Buscar

Giardia-Trichomonas 2013.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

05/08/2013
1
Introdução aos protozoários 
Carina da Silva Pinheiro
Ordem
Giardia 
Giardíase
Classificação 
FILO Sarcomastigophora
SUB-FILO Mastigophora (com flagelos)
ORDEM Diplomonadida
FAMÍLIA Hexamitidae
GÊNERO Giardia
ESPÉCIE Giardia lamblia
Giardia 
Flagelados parasitos do intestino delgado de mamíferos:
Giardia muris (Roedores)
Giardia agilis (Anfíbios)
Giardia duodenalis
Giadia lamblia
Giardia intestinalis
 Presente em todo o mundo com maior prevalência em regiões tropicais e de clima 
temperado
Morfologia 
TROFOZOÍTO: 
20µM-10µM
CISTO: 
 Oval ou elipsoide
 2-4 Núcleos
 Número variável de fibrilas (axonemas)
12µM-8µM
 Forma de pera com dois núcleos
 Face dorsal lisa e convexa
 Face ventral côncava
 Disco ventral (ventosa)
 Forma de alimentação pinacitose
 Reprodução divisão binária longitudinal
05/08/2013
2
Ciclo 
Monoxeno
Divisão binária longitudinal
Cisto pode viver até 2 
meses em condições 
favoráveis
Transmissão 
 Alimento e águas contaminados com cistos maduros
 Locais de aglomeração humana
 Pessoa-Pessoa
Giardia 
Hábitat 
 Intestino delgado: Jejuno e Íleo
Imunidade 
 Natureza auto limitante da infecção
 Detecção de anticorpos específicos 
 Participação de monócitos citotóxicos na modulação da resposta
 Maior susceptibilidade de indivíduos imunocomprometidos
 Ocorrência de infecções crônicas em animais com resposta humoral comprometida
Trofozoítos na 
luz intestinal
Aderem ao 
epítelio 
Atravessam a 
mucosa
Macrófagos
X
Granulócitos
Sintomas 
Assintomáticos
Sintomáticos : Diarréia aguda e autolimitante
Quadro de diarréia persistente levando problemas de má absorção 
e a perda de peso
PARASITO E HOSPEDEIRO
Cepa
Número de cistos 
ingeridos
Resposta imune
Estado nutricional
pH, suco gástrico, associação 
da microbiota intestinal
Patogenia 
Maior suscetibilidade menores de 5 anos, pacientes com hipogamaglobulinemia
e deficiência de IgA.
Lesão da mucosa: mecanismo ???????
Síndrome da má absorção: Deficiência na absorção de vitaminas B12, A, 
D, E, K , ferro e gorduras.
Diarreia com esteatórreia
Desconforto abdominal, cólica, inflamação catarral do duodeno, diarréia 
aquosa com odor fétido
Diagnóstico 
Clínico: Crianças de 8 meses até 10-12 anos diarréia com esteatorréia
Laboratorial: 
1- Parasitológico (encontro de cistos ou trofozoítos nas fezes)
(método de Faust e cols. , Hematoxilina férrica)
2- Imunológico
(ELISA, Imunofluorescência indireta) 
 Usado apenas para inquéritos epidemiológicos
05/08/2013
3
Epidemiologia 
 Encontrada em todo o mundo
 No Brasil varia de 4- 30% a prevalência sendo mais comum em crianças de 8 meses 
até 12 anos
 Ingestão de cistos provenientes de água da rede pública, ou água superficial de 
riachos ou reservatórios não tratados ou insuficientemente tratadas 
 Cistos são muito resistentes
 Transmissão sexual oral-fecal
 Frequentemente encontradas em ambientes coletivos
(Creches, enfermarias, orfanatos, domicílios)
 Portadores assintomáticos (manipuladores de alimentos) 
Profilaxia
 Medidas de higiene pessoal
 Saneamento básico
 Proteção dos alimentos e tratamento de água
 Identificação e tratamento dos doentes infectados
Tratamento
Metronidazol (Flagil): 15-20mg/kg durante sete dias consecutivos 
para crianças. Adultos 250mg duas vezes ao dia.
Tinidazol (Fasigyn): Dose única de 2g para adulto e 1g para crianças. Sob forma 
liquída. Também é apresentado sob forma de supositórios.
Furazolidona (Giarlam): 8-10mg por kg por dia durante 7 dias para crianças e para 
adultos a dose é de 400mg em 24hs em 2-4 vezes por dia durante 7 dias
Secnidazol (Secnidazol): Adultos- 2g em dose única de quatro comprimidos. Crianças 
com menos de 5 anos 125mg duas vezes em 24hs por cinco dias.
Flagyl® comprimidos (metronidazol) é um antiinfeccioso da família dos nitro-5-
imidazóis, que apresenta atividade antimicrobiana, que abrange exclusivamente 
microrganismos anaeróbios, e atividade antiparasitária.
Tricomoníase
Ordem
Classificação 
FILO Sarcomastigophora
SUB-FILO Mastigophora (com flagelos)
ORDEM Trichomonadida (Apenas trofozoíto)
FAMÍLIA Trichomonadidae
GÊNERO Trichomonas
ESPÉCIE T. vaginalis
T. tenax
Pentatrichomonas hominis
05/08/2013
4
Classificação 
ESPÉCIE T. vaginalis
T. tenax
Pentatrichomonas hominis
Trichomonas tenax
 Flagelado que habita a cavidade bucal
 Fisiologia similar ao T. vaginalis
Menor que o T. vaginalis, três flagelos livres, 
núcleo arredondado.
