito em relés para que possam operar instantaneamente. 
Ajuste feito em instrumentos, levando seus ponteiros a zero. 
 
 
- Aterramento 
 
 
Ligações das partes metálicas de equipamentos elétricos, como carcaça de um motor, com 
condutor neutro. 
 
- Botão 
 
 6
Designação dada a dispositivos de comando, aos quais pertencem os botões de comando de 
diversos tipos. 
 
- Botão de comando de fim de curso 
 
Botão acionado mecanicamente para sinalização, comando e limitação de curso. 
 
- Botão sinalizador 
 
Botão transparente que obtém uma indicação ótica embutida no mesmo. 
 
- Chave 
 
Dispositivo de manobra mecânica, capaz de ligar ou desligar um determinado equipamento. 
 
- Chave principal 
 
Chave destinada a comandar o circuito principal de alimentação de um determinado 
equipamento. 
 
- Chave auxiliar 
 
Chave destinada a travar, sinalizar ou comandar, parte integrante de um circuito. 
 
- Chave de motor 
 
Chave para ligar e desligar motores de acordo com o regime de operação. 
 
- Circuito principal 
 
Circuito formado pelos componentes que são destinados a conduzir a corrente de operação. 
 
- Circuito auxiliar 
 
Circuito formado pelos componentes destinados a acionar os dispositivos de manobra. 
 
- Circuito de comando 
 
Circuito para ligar e interromper dispositivos de manobra englobando a fonte de alimentação 
(tensão e comando), os contatos dos dispositivos de comando, os acionamentos elétricos 
(bobina e mola) dos dispositivos de manobra, assim como os elementos auxiliares de comando. 
 
- Comando 
 
Ação efetiva com a finalidade de ordenar determinados dispositivos do circuito de comando 
para entrar em operação abrindo ou fechando seus contatos auxiliares. 
- Contato 
 
 7
Parte de um dispositivo de manobra, através da qual um circuito é ligado ou interrompido. 
sendo contatos fixos e móveis e, de acordo com a utilização, contatos principais, e auxiliares. 
 
- Contato normalmente fechado 
 
 
Contato que se encontrará fechado quando um determinado equipamento de manobra estiver em 
sua posição de repouso. 
 
- Contato normalmente aberto 
 
Contato que se encontrará aberto quando um determinado equipamento de manobra estiver em 
sua posição de repouso. 
 
- Contato auxiliar 
 
Contatos utilizados no circuito de comando. 
 
- Contato de selo 
 
Contatos normalmente aberto auxiliares, encontrado particularmente nos contadores, que é 
comandado simultaneamente com os contatos principais, através do qual é selada a alimentação 
da bobina do contador. 
 
- Contato fixo 
 
a) Parte de um elemento de contato, fixado ao dispositivo de manobra. 
 
- Contatos móveis 
 
Contatos movidos pelo acionamento ou pelo eixo de comando do dispositivo de manobra 
quando da operação. 
 
- Destravar 
 
Retirar um travamento mecânico ou elétrico. 
 
- Elemento de contato 
 
Elemento de um dispositivo de manobra que efetua o contato elétrico com ou sem programação. 
 
- Facas de contato 
 
Contatos em forma de faca, que quando fechados, fazem contato em ambos os lados. 
 
 
- Falta de fase 
 
É quando uma das fases da rede de alimentação é interrompida. 
 8
 
- Indicador de posição 
 
Dispositivo elétrico ou mecânico acoplado em um equipamento de manobrapara indicação das 
posições ligado ou desligado. 
 
- Operação em condições normais 
 
Operação de um equipamento de manobra, na qual são mantidos os limites indicados pelos 
dados nominais, como por exemplo, freqüência de operação, potência nominal, etc. 
 
- Partida lenta 
 
Quando um motor necessita de mais de cinco segundos (5 s) desde a sua ligação até alcançar a 
sua rotação nominal em função de suas condições de carga. 
 
- Pressão de contato 
 
Pressão com a qual duas partes condutivas (contatos) se tocam. Quando a pressão de contato é 
muito pequena, a resistência transitória torna-se muito alta, persistindo o perigo de que as 
temperaturas admissíveis sejam ultrapassadas. 
 
