2 Aula 8 IRRIGACAO E DRENAGEM AGRONOMIA Condutos Livres

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Irrigação e Drenagem 
Curso: Agronomia 
Professor: Matheus de F. B. Colares 
MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR 
SUPERFÍCIE 
 
PRINCIPAIS VANTAGENS DO MÉTODO POR SUPERFÍCIE: 
Menor custo fixo e operacional; 
Requer equipamentos simples; 
Não sofre efeitos do vento; 
Permite a utilização da água com sólidos em suspensão; 
Não requer mão de obra especializada; 
MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR 
SUPERFÍCIE 
PRINCIPAIS DESVANTAGENS DO MÉTODO POR SUPERFÍCIE: 
• Dependência de condições topográficas; 
• Requer sistematização do solo mais rigorosa; 
• O manejo das irrigações é mais complexo; 
• Baixa eficiência na distribuição de água; 
• Requer muita mão de obra (Irrigante). 
• Muito agressivo ao meio ambiente (Risco de Salinização); 
• Medidas efetivas de controle de erosão devem ser adotadas; 
MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR 
SUPERFÍCIE 
PRINCIPAIS DESVANTAGENS DO MÉTODO POR SUPERFÍCIE: 
• Limitada divulgação pela indústria e pelos técnicos. Não há 
interesse comercial envolvidos; 
• A cultura deve-se adaptar ao sistema de irrigação. Assim, 
torna-se praticamente impossível desenvolver um eficiente 
sistema de irrigação por superfície em qualquer cultura 
instalada, sem a previsão de ser irrigada. 
 
Sistemas de Irrigação: 
 
 
• Irrigação por sulcos 
 
• Irrigação por inundação  faixas 
  tabuleiros 
 
 
 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
• A irrigação por sulcos é um sistema do 
método superficial que consiste na 
distribuição de água através de pequenos 
canais (os sulcos), paralelos às fileiras de 
plantas. 
• Considera-se que: 
– O tempo em que a água escoa e infiltra deve ser 
suficiente para umedecer a zona do perfil do solo 
onde estão as raízes da espécie cultivada. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Nesse sistema, a água se infiltra no fundo e nas laterais do sulco 
(perímetro molhado) se movimentando vertical e 
horizontalmente no perfil do solo e proporcionando a umidade 
necessária para o desenvolvimento vegetal. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Componentes do sistema: 
• fonte de água; 
• canal (ou tubulação) adutor; 
• canais principais, secundários e “regadeiras”; 
• estruturas medidoras de vazão (nos canais); 
• sifões, “spiles” e tubos janelados; 
• sulcos; 
• canais de drenagem. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
A irrigação por sulcos não molha toda a superfície do 
solo, molhando normalmente de 30 a 80% da 
superfície do solo, dependendo do espaçamento entre 
sulcos e da cultura a ser irrigada. 
Espaçamento entre sulcos: 
Em função do espaçamento da cultura, da penetração lateral da 
água no solo e da largura das máquinas usadas nos tratos culturais 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Declividade: 
De 0,2 a 0,5% para solos arenosos e de 0,5 a 1,5% nos solos mais 
argilosos. Deve-se cuidar para que não haja erosão do terreno. 
 
 
 
 
 
 
A água permanece muito mais tempo em contato com o início 
do sulco que com a parte final. 
 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Vazão: 
Depende da lâmina de irrigação, da textura do solo e da 
extensão do sulco. Recomenda-se uma vazão máxima não 
erosiva até a água atingir o final do sulco, quando ela será 
reduzida à metade ou um terço da inicial. 
 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
 
 
Onde C e a são constantes e S é a declividade longitudinal do sulco (%) 
 
 
 
 
 
 
Por exemplo, para um sulco com declividade de 1% num solo de textura fina, 
 
Qmax = 0,988 / 1 0,550 
Qmax = 0,99 l/s 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Qmax (l/s) = C / S a 
LÂMINA APLICADA NO SULCO 
 
