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Prévia do material em texto

Gestão de Resíduos 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms.Nilza Maria Coradi de Araújo
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
5
• Introdução
• Legislação Federal
• Considerações Finais
 · Nesta Unidade, temos como objetivo conhecer o principal documento legal 
nacional quanto aos resíduos sólidos, que é a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, 
que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos a ser atendida pela União, 
Estados, Distrito Federal, Municípios e geradores de resíduos. 
 · Vamos entender quais as obrigações legais estabelecidas pela Lei 12.305/10 e 
como atendê-las.
 · Além disso, vamos conhecer também outros documentos legais nacionais 
aplicáveis aos resíduos industriais, resíduos de serviços de saúde, resíduos 
nucleares, resíduos eletroeletrônicos, embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, 
lâmpadas fluorescentes e pneus.
 · Vamos verificar como atender a estes documentos na elaboração dos planos de 
gerenciamento de resíduos sólidos exigidos pela Lei 12.305/10, complementada 
pelos demais documentos legais.
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Legislação Brasileira Aplicável aos 
Resíduos Sólidos
6
Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
Contextualização
A Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos, foi um marco na legislação brasileira aplicável aos resíduos urbanos, industriais, 
agrícolas; resíduos dos serviços de saúde, da construção civil e de portos, aeroportos, terminais 
rodoviários e ferroviários, assim como os resíduos específicos como pilhas e baterias, lâmpadas 
fluorescentes, resíduos nucleares, lixo eletrônico e pneus.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos traz o conceito de Logística Reversa para pilhas e 
baterias, lâmpadas fluorescentes, embalagens de agrotóxicos, lixos eletroeletrônicos, pneus e 
óleos lubrificantes.
Além da Lei 12.305/10, há documentos legais de âmbito nacional aplicáveis aos resíduos 
de construção civil, pilhas e baterias, pneus, resíduos radioativos, entre outros, que devem ser 
considerados no gerenciamento dos resíduos sólidos.
O correto manuseio e destinação de todos os resíduos sólidos gerados no território nacional 
devem atender aos documentos legais aplicáveis de modo a evitar impactos ambientais.
7
Introdução
Nesta Unidade, vamos conhecer os principais documentos legais aplicáveis aos resíduos 
sólidos urbanos, industriais, hospitalares, agrícolas, resíduos da construção civil, de portos, 
aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários. 
Também vamos conhecer a legislação aplicável aos resíduos especiais, como os resíduos 
nucleares, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, resíduos eletroeletrônicos e pneus.
Vamos nos aprofundar na legislação federal aplicável aos diferentes tipos de resíduos e 
como os geradores de cada tipo de resíduo devem atender a estes documentos legais.
Legislação Federal
Política Nacional de Resíduos Sólidos
A principal legislação federal aplicável aos resíduos sólidos é a Lei n. 12.305, de 2 de 
agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
O artigo 1º da Lei 12.305/2010 sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos aborda a 
questão sobre a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos sólidos incluindo os perigosos 
pelos responsáveis e pelo poder público. 
Isto quer dizer que, além dos Resíduos Sólidos Urbanos – RSU, os resíduos gerados de 
fontes como hospitais e todos os locais nos quais há geração de resíduos de serviços de saúde, 
industriais, construção civil, portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, além dos 
resíduos agrícolas, devem ser gerenciados de forma integrada pelos seus responsáveis e pelo 
poder público. 
O § 2º deste mesmo artigo ressalta que a Lei 12.305 não é aplicável aos resíduos radioativos.
A Lei 12.305 estabelece várias definições quanto ao assunto de resíduos, das quais 
trataremos as principais, identificadas na tabela a seguir:
8
Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
Vocábulo Definição
Área contaminada Local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos.
Ciclo de vida do produto Série de etapas que envolvem desde o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos e o processo produtivo até o consumo e a disposição final.
Coleta seletiva Coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.
Destinação final
ambientalmente adequada
Destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o 
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do SISNAMA 
– Sistema Nacional de Meio Ambiente, do SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e do 
SUASA – Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária e, entre elas, a disposição final, 
observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à 
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
Disposição final
ambientalmente adequada
Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a 
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
Geradores de resíduos sólidos Pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo.
Gerenciamento de 
resíduos sólidos
Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, 
tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final 
ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de 
resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta lei.
Gestão integrada 
de resíduos sólidos
Conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar 
as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa 
do desenvolvimento sustentável.
