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AULAS2E3 RESUMO

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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
Arynna Manfredini 
1 
ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS 
 
ATO PROCESSUAL 
 
Os atos processuais são públicos, salvo quando o 
contrário determinar o interesse social e devem ser 
realizados em dias úteis, das 6h00 às 20h00 (cui-
dado para não confundir com o horário das audiên-
cias, que é das 8h00 às 18h00, com duração máxima 
de 5 horas, salvo em caso de matéria urgente). 
 
A penhora PODE realizar-se em domingos e feria-
dos mediante expressa autorização do juiz, obser-
vado o disposto no art. 5°, XI, da CF: ninguém pode 
penetrar na casa, asilo inviolável do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determina-
ção judicial. 
 
Art. 770, CLT: Os atos processuais serão públicos, 
salvo quando o contrário determinar o interesse so-
cial, e realizar-se-ão nos dias uteis das 6 às 20 horas. 
Parágrafo Único. A penhora poderá realizar-se em 
domingo ou dia feriado, mediante autorização ex-
pressa do juiz. 
 
Art. 772, CLT. Os atos e termos processuais, que de-
vam ser assinados pelas partes interessadas, 
quando estas, por motivo justificado, não possam 
fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 
(duas) testemunhas, sempre que não houver procu-
rador legalmente constituído. 
 
É possível obter certidão em processo que corre em 
segredo de justiça, desde que haja despacho do juiz. 
Art. 781, CLT: As partes poderão requerer certidões 
dos processos em curso ou arquivados, as quais se-
rão lavradas pelos escrivães ou diretores de secreta-
ria. 
Parágrafo Único. As certidões dos processos que 
correm em segredo de justiça dependerão de despa-
cho do juiz ou presidente. 
 
TERMOS 
 
Termo é a redução escrita de um ato processual. 
Os atos processuais devem ser registrados. O obje-
tivo do legislador é que os registros sejam feitos de 
forma indelével. Logo não se admitem termos lança-
dos a lápis. 
Na CLT há três artigos que tratam de termos proces-
suais: 
 
Art. 771, CLT. Os atos e termos processuais poderão 
ser escritos à tinta, datilografados ou a carimbo. 
Art. 772, CLT. Os atos e termos processuais, que de-
vam ser assinados pelas partes interessadas, 
quando estas, por motivo justificado, não possam 
fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de duas 
testemunhas, sempre que não houver procurador le-
galmente constituído. 
 
Art. 773, CLT. Os termos relativos ao movimento de 
processos constarão de simples notas, datadas e ru-
bricadas pelos Chefes de Secretaria ou escrivães. 
Mesmo os atos processuais que podem ser pratica-
dos de forma oral devem ser reduzidos a termo. 
 
PRAZOS 
 
Devem ser destacados dois momentos quanto aos 
atos processuais: 
a) O momento do início do prazo: o 
prazo inicia-se no dia da notificação ou da intimação. 
b) O momento do início da contagem 
do prazo: o início da contagem ocorre no primeiro 
dia útil subsequente ao dia no início do prazo. 
 
Art. 774, CLT. Salvo disposição em contrário, os pra-
zos previstos neste Título contam-se (sem grifo no 
original), conforme o caso, a partir da data em que for 
feita pessoalmente, ou recebida a notificação, da-
quela em que for publicado o edital no jornal oficial 
ou no que publicar o expediente da Justiça do Traba-
lho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na 
sede da Junta, Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, 
no caso de não ser encontrado o destinatário ou no 
de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, 
sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-
la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal 
de origem. 
 
Art. 775, CLT. Os prazos estabelecidos neste Título 
contam-se (sem grifo no original) com exclusão do 
dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e 
são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, 
ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário 
pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, 
devidamente comprovada. 
Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em 
sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no pri-
meiro dia útil seguinte. 
Destacam-se as seguintes súmulas referentes ao iní-
cio e à contagem dos prazos processuais: 
 
Súmula 1, TST. PRAZO JUDICIAL (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Quando a intima-
ção tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com 
efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial 
será contado da segunda-feira imediata, inclusive, 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
Arynna Manfredini 
2 
salvo se não houver expediente, caso em que fluirá 
no dia útil que se seguir. 
Súmula 262, TST. PRAZO JUDICIAL. NOTIFI-
CAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO 
FORENSE (redação do item II alterada na sessão do 
Tribunal Pleno realizada em 19.05.2014) - Res. 
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início 
do prazo se dará no primei- ro dia útil imediato e a 
contagem, no subseqüente. (ex-Súmula no 262 - 
Res. 10/1986, DJ 31.10.1986) 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Minis-
tros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os 
prazos recursais. (ex-OJ no 209 da SBDI-1 - inserida 
em 08.11.2000) 
 
Quando a intimação ocorre no sábado, tem-se por re-
alizada na segunda-feira (se dia útil), sendo este o 
dia do início do prazo e terça-feira (se dia útil) o dia 
do início da contagem do prazo. 
OJ 310, SDI-I, TST. LITISCONSORTES. PROCURA-
DORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 191 
DO CPC (art. 229, NCPC). INAPLICÁVEL AO PRO-
CESSO DO TRABALHO ( DJ 11.08.2003) A regra 
contida no art. 191 do CPC (art. 229, NCPC) é inapli-
cável ao processo do trabalho, em face de sua in-
compatibilidade com o princípio da celeridade ine-
rente ao processo trabalhista. 
O art. 229, do CPC, estabelece que litisconsortes, 
com procuradores diferentes, de escritórios de advo-
cacia distintos, têm prazo em dobro. Como tal dispo-
sitivo legal não se aplica ao Processo do Trabalho, 
tem-se que LITISCONSORTES COM PROCURA-
DORES DIFERENTES NÃO TÊM PRAZO EM DO-
BRO NO PROCESSO DO TRABALHO. 
Ainda quanto aos prazos, vale destacar que o Minis-
tério Público têm prazo em dobro para manifestar-se 
nos autos, nos termos do art. 180 do NCPC. 
 