LM = 3600 . 
Tt . Qmax
F . L
 
 
Onde: 
LM é a lâmina média (mm), 
Tt o tempo total de aplicação de água (h), 
Qmax a vazão do sulco (l/s), 
L o comprimento do sulco (m) e 
F a largura da faixa umedecida pelo sulco (m). 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
LÂMINA APLICADA NO SULCO 
 
Por exemplo, para um tempo de 1 hora, vazão de 1 l/s e largura da 
faixa de 90cm e 100 m de comprimento: 
LM = 3600 . 
1 . 𝟎,𝟗𝟗
 0,9 . 𝟏𝟎𝟎
 
 
LM = 39,6 mm 
 
Na verdade, o cálculo é feito na ordem inversa. Em geral conhecemos 
a lâmina a ser aplicada e determinamos o tempo que deve durar a 
irrigação. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Comprimento: 
Varia de 30 a 200 m, mas depende do solo, da vazão e 
da uniformidade do terreno. O ideal é que percorra 
toda a extensão da parcela. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Formas usuais de construção de sulcos 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Solos argilosos: maior área 
de contato para a água 
infiltrar 
Sulco em V 
Sulco em U 
Fases de irrigação por sulcos 
Fase de avanço 
Esta fase começa com a entrada de água no início do sulco 
e termina quando a água chega ao final do sulco. 
 
Fase de reposição 
Depois que o espelho d’água está totalmente formado (final 
do tempo de avanço), começa a fase de reposição da água 
no solo, na qual a água permanece escoando até que a 
frente de molhamento atinja toda a zona radicular no final 
do sulco. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Fase de recessão vertical 
Após o encerramento da reposição da água no solo, o 
fornecimento de água é interrompido e tem início a 
fase de recessão vertical, em que a água permanece 
escoando e infiltrando até que apareça a primeira 
porção de superfície do sulco sem água fluindo. 
 
Fase de recessão horizontal 
Esta fase termina quando toda a superfície do sulco 
apresenta-se drenada. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
É altamente recomendável realizar um teste de avanço 
da água no sulco. Este teste é um procedimento de 
campo, que relaciona o tempo que a água leva para 
percorrer distâncias pré-definidas. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Eficiência do sistema de irrigação por sulcos 
 
Eficiência de condução (Ec) 
 
As perdas de água ocorrem entre a captação d’água 
(bomba) e a entrada na parcela de irrigação. As perdas 
podem ocorrer de diferentes fontes: vazamentos nos 
condutos, evaporação direta se a água é transportada 
através de canais abertos, percolação se os canais não 
forem revestidos. 
 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Eficiência de condução (Ec) 
 
Ec = 100 . 
Vd
Va
 
 
onde: 
Ec = eficiência de condução (%) 
Va = volume d’água aplicado na área de irrigação (m3) 
Vd = volume d’água derivada para irrigação (m3) 
 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Eficiência de distribuição (Ed) 
Refere-se a uniformidade de infiltração ao longo do 
sulco. Não considera perdas de água, mas sim 
uniformidade de distribuição de irrigação. Esta 
eficiência deve ser superior a 70%, exceto para solos 
muito permeáveis. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Eficiência de distribuição (Ed) 
 
Ed = 
Lf
Lf + Li
2
 . 100 
 
onde: 
Ed = eficiência de distribuição (%) 
Li = Lâmina infiltrada no início do sulco (mm) 
Lf = Lâmina infiltrada no final do sulco (mm) 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Eficiência de aplicação (Ea) 
É a percentagem do total da água aplicada na irrigação 
que é útil às culturas. A eficiência de aplicação mínima 
admitida é de 60%. O ideal é de 70%. 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
Eficiência de aplicação (Ea) 
 
Ea = 
Lf
L𝐭
 . 100 
 
onde: 
Ea = eficiência de aplicação (%) 
Lf = Lâmina infiltrada no final do sulco(mm) 
Lt = Lâmina total aplicada no sulco (mm) 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
IRRIGAÇÃO POR SULCOS 
https://www.youtube.com/watch?v=Ya5ikTKZgIo 
 
https://www.youtube.com/watch?v=cMVFCeoysXc 
 
https://www.youtube.com/watch?v=amrCMakolKA