Logística reversa
Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, 
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e à restituição dos resíduos sólidos ao setor 
empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação 
final ambientalmente adequada.
Padrões sustentáveis 
de produção e consumo
Produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e 
permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das 
necessidades das gerações futuras.
Reciclagem
Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades 
físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos 
produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do 
SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA.
Rejeitos
Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por 
processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade 
que não a disposição final ambientalmente adequada.
Resíduos sólidos
Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a 
cuja destinação final se procede, propõe-se a proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados 
sólido ou semissólido, bem comogases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades 
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para 
isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
Reutilização
Processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-
química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA 
e, se couber, do SNVS e do SUASA.
9
A Política Nacional de Resíduos Sólidos se baseia na elaboração de Planos de Gerenciamento 
de Resíduos Sólidos pela União, estados, municípios e geradores como: estabelecimentos 
comerciais ou de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos, indústrias, empresas de 
serviços de saneamento básico, hospitais, clínicas e todos que gerem resíduos de serviços de 
saúde, mineradoras, portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários.
A esquematização a seguir resume essa exigência legal pertinente à Lei 12.305/10:
União
Estados
Municípios
Demais
Geradores
Política
Nacional de
Resíduos Sólidos
Plano de
Gerenciamento
de Resíduos Sólidos
Comércio
Indústrias
Mineradoras
Hospitais,
clínicas
Empresas de
saneamento
Construção
civil
Resíduos
agrotóxicos
Portos,
aeroportos
Conforme esquematização acima, tanto a administração pública quanto os setores privados 
devem apresentar planos de gerenciamento de resíduos sólidos. 
Como os planos são complexos, vamos nos aprofundar nos planos de gerenciamento de 
resíduos sólidos referentes aos municípios e aos demais geradores.
10
Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
Planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos
Os planos municipais de resíduos sólidos devem considerar o conceito de integração com 
outros municípios da região, enfatizando soluções consorciadas. Isto quer dizer, por exemplo, 
que a instalação de um aterro sanitário que atenda os municípios da região, ou o programa 
de coleta seletiva nos munícipios e a gestão da destinação dos materiais deve considerar o 
envolvimento de mais de um município.
Vamos agora ver e interpretar o conteúdo mínimo do Plano Municipal de Resíduos, 
apresentado na Lei 12.305/2010:
a) Diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados, contendo a origem, o volume, a 
caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas. Isso quer 
dizer que antes de fazer o plano de gerenciamento, deve-se fazer um levantamento 
da geração e disposição de todo o resíduo sólido do município, incluindo os 
resíduos perigosos e a questão da logística reversa;
b) Levantamento de passivos ambientais* e áreas contaminadas, propondo soluções 
técnicas para sua remediação;
c) Definição de área para o aterro sanitário, considerando toda a questão de licenciamento 
ambiental para a instalação e operação do aterro;
d) Busca de soluções consorciadas com os outros municípios, principalmente na questão 
do aterro sanitário que é uma obra significativa e pode atender a mais de um município de 
acordo com o número de habitantes;
e) Procedimentos operacionais para todas as atividades referentes aos serviços de limpeza 
urbana e manejo dos resíduos;
f) Criação de indicadores operacionais e ambientais para o serviço público de limpeza 
urbana e manejo de resíduos sólidos;
g) Definição das responsabilidades;
h) Criação de programas de capacitação para os envolvidos no tema;
i) Criação de programas de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, 
a reutilização e a reciclagem dos resíduos sólidos;
j) Criação de programas de ações que envolvam as comunidades e cooperativas de 
catadores de materiais recicláveis;
k) Mecanismos para a criação de fontes de negócios a partir dos resíduos gerados no município;
l) Elaboração do cálculo dos custos dos serviços de limpeza urbana para o município com 
consequente cobrança de taxa dos munícipes;
m) Criação de programa de metas para redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, 
no intuito de reduzir a quantidade de resíduos encaminhados ao aterro sanitário;
n) Criação de programa de fiscalização quanto aos programas de gerenciamento de 
resíduos do setor privado e quanto à logística reversa;
o) Revisão do plano periodicamente.
11
Você sabia?
Você sabe o que significa passivo ambiental? 
Imagine um município que por anos lançou todo o 
resíduo urbano coletado diretamente no solo. A todo o 
custo que o município terá para destinar corretamente 
este resíduo, descontaminar a área e outras ações 
necessárias damos o nome de passivo ambiental.
https://www.youtube.com/watch?v=JCmzYgDPPoo.
