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Aula 3 O Estado Origem e forma o

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ESTADO
ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO
ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO
Estado à significa situação permanente de convivência.
Estado (do latim status = estar firme).
Estado: é dada essa designação a todas as sociedades
políticas que, com autoridade superior, fixaram as regras de
convivência de seus membros.
EM RELAÇÃO À ÉPOCA DO APARECIMENTO DO ESTADO
1ª - Para muitos autores, o Estado, assim como a própria
sociedade, existiu sempre;
2ª - Outros autores admitem que a sociedade humana existiu sem o
Estado durante um certo período;
3ª - Alguns autores só admitem como Estado a sociedade política
dotada de certas características muito bem definidas.
FORMAÇÃO ORIGINÁRIA DOS ESTADOS
Agrupamentos humanos ainda não integrados em qualquer
Estado;
Lembrem-se da evolução do estado de natureza para o
estado social;
FORMAÇÃO DERIVADA DOS ESTADOS
Formação de novos Estados a partir de outros preexistentes
TEORIAS QUE EXPLICAM A FORMAÇÃO ORIGINÁRIA DOS 
ESTADOS
1ª - Teorias que afirmam a formação natural ou espontânea
dos Estados;
2ª - Teorias que sustentam a formação contratual dos
Estados.
TEORIAS NÃO-CONTRATUALISTAS
1. origem familial ou patriarcal;
2. origem em atos de força, de violência ou de conquista;
3. origem em causas econômicas ou patrimoniais;
◦ divisão do trabalho e propriedade da terra
4. origem no desenvolvimento interno da sociedade.
A CRIAÇÃO DE ESTADOS POR FORMAÇÃO DERIVADA
1. Fracionamento de Estados: quando uma parte do território
de um estado se desmembra e passa a constituir um novo
Estado;
2. 2. União de Estados: dois ou mais Estados resolvem unir-
se, para compor um novo Estado
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO
Estado Antigo (teocrático);
Estado Grego;
Estado Romano;
Estado Medieval;
Estado Moderno
ESTADO ANTIGO
Antigas civilizações do Oriente ou do Mediterrâneo.
Duas marcas fundamentais: a natureza unitária e a
religiosidade.
A influência predominante foi religiosa, afirmando-se a
autoridade dos governantes e as normas de comportamento
individual e coletivo como expressões da vontade de um
poder divino.
ESTADO GREGO
Inexistência de um Estado único, englobando toda civilização
helênica.
A característica fundamental é a cidade-Estado, ou seja, a
polis, como a sociedade política de maior expressão.
Auto-suficiência e autarquia.
◦ viviam em pequenos burgos
ESTADO ROMANO
Uma das peculiaridades mais importantes do Estado Romano
é a base familiar da organização.
Civitas (primitivo Estado) resultou da união de grupos de
familiares (as gens).
Integração jurídica dos povos conquistados
ESTADO MEDIEVAL
Elementos que se fizeram presentes na sociedade política
medieval:
- O cristianismo;
- As invasões dos bárbaros;
- O feudalismo.
CRISTIANISMO 
Aspiração à universalidade: faz-se uma afirmação de
igualdade.
Todos os cristãos deveriam ser integrados numa só
sociedade política.
Dificuldades para a realização dessa aspiração:
◦ multiplicidade de centros de poder;
◦ o Imperador recusa submeter-se à autoridade da Igreja.
INVASÕES DOS BÁRBAROS
Introdução de novos costumes e estímulos para que as
regiões invadidas se afirmassem como unidades políticas
independentes;
A ordem sempre precária, improvisação das chefias,
abandono e transformações de padrões tradicionais.
FEUDALISMO 
As invasões e as guerras internas tornaram difícil o
desenvolvimento do comércio.
A posse da terra é valorizada enormemente: ricos e pobres
terão a subsistência ligada à mesma.
Institutos jurídicos:
◦ Vassalagem;
◦ Benefício;
◦ Imunidade.
