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RELATORIO DE ESTAGIO I

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
Ariane Morais e Silva
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO INSTITUICIONAL
CAPS
Tucuruí - PA
2016
Ariane Morais e Silva
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO INSTITUCIONAL
CAPS
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório I, sob a orientação do coordenador do curso: Prof.ª Valquíria Aparecida Dias Caprioli
Tucuruí - PA
2016
1- Contextualização histórica da instituição em que está estagiando;
1.1 – Identificação da Instituição:
Nome: Centro de Atenção Psicossocial –Casa Machado de Assis (CAPS) 
Endereço: Rua Santo Antônio s/n Bairro: Mangal 
Cidade: Tucuruí - Pará
1.2 – Estrutura Organizacional
O Centro de Atenção Psicossocial - CAPS é um serviço de saúde que oferece atenção comunitária de referência ambulatorial, em vários níveis de atenção que pode ser forma diária, semanal ou mensal conforme a exigência do usuário, portador de transtorno mental grave e persistente. O CAPS é um serviço de grande porte, e dá cobertura a municípios com mais de 100.000 habitantes, hoje temos uma média de 7000 usuários, utilizando os serviços do CAPS em Tucuruí. 
O CAPS funciona de segunda a sexta-feira das 07:00 às 17:00hs. As atividades estão programadas em dois turnos, manhã e tarde e em três modalidades de atendimento:
Modalidade de atendimento intensivo: diariamente de 2ª a 6ª feira.
Modalidade de atendimento semi-intensivo: duas a três vezes por semana.
Modalidade de atendimento não intensivo: uma vez por mês.
Os pacientes recebem atendimento psiquiátrico, terapia ocupacional, oficinas terapêuticas, atendimento familiar, visitas domiciliares, passeios, visitas a museus e exposições.
A gestão atual do CAPS em Tucuruí – Pará está nas mãos de Elayne Santos Silva. 
1.3 Estrutura Física:
O CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) está estruturado, de modo a atender a demanda que necessita de atendimento, pessoas adultas, de ambos os sexos, portadores de transtornos mentais severos ou persistentes que causa prejuízo no desempenho dos papéis desejados na vida.
O CAPS tem estilo residencial, está localizado em uma área de fácil acesso à população e conta com um ambiente que favorece o acolhimento e a hospitalidade. O usuário é estimulado a ver o CAPS como um território livre e fácil de ser acessado. Os conceitos primordiais do serviço são o acesso universal e o acolhimento.
Sua estrutura ainda não é compatível para a demanda existente, tendo apenas 12 salas, sendo elas a recepção, sala do Psiquiatra com banheiro incluso, sala de arquivo, sala da coordenação, banheiros, sala da enfermagem, oficina, sala da psicologa, nos fundos existe uma cozinha com refeitório e mais dois banheiros externo sendo um feminino e um masculino.
2- Objetivo institucional:
Tem como por objetivo a reinserção dos usuários com seus familiares e a comunidade, sem o separação do modelo asilar, mantendo seus vínculos sociais.
O CAPS é uma instituição destinada a acolher pacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar e apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecendo-lhes atendimento médico e psicossocial. Um dos objetivos do Programa é possibilitar a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no Brasil.
Os pacientes são atendidos de acordo com o Projeto Terapêutico Singular, que consiste em um tratamento específico para cada indivíduo, elaborado pela equipe. Além das consultas, o Projeto pode ser composto por diversas atividades, como oficinas terapêuticas e culturais, rodas de conversa e orientações individuais ou em grupo, entre outras.
2.1– Natureza dos programas e projetos:
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são instituições brasileiras que visam à substituição dos hospitais psiquiátricos - antigos hospícios ou manicômios - e de seus métodos para cuidar de afecções psiquiátricas.
2.2– Política Social:
Os CAPS, instituídos juntamente com os Núcleos de Assistência Psicossocial (NAPS), através da Portaria/SNAS nº 224 - 29 de Janeiro de 1992, atualizada pela Portaria nº 336 - 19 de Fevereiro de 2002, são unidades de saúde locais/regionalizadas que contam com uma população adscrita definida pelo nível local e que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar, em um ou dois turnos de 4 horas, porequipe multiprofissional, constituindo-se também em porta de entrada da rede de serviços para as ações relativas à saúde mental. É um serviço público municipal vinculado a Gerência Municipal de Saúde e Saneamento.
2.3-Recursos Financeiros: 
O CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) conta com recursos provenientes das esferas governamentais e ainda pode buscar parcerias com a iniciativa privada e organizações não governamentais para respaldar seus projetos. Hoje ela conta exclusivamente com os recursos da PMT – Prefeitura Municipal de Tucuruí - Pará, sendo que o valor do investimento mensal gira em torno de R$ 80.000,00 por mês.