- Recozimento da peça de contato 
 
Cobertura, geralmente de metal nobre (prata, liga de prata), utilizada em contatos de 
dispositivos de manobra. 
 
- Resistência de contato 
 
Relação entre a diferença de potencial existente entre duas superfícies em contato e a corrente 
que circula de uma para outra, não havendo força eletromotriz entre elas. 
 
- Resistente à corrosão 
 
Capacidade de resistir a agentes químicos externos e a atmosferas agressivas, como por 
exemplo, vapores sulforosos e gases clorídricos. 
 
- Retardamento de interrupção 
 
Retardamento proposital da interrupção. Quando da interrupção de fornecimento de energia 
elétrica pela rede durante um curto espaço de tempo, os contatores desligam instantaneamente, 
o que acarreta o desequilíbrio dos controles. Para que isso seja evitado, os contatores são 
fornecidos com dispositivos adicionais que permitem que eles permaneçam ligados durante um 
curto tempo, quando da redução da tensão da rede. 
Após esse tempo, ocorre desligamento automático, contanto que não tenha havido religamento 
da rede. Dispositivos semelhantes existem, também, para disjuntores. 
 
- Retardamento de ligação 
 
 9
Tempo de ligação. 
 
- Retardamento na ligação do elemento temporizado 
 
É o intervalo de tempo que decorre em um relé temporizado, entre o instante do comando de 
ligação e a condição final de ligação dos contatos do relé, ou seja, é o retardo de operação dos 
contatos após a energização destes. 
 
- Retardamento no desligamento de um elemento temporizado 
 
É o intervalo de tempo de um relé ou elemento temporizado (como por exemplo, de contatores), 
que decorre entre o instante do comando de desligamento e a obtenção da posição de repouso 
dos contatos do relé. Em outras palavras, é o retardo de operação dos contatos após a 
desenergização destes. 
 
- Ricochete 
 
Abertura resultante da repulsão entre contatos, no ato de ligação. 
 
Suporte do sinalizador 
 
Componente destinado a sinalizar a posição de operação de dado dispositivo de manobra por 
meio de uma lâmpada nele embutida. 
 
- Sinalizador luminoso 
 
Indicador ótico de uma condição de operação ou controle de um comando, ao acender ou apagar 
de uma lâmpada. 
 
- Sobrecarga térmica 
 
Situação de elevação de temperatura devida a corrente de carga, que pode levar o material ao 
recozimento e à fusão. 
 
- Sobreposição de fechamento 
 
Situação que caracteriza o fechamento do contato normalmente aberto antes que se abra o 
contato normalmente fechado na fase de ligação, e vice-versa na fase de interrupção. 
 
- Sobretensão de desligamento 
 
Sobretensão que ocorre quando do desligamento de cargas indutivas (por exemplo, de bobinas 
de contatores). 
- Sopro magnético 
 
Ação de um campo magnético sobre um arco elétrico através da ação de uma bobina, quando 
esse campo é usado para extinguir ou modificar o arco. 
 
 10
Receptáculo de Lâmpada 
 
Parte de um dispositivo de sinalização luminoso, que além de sinalização, tem a lâmpada e os 
terminais para sua ligação. 
 
- Temperatura limite 
 
Temperatura máxima que os componentes de um dispositivo de manobra ainda podem suportar, 
individualmente, em regime permanente, sem que sejam danificados. A temperatura limite é o 
resultado da soma da elevação de temperatura e da temperatura ambiente. 
 
- Temperatura suportável 
 
Temperatura máxima que um equipamento pode suportar, em razão dos efeitos térmicos 
resultantes da circulação de uma corrente. 
 
- Tempo de abertura 
 
a) Intervalo de tempo desde a operação de um disparador de corrente até o fim do fluxo de 
corrente em todos os pólos. 
 
b) Intervalo de tempo definido de acordo com o modo de abertura, como é estabelecido 
 abaixo: 
 
- Para um disjuntor fechado, que é operado por qualquer tipo de energia externa, o 
 tempo de abertura é medido a partir do instante de aplicação dessa energia no 
 disparador, até o instante de separação dos contatos de arco em todos os pólos. 
 