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em 
dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a 
partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 
183, § 1o. 
É possível a interposição de recurso por fac-símile, 
perante os juízos nos quais ainda não foi implantado 
o PJ-e, n 
 
Súmula 387 RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 
9.800/1999 (inserido o item IV à redação) - Res. 
174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31/05/2011I - 
A Lei nº 9.800, de 26/05/1999, é aplicável somente a 
recursos interpostos após o início de sua vigência. 
(ex-OJ nº 194, da SBDI-1 - inserida em 08/11/2000) 
II - A contagem do quinquídio para apresentação dos 
originais de recurso interposto por intermédio de fac-
símile começa a fluir do dia subsequente ao término 
do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº 
9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à inter-
posição do recurso, se esta se deu antes do termo 
final do prazo. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - primeira 
parte - DJ 04/05/2004) 
III - Não se tratando a juntada dos originais de ato 
que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor 
o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não 
se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao "dies 
a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou 
feriado. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - "in fine" - DJ 
04/05/2004) 
IV - A autorização para utilização do fac-símile, cons-
tante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 26/05/1999, so-
mente alcança as hipótesesem que o documento é 
dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se 
aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. 
Dos dispositivos legais e jurisprudenciais extrai-se 
que: 
a) Os originais devem ser juntados no 
prazo de 5 (cinco) dias contados do dia subsequente 
ao término do prazo recursal e não do dia subse-
quente ao envio do fax. Assim, mesmo que o recurso 
seja enviado ao órgão do poder judiciário via fax no 
terceiro dia do prazo recursal, o quinquídio para apre-
sentação dos originais conta-se do dia subsequente 
ao oitavo dia do prazo; 
b) O primeiro dos 5 (cinco) dias para a 
juntada dos originais pode coincidir com sábado, do-
mingo ou feriado; 
c) Se o último dos 5 (cinco) dias recair 
em sábados, domingos ou feriados, o prazo prorroga-
se para o próximo dia útil subsequente; 
d) O item IV da súmula, recentemente 
acrescentado pelo Pleno do TST, destaca que a lei 
9800/99 permite a prática dos atos processuais por 
fax, mediante envio do documento diretamente ao ór-
gão jurisdicional. Não admite que o documento seja 
transmitido entre particulares para, em seguida, ser 
encaminhado ao órgão jurisdicional. Assim, os com-
provantes de depósito recursal e de custas proces-
suais encaminhados da matriz do escritório de advo-
cacia para a filial via fax e somente depois, ato contí-
nuo, encaminhados ao órgão jurisdicional não são re-
putados autênticos, segundo o entendimento do TST. 
 
Seguem os principais prazos trabalhistas: 
 
Hipóteses Prazo Fundamento 
Audiência 
Primeira de-
simpedida 
depois de 5 
(cinco) dias 
contados do 
recebimento 
Art. 841, CLT; 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
Arynna Manfredini 
3 
da notifica-
ção; 
Defesa Verbal 20 minutos; Art. 847, CLT; 
Manifestação 
do Exceto em 
exceção de in-
competência 
24 horas; Art. 800, CLT; 
Razões Finais 10 minutos; Art. 850, CLT; 
Recurso ordi-
nário 
8 (oito) dias; Art. 895, CLT; 
Recurso de re-
vista 
8 (oito) dias; Art. 896, CLT; 
Embargos ao 
TST 
8 (oito) dias; Art. 894, CLT; 
Agravo de pe-
tição 
8 (oito) dias; 
Art. 897, “a”, 
CLT; 
Agravo de ins-
trumento 
8 (oito) dias; 
Art. 897, “b”, 
CLT; 
Embargos de 
declaração 
5 (cinco) 
dias; 
Art. 897-A, CLT; 
Pedido de Re-
visão 
48 horas; 
Art. 2º, § 2º, Lei 
5584/70; 
Recurso extra-
ordinário 
15 (quinze) 
dias; 
Art. 102, III, CF e 
art. 266, § 1º do 
Regimento In-
terno do TST; 
Embargos à 
execução 
5 (cinco) dias 
contados da 
garantia do 
juízo; 
Art. 884, CLT. 
Ação rescisó-
ria 
2 (dois) anos 
contados do 
dia subse-
quente ao 
trânsito em 
julgado; 
Art. 975, NCPC 
e súmula 100, I, 
TST; 
Inquérito judi-
cial para apu-
ração de falta 
grave 
30 (trinta) 
dias conta-
dos da sus-
pensão do 
empregado; 
Art. 853, CLT; 
Mandado de 
segurança 
120 (cento e 
vinte) dias 
contados da 
ciência do 
ato impug-
nado; 
Art. 23, Lei 
12016/2009; 
Prazo para o 
Ministério Pú-
blico 
Prazo em do-
bro; 
Art. 180, NCPC; 
Prescrição bie-
nal 
2 (dois) anos 
contados do 
término do 
contrato de 
trabalho; 
Art. 7º, XXIX e 
art. 11, CLT; 
Prescrição 
quinquenal 
5 (cinco) 
anos conta-
dos do ajui-
zamento da 
ação; 
Art. 7º, XXIX e 
art. 11, CLT e 
súmula 308, 
TST; 
Litisconsortes 
com procura-
dores 
diferentes 
Não têm 
prazo em do-
bro; 
OJ 310, SDI-1, 
TST 
 
PARTES E PROCURADORES 
“JUS POSTULANDI” 
É a capacidade de postular pessoalmente 
em Juízo, sem a necessidade de representação por 
advogado. Na Justiça do Trabalho, diversamente do 
que ocorre no processo civil, a capacidade postulató-
ria é facultada diretamente aos empregados e aos 
empregadores. 
 
