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RESUMO NORMAS GERAIS DA TUTELA DO TRABALHO

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1 Resumos da Lyssia – Direito do Trabalho II – Unidade I – Normas Gerais da Tutela do Trabalho 
NORMAS GERAIS DA TUTELA DO TRABALHO 
1. JORNADA DE TRABALHO (Art. 58) 
É o período estabelecido no contrato da empresa que deve ser cumprido pelo empregado. 
A CLT prevê a duração não excedente de 8 horas diárias para o empregado, desde que não seja 
definido expressamente outro limite. Essas horas devem estar registradas em um documento que 
pode ser chamado de folha de ponto para o controle de horas. Ele anotará o seu horário de saída 
e término, além dos intervalos. 
Caso exceda esse limite, implica no pagamento, ao trabalhador, da hora extra prestada com 
adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da hora normal (art. 7º, XVI da CF). 
Os períodos de trabalho são classificados como: 
 Presencial, quando há um horário, local e forma de trabalho especificado; 
 E, não presencial, quando esses elementos não estão definidos. 
Ex: o trabalho de um motorista. 
 
A regra geral acima é aplicável a todos os trabalhadores, tanto urbano quanto rurais. A partir da 
Emenda Constitucional nº 72, de 02/04/2013, também os trabalhadores domésticos foram 
incluídos na proteção do art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal. 
 
2. HORAS IN ITINERE (Art. 58, §2º e Súmula nº 90 do TST) 
É o tempo gasto pelo empregado do trajeto de ida e volta do trabalho, quando este é um local de 
difícil acesso ou não servido por transporte público, sendo fornecido pelo empregador o transporte 
para essa locomoção. 
Deve-se ressaltar que local de difícil acesso não significa que seu acesso seja impossível, sendo 
suficiente, para a lei, que inexista transporte público regular disponível para os trabalhadores. 
Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as 
horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. 
Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que 
extrapola a jornada legal (8hs) é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o 
adicional respectivo. 
Não se caracteriza horas in itinere se o empregado utiliza seus meios próprios ou se o local onde 
trabalha é servido de transporte público regular. 
 
3. REGIME POR TEMPO PARCIAL E TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO 
Trabalho em regime de tempo parcial é aquele cuja duração não excede a 25 (vinte e cinco horas) 
semanais. 
Nos termos do artigo 29 da CLT, as condições especiais devem ser anotadas na carteira de 
trabalho do empregado. 
Dessa forma, o empregado submetido a uma jornada de trabalho por tempo parcial, por se tratar 
de uma condição especial, deve de ter anotada na sua CTPS. 
O salário pago ao empregado sob regime de tempo parcial é proporcional a sua jornada, em 
relação ao empregado que cumpre, nas mesmas funções, tempo integral. Importante esclarecer 
que o salário mínimo, que é fixado por lei, pode ser contratado por hora, dia e mês, de forma que, 
sendo o empregado contratado para trabalhar 4 (quatro) horas por dia, por exemplo, receberá o 
salário proporcional às horas trabalhadas. 
Os turnos ininterruptos são aqueles em que grupos de trabalhadores se sucedem nos mesmos 
locais de trabalho, cumprindo horários que permitam o funcionamento ininterrupto da empresa. 
 