 - Para um disjuntor fechado, que é operado pela corrente no circuito principal sem 
 ajuda, de qualquer tipo de energia externa, o tempo de abertura é medido a partir 
 do instante em que a corrente no circuito principal atinge o valor de 
funcionamento no disparador de sobrecorrente, até o instante de separação dos 
contatos de arco em todos os pólos. 
 
 Em qualquer dos dois casos acima, os dispositivos de retardamento, integrantes do 
disjuntor, são ajustados no seu valor mínimo, ou, se possível, desligados. 
- Tempo de acionamento 
 
Intervalo de tempo de um relé temporizado, medido desde o instante em que se realiza 
comando, até que os contatos sejam acionados. 
 
 
 
- Tempo de arco 
 
Intervalo de tempo entre o instante do início do primeiro arco e o instante da extinção final do 
arco em todos os pólos, considerados esses instantes de acordo com a norma técnica individual. 
 
Nota: No caso de dispositivos de manobra multipolares, em que o início do arco não é 
 11
 simultâneo em todos os pólos, há uma superposição parcial do tempo de abertura 
 e do tempo de arco cuja duração máxima admissível deve constar da norma 
 técnica específica. 
 
- Tempo de disparo 
 
Intervalo de tempo entre os instantes de operação do disparador e de liberação dos dispositivo 
de intertravamento. 
 
- Tempo de Fechamento 
 
a) É o intervalo de tempo desde o início do comando, até o fechamento total de todos os 
 elementos de contato. 
 
b) É o intervalo de tempo entre o início da operação de fechamento e o instante em que os 
contatos se tocam em todos os pólos. O tempo de fechamento inclui o tempo de 
operação de todo equipamento auxiliar necessário ao funcionamento do disjuntor e que 
faz parte integrante deste último. 
 
- Tempo de fusão 
 
Intervalo de tempo que decorre entre o instante em que se inicia a fusão do elemento fusível e o 
instante em que se inicia o arco. 
 
- Tempo de interrupção 
 
Intervalo de tempo entre o início do tempo de abertura e o fim do tempo de arco de um 
disjuntor. 
 
- Tempo de operação 
 
Tempo de interrupção = tempo de abertura e tempo de arco. Tempo de ligação = tempo de 
fechamento e tempo de ricochete 
 
- Tempo de ligação 
 
Intervalo de tempo entre o instante do início da operação de fechamento e o instante em que 
começa a circular corrente no circuito principal, considerados esses instantes de acordo com a 
norma técnica especifica. 
 
 
 
- Tempo de operação 
 
Tempo no qual os contatos permanecem fechados. 
 
- Tempo de ricochete 
 
 12
Intervalo de tempo entre o primeiro toque dos contatos até a posição final de repouso, na fase 
de ligação. O tempo de ricochete é fator decisivo na vida útil elétrica e na confiabilidade de um 
dispositivo de manobra. 
 
- Tensão de comando 
 
É a tensão nos terminais de disparadores, bobinas, etc, de dispositivos de manobra. 
 
- Tensão de operação 
 
Tensão de alimentação da rede, entre os condutores de um equipamento ou parte de uma 
instalação. 
 
- Tensão nominal 
 
Valor eficaz da tensão pelo qual um dispositivo de manobra é designado e ao qual são referidos 
outros valoresnominais. 
 
- Tensão nominal de comando UC 
 
Valor nominal da tensão de acionamento, dimensionando para cada carga (motores, relés, etc.). 
O funcionamento de tais cargas é considerado seguro, quando operados dentro de uma dada 
faixa de tensão. 
 
- Tensão nominal de isolamento UI = nível de isolamento 
 
Valor normalização de tensão para o qual é dimensionado o isolamento de um dispositivo de 
manobra. Dessa forma, os circuitos principal e auxiliar podem ter níveis de isolamento 
diferentes; o isolamento entre esses dois circuitos é sempre dimensionado, tomando-se como 
base o circuito principal. 
 
- Tomada múltipla 
 
Utilizada para contatores auxiliares, é uma tomada acoplada ao dispositivo de manobra, tendo 
como vantagem a intercambiabilidade racional de outros dispositivos. 
 