Art. 791, CLT. Os empregados e os empregadores 
poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do 
Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o 
final. 
 É importante observar que o referido artigo 
trata apenas de empregados e empregadores, por-
tanto, para as novas ações acrescidas à competência 
da Justiça do Trabalho pela EC 45/2004, a represen-
tação das partes por advogado será obrigatória. 
O TST firmou posicionamento no sentido de 
não ser conferida capacidade postulatória aos traba-
lhadores não empregados, como se extrai do art. 5º, 
da IN 27/2005, que trata das normas procedimentais 
aplicáveis ao Processo do Trabalho em decorrência 
da ampliação da competência da Justiça do Traba-
lho. 
 Ressalte-se, entretanto, que o jus postulandi 
é limitado às varas do trabalho e aos Tribunais Regi-
onais do Trabalho, conforme estabelece a súmula 
425 do TST. 
 
Súmula 425, TST. O jus postulandi das partes, esta-
belecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do 
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não 
alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o 
mandado de segurança e os recursos de competên-
cia do Tribunal Superior do Trabalho. 
Ressalte-se que, por força do art. 652, a, III, 
da CLT, aos dissídios resultantes de contratos de 
empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou 
artífice, aplica-se a CLT, inclusive o art. 791, que trata 
do jus postulandi. O mesmo ocorre com o trabalhador 
avulso, nos termos do art. 643, da CLT: 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
Arynna Manfredini 
4 
Art. 643. Os dissídios, oriundos das relações entre 
empregados e empregadores bem como de trabalha-
dores avulsos e seus tomadores de serviços, em ati-
vidades reguladas na legislação social, serão dirimi-
dos pela Justiça do Trabalho, de acordo com o pre-
sente Título e na forma estabelecida pelo processo 
judiciário do trabalho. 
 
REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO 
 Na Justiça do Trabalho faculta-se a repre-
sentação do empregado e do empregador por advo-
gado, porém, caso seja esta a opção da parte, o ad-
vogado deverá fazer constar nos autos a devida pro-
curação. Sem esse instrumento de mandato, não po-
derá ingressar nos autos. 
 O artigo 104, do NCPC, aplicável ao Pro-
cesso do Trabalho, ensina que, sem instrumento de 
mandato, o advogado não poderá ingressar em juízo. 
Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a 
fim de evitar decadência ou prescrição, bem como in-
tervir no processo para praticar atos reputados ur-
gentes. 
Nesses casos, o advogado obrigar-se-á, in-
dependentemente de caução, a exibir o instrumento 
de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogá-
veis até outros 15 (quinze), por despacho do juiz. 
Art. 104, NCPC. O advogado não será admitido a 
postular em juízo sem procuração, salvo para evitar 
preclusão, decadência ou prescrição, ou para prati-
car ato considerado urgente. 
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado 
deverá, independentemente de caução, exibir a pro-
curação no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por 
igual período por despacho do juiz. 
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz 
relativamente àquele em cujo nome foi praticado, res-
pondendo o advogado pelas despesas e por perdas 
e danos. 
Entretanto, mesmo sem a juntada da procu-
ração, a representação estará regularizada na forma 
do art. 791, § 3º, da CLT. 
 
Art. 791,§ 3º, CLT. A constituição de procurador com 
poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, 
mediante simples registro em ata de audiência, a re-
querimento verbal do advogado interessado, com 
anuência da parte representada. 
 As Súmulas 395, 383 e 456 do TST tratam 
das condições de validade do mandato. Observe-se: 
Súmula 395, TST. MANDATO E SUBSTABELECI-
MENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (conversão 
das Orientações Jurisprudenciais nºs 108, 312, 313 
e 330 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 
25/04/2005. 
I - Válido é o instrumentode mandato com prazo de-
terminado que contém cláusula estabelecendo a pre-
valência dos poderes para atuar até o final da de-
manda. (ex-OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11/08/2003). 
II - Diante da existência de previsão, no mandato, fi-
xando termo para sua juntada, o instrumento de man-
dato só tem validade se anexado ao processo dentro 
do aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 
11/08/2003). 
III - São válidos os atos praticados pelo substabele-
cido, ainda que não haja, no mandato, poderes ex-
pressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, 
do Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - 
inserida em 01/10/1997). 
IV - Configura-se a irregularidade de representação 
se o substabelecimento é anterior à outorga passada 
ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - DJ 
09/12/2003). 
 
Súmula 383, TST. MANDATO. ARTS. 13 E 37 DO 
CPC. FASE RECURSAL. INAPLICABILIDADE 
(conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 
149 e 311 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 
25.04.2005 
I - É inadmissível, em instância recursal, o ofereci-
mento tardio de procuração, nos termos do art. 37 do 
CPC, ainda que mediante protesto por posterior jun-
tada, já que a interposição de recurso não pode ser 
reputada ato urgente. 
II - Inadmissível na fase recursal a regularização da 
representação processual, na forma do art. 13 do 
CPC, cuja aplicação se restringe ao Juízo de 1º grau. 
Súmula 456, TST. REPRESENTAÇÃO. PESSOA 
JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALI- DADE. IDENTI-
FICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRE-
SENTANTE. (conversão da Orientação Jurispruden-
cial no 373 da SBDI-1 com nova redação) - Res. 
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
É inválido o instrumento de mandato firmado em 
nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo me-
nos, o nome do outorgante e do signatário da procu-
ração, pois estes dados constituem elementos que os 
individualizam. 
Segundo a Súmula 436, do TST, a União, 
os Estados, os Municípios e o DF, suas autarquias e 
fundações públicas, quando representadas em juízo, 
ativa e passivamente, por seus procuradores, estão 
dispensadas da juntada de procuração e da compro-
vação do ato de nomeação desses procuradores. É 
necessário, entretanto, que o signatário declare-se 
exercente do cargo de procurador, não bastando a 
indicação do seu número de inscrição na OAB. 
 