Vive no tártaro, nas cáries, e/ou nas lesões 
ulcerativas ou purulentas.
 Não patogênico
 TRANSMISSÃO: Saliva
 CONTROLE: Higiene dentária e pelo tratamento de 
cáries ou focos inflamatórios
Pentatrichomonas hominis
 Flagelado que habita o trato intestinal 
humano
 Cinco flagelos livres, núcleo arredondado
Menor que o T. vaginalis
 Vive no intestino delgado e grosso
 Não patogênico
 TRANSMISSÃO: Ingestão de alimentos e 
água contaminados com trofozoítos
Fecal-oral
 CONTROLE:
Trichomonas vaginalis
DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL - DST
Classificação 
FILO Sarcomastigophora
SUB-FILO Mastigophora (com flagelos)
ORDEM Trichomonadida (Não apresentam a forma de cisto)
FAMÍLIA Trichomonadidae
GÊNERO Trichomonas
ESPÉCIE T. vaginalis
Introdução 
Protozoário flagelado causador da tricomoníase, que constitui uma doença 
venérea cosmopolita incidente em proporções elevadas em mulheres adultas.
 DST não viral mais comum no mundo
 170 milhões de casos novos anualmente
 A indicência depende de fatores como idade, número de parceiros sexuais, 
atividade sexual
 Prevalência mais alto entre grupos socioeconômicos mais baixos
 Não forma cistos
 Transmissão vertical (mãe-feto)
 A prevalência em homens não é bem conhecida
05/08/2013
5
Morfologia 
TROFOZOÍTAS:
 Forma elipsóide ou oval polimorfica
 Pseudópodes: capturar alimentos e fixação
 4 flagelos livres na região anterior
 Membrana ondulante
 Axóstilo (estrutura rígida e hialina)
 Núcleo próximo a região anterior
 Organismo anaeróbio facultativo
9,7µm-7µm
NÃO POSSUEM CISTOS
- não tem mitocôndria
- hidrogenossomos
- anaeróbio 
- metabolismo: glicose, 
glicogênio, etc
Hábitat 
TRATO GENITOURINÁRIO DO HOMEM E DA MULHER, ONDE PRODUZ A 
INFECÇÃO E NÃO SOBREVIVE FORA DESSE LOCAL
Ciclo 
 Reprodução: Divisão 
binária longitudinal
 Organismo anaeróbio 
facultativo
Transmissão 
DOENÇA VENÉREA
 Transmitido através de relação sexual, podendo sobreviver mais de 
uma semana sob o prepúcio do homem sadio.
 A tricomoníase neonatal em meninas é adquirida durante o parto
Água de banho, roupas molhadas, sanitários, etc
Vida média 
secreção vaginal: 6hs
Água: 2hs 
Patologia 
PROBLEMAS RELACIONADOS A GRAVIDEZ: Baixo peso, 
parto prematuro, natimorto e morte neonatal 
PROBLEMAS RELACIONADOS A FERTILIDADE: duas vezes maior risco de 
infertilidade em mulheres com história de tricomoníase.
Patogenia 
Facilitada por alterações da flora bacteriana, aumento do pH, descamação 
excessiva, etc. 
Acarretadas por alterações hormonais, inflamações, etc
a) Forma assintomática - + comum homens: subclínica e benigna
b) Forma sintomática - + comum mulheres: vaginite, vulvovaginite e cervicite
Corrimento, forte prurido, ardor
PESSOAS INFECTADAS: MAIOR RISCO MAIOR DE ADQUIRIR HIV
05/08/2013
6
Patologia 
TRANSMISSÃO DO HIV: O Trichomonas aumenta a resposta inflamatória local 
(linfócitos TCD4+), aumentando a chance do vírus se ligar e ganhar acesso ao corpo. 
Provoca pontos hemorrágicos na mucosa,permitindo o acesso direto do vírus a 
corrente sanguínea.
Patogenia 
MULHER: Vaginite que se caracteriza por um corrimento 
vaginal fluido abundante de cor amarelo-esverdeada, de 
odor fétido, mais frequente no período pós-menstrual. 
Prurido ou irritação vulvovaginal de intensidade variável
HOMEM: Assintomático
Uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve 
sensação de prurido na uretra 
Mecanismos da Patogênese 
1- Interação entre T. vaginalis com seu hospedeiro 
Adesão das moléculas de superfície ATRAVÉS
Adesinas, - cisteíno-proteases, integrinas, cell detaching factor (CDF) e 
glicosidases
2- Cisteino-proteases
Citotóxicas e hemolíticas apresentado capacidade de degradar IgG, IgM e IgA
A expressão dessas moléculas é modulada pelos níveis de cálcio e ferro do hospedeiro
Relação parasita-hospedeiro 
Resposta imune protetora- IgA secretora
Reinfecções - ausência de imunidade adquirida
- grande variabilidade de isolados
Diagnóstico 
Clínico: Difícil (confundido com outras DSTs)
Laboratorial: 
1- Parasitológico (encontro de trofozoítos no material uretral ou vaginal)
exames após cultivo em meios de cultura ( Johnson & Trussel, Diamond)
2- Imunológico para pacientes assintomáticos
Profilaxia
 Prática do sexo seguro que inclui aconselhamento que auxiliam a 
população a fazer escolhas sexuais mas apropriadas para a redução do 
risco de contaminação
 Uso de preservativos
 Abstinência de sexo com pessoas infectadas
 Tratamento imediato e eficaz, para parceiros simultaneamente

Outros materiais