3- Âmbito Institucional
A equipe do CAPS é formada por vários profissionais de nível superior, como por exemplo, Assistente social, Psiquiatra, Psicólogo e Enfermeiro, profissionais de nível médio como auxiliares para suporte em limpeza, cozinha e segurança patrimonial.
Esse serviço oferece três modalidades de tratamento (intensivo, semi-intensivo, e não intensivo), que variam de acordo com a necessidade do indivíduo. O atendimento intensivo trata-se de atendimento diário oferecido quando a pessoa se encontra com grave sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no convívio social e familiar, precisando de atenção contínua. No semi-intensivo, o usuário pode ser atendido até doze dias no mês, modalidade oferecida quando o sofrimento e a desestruturação psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento. Deve-se ressaltar que o usuário ainda necessita de atenção direta da equipe do serviço para se estruturar e recuperar sua autonomia. O atendimento não intensivo é oferecido quando a pessoa não precisa de suporte da equipe para conviver na sociedade e realizar suas atividades na família e/ou no trabalho, podendo ser atendido até três dias no mês.
3.1– Caracterização da População:
O CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) visa oferecer atendimento  a pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes. Tais transtornos provocam intensos prejuízos no funcionamento psíquico, emocional, funcional e social. O atendimento inclui ações comprometidas com o resgate e/ou desenvolvimento das potencialidades individuais e coletivas (Grupos terapêuticos), a promoção da cidadania e minimização dos estigmas, possibilitando uma melhor qualidade de vida através das intervenções terapêuticas e psicotrópicas. Essas ações são desempenhadas pela equipe multiprofissional do referido Centro: Assistente Social, psiquiatra, psicólogos, terapeuta ocupacional, enfermeira, técnicos em enfermagem, oficineiras dentre outros. 
O atendimento acontece com pessoas a partir dos 17 anos, O CAPS é frequentado também por estagiarios de varias areas, sendo elas Tecnicos em Enfermagem, Academicos de Enfermagem, Orietadores de Educação Fisica e Terapeutas ocupacionais.
3.2– Processo decisório:
 As decisões tomadas são feitas através das equipes técnicas juntamente com uma Assistente Social, uma Visitadora Social e uma Psicologa que estão desempenhando um trabalho maravilhoso.
3.3-Relação demanda/ cobertura de atendimento:
 A comunidade é bem extensa, a equipe é bem entrosada, fala a mesma linguagem por isso consegue fazer um bom trabalho, a demanda acaba sendo correspondida no tempo hábil e de forma satisfatória. 
3.4–Serviço Social na Instituição;O Serviço Social na área de Saúde Mental teve início em 1940, onde a classe atuava de forma higieniza influenciada pelo movimento de higiene mental da Europa, ou seja, atendia a uma parcela da população de forma asilar. A partir de 1973, o Ministério da Previdência Social demonstrou relevância de se ter uma equipe multiprofissional no trato da saúde mental, assim, efetivando-se a presença do Serviço Social em hospitais psiquiátricos atendendo a uma necessidade do INPS no sentido de controlar assistência psiquiátrica e não com uma proposta terapêutica propriamente dita (devido ao regime militar). Sendo assim, o Serviço Social no pós-64 atendia aos manicômios com a perspectiva de oferecer serviços necessários ou benéficos para legitimá-los.
Os serviços de Saúde Mental são garantidos através da Lei nº 10.216/01, que
direciona a assistência e Saúde Mental e protege os portadores de transtornos mentais,
além da portaria GM nº 336/02 que regulamenta os serviços de saúde mental substitutos com objetivo de substituir o modelo hospitalocêntrico, oferecendo assim aos usuários uma atenção mais humanizada e próxima da cidadania, bem como a reinserção social dos mesmos. Entre estes serviços podemos citar os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).
Com o advento do Movimento Antimanicomial ou Processo de Reforma Psiquiátrica, houve um avanço na área de saúde mental no tocante ao Serviço Social. Houve a contratação de novos assistentes sociais, ao passo que se percebeu que o tratamento social dos usuários deveria dar-se através de ações nas áreas de trabalho, habitação, lazer, ou seja, em práticas voltadas aos portadores de saúde mental, como programas de atenção ao usuário, sua reabilitação social e cidadania, que não são práticas específicas da área médica ou psicológica.
Os novos moldes da assistência psiquiátrica necessitam de equipes multiprofissionais que deem conta das demandas em todos os seus níveis e especificidades. Dentro dessas novas modalidades de serviços de saúde mental encontra-se o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), que se configura num espaço de atuação do Serviço Social.
