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1 TGA Abordagem Clássica da Administração 1 No despontar do século XX, surge a Abordagem Clássica da Administração. Ela está desdobrada em duas orientações diferentes e, até certo ponto, opostas entre si, mas que se complementam com relativa coerência: De um lado, a Administração Científica desenvolvida nos Estados Unidos, a partir dos trabalhos de Taylor. De outro, a corrente dos anatomistas e fisiologistas ( Teoria Clássica ) da organização, desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de Fayol. 2 TGA 2 Abordagem Clássica da Administração Administração Científica Teoria Clássica Taylor Fayol Ênfase nas Tarefas Ênfase na Estrutura ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 3 TGA Administração Científica FREDERICK WINSLOW TAYLOR (1856-1915) Engenheiro americano. Vindo de uma família quaker, de princípios rígidos e mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. 3 4 TGA Administração Científica 4 Ênfase: Chão de Fábrica – Tarefas Enfoque: Produção Aumentar a eficiência no nível operacional As tarefas do cargo e seu ocupante constituem a unidade fundamental da organização De baixo para cima: do operário para o gerente, das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização da fábrica) ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO 5 TGA Variáveis básicas da Teoria Geral da Administração Fonte: Chiavenato, I. Introdução à TGA, Makron Books, 1998. TAREFAS PESSOAS TECNOLOGI A AMBIENTE ESTRUTURA ORGANIZAÇÃO 6 Foco nas tarefas abordagem que considera a Administração uma ciência aplicada na racionalização e no planejamento das atividades operacionais. 7 TGA 7 Organização Racional do Trabalho (ORT) Tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares por métodos científicos. A Administração fica com o planejamento e a supervisão, enquanto o trabalhador fica somente com a execução do trabalho. 1. Análise do trabalho e estudo de tempos e movimentos 2. Estudo da fadiga humana 3. Divisão do trabalho e especialização do operário 4. Desenho de cargos e de tarefas 5. Incentivos salariais e prêmios de produção 6. Conceito de homo economicus 7. Condições ambientais de trabalho 8. Padronização 9. Supervisão funcional Análise do Trabalho e Estudo dos Tempos e Movimentos Decompor cada tarefa e cada operação da tarefa numa série ordenada de movimentos simples Resultados: Movimentos racionalizados e tempo-padrão 8 ESTUDO DA FADIGA HUMANA 9 O estudo de tempos e movimentos diminui a fadiga, que é um grande redutor de eficiência, ao: evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa, executar o mais fisiologicamente econômico possível, dar aos movimentos uma seriação e ritmo apropriado. 10 Contribuições do casal Frank e Lilian Gilbreth PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DE MOVIMENTOS relativos ao uso do corpo humano relativos ao arranjo material do local de trabalho relativos ao desempenho das ferramentas e dos equipamentos MOVIMENTOS ELEMENTARES: THERBLIGS* FÓRMULA DA EFICIÊNCIA TÉCNICAS DE SIMBOLIZAÇÃO DO TRABALHO (fluxogramas) TGA 11 Divisão do Trabalho e Especialização do Operário Tarefa total Um operário desempenha a tarefa total Vários operários desempenham em paralelo partes da tarefa Vários operários desempenham em série partes da tarefa TGA 12 DIVISÃO DO TRABALHO NA INDÚSTRIA Uma pessoa que realiza as cinco fases necessárias na fabricação de um produto só consegue produzir 1 UNIDADE 13 DIVISÃO DO TRABALHO NA INDÚSTRIA Cinco pessoas, cada uma especializada na execução de uma das cinco fases da fabricação, fabricam no mínimo 10 UNIDADES no mesmo período que 1 fabricaria 1 14 Incentivos Salariais e Prêmios de Produção Remuneração baseada no tempo para a remuneração baseada na produção; Tempo-padrão como 100% de eficiência; Produção até o nível de 100% remuneração por unidade produzida; Produção acima do nível de 100% remuneração por unidade produzida + prêmio de produção. 100% 110% Prêmio de Produção TGA Homo economicus 15 16 Padronização TGA DESENHO DE CARGOS E TAREFAS E SUPERVISÃO FUNCIONAL 17 18 TGA 18 Organização Racional do Trabalho Estudo de tempos e movimentos Estudo da fadiga humana Determinação do método de trabalho Seleção científica do trabalhador Padrão de produção Incentivos salariais Supervisão funcional Condições ambientais Máxima eficiência Maiores lucros e salários 19 TGA 19 Henry Ford (1863-1947) •Engenheiro americano •Fundador da Ford Motor Co. •Responsável direto pela expansão da produção em massa e “popularização” dos automóveis. Contribuições de Ford 20 TGA 20 Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produção em massa, tomando como base a divisão do trabalho e aprimorando outros princípios tayloristas; Inovou na organização do trabalho: a produção de maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível; Em 1913 já fabricava 800 carros por dia. Em 1926 já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 pessoas, fabricando 2.000.000 de carros por ano; Estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares por dia e jornada diária de oito horas, quando na época, a jornada de trabalho variava entre dez e doze horas; Utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial ao produto acabado, além da concentração horizontal através de uma cadeia de distribuição comercial por meio de agências próprias. 21 Princípios Básicos de Ford Princípio de intensificação: diminuir o tempo de produção com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria- prima, e rápida colocação do produto no mercado Princípio da economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação. Princípio de produtividade: Consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período, através da especialização e da linha de montagem 22 Lendário Ford T completa 105 anos Primeiro modelo a sair das linhas de produção em massa da Ford e marco da indústria automobilística mundial, o lendário Ford T deu o pontapé inicial à produção de automóveis, ao ser vendido oficialmente nos Estados Unidos em 27 de setembro de 1908. Até meados de 1927, fim do modelo, foram vendidos 15 milhões de unidades.