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CIÊNCIAS PENAIS.docx III

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CIÊNCIAS PENAIS 
DIREITO PENAL INTERTEMPORAL 
Lei Penal Intermediária ( pode ser retroativa e ultra ativa) 
É possível, em caso de sucessão de leis penais, a aplicação de uma lei intermediária mais favorável ao réu, ainda que não seja a lei em vigor, ainda que não seja a lei em vigor quando da prática da conduta criminosa ou a lei vigente à época do julgamento. 
Nesse sentido a lei intermediária é aquela que não era vigente à data do fato nem à data da prolação da sentença. Deve ser aplicada sempre que, comparativamente a ambas, for mais benéfica, o que faz surgi uma retroatividade em relação à lei anterior e uma ultra-atividade em relação a uma lei mais nova .
Ex. Ao tempo da conduta estava em vigor a lei “A”, sucedida pela lei “B”, encontrando-se em vigor ao tempo da sentença a lei “C”. 
Nada impede a aplicação da lei B, desde que se trate, entre todas, da mais favorável ao agente. Posição consagrada pelo STF. 
Lei penal excepcional e temporária
São normas autorrevogáveis, sendo que a lei penal temporária fixa uma data para o enceramento da sua vigência e a lei penal excepcional condiciona o término desta a uma determinada circunstancia (Ex. Guerra ou epidemia). 
Nesse sentido, se o fato ocorrer na vigência da lei penal temporária ou excepcional, será julgado com base nela, mesmo que isto se dê após o término de sua vigência. Embora revogada automaticamente, é possível a aplicação da lei temporária ou excepcional a fatos praticados no período em que estava em vigor.
Temporária – A lei traz expressamente em seu texto o dia do inicio, bem como o dia do término de sua vigência. 
Excepcional – Editada em virtude de situações também excepcionais, cuja vigência é limitada pela própria duração da excepcionalidade.
OBS.: A ultratividade dessas leis vida a frustrar o emprego de expedientes tendentes a impedira a imposição de suas sanções a fatos praticados nas proximidades de seu termo de vigência (temporal), ou da cessação das circunstancias excepcionais que a justificam (excepcional). 
Características: Auto revogação e Utratividade 
TEMPO DO CRIME 
Considerações introdutórias - Falar em tempo do crime é dizer, para fins penais, quando um crime ocorreu. Saber a definição de tempo do crime é indispensável para, por exemplo resolver questões de aplicação da lei penal a respeito da imputabilidade e da contagem de prescrição. Sendo assim, é necessária a identificação do momento em que se considera praticado o crime, para que se opere a aplicação da lei penal ao seu responsável. 
Teorias que buscam explicar o momento do crime 
Teoria da ação/atividade/conduta -> Por esta teoria, tempo do crime será o da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
Teoria do Resultado - Determina que tempo do crime será o da ocorrência do resultado. É irrelevante a ocasião da conduta. 
Teoria mista ou ubiquidade – Concede igual relevo aos dois momentos apontados pelas teorias anteriores, asseverando que tempo do crime será o da ação ou da omissão, bem como o do momento do resultado. 
O art. 4º do CP acolheu a teoria da atividade.
OBS.: Adota-se a teoria da atividade, uma vez que é nesse momento que o individuo exterioriza a sua vontade, violando o preceito primário. Isso evita o absurdo de uma conduta, praticada licitamente sob o império de uma lei, por ser considerada crime, em razão de o resultado vir a produzir-se sob o império da conduta (regra geral). 
A adoção da teoria da atividade apresenta relevantes consequências, tais como:
Aplica-se a lei em vigor ao tempo da conduta, exceto se a do tempo do resultado for mais benéfica;
A imputabilidade é apurada ao tempo da conduta;,
No crime permanente em que a conduta tenha se iniciado durante a vigência de uma lei, e prossiga durante o império de outra, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa. Fundamenta-se o raciocínio na reiteração de ofensa ao bem jurídico, já que a conduta criminosas continua a ser praticada depois da entra em vigor da lei nova, mais gravosa
Lei “A” mais benéfica _______Inicio da permanência______ Lei “B” mais grave_____Final da permanência.
Aplica-se LEI B
No crime continuado em que os fatos anteriores eram punidos por uma lei, operando-se o aumento da pena por lei nova, aplica-se esta ultima a toda a unidade delitiva, desde que sob a sua vigência continue a ser praticada. O crime continuado, em que pese ser constituído de vários delitos parcelares, é considerado crime único para fins de aplicação da pena. 
Lei “A” mais favorável _crimes I__II__III__ Lei “B” mais grave__ Crime_ IV ____ Aplica-se LEI B
No crime Habitual em que haja sucessão de leis, deve ser aplicada a nova, ainda que mais severa, se o agente insistir em reiterar a conduta criminosa. 
