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Hargreaves Samani

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MANEJO DE IRRIGAÇÃO 
UTILIZANDO O MODELO
DE HARGREAVES
& SAMANI 
Salomão de Sousa Medeiros
 Cláudia Facini Reis
José Amilton Santos Júnior
Márcio Roberto Klein
Maycon Diego Ribeiro
Flávio Daniel Szekut
Delfran Batista dos Santos 
Av. Francisco Lopes de Almeida
Bairro Serrotão | CEP: 58434-700
Campina Grande-PB
+55 83 3315.6400
www.insa.org.br
CARTILHA
2013
REALIZAÇÃO:
APOIO:
Governo do Brasil
Presidência da República
Dilma Vana Rousseff
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Marco Antonio Raupp
Instituto Nacional do Semiárido
Diretor
Ignacio Hernán Salcedo
Assessores Técnicos
Salomão de Sousa Medeiros
Aldrin Martin Perez-Marin
Assistente Técnico
Vinícius Sampaio Duarte
Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica
Wedscley Oliveira de Melo 
Este material didático foi produzido 
para apoiar a execução do projeto 
Planejamento, Gerenciamento e Uso 
Racional de Água em Áreas Irrigadas do 
Semiárido Brasileiro, cujo objetivo é 
introduzir e adaptar tecnologias de 
planejamento, gerenciamento e uso 
racional de água em áreas irrigadas do 
Semiárido brasileiro, visando à conservação 
dos recursos hídricos, prevenção da 
sal inidade do solo e aumento da 
produtividade das culturas, mediante 
capacitação e treinamento de pessoal 
envolvido em pólos de irrigação estando 
essa atividade em consonância com a Lei Nº 
12.787, de 11 de janeiro de 2013, que trata 
da Política Nacional de Irrigação.
O projeto conta com apoio 
financeiro do Banco do Nordeste do Brasil – 
BNB, através do Fundo de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico – FUNDECI, e apoio 
logístico operacional da Companhia de 
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco 
e do Parnaíba – CODEVASF.
APRESENTAÇÃO
Ignacio Hernán Salcedo
Diretor
RESUMO DAS ETAPAS PARA ESTIMATIVA DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O manejo de irrigação tem como finalidade a promoção do uso racional da água no 
setor agrícola, em especial nas áreas localizadas no Semiárido brasileiro que apresenta 
disponibilidade hídrica reduzida, permitindo assim uma maior eficiência no consumo 
de água e a sustentabilidade econômica, social e ambiental da prática de irrigação.
CÁLCULO DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO
Cálculo da L i
ETcCálculo da Seleção da E i
Fluxograma para cálculo da L .
i
Lâmina de irr igação é a 
quantidade de água que deverá 
ser aplicada a cultura em cada 
evento de irrigação objetivando 
o suprimento das necessidades 
hídricasdas plantas (Equação 1).
Em que,
L = Lâmina de irrigação, mm/dia;
i
Et = Evapotranspiração da cultura, mm/dia; e
c
E = Eficiência de aplicação de água do sistema de irrigação, %.
i
Para estimativa da lâmina de irrigação é necessário calcular a evapotranspiração da 
cultura e conhecer e/ou determinar a eficiência de aplicação de água do sistema de irrigação.
A eficiência de aplicação de água de irrigação depende do tipo de sistema utilizado 
(aspersão, localizada e superfície), estado de conservação e modelo de operação adotado. Os 
valores utilizados para E devem ser oriundos da avaliação do próprio sistema, contudo, na 
i
falta deste, e para fins de estimativa da lâmina de irrigação pode-se considerar os valores da 
Tabela 1.
CÁLCULO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA
Cálculo da ETc
EToCálculo da Seleção do KC
Fluxograma para cálculo da ET .
c
Evapotranspiração da cultura é 
o somatório da quantidade de 
água evaporada pelo solo e 
t ransp i rada pe la p lanta , 
podendo ser estimada através 
da Equação 2.
Em que,
Et = Evapotranspiração de referência, mm/dia; e
o
K = Coeficiente de cultivo, adimensional.
c
Tabela 1. Eficiência de aplicação de água do sistema de irrigação (E )
i
(Equação 1)
i i
(Equação 2)
Variáveis Meteorológicas
T T Tméd máx min, e
Seleção da Ra
EToCálculo da Seleção do KC
Cálculo da L i
ETCálculo da Seleção da E i
(Tabela 3)
(Tabela 2)
(Tabela 1)
(Equação 3)
(Equação 2)
(Equação 1)
C
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
Tempo de Irrigação
(Equação 6)
x
O coeficiente de cultivo – K é específico para cada cultura explorada, sendo influenciado 
c
pelas características da planta, data de plantio, estádio de desenvolvimento e duração, condições 
climáticas e frequência de irrigação. Na literatura especializada existem valores de K tabelados 
c
para várias culturas, e na Tabela 2 encontram-se reunidos valores para algumas frutíferas.
CÁLCULO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA 
UTILIZANDO VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS
Cálculo da ETo
Variáveis Meteorológicas
T T Tméd máx min, e
Seleção da Ra
Fluxograma para cálculo da ET .
o
Evapotranspiração de referência é 
resultado do somatório da 
quantidade de água evaporada 
pelo solo e da transpirada por 
uma cultura hipotética (grama), 
podendo seu valor ser estimado 
utilizando o modelo proposto por 
Hargreaves & Samani (1982)
 (Equação 3).