Súmula 436, TST. REPRESENTAÇÃO PROCES-
SUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MU-
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
Arynna Manfredini 
5 
NICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTAR-
QUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE 
INSTRUMENTO DE MANDATO (conversão da Ori-
entação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I e inserção 
do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT divul-
gado em 25, 26 e 27.09.2012 
 
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, 
suas autarquias e fundações públicas, quando repre-
sentadas em juízo, ativa e passivamente, por seus 
procuradores, estão dispensadas da juntada de ins-
trumento de mandato e de comprovação do ato de 
nomeação. 
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que 
o signatário ao menos declare-se exercente do cargo 
de procurador, não bastando a indicação do número 
de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Relação de trabalho é diferente de relação de em-
prego: 
 
Art. 5º, IN 27/2005, TST. Exceto nas lides decorren-
tes da relação de emprego, os honorários advocatí-
cios são devidos pela mera sucumbência. 
O TST adota corrente restritiva quanto aos 
honorários advocatícios sucumbenciais, estabele-
cendo, nas súmulas 219 e 329, que, em regra, nas 
relações de emprego, não cabem honorários su-
cumbenciais no processo do trabalho, exceto em um 
caso, quando presentes dois requisitos cumulativos: 
reclamante beneficiário da justiça gratuita + assistido 
por advogado de sindicato da categoria. Nesse caso, 
os honorários serão de até 15%, reversíveis ao sindi-
cato da categoria. 
 
Súmula 219, TST. HONORÁRIOS ADVOCATÍ-
CIOS. HIPÓTESE DE CABIMENTO (nova redação 
do item II e inserido o item III à redação) - Res. 
174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
I. Na Justiça do Trabalho, a condenação ao paga-
mento de honorários advocatícios, nunca superiores 
a 15%, não decorre pura e simplesmente da sucum-
bência, devendo a parte estar assistida por sindicato 
de categoria profissional e comprovar a percepção de 
salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encon-
trar-se em situação econômica que não lhe permita 
demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da 
respectiva família. 
II - É cabível a condenação ao pagamento de hono-
rários advocatícios em ação rescisória no processo 
trabalhista. 
III - São devidos os honorários advocatícios nas cau-
sas em que o ente sindical figure como substituto pro-
cessual e nas lides que não derivem da relação de 
emprego. 
Súmula 329, TST. HONORÁRIOS ADVOCATÍ-
CIOS. ART. 133 DA CF/1988 (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Mesmo após a 
promulgação da CF/88, permanece válido o entendi-
mento consubstanciado naSúmula nº 219 do TST. 
 
Ressalte-se que, na Súmula 219, o item II foi modifi-
cado e o III foi inserido pela Resolução 174 de maio 
de 2011 do Pleno do TST. 
Nos termos do art. 5°, da IN 27/2005, do TST, cabem 
honorários em decorrência da mera sucumbência na 
Justiça do Trabalho quando se tratar de ações relati-
vas à nova competência da Justiça do Trabalho, nos 
termos do art. 20, do CPC, a razão de até 20% (vinte 
por cento). 
Art. 5º, IN 27/2005, TST. Exceto nas lides decorren-
tes da relação de emprego, os honorários advocatí-
cios são devidos pela mera sucumbência. 
 
JUSTIÇA GRATUITA E ASSISTÊNCIA JUDICIÁ-
RIA GRATUITA 
Na Justiça do Trabalho, a assistência judici-
ária será prestada pelo sindicato da categoria profis-
sional a que pertencer o trabalhador. Desta feita, todo 
aquele que receber salário igual ou inferior ao dobro 
do mínimo legal terá direito a assistência judiciária 
prestada pelo sindicato. O benefício também é garan-
tido ao trabalhador que receber maior salário, uma 
vez provado que sua situação econômica não lhe 
permite demandar sem prejuízo do sustento próprio 
ou de sua família (art. 14, § 1º, Lei 5584/70). 
Importante destacar que, na assistência judi-
ciária, são cabíveis os honorários advocatícios rever-
síveis ao sindicato assistente (art. 16, Lei 5584/70). 
 
Art. 14, Lei 5584/70. Na Justiça do Trabalho, a as-
sistência judiciária a que se refere a Lei 1.060, de 5 
de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da 
categoria profissional a que pertencer o trabalhador. 
§ 1º. A assistência é devida a todo aquele que perce-
ber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, 
ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de 
maior salário, uma vez provado que sua situação 
econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo 
do sustento próprio ou da família. 
 
Art. 16, Lei 5584/70. Os honorários do advogado pa-
gos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato 
assistente. 
Nos termos do art. 105 do NCPC, a procuração 
geral para o foro, outorgada por instrumento público 
ou particular assinado pela parte, não habilita o ad-
vogado a assinar declaração de hipossuficiência eco-
nômica, que devem constar de cláusula específica. 
Para tanto exigem-se poderes especiais. 
 
 
 
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Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
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6 
A justiça gratuita está prevista no artigo 790, 
§3 da CLT, o qual faculta aos juízes de qualquer 
instância conceder este benefício àqueles que re-
ceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo 
legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não 
estão em condições de pagar as custas do processo 
sem prejuízo do sustentopróprio ou de sua família. 
 
Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de 
Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do 
Trabalho (sem grifo no original), a forma de paga-
mento das custas e emolumentos obedecerá às ins-
truções que serão expedidas pelo Tribunal Superior 
do Trabalho. 
(...) 
§ 3º. É facultado aos juízes, órgãos julgadores e pre-
sidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instân-
cia conceder, a requerimento ou de ofício (sem 
grifo no original), o benefício da justiça gratuita, in-
clusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles 
que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do 
mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, 
que não estão em condições de pagar as custas do 
processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua 
família. 
 
PROCEDIMENTOS NO PROCESSO DO TRABA-
LHO 
 
O procedimento comum se divide em: 
 SUMÁRIO: até 2 salários mínimos – 
[Lei 5584/70]; 
 SUMARÍSSIMO: acima de 2 e abaixo 
de 40 salários mínimos – [Art. 852-A e ss, CLT]; 
 ORDINÁRIO: mais de 40 salários mí-
nimos; 
 
PROCEDIMENTO SUMÁRIO 
 O procedimento sumário, instituído pela Lei 
5.584/70, não está previsto na CLT. Tem por finali-
dade garantir maior celeridade aos processos traba-
lhistas cujo valor da causa não ultrapasse dois salá-
rios mínimos. Essas causas trabalhistas, também 
chamadas de “dissídios de alçada”, possuem carac-
terísticas relevantes, previstas nos parágrafos 3º e 4º 
do artigo 2º da referida lei: 
 Quando o valor da causa for inferior 
a dois salários mínimos, será dispensável o resumo 
dos depoimentos, devendo constar, na ata, a conclu-
são do juiz quanto à matéria de fato. 
 Não caberá nenhum recurso das 
sentenças proferidas nas ações sujeitas a esse pro-
cedimento, considerando o salário mínimo vigente na 
data de ajuizamento da ação, EXCETO se versar so-
bre matéria constitucional, caso em que caberá a in-
terposição de recurso extraordinário, que será apre-
ciado pelo STF. 
 
Art. 2º, § 4º, Lei 5.584/70. Salvo se versarem sobre 
matéria constitucional, nenhum recurso caberá das 
0sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que 
se refere o parágrafo anterior, considerado, para 
esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuiza-
mento da ação. 
No mesmo sentido, tem-se a súmula 640, do STF: 
 
Súmula 640, STF. É cabível recurso extraordinário 
contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas 
causas de alçada, ou por turma recursal de juizado 
especial cível e criminal. 
 
PROCEDIMENTO SUMaRíssimO 
 
A Lei 9.957/00 trouxe uma série de altera-
ções no texto da CLT, entre elas a inserção dos arti-
gos 852-A a 852-I, instituindo o procedimento suma-
ríssimo. Seu intuito é privilegiar a celeridade e a eco-
nomia processual. 
 
O procedimento sumaríssimo aplica-se aos 
dissídios individuais, cujo valor não exceda a 40 ve-
zes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento 
da ação. 
 
Art. 852-A, CLT. Os dissídios individuais cujo valor 
não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vi-
gente na data do ajuizamento da reclamação ficam 
submetidos ao procedimento sumaríssimo. 
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento 
sumaríssimo as demandas em que é parte a Admi-
nistração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
Esse procedimento não se aplica à adminis-
tração direta, autárquica e fundacional. Às empresas 
públicas e sociedades de economia mista não se 
garante a mesma prerrogativa. Isto ocorre porque es-
tas entidades exploram a atividade econômica, de 
modo que não seria lógico gozarem dos benefícios 
concedidos à administração pública no exercício de 
funções públicas. Isso ocasionaria uma desigualdade 
de mercado em relação aos particulares. 
 
O procedimento sumaríssimo não se aplica 
aos dissídios coletivos. 
 
O artigo 852-B da CLT apresenta os requisi-
tos da petição inicial no procedimento sumaríssimo. 
Observe-se: 
 
 
 
 
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7 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no proce-
dimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indi-
cará o valor correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor 
a correta indicação do nome e endereço do recla-
mado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no 
prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, 
podendo constar de pauta especial, se necessário, 
de acordo com o movimento judiciário da Junta de 
Conciliação e Julgamento. (sem grifo no original) 
 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto 
nos incisos I e II deste artigo importará no arquiva-
mento da reclamação e condenação ao pagamento 
de custas sobre o valor da causa. 
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as 
mudanças de endereço ocorridas no curso do pro-
cesso, reputando-se eficazes as intimações enviadas 
ao local anteriormente indicado, na ausência de co-
municação. 
 
 No procedimento sumaríssimo é fundamen-
tal que os pedidos formulados sejam líquidos. Em 
relação a cada pedido o reclamante deverá especifi-
car qual é o valor requerido, sob pena de arquiva-
mento da reclamatória trabalhista. Também ocorrerá 
o arquivamento do processo, se o reclamante não 
fornecer o endereço correto do reclamado, tendo em 
vista que é vedada a citação por edital neste proce-
dimento. 
 
 O procedimento, em regra, é definido com 
base no valor da causa. Entretanto, caso o recla-
mante desconheça o endereço do reclamado, ainda 
que o valor da causa seja superior a dois e inferior a 
quarenta salários mínimos, o procedimento será or-
dinário. Isso acontece porque no procedimento su-
maríssimo não há citação por edital e, em nosso or-
denamento jurídico, aplica-se o princípio constitucio-
nal da inafastabilidade da jurisdição. 
 
 No procedimento sumaríssimo a audiência é 
una (art. 852-C, CLT). 
 