2 Resumos da Lyssia – Direito do Trabalho II – Unidade I – Normas Gerais da Tutela do Trabalho 
Desta forma, considera-se que um trabalhador desenvolve suas atividades em turnos ininterruptos 
de revezamento quando sua jornada de trabalho abrange o dia e noite, ou seja, devido à escala 
de serviço, ora é realizada na parte da manhã, ora na parte da tarde e ora na parte da noite. 
Assim, para estes empregados, a duração da jornada trabalho está limitada a 06 horas diárias. 
Essa limitação tem como principal objetivo tentar proteger a saúde do empregado, vez que este 
tipo de jornada de trabalho, abrangendo varias horas do dia e da noite, ou seja, ora na parte da 
manhã, ora na parte da tarde, e ora na parte da noite, traz um desgaste muito maior para o 
trabalhador, que as jornadas convencionais. Nos termos do parágrafo § 4º do artigo 59 da CLT, os 
empregados que prestam suas atividades sob o regime de tempo parcial não poderão prestar 
horas extras. 
4. TRABALHO EXTRAORDINÁRIO, COMPENSAÇÃO E BANCO DE HORAS 
Considera-se como hora extra ou jornada de trabalho extraordinária o período de trabalho que 
exceder a jornada normal de trabalho do empregado. 
Desta forma, admite-se que o trabalhador preste seus serviços sob a forma de jornada 
extraordinária, no limite de até duas horas excedentes a jornada normal de trabalho. 
Entretanto, exige-se que as horas extras sejam previamente acordadas com o trabalhador, sendo 
seu compromisso firmado por escrito com o empregado ou através de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho. 
A não formalização do prévio acordo para a realização das horas extras não retira do Desta forma, 
o tempo trabalhado pelo empregado, além de sua jornada normal de trabalho, deve ser 
remunerado como hora extra. 
Neste sentido, a hora extra, por força de determinação legal, recebe em seu cálculo, além do 
pagamento da hora normal, um adicional de 50%, calculado sobre o valor da hora normal. 
Se ocorrer em períodos de feriados ou descanso semanal o pagamento será de 100% a mais no 
valor da hora. 
 
 
 
 
 
 
 
Após calcular o valor por hora, somar este com 50% ou 100% (que se refere ao adicional previsto 
em lei para as horas extras) do próprio valor por hora. Ou seja: 
 
[Em outras palavras, somar o valor por hora com a metade dele ou com ele mesmo, dependendo do caso] 
 
O empregador poderá, mediante a realização de acordo ou convenção coletiva de trabalho, 
instituir o banco de horas em sua empresa. 
Instituído o banco de horas, as horas excedentes de um dia poderão ser compensadas em outro 
dia posterior, sem o pagamento de horas extras. 
Desta forma, se um empregado trabalhou uma hora extra no dia de hoje, amanhã esta hora 
poderá ser compensada com o término de sua jornada de trabalho uma hora antes. 
Mas é importante ressaltar que o banco de horas sofre limitações, pois as horas a compensar, 
obrigatoriamente, não poderão exceder, no período máximo de um ano, a soma das jornadas 
Valor por 
hora 
50% ou 
100% do 
valor por 
hora 
Valor da 
hora extra 
 
3 Resumos da Lyssia – Direito do Trabalho II – Unidade I – Normas Gerais da Tutela do Trabalho 
semanais de trabalho previstas. E também não ultrapassar o limite máximo de dez horas diárias 
de trabalho. 
Em se tratando de rescisão do contrato de trabalho, o empregado terá o direito de receber as 
horas não compensadas no banco de horas, sob a forma de horas extras. 
 