Plano de gerenciamento de resíduos sólidos para os demais geradores
Conforme a Lei 12.305/10, os geradores como estabelecimentos comerciais ou de prestação 
de serviços que gerem resíduos perigosos, indústrias, empresas de serviços de saneamento básico, 
hospitais, clínicas e todos que gerem resíduos de serviços de saúde, mineradoras, portos, aeroportos 
e terminais rodoviários e ferroviários devem elaborar e aprovar junto ao órgão de controle ambiental 
um programa de gerenciamento de resíduos sólidos que deve conter, no mínimo:
a) Descrição do empreendimento ou atividade;
b) Diagnóstico completo dos resíduos sólidos gerados contendo a caracterização, a origem 
e o volume. Também devem ser mapeados os passivos ambientais* relacionados a cada 
resíduo com apresentação de soluções para que sejam saneados.
Importante!
As empresas também podem apresentar passivos 
ambientais, que são todos os problemas ambientais 
gerados como contaminação por disposição incorreta 
dos resíduos contaminados, falta de pagamento de 
taxas ambientais, entre outras situações, que exijam 
investimento financeiro para serem resolvidas.
c) O plano deve atender às normas ambientais aplicáveis estabelecidas pelos órgãos 
ambientais e outros órgãos como a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária e 
SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, entre outros; 
d) Responsabilidades e procedimentos para a correta gestão dos resíduos sólidos;
e) Se houver, situações consorciadas com outros geradores;
f) Ações corretivas e preventivas, quando da incorreta gestão ou acidentes;
g) Metas para a redução da geração dos resíduos e consonância com programas de 
reutilização e reciclagem;
h) Caso aplicável, responsabilidades compartilhadas em relação ao ciclo de vida do 
produto; e, por último,
i) Revisar periodicamente o plano de gerenciamento de resíduos. Essa revisão, quando 
o estabelecimento ou empreendimento possuir licença ambiental de operação, deve estar 
condizente com o prazo.
12
Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
Logística Reversa
Vamos agora conhecer o conceito de Logística Reversa, estabelecido no Art. 33 da Lei 
12.305/10, que consiste em criar um mecanismo de retorno dos produtos pelo consumidor 
final até o fabricante.
A logística Reversa é aplicável aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes 
dos seguintes produtos: agrotóxicos (embalagens), pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes 
e suas embalagens, lâmpadas fluorescentes e produtos eletroeletrônicos e seus componentes 
(carregador, baterias etc.). 
A Lei 12.305/10 estabelece definitivamente que todos esses produtos, quando findo seu ciclo 
de vida, devem ser retornados pelo consumidor final ao comerciante e distribuidores, que devem 
retorná-los ao fabricante ou ao importador, que deverá dar a eles a destinação adequada. 
Entenda que aqui há uma obrigação do consumidor final, que é devolver este tipo de produto 
ao comerciante, e não descartá-lo junto com os resíduos urbanos.
Vejam que a Lei 12.305, de 2010, é muito completa ao exigir que o poder público 
administrativo em todas suas esferas e geradoresprivados elabore e disponibilize um programa 
de gerenciamento dos resíduos sólidos. Porém, você sabe se no seu município há este Plano? 
Existem programas para a coleta seletiva e o correto manejo dos resíduos?
Explore: O vídeo a seguir resume os principais pontos da Lei 12.305/10.https://www.youtube.com/watch?v=Qx5Q-HuGmxg.
13
Principais leis aplicáveis aos resíduos industriais 
Além de atender à Lei 12.305/10, as atividades industriais devem atender, também, às 
exigências técnicas legais estabelecidas na Licença de Operação que o órgão ambiental emite. 
O primeiro passo para uma empresa gerenciar os resíduos sólidos gerados em suas atividades 
é mapear os resíduos gerados e caracterizar, conforme a NBR 10.004 – Classificação de 
Resíduos, norma brasileira regulamentar editada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas 
Técnicas, que é aplicada para classificar os resíduos.
Classificação de resíduos industriais pela NBR 10.004
Conforme a NBR 10.004, os resíduos são divididos em 4 classes:
Classe I – Perigosos
Classe II – Não perigosos
Classe II A – Não inertes
Classe II B – Inertes
Mas como saber a qual das classes acima o resíduo pertence? A NBR 10.004 oferece 
algumas orientações para conseguir classificar os resíduos; porém, para se certificar se um 
resíduo é Classe I ou Classe II A, classificações que exigem destinações com custos maiores, é 
importante solicitar a caracterização a um laboratório credenciado.
