Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CALIBRAÇÃO 2 1º - Padrões externos É a forma mais utilizada de calibração. São utilizadas soluções contendo concentrações conhecidas do analito. Formas de calibração Os padrões são considerados “externos” pois são preparados e analisados separadamente das amostras. Normalmente são utilizados soluções com concentrações crescentes do padrão do analito e correlacionando-se a resposta instrumental com a concentração, se obtêm uma curva de calibração. 3 Formas de calibração • A curva de calibração pode ser linear (correlação entre resposta instrumental e concentração apresenta função linear) ou polinomial (correlação entre resposta instrumental e concentração apresenta função polinomial). Curva de calibração Curva de calibração linear não linear 4 Formas de calibração • A curva linear é mais adequada pois apresenta a mesma sensibilidade para toda a faixa de calibração. Nas curvas não lineares, a sensibilidade é função da concentração. • Um método espectrofotometrico para a determinação quantitativa de Pb2+ em sangue forneceu uma curva de calibração linear com a seguinte equação: Y = 0.296 X + 0.003 Sabendo que a curva foi construída na faixa de ug/L, qual a concentração de Pb em uma amostra que apresentou uma absorbância de 0.397? Exemplo 5 Formas de calibração Limitação da curva de calibração normal • A relação entre a resposta instrumental (Spadrão e Cpadrão) é determinada quando o analito está presente na matriz da solução padrão que pode ser diferente da matriz da amostra. • Quando se utiliza a curva de calibração normal, assumimos que qualquer diferença entre a matriz dos padrões e a matriz da amostra não afeta a inclinação da curva (sensibilidade). • Um erro proporcional determinado é introduzido quando as diferenças entre as duas matrizes afetam a sensibilidade, como ilustrado na figura. 6 Formas de calibração Para se avaliar se as diferenças entre as inclinações das curvas são significativas, pode se aplicar os testes estatísticos F e t. Formas de calibração • Quando o efeito de matriz é esperado e a matriz da amostra é conhecida, pode-se realizar uma curva por ajuste de matriz (matrix matching). • Neste método de calibração, a matriz da amostra é adicionada nos padrões de calibração de modo a se compatibilizar a matriz e minimizar os erros. Obs: nem sempre se consegue realizar o ajuste de matriz, pois muitas vezes é difícil obter a matriz sem o analito. 8 Formas de calibração 2º - Adição de padrão • É uma forma de calibração muito utilizada quando se tem efeito de matriz e não é possível realizar o ajuste de matriz. • Neste método de calibração, quantidades conhecidas do analito são adicionadas a balões contendo volumes fixos da amostra. Posteriormente, o volume do balão é completado com um diluente adequado (água, ácidos diluídos, solventes orgânicos, etc.) • As respostas instrumentais são obtidas para cada uma das soluções e se obtém a relação linear entre a quantidade de analito adicionada e a resposta instrumental. 9 Formas de calibração 2º - Adição de padrão Exemplo do preparo de uma curva de calibração por adições de padrão 10 Formas de calibração 2º - Adição de padrão • Cuidados • Deve-se ter uma idéia da concentração do analito na amostra para se definir a alíquota da amostra a ser tomada e as adições do padrão que serão realizadas. • A faixa linear da técnica de medida deve ser respeitada, ou seja, a soma da concentração do analito na amostra e da adição do padrão no último ponto deve ser menor que limite da faixa linear. 11 Formas de calibração 2º - Adição de padrão • Cálculo Extrapolação no gráfico ou Utilizar a equação linear e calcular x quando y = 0 12 Formas de calibração 2º - Adição de padrão • Como a curva de calibração por adição de padrão é construída na amostra, ela não pode ser estendida para a análise de outras amostras. Desta forma, para cada amostra deve-se construir uma curva de calibração. Este fato dificulta a aplicação deste método de calibração para análises de rotina, onde um grande número de amostras precisa ser analisado. • O método de adições de padrão pode ser utilizado para checar a validade da curva de calibração por padrões externos (avaliação do efeito de matriz). 