5. TRABALHO NOTURNO (Art. 73) 
A jornada noturna é aquela que ocorre no período "considerado noturno", entre às 22 horas de um 
dia e 05 horas do dia seguinte, nas áreas urbanas, sendo utilizados outros critérios na área rural. 
Convém lembrar que se houver prorrogação da jornada noturna após as 05 horas, esta é 
considerada noturna até o seu término. Por exemplo: se o empregado que trabalha no horário das 
22 horas até às 05 horas realizar duas horas extras e sair às 07 horas da manhã, todo o período 
será considerado noturno. 
Quando o empregado realiza trabalho noturno, o empregador deverá pagar o adicional noturno. 
São todos os trabalhos realizados no horário inverso à jornada de trabalho normal. Dessas 
atividades, existem a de policiais, bombeiros, garçons, cozinheiros, etc. Conforme estabelecido 
pela CF e a CLT há regras específicas com relação a esse tipo de trabalho. É proibida a 
realização de trabalhonoturno para menores de 18 anos. Anteriormente, havia a proibição desse 
trabalho para mulheres, mas a Lei 7.855/1989 foi revogada e as mulheres passaram a ter os 
mesmos direitos dos homens. 
 Trabalho Noturno Urbano 
No trabalho noturno urbano, a hora equivale a 52 minutos e 30 segundos, sendo que sua jornada 
de trabalho poderá iniciar às 22 horas e terminar às 5 horas do outro dia. Haverá um acréscimo de 
20% na remuneração normal. 
 Trabalho Noturno Rural 
Para o trabalho rural neste período, a hora é igual a 60 minutos, podendo sua hora de trabalho 
iniciar às 21 horas e terminar às 5 horas do outro dia (em serviços na lavoura) e de 20 horas a 4 
horas (em serviços de pecuária). Haverá um acréscimo de 25% na remuneração normal. Obs.: A 
hora extra noturna possui um acréscimo de 50% na remuneração. 
Para calcular o valor da hora de trabalho noturna, multiplica o numero de horas extras com o valor 
da hora extra noturna vezes o valor da hora de trabalho normal. 
 
 
 
 
6. PERÍODOS DE DESCANSO: Intervalos; Repouso Semanal Remunerado; Férias 
Remuneradas. (Art. 66 ao art. 72, CLT e Súmula 110 do TST) 
Jornada de trabalho é o período diário que o empregado está à disposição do empregador. 
Contudo, dentro e fora dessa jornada, há um período obrigatório de descanso, chamados de 
intrajornada e interjornada. 
Intrajornada é o intervalo que acontece dentro das horas trabalhadas. Em qualquer trabalho 
contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para 
repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 hora e, salvo acordo escrito ou convenção 
coletiva em contrário, não poderá exceder de 2 horas. 
Nº de 
horas 
extras 
Valor da 
hora extra 
noturna 
Valor da 
hora de 
trabalho 
normal 
 
4 Resumos da Lyssia – Direito do Trabalho II – Unidade I – Normas Gerais da Tutela do Trabalho 
Não excedendo de 6 horas e ultrapassando 4 horas a duração do trabalho. Será obrigatório um 
intervalo de 15 minutos. 
 
Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. Porém, se passar de 
duas horas, o tempo a mais no intervalo é contabilizado. 
O limite mínimo de 1 hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do 
Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência 
Social, para isso é necessário que: 
I - os empregados não estejam submetidos a regime de trabalho prorrogado; e 
II - o estabelecimento empregador atenda às exigências concernentes à organização dos 
refeitórios e demais normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho. 
Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período 
de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos 
não deduzidos da duração normal de trabalho. 
Se não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período 
correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da 
remuneração da hora normal de trabalho. 
A interjornada é o descanso fora das horas trabalhadas, é o repouso que deve ocorrer entre uma 
jornada e outra de trabalho, devendo ser de pelo menos 11 horas. 
Caso a interjornada seja descumprida pelo empregador, este deve remunerar ao empregado as 
horas trabalhadas durante o previsto intervalo como hora extraordinária, com adicional de 50%, 
conforme Súmula 110 do TST. 
O empregado é assegurado a ter um descanso semanal de 24 horas CONSECUTIVAS, que por 
conveniência pública deve coincidir com o domingo, no todo ou em parte. 
É vedado o trabalho em dias de feriados nacionais e religiosos. Exceto em casos de serviços 
essenciais à população, como os médicos, policiais, bombeiros, etc. Devendo haver remuneração 
em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga. 
Para os empregados que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, a remuneração do 
descanso semanal, deverá corresponder à remuneração de um dia de serviço, computadas as 
horas extras habitualmente prestados, como determina o art. 7º, alínea ‘a’ da Lei 605/1949. 
Para o empregado que não trabalha todos os dias da semana, será calculado o descanso 
semanal remunerado proporcionalmente aos dias trabalhados. 
Para ter direito a remuneração relativa ao repouso semanal, com natureza salarial, devem estar 
presentes dois requisitos previstos no art. 6º da Lei 605/49, quais sejam: ausência de faltas 
injustificadas na semana anterior ao repouso semanal e observância ou pontualidade dos horários 
de trabalho seja na entrada ou na saída. 
Duração do Trabalho: menos de 
4 horas 
Sem Intervalo 
Duração do Trabalho: 4 à 6 
horas 
Intervalo de 15 
minutos 
Duração do Trabalho: mais de 6 
horas 
Intervalo de 1 hora, 
podendo chegar, no 
máximo, 2 horas 
 