Em todo caso, vamos abordar de forma resumida algumas características dos processos de 
classificação dos resíduos sólidos estabelecidos na NBR 10.004. 
Classe I – Resíduos Perigosos
Os resíduos perigosos pertencentes à Classe I são assim definidos, caso apresentem uma 
ou mais das 5 características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou 
patogenicidade.
Vejam que a maioria dos resíduos químicos apresenta alguma destas características. Inclusive, 
as embalagens de produtos químicos devem trazer este tipo de informação. 
Classe II – Resíduos não perigosos
Na Norma NBR 10.004, no Anexo H, estão elencados alguns desses resíduos como 
sucatas metálicas ferrosas e não ferrosas, resíduos de restaurantes ou refeitórios, resíduos de 
borrachas, papel e papelão, madeira, areia de fundição, resíduos de materiais têxteis, minerais 
não metálicos e bagaço de cana.
Os resíduos Classe II podem ser dispostos em aterros ou encaminhados a processos de 
reprocessamento ou reciclagem.
14
Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
Classe II A – Resíduos não inertes
Para entendermos esta classificação, primeiro temos de entender o que significa o termo 
“inerte” que é sinônimo de algo inativo, ou seja, que não sofre alteração de suas propriedades. 
Então, quando dizemos que o resíduo é não inerte, na verdade, estamos dizendo que ele 
apresenta alteração de suas propriedades físico-químicas. Por exemplo, quando dispomos 
determinado resíduo solo e com a ação da chuva, sol, ou seja, da intempérie, ele muda suas 
características reagindo, por exemplo, formando gases, tornando-se corrosivo etc. podemos 
dizer que este resíduo e não inerte e que tem um potencial de contaminação. 
Conforme a NBR 10.004, os resíduos não inertes podem apresentar uma destas 
características: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. 
Normalmente, para se conseguir classificar um resíduo como Classe II A – não inerte, são 
feitos testes lixiviação e solubilização em laboratórios. 
Classe II B – Resíduos inertes
Considerando que o termo inerte representa algo que não tem alteradas suas características 
físico-químicas, podemos dizer que os resíduos inertes são aqueles que nos testes de solubilização 
e lixiviação não tiverem em nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações 
superiores aos padrões de potabilidade de água. 
As normas NBR 10.006 e NBR 10.007 dão as orientações para a realização destes ensaios.
Ou seja, para classificar os resíduos industriais, normalmente, é necessário enviar amostras 
a laboratórios credenciados que possam emitir laudos oficiais com os quais será possível definir 
a melhor destinação.
15
Legislação aplicável ao gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde 
Para o gerenciamento dos resíduos gerados nos serviços de saúde, vamos apresentar os dois 
documentos legais que mais se aplicam, a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n. 306, de 
7 de dezembro de 2004, da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e a Resolução 
CONAMA n. 358, de 20 de abril de 2005, do Conselho Nacional de Meio Ambiente. 
Tanto a ANVISA quanto o CONAMA são organismos federais e devem ser considerados 
para o correto gerenciamento dos resíduos de saúde. 
Os dois documentos legais são muito similares e partem da necessidade da elaboração do 
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS baseado nas características 
dos resíduos e na seguinte classificação estabelecida pelos dois documentos: 
Grupo A Infectantes
Grupo B Químicos
Grupo C Radioativos
Grupo D Resíduos comuns
Grupo E Perfurocortantes
O PGRSS deve contemplar os seguintes processos: Acondicionamento, Identificação, 
Armazenamento Temporário e Destinação Final para todos os resíduos.
Importante lembrar que para os resíduos do Grupo C, os Radioativos, os estabelecimentos 
geradores de resíduos de serviços de saúde devem atender ao estabelecido pelo CNEN – 
Comissão Nacional de Energia Nuclear por meio da Norma CNEN-NE 6.05.
O PGRSS deve ser assinado por profissional habilitado responsável pelas ações de 
gerenciamento contidas no Plano.