- Trava de desligamento por curto-circuito 
 
Dispositivo mecânico adicional montado em dispositivos de manobra com fecho através de 
disparadores de sobrecorrente eletromagnéticos, sem retardamento (ação rápida). 
Após a operação dos disparadores, deve ser evitado um religamento, quando ainda persistir o 
curto-circuito. Antes do religamento, o travamento em questão deve ser desfeito. 
- Travamento ou intertravamento 
 
 
Processo de ligação entre os contatos auxiliares de vários dispositivos, pelo qual as posições de 
operação desses dispositivos são dependentes uma das outras. Através do intertravamento, 
evita-se a ligação de certos dispositivos antes que os outros permitam essa ligação. 
 13
 
- Tropicalizado 
 
É um equipamento que assegura, num ambiente cujo teor de umidade relativa do ar seja 
superior a 80% com orvalhamento ocasional, por um lado, que a resistência de isolamento não 
caia constantemente a valores inadmissíveis e, por outro lado, que as suas partes metálicas não 
sejam suscetíveis à corrosão. Para tanto, os materiais isolantes tem uma composição apropriada, 
e as partes metálicas recebem um tratamento superficial. 
 
- Valor de disparo 
 
Grandeza na qual um dispositivo opera: por exemplo, corrente, tensão, temperatura, tempo. 
 
- Velocidade de operação 
 
Velocidade dos contatos móveis na ligação ou no desligamento. 
 
- Vida útil 
 
Tempo no qual um dispositivo de manobra deve operar satisfatoriamente sob condições 
normais. Ela é dada em números de manobras. Diferencia-se vida útil mecânica e elétrica. 
 
- Vida útil mecânica 
 
Durabilidade quando operado em vazio. 
 
 14
Identificação dos bornes de bobinas e contatos 
 
As bobinas têm os bornes indicados pelas letras a e b, como nos exemplos abaixo: 
 
a
b
a
b
c b
 
 
Nos elementos, contatores ou relés, os contatores são identificados por números , que indicam: 
 
- Função 
 
Contatos N.F. ou N.A. do circuito de força ou de comando. Contatos de relés temporizados ou 
relés térmicos, etc. 
 
- Posição 
 
Indicam entrada ou saída, e a posição física nos contatores. Essa indicação os diagramas 
funcionais é acompanhada da indicação do contator correspondente ou elemento. 
 
- Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NORMA I E C 
a b
13 14
23 24
33 3
43 44
51
61
71
91
52
62
72
92
 15
- Interpretação 
 
Na figura abaixo, os números correspondentes aos das dezenas indicam a ordem de localização 
dos contatos ou posição. 
Os números 3 e 4 das dezenas 13 e 14, por exemplo, indicam contatos N.A., o número 3 indica 
entrada, e o 4 saída. 
Os números 1 e 2 das dezenas 51 e 52, por exemplo, indicam contatos N.F., o número 1 indica 
entrada e o 2, saída. 
 
1
2
3
1
3
3
1
2
3
4
4
4
4
2
a b
Os numeros 1,2 (dezena)
indicam posição no con-
tato 1º, 2º, etc
O nº 3 (unidade)
indica entrada de
contato fechador
O nº 1 (unidade)
indica entrada de 
contato abridor
O nº 4 (unidade)
indica saida de
contato fechador
O nº 2 (unidade)
indica saída de
contato abridor
INTERPRETAÇÃO ESQUEMÁTICA
4
3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16
5 - TIPOS DE ESQUEMAS 
 
Podemos encontrar vários tipos de esquemas de uma instalação, desde o mais simples até o 
mais complexo. 
 
5.1. Esquemas de bloco 
 
Fornece uma idéia da disposição dos equipamentos, dando-nos condições de estudar o esquema 
em partes. 
 
Exemplo: 
 
01 QC 01 QE 01 CM
01 QL
1(2x19/ 25) 2 ( 1 # 10)
1 (12 x 19 / 25 ) 1
 (1
2x
19
x2
5)
 
 
 
Onde: 
 
2 ( 12 x 19/ 25 )
formação e bitola dos condutores
quantidade de condutores
quantidade de cabos
2 ( 1 # 10 )
bitola dos condutores
condutor rígido ou enrolado
quantidade de condutores
quantidade de cabos 
 
 17
5.2. Esquema unifilar 
 
Representação simplificada, geralmente unipolar, das ligações, sem o circuito de comando, 
onde só os componentes principais são considerados. 
Esquema elétrico em que os condutores de cada circuito são representados por uma linha única, 
com pequenos traços oblíquos ou perpendiculares que indicam o número de condutores ou fios. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18
5.3. Esquemas multifilares 
 
Esquema elétrico em que os condutores de cada circuito são representados separadamente de 
borne a borne nos equipamentos. 
Em diagramas de grande porte recomenda-se numerar as linhas seqüencialmente. 
 