5 Resumos da Lyssia – Direito do Trabalho II – Unidade I – Normas Gerais da Tutela do Trabalho 
Férias é o período de descanso anual, concedido ao empregado que trabalhar doze meses 
consecutivos para o mesmo empregador. Tal período é tecnicamente dividido pela doutrina 
jurídica especializada em "aquisitivo" e "concessivo". Representa o descanso ao qual o 
funcionário tem direito, para eliminar um pouco do estresse físico e mental causado pelo trabalho. 
A concessão de férias é ato exclusivo do empregador, e independe de pedido ou consentimento 
do trabalhador. 
As férias devem ser comunicadas com trinta dias de antecedência e não podem ser canceladas, a 
não ser que haja uma situação que efetivamente exija algo tão radical. O mesmo vale para o 
cancelamento durante o período das férias. 
A finalidade das férias é permitir ao trabalhador o descanso anual em condições e ambientes 
diferentes daqueles em que costuma executar suas tarefas e em que vive de forma cotidiana, a 
fim de preservar sua saúde física e mental. 
O período computado para contar os 12 meses trabalhados vai do dia em que o empregado foi 
admitido até completar um ano, por exemplo, supondo que ele tenha sido admitido no dia 
03/04/2010, ele completará um ano no dia 02/04/2011. 
 
O período de férias conta como tempo de serviço para contagem da aposentadoria. A legislação 
vigente não prevê antecipação de férias, desde que não sejam Férias Coletivas. 
A CLT, em seu artigo 473, enumera as ausências que não são computadas como faltas ao 
serviço. Assim, o empregado pode deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: 
 até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendentes, 
descendentes, irmão ou pessoa declarada em sua CTPS, que viva sob sua dependência 
econômica; 
 até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
 por 5 (cinco) dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana; 
(ADCT art 10, § 1º) 
 por um dia a cada doze meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue 
devidamente comprovada; 
 até 02 dias consecutivos ou não para o fim de se alistar como eleitor; 
Art. 130, CLT. Após cada período de 12 meses 
da vigência do contrato,o empregado terá 
direito à férias, na seguinte proporção: 
18 dias corridos: 
Se faltar entre 15 
a 23 vezes. 
30 dias corridos: 
Se não faltar 
mais de 5 vezes. 
24 dias corridos: 
Se faltar entre 6 
a 14 vezes. 
12 dias corridos: 
Se faltar entre 24 
a 32 vezes. 
 
6 Resumos da Lyssia – Direito do Trabalho II – Unidade I – Normas Gerais da Tutela do Trabalho 
 no período de tempo, em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar; 
 nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para 
ingresso em estabelecimento de ensino superior; 
 pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. 
O empregado terá direito a 30 dias de férias, caso não tenha faltado injustificadamentemais de 
cinco dias no ano. Caso tenha faltado mais de cinco dias sem justificativa, cumprem-se o 
apresentado na tabela acima, e, caso falte mais que isso, perder-se-á o período de férias. 
Se faltar acima de 32 dias 
Perde o período de férias 
 
A legislação considera trabalho em regime parcial de tempo aquele cuja duração não excede 25 
horas semanais. Nesse caso, a contagem dos dias de férias muda: 
Jornada de Trabalho 
Semanal 
Dias Corridos de 
Férias 
Dias Corridos de Férias 
Havendo mais de 07 
Faltas Injustificadas 
Mais de 22 até 25 horas 18 9 
Mais de 20 até 22 horas 16 8 
Mais de 15 até 20 horas 14 7 
Mais de 10 até 15 horas 12 6 
Mais de 5 até 10 horas 10 5 
Igual ou inferior a 5 horas 8 4 
 