ESTADO MODERNO
A busca de unidade se afirma num poder soberano –
supremo, reconhecido como o mais alto de todos dentro de
uma precisa delimitação territorial.
As características do Estado Moderno:
◦ A soberania (formal);
◦ O território (material);
◦ O povo (material);
◦ A finalidade (GROPPALI).
SOBERANIA 
As características:
◦ Una;
◦ Indivisível;
◦ Inalienável;
◦ Imprescritível.
Conceito: tendo sido de índole exclusivamente política na sua
origem histórica, já se acha disciplinado juridicamente,
quanto à sua aquisição, seu exercício e sua perda.
O poder soberano como poder jurídico constitui um
importante obstáculo ao uso arbitrário da força.
SOBERANIA
Poder absoluto e perpétuo?
Qual o conceito puramente político de Soberania?
Qual o conceito puramente jurídico de Soberania?
Qual o conceito de Soberania com fundamento culturalista?
PODER ABSOLUTO
Não é limitada nem em poder, nem pelo cargo, nem por
tempo certo. Nenhuma lei humana, nem as do próprio
príncipe, nem as de seus predecessores, podem limitar o
poder soberano.
CONCEITO PURAMENTE POLÍTICO
O poder incontrastável de querer coercitivamente e de fixar as
competências.
Não há preocupação em ser legítimo ou jurídico, basta ser
absoluto.
CONCEITO PURAMENTE JURÍDICO
O poder de decidir em última instância sobre a atributividade
das normas à sobre a eficácia do direito.
É o poder jurídico utilizado para fins jurídicos.
Há uma visão isonômica dos Estados.
FUNDAMENTO CULTURALISTA
O poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro
de seu território a universalidade de suas decisões nos limites
dos fins éticos de convivência. (MIGUEL REALE)
SOBERANIA - CARACTERÍSTICAS
UNAà não há convivência de 2 soberanias;
INDIVISÍVELà aplica-se à universalidade dos fatos ocorridos
no Estado;
INALIENÁVEL à aquele que a detém desaparece se ficar sem
ela;
IMPRESCRITÍVELà sem prazo certo.
SOBERANIA (OUTRAS CARACTERÍSTICAS)
ORIGINÁRIO à Nasce no próprio momento em que nasce o
Estado;
EXCLUSIVO à Só o Estado possui;
INCONDICIONADO à Só encontra os limites postos pelo
próprio Estado;
COATIVO à O Estado ordena e dispõe de meios para fazer
cumprir suas ordens coativamente.
SOBERANIA - TITULARIDADE
Teoria Teocrática
◦ Fim Idade Média e período absolutista do Estado Moderno
◦ Princípio Cristão de São Paulo à TODO PODER VEM DE DEUS
◦ Titular da Soberania à o Monarca (homem que pela lei divina foi
intitulado soberano)
SOBERANIA - TITULARIDADE
Teoria Democrática (3 fases)
◦ O POVO (fora do Estado);
◦ A NAÇÃO (Rev. Francesa, séc. XIX e início séc. XX);
◦ O ESTADO (séc. XX) à soberania é um direito a ser exercido por
pessoa jurídica.
SOBERANIA – OBJETO E SIGNIFICAÇÃO
Os cidadãos estão sempre sujeitos ao poder soberano;
Como regra, age nos limites do território;
Os não cidadãos do Estado também estão sujeitos a
esse poder quando se encontrem no território;
Para os demais Estados, a soberania tem significado de
INDEPENDÊNCIA.
SOBERANIA – COMO DIREITO SUBJETIVO
O direito subjetivo à definição
◦ "A faculdade ou possibilidade que tem uma pessoa de fazer
prevalecer em juízo a sua vontade, consubstanciada num
interesse." (CRETELLA JR);
◦ "O interesse protegido pela lei, mediante o recolhimento da
vontade individual." (LHERING).
É a capacidade que o homem tem de agir em defesa de seus
interesses, invocando o cumprimento de normas jurídicas
existentes na sociedade onde vive, todas as vezes que, de
alguma forma, essas regras jurídicas venham ao encontro de
seus objetivos e possam protegê-lo.