 Segundo o art. 852-B, III, da CLT, a audiên-
cia na qual deverá se proferida a sentença deve ser 
designada para o prazo máximo de 15 dias, podendo, 
entretanto, ser interrompida. Neste caso, o seu pros-
seguimento e a solução da lide devem ocorrer no má-
ximo em mais 30 dias. 
 
 Segundo o artigo 852-H da CLT, todas as 
provas deverão ser produzidas na audiência, ainda 
que não requeridas previamente. 
A audiência una obriga a parte a impugnar 
todos os documentos apresentados pela parte con-
trária oralmente naquela sessão, salvo caso de ab-
soluta impossibilidade, a ser apontada pelo juiz (art. 
852-H, § 1º, CLT). 
 
 As partes devem observar o limite máximo de 
duas testemunhas, as quais deverão comparecer es-
pontaneamente na audiência (art. 852-H, § 2º, CLT) 
 
 Caso a testemunha não se apresente, o juiz 
só determinará a intimação da mesma, diante da 
comprovação do convite. Após a intimação, se a 
testemunha não comparecer à audiência, será orde-
nada a sua condução coercitiva (art. 852-H, § 3º, 
CLT) 
 
É possível produzir prova pericial no procedi-
mento sumaríssimo, quando depender dela a prova 
do fato ou por imposição de lei. De imediato o juiz 
fixará o prazo, o objeto da perícia e nomeará o perito 
(art. 852-H, § 4º, CLT) 
 
As partes TERÃO O PRAZO COMUM de 5 
dias para manifestação em relação ao laudo pericial 
(Art. 852-H, § 6º, CLT). 
 
Caso a audiência precise ser interrompida, o 
juiz deve providenciar que o seu prosseguimento e a 
solução do processo ocorram no prazo máximo de 
trinta dias, salvo motivo relevante, justificado nos 
autos (art. 852-H, § 7º, CLT). 
 
 No procedimento sumaríssimo, conforme o 
artigo 852-G, da CLT, todos os incidentes e exceções 
que possam interferir no prosseguimento da audiên-
cia e do processo deverão ser decididos de plano. O 
restante das questões será decidido na sentença. 
 
EM SÍNTESE: 
 
• Aplica-se aosdissídios individuais cujo valor 
não exceda a quarenta vezes o salário mí-
nimo vigente na data do ajuizamento da re-
clamação; 
• Não se aplica à administração direta autár-
quica e fundacional; 
• O procedimento sumaríssimo não se aplica 
aos dissídios coletivos. 
• A audiência é una. A causa deve ser apreci-
ada no prazo máximo de 15 dias. Entretanto, 
se for interrompida a audiência, o seu pros-
seguimento e a solução do litígio poderão de-
morar no máximo mais 30 dias. 
 
 
 
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Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
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8 
• As provas deverão ser produzidas na audi-
ência, ainda que não requeridas previa-
mente. 
• O número máximo de testemunhas é de 
duas. Elas devem comparecer em audiência 
independentemente de intimação ou de noti-
ficação. Caso não compareçam, o juiz só as 
intimará se comprovado o convite. E, se inti-
madas, ainda assim não comparecerem, o 
juiz determinará sua condução coercitiva. 
• É possível produzir prova pericial no procedi-
mento sumaríssimo, quando depender dela 
a prova do fato ou por imposição de lei. 
• Em audiência, o juiz fixará o perito, o objeto 
e o prazo. 
• Apresentado o laudo pelo perito, as partes 
terão o prazo COMUM de 5 dias para se ma-
nifestarem. 
 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
 
 É o procedimento mais utilizado na Justiça 
do Trabalho. Todas as disposições da CLT que não 
se referirem aos procedimentos sumaríssimo ou su-
mário aplicam-se ao ordinário. 
 
AUDIÊNCIA 
 
NOÇÕES GERAIS 
 As audiências no processo do trabalho serão 
públicas, salvo quando contrariar o interesse social 
(art. 93, IX, CF). 
 
Art. 5º, inciso LX, CF. A lei ó poderá restringir a pu-
blicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem. 
 
Serão realizadas no juízo ou tribunal, mas 
excepcionalmente poderão realizar-se em outro local 
mediante edital fixado na sede do juízo COM 24 HO-
RAS de antecedência. 
 
 O horário das audiências é das 8h00 às 
18h00, em dias úteis, com duração máxima de 5 ho-
ras contínuas, salvo quando houver matéria ur-
gente. É permitida a convocação de audiências ex-
traordinárias, desde que respeitada a regra de fixa-
ção do edital na sede do juízo com 24 horas de ante-
cedência. 
 
 Há tolerância para atraso do juiz ou presi-
dente é de até 15 minutos. Se após esse lapso tem-
poral ele não houver comparecido, os presentes po-
derão retirar-se e o ocorrido deverá constar no livro 
de registro de audiências (art. 815, § ú, CLT) 
 
A mesma regra não se aplica para as partes. 
 
OJ 245, SDI-I, TST. Inexiste previsão legal tolerando 
atraso no horário de comparecimento da parte à au-
diência. 
 
 O juiz ou presidente é o responsável por 
manter a ordem na audiência, podendo determinar 
que se retirem do recinto aqueles que perturbarem a 
tranquilidade, e até mesmo autuar e prender os de-
sobedientes por desacato (art. 816, CLT). 
 
 Os atos processuais deverão ser registrados 
em ata, conforme o artigo 851, caput, da CLT. Não 
só os atos, mas todos os fatos relevantes, como as 
ausências, atrasos, requerimentos, protestos antipre-
clusivos, providências determinadas pelo juiz etc. A 
ata será assinada pelo juiz (art. 851, §2º, CLT). 
 