A fixação do período de férias é ato exclusivo do empregador, não cabendo ao trabalhador o 
seu consentimento. O período de férias não pode começar no sábado, domingo ou feriado ou 
dia de compensação de repouso semanal. 
O empregado menor de 18 anos, quando estudante, terá direito a fazer coincidir suas férias com 
as férias escolares. 
Quando membros de uma família trabalharem num mesmo estabelecimento, terão o direito de 
gozar as férias no mesmo período, desde que não cause prejuízos ao serviço. 
O empregador poderá conceder as férias em dois períodos, desde que um deles não seja 
inferior a 10 dias corridos. Entretanto, para os empregados menores de 18 anos e maiores de 
50 anos, as férias deverão ser gozadas em somente um período. 
 
7 Resumos da Lyssia – Direito do Trabalho II – Unidade I – Normas Gerais da Tutela do Trabalho 
O empregador deverá pagar as férias, bem como o abono das férias, até dois dias antes de 
iniciar o período. O abono de férias corresponde a 1/3 do valor do salário bruto, ou seja, até 1/3 
do seu salário pode ser “vendido”. Os descontos referentes ao INSS e ao IRRF incidem sobre o 
salário das férias mais o abono. O valor referente ao FGTS deverá ser depositado de acordo 
com o salário mais o abono. 
As férias podem ser proporcional ou coletiva. 
FÉRIAS PROPORCIONAIS 
Férias proporcionais são aquelas concedidas ao funcionário que, tendo carteira assinada se 
desliga da empresa, exceto na demissão por justa causa. Sua previsão está no artigo 146 da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Assim, salvo a exceção mencionada, o empregado tem direito a remuneração relativa ao 
período incompleto de férias, ou seja, férias proporcionais, na proporção de 1/12 (um doze avos) 
por mês de serviço ou fração superior a 14 dias. 
Quando o empregado é demitido, ele tem direito às férias proporcionais. Quando demitido por 
justa causa, o empregado não tem direito a receber pelas férias proporcionais. O máximo que 
se pode cogitar será o pagamento de férias vencidas, na medida em que estas já se 
incorporaram ao patrimônio jurídico do trabalhador. 
A Súmula 261 do TST, reformulado pela Resolução 121/2003, dispõe: “O empregado que se 
demite antes de completar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais.” 
FÉRIAS COLETIVAS 
As férias coletivas são um instrumento de gestão bastante importante para as empresas que 
passam por períodos de queda de produtividade ou vendas, por exemplo, por ocasião das 
festas de final de ano. Nesse período, as empresas dão férias a seus funcionários, garantindo o 
cumprimento da Lei e a manutenção do emprego. A empresa pode conceder as férias coletivas 
a somente alguns setores da organização, mas todos os funcionários desse setor devem entrar 
em férias, caso contrário, elas serão consideradas inválidas. 
Os funcionários têm os mesmos direitos de pagamentos já descritos, sendo que o abono de 
férias deverá ser objeto de acordo entre o empregador e o sindicato da categoria. O período 
nunca pode ser inferior a 10 dias corridos. 
A empresa que conceder férias coletivas aos funcionários de um ou vários setores da empresa 
ou a toda ela, devem atender às seguintes formalidades: 
 Comunicar o órgão local do Ministério do Trabalho – informando o início e o final das férias, 
especificando, se for o caso, quais os estabelecimentos ou setores abrangidos; 
 Comunicar o Sindicato representativo da respectiva categoria profissional, da comunicação feita 
ao MTE; 
 Comunicar a todos os empregados envolvidos no processo, devendo afixar os avisos nos 
locais/postos de trabalho.

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