Na instituição, a prática de ações terapêuticas é realizada pelo conjunto de profissionais para que se alcance resultados que possam contribuir para a saúde mental do usuário, em sua inserção na cidadania, pois apenas a interdição oferecida pela medicina psiquiátrica não soluciona a problemática.
Ou seja, ainda que o Serviço Social seja subordinado à Psiquiatria, trabalha com as famílias proporcionando suporte acerca do transtorno e ações terapêuticas dentro da instituição, visando, principalmente, a manutenção dos usuários dentro dos moldes do tratamento atribuídos pelos profissionais de psiquiatria, através de terapias que contemplem as questões sociais, pois estão alheias das teorias biológicas e psicológicas.
A atuação do profissional na área da saúde mental tem como atribuição promover ações de acolhimento, de assistência às famílias no momento do diagnóstico, fomentando o vínculo entre a família e o usuário, independentemente do transtorno que tenha apresentado. O assistente social precisa, além das ferramentas teórico-metodológicas e instrumentos técnicos, ser um profissional dinâmico na leitura da realidade, identificação das necessidades, planejamento das ações e busca de alternativas diante das possibilidades e limites do agir profissional, além de interagir durante todo esse processo com os demais profissionais da equipe. É uma das profissões da área da saúde Mental, e surge para a categoria o desafio de romper com as práticas conservadoras, cabendo ao profissional identificar, planejar e desenvolver ações que interfiram nos determinantes sociais do processo saúde/doença e contribuir para ampliar e facilitar o acesso dos usuários aos seus direitos.
3.5 – Cotidiano do exercício profissional: 
No exercício da profissão, através dos instrumentos de intervenção como: visitas domiciliares, abordagem individual e em grupo, palestras educativas, entrevistas, na participação direta em projetos como: Luta Antimanicomial, Simpósio – Saúde Mental e as festas festivas como Carnaval, Pascoa, Dia das mães, varias palestras em saúde mental e também Terapia Singular, de fortalecimento do vínculo familiar e ações comunitárias de caráter preventivas, comprovei a importância do serviço social na promoção da autonomia e cidadania aos usuários, portadores de transtornos mentais.
Pode-se constatar que o Serviço Social se destaca através do acolhimento e do processo de integração de usuários e principalmente o apoio familiar, como um bem comum.
Nas visitas individuais e coletivas domiciliares foi possível observar a importância da base familiar sólida para uma recuperação eficiente desses indivíduos. 
Vivenciei, muitas vezes, situações estressantes, onde a família juntamente com a equipe de apoio se transforma em uma eficaz ferramenta na recuperação do paciente.
Qualquer decisão a ser tomada pela instituição, de caráter simples, é de responsabilidade da administração do CAPS com toda sua equipe técnica.
3.6 – Relação profissional de trabalho com os demais atores institucionais: 
 Na prática, percebi que o Assistente Social do CAPS trabalha de forma interdisciplinar, isto é, através de um processo de integração recíproca entre várias áreas da saúde (psicologia, medicina, enfermagem), possibilitando uma visão unitária e total da situação de cada usuário, facilitando a implantação de um tratamento mais eficaz.
3.7 – Dimensão ético política:
Tem em seu núcleo o reconhecimento da liberdade como valor ético central. A demanda é político - organizativa, por sua vez, se constitui pelas entidades representativas da profissão.
O projeto ético político envolveu interesses diversos contidos em uma sociedade, diz respeito a interesses particulares presentes em determinados grupos sociais e não existe realidade histórica, também fornece a direção das ações a partir dos objetivos para qual foi elaborado por determinada categoria ou grupo social, com vistas ao favorecimento de uma demanda.
�
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: . Acesso em: 20 maio 2010.
 
______. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Secretaria de Atenção à saúde. Legislação em Saúde Mental. 5. ed. ampl. Brasília: 1990-2004. 
______. Lei Orgânica da Saúde: Lei 8.080/90 de 19.09.1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, 1990.
______. Ministério da Saúde. Departamento da Atenção Básica. Guia prático do Programa Saúde da Família. 2004a. Disponível em:http://dtr2004.saude.gov.br/dab/caadab/documentos/guia_psf.pdf. Acesso em 23 abr. 2016. 
______. Saúde mental no SUS: os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília – DF, 2004b. 
______. Secretaria de Atenção a Saúde. DAPE. Coordenação geral de Saúde mental. Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental no Brasil. Documento apresentado á Conferencia Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005. 
______. Política Nacional de Promoção de Saúde. Brasília – DF, 2006
______; Barros, Regina B. de; CASTRO, Adriana M. de. Avaliação de política nacional de promoção da saúde. Ciências e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, ABRASCO, v. 9, n. 3, p. 745-749, 2004a.

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