 
5.4. Esquema de montagem ou fiação 
 
B
A
3
4 a
b
b1 h
B 
C
A
2 ~ 60 Hz 220 V
1 3 5
2 4 6
1 1 1
2 2 2
e1 e2 e
2 ~ 60 Hz - 220 V
5
a1
 19
Esquema de princípio de representação em alinhamento ou esquema funcional em 
alinhamento. 
 
Este esquema destina-se a representar o princípio de funcionamento do equipamento, 
facilitando a compreensão das condições de dependência mecânica e sua ligação. 
Como este é bastante amplo, torna-se difícil a visão exata da função da instalação, dificultando, 
acima de tudo, a localização de uma eventual falha, numa instalação de grande porte. 
 
 
 
 
M
3 
R 
S 
T 
N 
1 1 1
2 2 2
60 Hz 338 V 3
1 3 5b
b1
4 3 1 
2 413
2
1 
 
2 
e21 
C1 
a
13 31
14 322 4 6
e4 
1 3 5
4 6 5
1 2 3
2 4 6
31
32
b0
e3e1 e2
 20
5.8. Esquema de princípio de representação de base ou esquemas funcional de base 
 
É a forma de representação de ligações mais utilizadas atualmente. 
É composto por um circuito principal e um circuito de comando. 
Os diversos órgãos que compõem o circuito estão separados e dispersos de modo que o traçado 
se aproxime o mais possível de dispersos de modo que o traçado se aproxime o mais possível de 
uma reta, facilitando a compreensão de seu funcionamento. 
É indispensável a identificação de todos os equipamentos e componentes pertencentes ao 
circuito. 
Em esquemas de grande porte, recomenda-se numerar as linhas seqüencialmente (sistemas de 
coordenadas). 
 21
6 - CONTATOR 
 
Dispositivo destinado a fechar ou abrir um circuito elétrico no qual é introduzido. 
 
6.1. Características principais 
 
- Pequeno espaço para montagem 
- Elevada durabilidade 
- Elevado nº de manobras; (10 a 30 milhões) 
- Comando a distância 
- Garantia de contato imediato 
- Tensão de operação de 0,85 a 1,10% da tensão prevista para o contator 
 
6.2. Princípio de funcionamento 
 
Os contatores ou chaves magnéticas pertencem à classe das chaves. Sua velocidade de 
fechamento tem seu valor dado pela resultante da força magnética, proveniente da bobina e da 
força mecânica das molas de separação, que atuam em sentido contrário. São as molas as únicas 
responsáveis pela velocidade de abertura do contator, função que ocorre quando a bobina 
magnética não estiver sendo alimentada, ou quando o valor da força magnética for inferior à 
força das molas. 
 
Elementos principais do contator5 - Bobina Eletromagnética 
1 - Contato Móvel 
3 - Terminal de Ligação
2 - Contato Fixo 
4 - Núcleo Móvel 
6 - Núcleo Fixo 
 22
A bobina (5), quando alimentada por um circuito externo, forma um campo magnético que, 
concentrando-se no núcleo fixo (6), atrai o núcleo móvel (4). Como o braço (1) está acoplado 
com o núcleo móvel (4), conclui-se que o contato móvel (1) juntar-se-á com o contato fixo (2), 
fechamento o circuito. 
 
6.3. Tipos de contatores 
 
- Contatores eletromagnéticos 
- Contatores pneumáticos 
- Contatores mecânicos 
 
6.4. Finalidades dos contatores 
 
- Comando simples de motores ou capacitores. 
- Combinações automáticas estrela-triângulo para partida de motores. 
- Combinações automáticas de reversão para motores. 
- Chaves compensadoras automáticas, para partida de motores sob pesadas cargas. 
- Utilizados como relés auxiliares. 
 