Em que,
T = Temperatura média, °C 
méd
T = Temperatura máxima, °C 
máx
T = Temperatura mínima, °C 
min
2
R = Radiação extraterrestre, MJ/m por dia
a
VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS
As variáveis meteorológicas (temperaturas máxima, mínima e média) necessárias 
na estimativa da ET podem ser obtidas diretamente de uma estação meteorológica 
o
automatizada, convencional e/ou utilizando um termômetro de máxima e mínima.
ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
No Brasil existe uma extensa malha de estações meteorológicas automatizadas 
(Figura 1) e convencionais (Figura 2), que monitoram as condições climáticas em 
todas as regiões do País, cujos dados podem ser acessados via internet no site do 
Instituto Nacional de Meteorologia – INMET (www.inmet.gov.br).
ESTAÇÕES AUTOMÁTICAS
Nas estações meteorológicas automáticas as leituras das variáveis de temperatura 
são realizadas a cada hora; contudo, para obter a temperatura média diária é 
necessário calcular o valor médio das temperaturas instantâneas. Já a obtenção dos 
valores de temperatura máxima e mínima se dá através da localização do maior e 
menor registro da temperatura instantânea, respectivamente.
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas
ESTAÇÕES CONVENCIONAIS
Nas estações meteorológicas convencionais as leituras das variáveis de 
temperatura máxima, mínima e média podem ser obtidas diretamente, visto que 
seus registros são realizados 3 vezes ao dia nos horários de 09, 15 e 21h.
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesConvencionais
(Equação 3)
Tabela 2. Coeficiente de cultivo para diferentes culturas
84 107
TERMÔMETRO DE MÁXIMA E MÍNIMA
O termômetro de máxima e mínima registra as variações das temperaturas 
ocorridas em um dado local e em um período de tempo pré-estabelecido, cujos valores 
podem ser obtidos através de leituras diárias registradas em um termômetro (Figura 3). Após 
obtenção das leituras de temperatura é necessário acionar o dispositivo de reset para 
obtenção dos registros das temperaturas do dia subsequente.
Como o termômetro de máxima e mínima não registra a temperatura média o seu 
valor pode ser estimado através da Equação 4.
T = Temperatura média do ar, °C; 
méd
T = Temperatura máxima do ar, °C; e
máx
T = Temperatura mínima do ar, °C.
mín
Em que,
Figura 3. Termômetro de máxima e mínima analógico.
Figura 1. Estação meteorológica automatizada.
Figura 2. Estação meteorológica convencional.
(Equação 4)
O termômetro de máxima e 
mínima deve ficar protegido 
em um abrigo meteorológico. 
No sistema de irrigação localizada o cálculo pode ser realizado utilizado a Equação 6.
T =Tempo de irrigação, h; 
i
Np= Número de plantas por hectare;
N = Número de emissor por planta; 
e
q = Vazão do emissor, L/h.
e
RADIAÇÃO EXTRATERRESTRE
A radiação extraterrestre – R pode ser obtida para cada localidade em função da 
a
latitude e do mês de referência, conforme Tabela 3.
Tabela 3. Radiação extraterrestre para diferentes latitudes sul (graus).
Adaptado de Allen et al. (2006).
CÁLCULO DO TEMPO DE IRRIGAÇÃO
O tempo de irrigação refere-se ao tempo necessário que o sistema de irrigação deverá 
permanecer funcionando para aplicação da lâmina de irrigação.
Em sistema de irrigação por aspersão o cálculo pode ser realizado utilizado a Equação 5.
Em que,
T = Tempo de irrigação, h; e
i
IA = Intensidade de aplicação média dos emissores, mm/h.
i
(Equação 6)
(Equação 5)
Em que,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLEN, R.G.; PEREIRA, L.S.; RAES, D.; SMITH, J. Evapotranspiracion del cultivo: guias para la 
determinación de los requerimientos de agua de los cultivos. Roma: FAO, 2006. 298 p. 
(Estudio Riego e Drenaje, Paper, 56). 
FERREIRA, M.N.L. Distribuição radicular e consumo de água de goiabeira (Psidium guajava 
L.) irrigada por microaspersão em PetrolinaPE. 2004. 106p. Tese (Doutorado em Agronomia, 
Área de Concentração Irrigação e Drenagem), Escola Superior de Agricultura “Luiz de 
Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.
MIRANDA, F. R. Manejo da irrigação do coqueiro anão. Circular Técnica, 25. EMBRAPA. 2006. 
8p.
MIRANDA, F. R.; OLIVEIRA, J. J. G.; SOUZA, F. Evapotranspiração máxima e coeficiente de 
cultivo para a cultura da melancia irrigada por gotejamento. Revista Ciência Agronômica, v35, 
p. 36-43, 2004.
MIRANDA, F. R. BLEICHER, E. Evapotranspiração e coeficientes de cultivo e de irrigação para a 
cultura do melão (Cucumis melo L.) na região litorânea do Ceará. Boletim de Pesquisa e 
desenvolvimento 2. Fortaleza, EMBRAPA, 2001, 17p.
MONTENEGRO, A. A. T.; GOMES, A. R. M.; MIRANDA, F. R.; CRISÓSTOMO, L. A. 
Evapotranspiração e coeficiente de cultivo da bananeira para a região litorânea do Ceará. 
Revista Ciência Agronômica, v39, p.203-208, 2008.
MONTENEGRO, A. A. T.; BEZERRA, F. M. L.; LIMA, R. N. Evapotranspiração e coeficiente de 
cultura do mamoeiro para região litorânea do Ceará. Engenharia Agrícola , v24, p.464-472, 
2004.
=

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