Confira os seguintes vídeos:
No vídeo a seguir, podemos verificar como descartar corretamente 
os resíduos infectantes e perfurocortantes.
https://www.youtube.com/watch?v=NUI1FdBZh48
Este vídeo apresenta a destinação correta dos resíduos de um hospital 
em Recife – PE, atendendo à Resolução CONAMA m. 358/2005.
https://www.youtube.com/watch?v=2LlsCBYlg9k
16
Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
Resíduos da Construção Civil
Para os resíduos da construção civil, temos como documento legal principal a Resolução 
CONAMA N. 307, de 5 de julho de 2002, publicada pelo Conselho Nacional de Meio 
Ambiente e alterada pela Resolução CONAMA n. 448, de 18 de janeiro de 2012. Mas 
vamos nos aprofundar na do CONAMA, a 307/2002, que estabelece as diretrizes, critérios e 
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
Conforme a Resolução CONAMA 307/2002, os resíduos da construção civil estão divididos 
em classes, com as seguintes destinações:
Classe Tipo de resíduos Destinação correta
Classe A Reutilizáveis ou recicláveis como blocos, cerâmicas, telhas.
Reutilizados ou reciclados ou seguirem para 
aterros de Classe A para reutilização futura.
Classe B Recicláveis como papel, papelão, plásticos, metais, vidros, madeira, gesso. Reciclados.
Classe C Resíduos que não permitem recuperação ou reciclagem.
Destinados conforme normas técnicas, 
normalmente, seguem para aterro.
Classe D Resíduos perigosos como solventes, tintas, óleos, entre outros.
Destinados corretamente para aterros de classe 
I ou para reprocessamentos de tintas, óleos etc.
Por último, é importante salientar que os planos municipais e estaduais de gerenciamento 
de resíduos devem contemplar os resíduos da construção civil.
Resíduos radioativos
A principal norma aplicável ao gerenciamento dos resíduos radioativos é a CNEN-NE 6.05 
– Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radiativas, de 17 de dezembro de 1985, 
publicada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Conforme esse documento, todas as instalações que gerem resíduos radioativos devem 
manter registros com as informações de todas as variações de inventários dos materiais 
radioativos, inclusive dos rejeitos.
A Comissão Nacional de EnergiaNuclear, a CNEN, é quem vistoria as instalações radiativas, 
incluindo centros de saúde e centros de pesquisa onde materiais radioativos são manipulados.
17
Embalagens de agrotóxicos
O gerenciamento das embalagens de agrotóxicos deve atender ao conceito de logística 
reversa determinado na Lei 12.305/10. Assim, a Resolução CONAMA n. 465, de 5 de 
dezembro de 2014, dispõe sobre os requisitos e critérios técnicos mínimos necessários para 
o licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens de 
agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos.
Além disso, conforme a Lei 9.974, de 6 de junho de 2000, as embalagens vazias de 
agrotóxicos devem ser devolvidas aos estabelecimentos comerciais onde foram adquiridas, 
sendo que as embalagens rígidas devem passar pela tríplice lavagem ou lavagem de pressão. 
Note que esta lei de 2000 já apresenta o conceito de logística reversa considerado na Lei 
12.305, dez anos depois.
Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e equipamentos eletroeletrônicos
Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e equipamentos eletroeletrônicos são os produtos 
que a maior parte da população deve atender ao disposto na Lei 12.305/10, retornando 
estes aos comerciantes, que retornam aos fabricantes ou importadores, responsáveis pela sua 
correta destinação, praticando todos a Logística Reversa. 
Além da Lei 12.305/10, a Resolução CONAMA n. 401, de 4 de novembro de 2008, 
estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias 
comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento 
ambientalmente adequado. 
Conforme esta resolução, os fabricantes nacionais e os importadores de pilhas e baterias 
devem apresentar ao órgão de controle ambiental plano de gerenciamento que contemple a 
destinação ambientalmente adequada. 
A Resolução CONAMA 401/2008 vai de encontro à Lei 12.305/10 quanto à responsabilidade 
dos fabricantes e importadores em apresentar plano de destinação ambientalmente correto 
para as pilhas e baterias.
Apesar de as pilhas e baterias apresentarem Resolução CONAMA específica para elas, 
tanto as lâmpadas fluorescentes quanto os equipamentos eletroeletrônicos permanecem na 
obrigatoriedade do conceito da logística reversa fundamentado na Lei 12.305/10.
O vídeo a seguir discute a destinação dos resíduos eletroeletrônicos.
https://www.youtube.com/watch?v=jCXEqrRDGz4
18
Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
Pneus
Apesar de os pneus também estarem considerados na Lei 12.305/10 quanto ao mecanismo 
da Logística Reversa, a Resolução CONAMA n. 410, de 30 de setembro de 2009, dispõe 
sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação 
ambientalmente adequada.