NOTIFICAÇÃO: 
 
O termo notificação ora é utilizado pela CLT 
como sinônimo de citação, ora como sinônimo de in-
timação. 
 
 
Uma vez ajuizada a Reclamatória trabalhista 
ela será distribuída para uma das varas do trabalho, 
na qual o escrivão no prazo máximo de 48 horas en-
caminhará uma notificação para o reclamado compa-
recer em audiência. 
 
Sobre a notificação: 
• a notificação é encaminhada ao reclamado, via 
postal, em registro postal com franquia (art. 841, § 1°, 
CLT), ou seja, com aviso de recebimento; 
• presume-se recebida no prazo de 48 horas, con-
tados da sua postagem, sendo ônus do destinatário 
comprovar o não recebimento neste prazo (súmula 
16, TST); 
• Caso o reclamado crie embaraços ao seu recebi-
mento ou não seja encontrado, a citação será feita 
por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar 
o expediente forense, ou na falta, afixado na sede do 
 
 
 
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Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
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9 
Juízo (art. 841, § 1º, CLT). Ressalte-se que no pro-
cedimento sumaríssimo não há citação por edital (art. 
852-B, II, CLT). 
• a notificação poderá ser recebida por: pessoa que 
tenha PODERES para recebê-la, por qualquer EM-
PREGADO, pelo ZELADOR DO PRÉDIO COMER-
CIAL ou poderá ser deixada na CAIXA POSTAL DA 
EMPRESA. 
 
Sobre a Audiência: 
a) Seja no procedimento sumário, no sumaríssimo ou 
no ordinário a defesa será apresentada em audiên-
cia; 
b) A audiência será a primeira desimpedida depois 
de 5 dias (art. 841, CLT), ou seja, entre a data do 
recebimento da notificação e a da data da audiência 
deverá decorrer pelo menos 5 dias, sendo este o 
prazo para a elaboração da defesa. 
 
Observe-se o art. 841 da CLT. 
 
Art. 841, CLT. Recebida e protocolada a reclamação, 
o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (qua-
renta e oito) horas, remeterá a segunda via da peti-
ção, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao 
mesmo tempo, para comparecer à audiência de jul-
gamento, que será a primeira desimpedida, depois 
de 5 (cinco) dias. 
§ 1º. A notificação será feita em registro postal com 
franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu re-
cebimento ou não for encontrado, far-se-á a notifica-
ção por edital, inserto no jornal oficial ou no que pu-
blicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na 
sede da Junta ou Juízo. 
§ 2º. O reclamante será notificado no ato da apresen-
tação da reclamação ou na forma do parágrafo ante-
rior. 
 
TRÂMITE DA AUDIÊNCIA 
 
NO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
 A audiência no procedimento ordinário é 
contínua. 
 
Art. 849, CLT. A audiência de julgamento será con-
tínua; mas, se não for possível, por motivo de força 
maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente 
marcará a sua continuação para a primeira desimpe-
dida, independentemente de nova notificação. 
 
 Observe-se o trâmite da audiência no proce-
dimento ordinário, conforme explicação de aula: 
 
 
 
NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO 
 No procedimento sumaríssimo a audiência é 
una (art. 852-C, CLT). Observe o esquema apresen-
tado na aula. 
 
COMPARECIMENTO DAS PARTES 
 
 
 
* Súmula 377 do TST: 
• regra: o prepostos deve ser empregado da 
empresa; 
• exceções: reclamação de empregado do-
méstico: caso em que poderá se fazer re-
presnetar por qualquer membro da família; 
 micro ou pequeno empresário: caso em que 
poderá se fazer substituir por terceiro que tenha 
conhecimento dos fatos; 
 
CONSEQUÊNCIAS DO NÃO COMPARECIMENTO 
DAS PARTES 
Observe as consequências da ausência das 
partes em audiência inicial ou una (art. 844, CLT): 
 
 
A presença só do advogado ainda que mu-
nido de procuração e defesa não afasta a revelia (sú-
mula 122, TST). Também nos termos da súmula 122 
do TST apenas atestado médico que declare a im-
possibilidade de locomoção do reclamado é hábil a 
afastar a revelia no Processo do Trabalho. 
 
Seguem as consequências do não compare-
cimento das partes na audiência de instrução em que 
tenham sido intimadas a depor: 
 
 
 
 
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10 
A confissão ficta pode ser confrontada coma 
prova pré-constituída nos autos, não implicando o 
cerceamento de defesa o indeferimento de provas 
posteriores (súmula 74, II, TST). Em maio de 2011 
o Pleno de TST inseriu o incisoIV na súmula 74, 
passando a estabelecer que o impedimento de 
provas posteriores aplica-se exclusivamente a 
parte confessa e não ao juiz, o qual tem o po-
der/dever de conduzir o processo. 
 
Súmula 74, TST. CONFISSÃO (incorporada a Ori-
entação Jurisprudencial nº 184 da SBDI-1) - Res. 
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
 
I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expres-
samente intimada com aquela cominação, não com-
parecer à audiência em prosseguimento, na qual de-
vria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 
26.09.1978). 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada 
em conta para confronto com a confissão ficta (art. 
400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa 
o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 
da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000). SUM-74 CON-
FISSÃO (nova redação do item I e inserido o item III 
à redação em decorrência do julgamento do pro-
cesso TST-IUJEEDRR 801385- 77.2001.5.02.0017) - 
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 
31.05.2011. 
III- A vedação à produção de prova posterior pela 
parte confessa somente a ela se aplica, não afetando 
o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de con-
duzir o processo. 
 
 A súmula 9 do TST é muito cobrada nas pro-
vas! Observe sua redação: 
 
Súmula 9, TST. AUSÊNCIA DO RECLAMANTE 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A ausência do reclamante, quando adiada a instru-
ção após contestada a ação em audiência, não im-
porta arquivamento do processo. 
 