 23
7 - EXERCÍCIOS 
 
7.1. Realizar diagrama esquemático em alinhamento do comando de um motor trifásico, 
 constando de um contator, botões de pressão, fusível de proteção e relé térmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.2. Realize o esquema de princípio, representação de base, do exercício anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24
7.3. Realizar o esquema funcional em alinhamento do comando de um motor trifásico com 
inversão de rotação, constando de dois contatores, botões de pressão, fusível de proteção e relé 
térmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.4. Realize o esquema funcional de base do exercício anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7.5. Realizar o esquema funcional de base do comando de uma seccionadora com um motor 
trifásico, onde o circuito de comando é feito em corrente contínua. As bobinas dos 
contatores devem ficar isoladas por dois contatos do botão de pressão e colocar fusíveis de 
proteção, relé térmico e sinalização de posição da seccionadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
8 - DISJUNTOR 
 
8.1. Princípio de funcionamento 
 
 
 
 
 
Para abrir ou fechar um disjuntor basta enviar às respectivas bobinas um impulso de corrente, 
não sendo necessária a permanência da corrente nas bobinas, como no contator. 
 
- A duração desse impulso deve ser de tal valor que permita ao disjuntor efetuar uma 
 operação (fechar ou abrir completa) 
 
- O valor da corrente de comando das bobinas pode ser relativamente elevado e é feito 
normalmente por corrente contínua, difícil de cortar. 
 
- O dimensionamento da bobina não permite que ela fique ligada permanentemente, 
portanto não deve ficar ligada sem necessidade. 
 
 Ex.: Se o disjuntor estiver fechado, a bobina de fechamento não deverá ser energizada. 
 
Por estes três motivos citados, as bobinas de fechamento e de abertura são ligadas em série, 
respectivamente com um contato auxiliar do disjuntor normalmente fechado (NF) e outro 
normalmente aberto (NA). 
 
 
 
 
BA BF 
 27
8.2. Funcionamento 
 
 
Para fechar o disjuntor, energizam-se os terminais 3 e 4, alimentando assim a BF. O disjuntor se 
fecha. 
Quando está fechado, o seu contato auxiliar (NF) se abre, cortando a corrente da bobina. 
O contato é dimensionado para ter um poder de ruptura suficiente. 
Mesmo deixando os terminais 3 e 4 energizados, não circulará corrente na bobina. 
Para BA o funcionamento é idêntico. 
Complete o esquema de comando do disjuntor abaixo, realizado por meio de dois botões de 
pressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ 125 Vcc 
carga 
 
 
 
a 
b b 
a 
h0 h1 
- 
BL BD 
4 4
3 3
BF BA 
a a b b 
11 
12 
23 
24 
31 
32 
43 
44 
 
A B V 
1 3 5 
2 4 6 
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9 - COMANDO POR BOTÃO DE GIRO E PRESSÃO E GIRO 
 
 
O comando a distância dos disjuntores e seccionadores são realizados, em geral, por botões de 
giro-pressão e giro. 
A figura abaixo mostra as posições do botão de giro-pressão e giro. 
 
 
DISJUNTOR
DESLIGADO
DISJUNTOR
DESLIGADO
DISJUNTOR
LIGADO
CONCORDÂNCIA DISCORDÂNCIA CONCORDÂNCIA
LÂMP. VERDE
ACESA
LÂMP. BRANCA
ACESA
LÂMP. VERM.
ACESA
CHAVE NA POSIÇÃO
LIGADA
CHAVE NA POSIÇÃO
LIGADA
CHAVE NA POSIÇÃO
DESLIGADA
 
 
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9.1. Exercício 
 
Complete o esquema funcional em alinhamento do comando de um disjuntor através de botão 
de giro pressão e giro, baseado na descrição de funcionamento. 
 
 
 30
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE TREINAMENTO DE ILHA SOLTEIRA . Esquemas elétricos para 
 operador de subestação “C”. Ilha Solteira, CESP, 1985. 28p. 
 
 
 
 
SIEMENS. Dispositivos de comando e proteção de baixa tensão. 
 São Paulo,1975. 190p.

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