A principal exigência desta resolução é que os fabricantes e importadores deem a destinação 
adequada para cada pneu inservível em troca de cada pneu novo comercializado. 
Com isto, garante-se que a quantidade de pneus novos comercializados seja igual à quantidade 
de pneus inservíveis destinados. Anualmente, os fabricantes e importadores devem relatar ao 
IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente a quantidade destinada de pneus inservíveis.
Há alguns anos, a quantidade gerada de pneus inservíveis que ia parar em terrenos baldios, 
aterros, rios e córregos era alarmante. 
A logística reversa para o caso dos pneus começou bem antes da lei 12.305/10. A 
Resolução CONAMA n. 258, de 26 de agosto de 1999, já estabelecia metas para a redução 
da quantidade de pneus inservíveis a serem atendidas pelos fabricantes e importadores. 
Em quinze anos, praticamente, o passivo ambiental de pneus inservíveis no país foi 
eliminado. Atualmente, os pneus entram na composição de asfalto de rodovias, considerado 
asfalto ecológico, além de servirem como coadjuvante na combustão de fornos de cimento.
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Considerações Finais
A principal lei nacional referente ao gerenciamento de resíduos sólidos é a Lei 12.305, de 
2 de agosto de 2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
A principal exigência estabelecida pela Lei 12.305/10 é a elaboração de Plano de 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos pela União, estados, Distrito Federal, municípios e 
geradores privados. Também trouxe o conceito da Logística Reversa, responsabilizando os 
fabricantes e importadores pela correta destinação dos produtos como pneus, lâmpadas, 
pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, resíduos eletroeletrônicos e óleos lubrificantes.
Além da Lei 12.305/10, quase todos os resíduos apresentam documento legal específico, 
normalmente traduzido numa Resolução do organismo técnico competente, a qual também 
deve ser atendida.
Vimos aqui somente a legislação ambiental aplicável aos resíduos sólidos quanto à esfera 
da União; porém, a maioria dos estados brasileiros e muitos municípios possuem legislação 
complementar aplicável ao assunto.
Assim, recomenda-se sempre consultar os documentos legais aplicáveis nas esferas 
estaduais e municipais, garantindo que os resíduos sejam gerenciados de forma correta 
atendendo aos requisitos legais.
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Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
Material Complementar
Vídeos:
Para aprofundar seus estudos, consulte:
Política Nacional dos Resíduos Sólidos
https://www.youtube.com/watch?v=JCmzYgDPPoo;
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
https://www.youtube.com/watch?v=Qx5Q-HuGmxg;
Descarte Consciente - Resíduos Infectantes e Perfurocortantes
https://www.youtube.com/watch?v=NUI1FdBZh48; 
Lixo Hospitalar - HAM
https://www.youtube.com/watch?v=2LlsCBYlg9k;
Logística reversa no descarte do lixo eletrônico - Jornal Futura - Canal Futura
https://www.youtube.com/watch?v=jCXEqrRDGz4
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Referências
ANVISA, Resolução n.º 306, de 7 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União. 
Brasil, 2010.
CNEN, CNEN-NE 6.05 – Gerência de Rejeitos Radioativos de Instalações Radiativas de 17 de 
dezembro de 1985. Diário Oficial da União. Brasil, 1985.
CONAMA, Resolução n. 258 de 26 de agosto de 1999. Diário Oficial da União. Brasil, 1999.
______. Resolução n.º 307, de 5 de julho de 2002. Diário Oficial da União. Brasil, 2002.
______. Resolução n.º 358, de 29 de abril de 2005. Diário Oficial da União. Brasil, 2005.
______. Resolução nº 401, de 4 de novembro de 2008. Diário Oficial da União. Brasil, 2008.
______. Resolução nº 416, de 30 de setembro de 2009. Diário Oficial da União. Brasil, 2009.
______. Resolução nº 465, de 5 de dezembro de 2014. Diário Oficial da União. Brasil, 2014.
LEI 9.974. 6 de junho de 2000. Diário Oficial da União. Brasil, 2000.
LEI 12.305. 2 de agosto de 2010. Diário Oficial da União. Brasil, 2010.
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Unidade: Legislação Brasileira Aplicável aos Resíduos Sólidos
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