SOBERANIA – COMO DIREITO SUBJETIVO
Objetiva ressaltar o caráter antijurídico e injusto da utilização
da força incondicionada para a solução de conflitos de
interesses dentro de uma ordem estatal ou entre Estados,
contribuindo para a formação de uma nova consciência, que
repudia o uso arbitrário da força.
SOBERANIA
Independência;
Poder jurídico mais alto.
TERRITÓRIO 
Foi com a delimitação do território que se pôde assegurar a
eficácia do poder e a estabilidade da ordem.
O território é o espaço dentro do qual o Estado exerce seu
poder de império.Este poder se exerce sobre tudo, as
pessoas e coisas, que se encontre no território.
TERRITÓRIO
Noção surgiu no Estado Moderno;
Nas Cidades-Estado não se verificavam conflitos de
fronteiras;
Conflitos da Idade Média.
TERRITÓRIO - CONCEPÇÕES
BURDEAU à elemento constitutivo necessário ao
Estado, porém é um ‘quadro natural’ onde é exercido o
poder.
KELSEN à a delimitação territorial é uma necessidade.
Não se trata de um componente do Estado, mas é
espaço onde se circunscreve a validade da ordem
jurídica estatal. – Exclusividade.
TERRITÓRIO VS ESTADO
Relação de domínioà direito real de natureza pública;
Direito real institucional:
◦ Domínio eminenteà estado
◦ Domínio útil à particular
Imperium à poder exercido sobre as pessoas e,
reflexamente, sobre o território;
Poder de império à sobre tudo e todos.
TERRITÓRIO
É considerado um elemento constitutivo essencial do
Estado;
Não existe Estado sem território;
O território estabelece a delimitação da ação soberana
do Estado;
É objeto de direitos do Estado;
Em relação à soberania, vigora o princípio da
impenetrabilidade;
Tem significação jurídica negativa;
Tem significação jurídica positiva;
TERRITÓRIO – EXTENSÃO MAR
Séc. XVII à alcance do tiro de canhão
Formalização de tratado ou atos unilaterais à 200 milhas
Território – Soberania extensão espaço aéreo
Fixação de limites;
Assegurar passagem inocente;
Chicago 1944 à É território a coluna de ar sobre o mesmo,
sem limite;
ONU 1966 à Declaração de Princípios Jurídicos Aplicáveis às
Atividades do Estados na Exploração e Uso do Espaço
Exterior à não admite limitação
POVO
Elemento pessoal
Povo ≠ População ≠ Nação
POVO 
População:
Não tem sentido jurídico, é mera expressão numérica,
demográfica, ou econômica, que abrange o conjunto das
pessoas que vivam no território de um Estado, ainda que se
achem nele temporariamente.
Nação:
É uma comunhão formada por laços históricos e culturais,
assentada sobre um sistema de relações de ordem objetiva.
(Miguel Reale) à Ideia de comunidade.
POVO
Grécia à cidadãos, homens livres (sem direitos políticos e os
escravos);
Roma à conjunto de cidadãos;
Já havia uma conotação jurídica da qualidade de cidadão.
◦ Refere-se à titularidade de direitos públicos.
POVO – ESTADO MODERNO
Séc. XVIII
Surge a idéia de Povo livre de qualquer noção de classe,
buscando-se impedir discriminação entre os componentes do
Estado.
NOÇÃO JURÍDICA DE POVO
O Estado é sujeito do poder público, e o povo, como seu
elemento componente, participa dessa condição (aspecto
subjetivo do povo).
O povo é objeto da atividade do Estado (aspecto objetivo do
povo).
POVO - CONCEITO
É uma pluralidade de pessoas que se associam num momento
jurídico, perfazendo uma unidade, surgindo o Estado dessa
associação;
É o conjunto de indivíduos que, através de um momento
jurídico, se unem para constituir o Estado, estabelecendo com
este um vínculo jurídico de caráter permanente, participando
da formação da vontade do Estado e do exercício do poder
soberano.