Tempo da apuração da imputabilidade 
É um dos elementos da culpabilidade. É a capacidade mental, inerente ao seu humano de, ao tempo da ação ou omissão, entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com esse entendimento.
Deste modo, a imputabilidade penal depende de dois elementos: (1) intelectivo, que consiste na perfeita saúde mental que permite ao indivíduo o entendimento do caráter ilícito do fato; e (2) volitivo, que é o domínio da vontade, onde o agente, conhecendo a ilicitude do fato, determina-se de acordo ou não com esse entendimento.
O Brasil adotou o critério cronológico, entendendo imputável todo aquele que completa 18 anos de idade.
ONSTATAÇÃO DA IMPUTABILIDADE.: Artigo 26, caput. 
Crimes Permanentes e Crimes continuados
Nos crimes permanentes ou continuados aplicar-se-á a lei posterior em vigor, desde que ainda perdure a permanência ou a continuidade, mas resultam impuníveis a continuidade dos atos precedentes à entrada em vigor da lei. 
Lei “A” mais benéfica _______Inicio da permanência______ Lei “B” mais grave_____Final da permanência. Aplica-se LEI B
Lei “A” mais favorável _crimes I__II__III__ Lei “B” mais grave__ Crime_ IV ____ Aplica-se LEI B
LEI PENAL NO ESPAÇO 
Considerações introdutórias -> O código brasileiro limita o campo de validade da lei penal com observância de dois vetores fundamentais: a territorialidade (art. 5º) e a extraterritorialidade (art. 7º). Com base neles se estabelecem princípios que buscam solucionar os conflitos de leis penais no espaço. 
O Brasil adota como regra o princípio da territorialidade: aplica-se a lei penal brasileira aos fatos ocorridos no território nacional, exceto quando convenção ou tratado internacional dispuser de forma diversa, como ocorre, por exemplo, no Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário. 
Esse território é composto pelo solo, espaço aéreo, mar territorial e rios internacionais (território natural ou geográfico). 
Também é composto pelas aeronaves e embarcações brasileiras públicas, onde quer que estejam, e pelas privadas, desde que esteja; em alto-mar. 
De igual modo, pelas embarcações e aeronaves estrangeiras privadas, desde que estejam, no interior do território nacional. 
O Brasil NÃO adotou a teoria ABSOLUTA da territorialidade, mas SIM a teoria da territorialidade TEMPERADA, tendo em vista que o Estado pode abrir mão de sua jurisdição em atendimento a convenções, tratados e regras de direito internacional. A regra de territorialidade está insculpida no artigo 5ºCP.
Princípio Territorialidade 
Por este principio, aplica-se a lei penal brasileira aos fatos puníveis praticados no território nacional, independentemente da nacionalidade do agente, da vitima ou do bem jurídico lesado. É a principal forma de delimitação do âmbito de vigência da lei penal. Sendo assim o CP adotou a modalidade temperada ou mitigada. 
Territorialidade relativa ou temperada 
O Código Penal adotou o princípio da territorialidade, porém de forma temperada ou mitigada por permitir a aplicação de convenções, tratados e regras de direito internacional. Nessa hipótese excepcional, tem-se a chamada ínrraterrítoríalidade, ou seja, a aplicação de lei estrangeira, por autoridade de outro país, a um crimeocorrido no território brasileiro (Exemplo: crime praticado por um embaixador estrangeiro no território brasileiro. Será julga- do por um Tribunal de seu país e de acordo com a sua lei penal). 
Obs.: o Brasil ratificou o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de forma que caso não haja processo e julgamento de certos crimes ocorridos em nosso território (crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio), o Tribunal Penal Internacional passará a ser competente para o julgamento (competência subsidiária). 
Território nacional -> Espaço delimitado pelas fronteiras, sem solução de continuidade, inclusive rios, lagos, mares interiores e ilhas, bem como o respectivo solo.
O mar território brasileiro – Que corre ao longo da costa como parte integrante do território brasileiro e que tem uma faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, na forma definida pela LEI 8.617/93. A soberania brasileira alcança também o leito e o subsolo do mar territorial. O conceito de território não obsta, contudo o direito de passagem inocente, isto é, a prerrogativa de navios mercantes ou militares de qualquer Estado de transitarem livremente pelo mar territorial, embora sujeitos ao poder de politica do brasil. 
Espaço aéreo – Compreendido como a dimensão estatal da altitude. Em relação ao domínio aéreo, adotou-se a teoria da absoluta soberania do país subjacente, pela qual o Brasil exerceu completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo amima de seu território e mar territorial. 
Aeronave e embarcações – Os navios e aeronaves de natureza particular, em alto-mar ou no espaço aéreo correspondente ao alto-mar;
Os navios e aeronaves de natureza pública, onde quer que se encontrem. 
OBS: Na forma definida pelo art. 5º, § 1º do CP, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza publica ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

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