 
 
 
 
 
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11 
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA VERBAL 
 
• CONSIDERAÇÕES GERAIS 
A Reclamatória Trabalhista verbal será distri-
buída antes de sua redução a termo e observará os 
mesmos requisitos da Reclamatória escrita. 
 
Art. 840, CLT. A reclamação poderá ser escrita ou 
verbal. 
(...) 
§ 2º. Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, 
em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão 
ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o 
disposto no parágrafo anterior. 
 
Uma vez distribuída, o reclamante deverá, 
salvo motivo de força maior, apresentar-se, no prazo 
máximo de 5 dias ao cartório ou secretaria, para re-
duzi-la a termo, sob pena de não poder ajuizar nova 
RT pelo prazo de 6 meses. 
 
Art. 731, CLT. Aquele que, tendo apresentado ao 
distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no 
prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, ao 
Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na 
perda pelo prazo de 6 meses, do direito de recla-
mar perante a Justiça do Trabalho. 
 
 
Art. 732, CLT - Na mesma pena do artigo anterior 
incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes segui-
das, der causa ao arquivamento de que trata o art. 
844. 
 
Art. 844, CLT - O não-comparecimento do recla-
mante à audiência importa o arquivamento da recla-
mação, e o não-comparecimento do reclamado im-
porta revelia, além de confissão quanto à matéria de 
fato. 
Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo re-
levante, poderá o presidente suspender o julga-
mento, designando nova audiência. 
 
Ao final, a redução a termo será assinada 
pelo escrivão ou chefe de secretaria e pelo recla-
mante. 
 
• RECLAMATÓRIA TRABALHISTA 
ESCRITA 
 Os requisitos da reclamação trabalhista es-
tão descritos no parágrafo primeiro do art. 840 da 
CLT. 
 
Art. 840, CLT. A reclamação poderá ser escrita ou 
verbal. 
§ 1º. Sendo escrita, a reclamação deverá conter a 
designação do Presidente da Junta, ou do juiz de di-
reito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante 
e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de 
que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura 
do reclamante ou de seu representante. 
 
São eles, os requisitos: 
• Endereçamento 
• Qualificação 
• Breve relato dos fatos 
• Pedido 
• Data 
• Assinatura 
 
Não é obrigatório: 
• Pedido de produção de provas 
• Intimação da parte 
• Valor da causa (no procedimento sumarís-
simo é obrigatório) 
 
Se na Petição Inicial não houver valor da 
causa, o juiz o fixará em audiência após a primeira 
tentativa conciliatória( após a apresentação da de-
fesa e antes da instrução). Caso a outra parte não 
concorde, irá se manifestar e reiterar nas razões fi-
nais. 
 
Se o juiz mantiver o valor inicialmente fixado 
para a causa será possível interpor um recurso cha-
mado PEDIDO DE REVISÃO prazo de 48hrs, a ser 
julgado pelo presidente do TRT (essa é uma exceção 
à regra da irrecorribilidade imediata das decisões in-
terlocutórias). 
 
No Inquérito judicial para apuração de falta 
grave e no Dissídio coletivo a petição inicial DEVERÁ 
SER ESCRITA. 
 
 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Processual do Trabalho – Aulas 02 e 03 
Arynna Manfredini 
12 
CONCILIAÇÃO 
 
O procedimento ordinário exige obrigatoria-
mente duas tentativas conciliatórias na audiência. A 
ausência de qualquer uma delas gera nulidade abso-
luta dos atos processuais posteriores. 
 
A homologação de acordo é faculdade do 
juiz. Não fere direito líquido e certo da parte a recusa 
do juiz em homologar o acordo. 
 
Súmula 418, TST. A concessão de liminar ou a ho-
mologação de acordo constituem faculdade do juiz, 
inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do 
mandado de segurança. 
 
A sentença homologatória de acordo é irre-
corrível para as partes (art. 831, CLT), transitando 
em julgado na data de sua homologação (súmula 
100, V, TST). É equiparada a sentença de mérito, 
sendo rescindida por ação rescisória (e não por 
ação anulatória), segundo estabelece a súmula 259, 
TST. 
 
Súmula 100, V, TST. O acordo homologado judicial-
mente tem força de decisão irrecorrível, na forma do 
art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório 
transita em julgado na data da sua homologação ju-
dicial. 
 
 É lícito às partes formular acordo mesmo de-
pois de encerrado o juízo conciliatório (art. 764, CLT) 
 
 Merece destaque a recente OJ 376 da SDI-1 
do TST: 
 
OJ 376, SDI-1, TST CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-
CIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO 
APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA 
CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR 
HOMOLOGADO (DEJT divulgado em 19, 20 e 
22.04.2010) 
É devida a contribuição previdenciária sobre o valor 
do acordo celebrado e homologado após o trânsito 
em julgado de decisão judicial, respeitada a propor-
cionalidade de valores entre as parcelas de natureza 
salarial e indenizatória deferidas na decisão conde-
natória e as parcelas objeto do acordo. 
 
O parágrafo 6º do art. 832, da CLT, estabelecia que 
as contribuições previdenciárias devem incidir sobre 
o valor das verbas indenizatórias listadas na conde-
nação. O critério mudou a partir da Lei 11.941/2009, 
que no art. 26, acrescentou § 5º ao art. 43 da Lei 
8212/91 cuja redação é a seguinte: na hipótese de 
acordo celebrado após ter sido proferida a decisão 
de mérito, a contribuição será calculada com base no 
valor do acordo. Assim, a atual interpretação está em 
consonância com a OJ 376 da SDI-1.

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