“O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto”. TGA 23 TGA http://youtu.be/58xRsfJP4N8 A especialização das tarefas e a linha de montagem permitia a produção em série, e em grandes quantidades, de um produto padronizado). - a progressão do produto produzido - é planejada, ordenada e contínua - o trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixar para o operário a iniciativa de ir buscá-lo. 24 Críticas ao modelo Tempos Modernos TGA 25 TGA 25 Críticas à Administração Científica 1. Abordagem Mecanicista 2. Superespecialização do Operário 3. Visão Microscópica do Homem 4. Ausência de Comprovação Científica 5. Abordagem Incompleta da Organização 6. Limitação do Campo de Aplicação 7. Abordagem Normativa e Prescritiva 8. Abordagem de Sistema Fechado Uma pergunta: Taylorismo: após 100 anos nada superou o modelo de gestão? 26 TGA Teoria Clássica da Administração HENRI FAYOL ( 1841-1925) Nasceu em Constantinopla; Formou-se em Engenharia de Minas; É considerado juntamente com Taylor um dos fundadores da moderna Administração; Definiu as funções básicas da empresa; O conceito de Administração, bem como os princípios gerais de Administração. 26 27 TGA Teoria Clássica da Administração Aumentar a eficiência da empresa; Ênfase na anatomia (estrutura) e fisiologia (funcionamento da organização); Abordagem de cima para baixo: da direção para a execução e do todo (organização) para as suas partes componentes (departamentos) A Teoria Clássica prescreve os elementos da Administração (funções da empresa e do administrador) e os princípios gerais que o administrador deve seguir na sua atividade. 27 28 TGA Variáveis básicas da Teoria Geral da Administração Fonte: Chiavenato, I. Introdução à TGA, Makron Books, 1998. TAREFAS PESSOAS TECNOLOGI A AMBIENTE ESTRUTURA ORGANIZAÇÃO 29 Foco na estrutura abordagem que considera a Administração uma ciência que cuida da configuração e da estruturação das organizações. 30 TGA As Funções Básicas da Organização Para Fayol, toda empresa apresenta seis funções: 1. Funções Técnicas – relacionadas com a produção de bens ou serviços da empresa. 2. Funções Comerciais – relacionadas com a compra, venda e permutação. 3. Funções Financeiras – relacionadas com a procura e gerência de capitais. 30 31 TGA As Funções Básicas da Organização 31 4. Funções de Segurança – relacionadas com a proteção e preservação de bens e das pessoas 5. Funções Contábeis – relacionadas com inventários, balanços, custos e estatísticas 6. Funções Administrativas – relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. 32 TGA As Funções Básicas da Organização 32 Funções Administrativas Funções Técnicas Funções Comerciais Funções Financeiras Funções de Segurança Funções Contábeis Prever Organizar Comandar Coordenar Controlar 33 33 Funções Administrativas TGA Fayol define o ato de administrar como: Processo Significado Planejamento Decisões sobre objetivos e recursos necessários para realizá-los. (plano de ação a médio e longo prazo) Organização Decisões sobre a divisão de autoridade, responsabilidades e recursos para realizar tarefas e objetivos. (estrutura humana e material) Comando Decisões de execução de planos. Direção, coordenação e autogestão são estratégias de execução. Coordenação Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos, tendo em vista os objetivos da organização. Controle Decisões para assegurar a realização dos objetivos. 34 Proporcionalidade das Funções Administrativas TGA 34 A Função Administrativa não é exclusiva da alta cúpula, mas se reparte por todos os níveis da hierarquia da empresa. Não se concentra no topo da empresa, nem é privilégio dos diretores, mas é distribuída proporcionalmente entre todos. À medida que se desce na escala hierárquica, mais aumenta a proporção das outras funções (não administrativas) da empresa, e, à medida que se sobe na escala hierárquica, mais aumenta a extensão e o volume das funções administrativas. 35 TGA 35 Proporcionalidade das Funções Administrativas Funções Administrativas • Prever • Organizar • Comandar • Coordenar • Controlar Outras Funções Não-Administrativas Níveis Hierárquicos Mais Elevados Mais Baixos 36 TGA 36 14 Princípios Gerais e Universais • Divisão do trabalho • Autoridade e Responsabilidade • Disciplina • Cadeia escalar • Unidade de direção • Unidade de comando • Centralização • Subordinação dos interesses individuais aos gerais • Remuneração do pessoal • Estabilidade • Ordem • Equidade • Iniciativa • Espírito de equipe 37 TGA Críticas à Teoria Clássica 37 1. Abordagem Simplificada da Organização Formal 2. Ausência de Trabalhos Experimentais 3. Extremo Racionalismo na concepção da Administração 4. “Teoria da Máquina” 5. Abordagem Incompleta da Organização 6. Abordagem de Sistema Fechado 38 TGA Confronto das teorias de Taylor e Fayol 38 Taylor Fayol Administração Científica Teoria Clássica Ênfase nas Tarefas Ênfase nas Estruturas Aumentar a eficiência da empresa, por meio do aumento de eficiência ao nível operacional Aumentar a eficiência da empresa, por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização e das suas interrelações estruturais 39 Referências Bibliográficas TAYLOR, Frederick W. Princípios da administração científica. São Paulo: Editora Atlas S.A., 1995. PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século 20: taylorismo, fordismo e toyotismo. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010. ISBN 978- 85-7743-028-4. DAFT, Richard L. Administração. 6. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2006. MAXIMIANO, Antonio Cesar A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 3. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2002. ARAÚJO, Luis César G. Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras. Ed. Atlas, SP, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4. ed. São Paulo: Makron, 1993. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo : Atlas, 2000. TGA
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