POVO E CIDADÃO
São cidadãos quando participam da autoridade soberana e
sujeitos quando submetidos às leis do Estado.
POVO – QUESTÕES RELEVANTES
É elemento essencial do Estado;
Continua ativo mesmos após a constituição do Estado;
Dá condições ao Estado para formar e externar uma vontade;
O Estado pode estabelecer condições objetivas para que o
cidadão possa participar da formação da vontade do Estado e
do exercício da soberania.
FINALIDADE DO ESTADO 
Deformações:
◦ Superexaltação das funções econômico-financeiras do Estado.
◦ Obsessão pela ordem.
Conseqüência:
◦ Eliminação da liberdade
FINALIDADE – FINS OBJETIVOS E SUBJETIVOS
Fins Objetivos:
◦ Identificar o papel do Estado no desenvolvimento da
humanidade;
◦ Universais à conceber os fenômenos da história como o
desenvolvimento de uma atividade que se propõe alcançar
um objetivo, não como ordem resultante da sucessão
espontânea de fatos humanos;
◦ Particulares à resultam das circunstâncias e quem
surgiram e se desenvolveram as quais condicionam sua
história.
FINALIDADE – FINS OBJETIVOS E SUBJETIVOS
Fins Subjetivos:
◦ O Estado é sempre uma unidade de fim;
◦ É uma unidade conseguida pelo desejo de realização de inúmeros
fins particulares, sendo importante localizar os fins que conduzem
à unificação.
A FINALIDADE E OS OBJETIVOS DO ESTADO
Fins expansivos à crescimento desmesurado do Estado,
anulando o indivíduo;
Referência: estados totalitários
◦ Utilitárias:
◦ Desenvolvimento material
◦ Estado do bem-estar
◦ Éticas:
◦ Estado é fonte moral, onipotente e onipresente, não se tolerando
qualquer comportamento que não seja rigorosamente de acordo com
a moral oficial.
A FINALIDADE E OS OBJETIVOS DO ESTADO 
Fins limitados à O Estado é mero vigilante da ordem social. Não
se admite que tome iniciativa, sobretudo na área econômica.
◦ Estado-polícia àsegurança dos indivíduos
◦ Estado-liberal à liberdade individual
◦ Estado de Direito à homem titular de direitos naturais, com
base nos quais nasceram a sociedade e o Estado.
◦ Espera-se uma rigorosa aplicação do Direito.
◦ Concepção formal do Direito
◦ Conflito entre Direito e Justiça.
A FINALIDADE E OS OBJETIVOS DO ESTADO 
Fins relativos à busca-se uma nova relação entre o Estado e os
indivíduos;
Ideia de solidariedade:
◦ Tem foco no povo (valores culturais que produzem efeitos sociais)
Funções do Estado:
◦ Conservar, ordenar e ajudar.
PODER DO ESTADO
Poder Dominante:
◦ Exclusivo do Estado;
◦ Há o imperium;
◦ É originário e irresistível.
Poder Não-Dominante:
◦ Existe nas demais sociedades;
◦ Disciplinador;
◦ Desprovido de imperium.
PODER DO ESTADO
Tem na base da vida social uma ordem jurídica
O poder ou dominação estatal não é o de que uns homens
estão submetidos a outros, mas que todos estão submetidos
às normas.
CONCEITO DE ESTADO
2 referências:
◦ Enfatiza o elemento concreto ligado à noção de força
◦ Realça sua natureza jurídica – noção de ordem.
CONCEITO DE ESTADO - FORÇA
Duguit à “força material irresistível, limitada e regulada pelo
direito”.
Burdeau à “institucionalização do poder”. è Monopólio
CONCEITO DE ESTADO - ORDEM
Jellinek à “corporação territorial dotada de um poder de
mando originário”.
Kelsen à “ordem coativa normativa da conduta humana”.
CONCEITO DE ESTADO 
Dallari à “Ordem jurídica soberana que tem por fim o bem
comum de um povo situado em determinado território”.
OBRIGADO

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