13 Formas de calibração 3º - Padrão Interno O sucesso da utilização dos métodos de calibração com padrões internos e de adições de padrão depende da habilidade do analista manusear amostras e padrões reprodutivelmente e da estabilidade do equipamento. • Quando o procedimento não pode ser controlado de forma que todas as amostras e padrões são tratados igualmente, a exatidão e precisão do método podem ser comprometidos. • Nos casos onde o processo analítico não é reprodutível, a padronização é possível se o sinal do analito for referenciado ao sinal gerado por outra espécie que foi adicionada em concentração fixa e conhecida em todos os padrões e amostras. • A espécie adicionada é chamada de padrão interno e deve ser essencialmente diferente do analito. 14 Formas de calibração 3º - Padrão Interno • Desde que o analito e o padrão interno em qualquer amostra ou padrão recebem o mesmo tratamento e estão sujeitos as mesmas variações, a razão dos sinais não será afetada. • Se uma solução contem um analito de concentração CA e um padrão interno de concentração CPI, então o sinal devido ao analito, SA, e ao padrão interno, SPI, são: SA = kACA e SPI = kPICPI Sendo kA e kPI, as sensibilidades do analito e do padrão interno Para se facilitar a aplicação do padrão interno, plota-se a curva de calibração relacionando-se a razão sinal do analito (SA)/sinal do padrão interno (SPI) X a concentração do analito (CA) Para se obter a concentração do analito na amostra, basta utilizar a razão sinal do analito na amostra/sinal do padrão interno e jogar na equação da curva de calibração. 15 Formas de calibração 3º - Padrão Interno Características desejáveis: • Ter comportamento semelhante ao do analito de interesse, de forma a estar sujeito as mesmas interferências e flutuações que o analito. • Ser detectado simultaneamente ao analito (técnicas multielementares) e ter sinal distinto do sinal do analito. • Idealmente não estar presente na amostra (adiciona-se uma quantidade conhecida e constante) em todas as soluções (brancos, padrões, amostras). 16 Exemplo Na determinação de anfetaminas em urina por HPLC, a efedrina foi utilizada como padrão interno. Os dois compostos apresentam tempos de retenção distintos. Os resultados obtidos para a curva de calibração, branco e amostra são apresentados abaixo: Amostra Conc. Analito (mg/L) Área Conc. PI (mg/L) Área Branco 0 216 1,0 50289 Padrão 1 0,05 4529 1,0 48370 Padrão 2 0,10 11312 1,0 52360 Padrão 3 0,25 18659 1,0 42390 Padrão 4 0,50 43269 1,0 46350 Padrão 5 1,0 98562 1,0 53240 Branco amostra - 515 1,0 47235 Amostra - 63917 1,0 56759 17 Métodos espectrométricos e cromatográficos Formas de calibração 1º - Padrões externos Concentração (crescente) x Resposta Instrumental 2º - Padrões internos C R I Curva de calibração Curva de calibração com adição de matriz Curva com ajuste de matriz Inclinações das curvas avaliadas pelos testes estatísticosF e t. Tcalc < Ttab as médias não diferem Tcalc > Ttab as média diferem Adição de Padrão Quando não existir matriz sem o analito Estratégia para melhorar a exatidão e precisão PI adicionado em todas as soluções (brancos, padrões, amostras) Resumo 18 Parâmetros para calibração Coeficiente de correlação – utilizado para estimar o ajuste dos pontos experimentais à linha que é utilizada para estabelecer a relação linear. i i ii i i i yyxx yyxx r 2/122 ])(][)({[ )])([( -1 ≤ r +1 19 Exemplos R = 1 0 2 4 6 8 10 12 14 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 Concentração Re sp os ta in str um en tal R = -1 0 2 4 6 8 10 12 14 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 concentração Re sp os ta in str um en tal R = 0.3865 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 Concentração Re sp os ta in str um en tal Em química analítica normalmente se trabalha com valores de r > que 0,99 (em módulo) 21 Pelo Excel.... y = 1,9304x + 1,5179 R2 = 0,9978 0 5 10 15 20 25 30 0 2 4 6 8 10 12 14 Série1 Linear (Série1)
Compartilhar