Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
3 1 INTRODUÇÃO A inspiração deste trabalho tem como referência, a prática ao trabalhar no setor de administração. Tem-se como desafio demonstrar de maneira eficaz, clara e objetiva, ideias relevante ao campo administrativo, englobando relacionados a macroeconomia e microeconomia dentro das suas diferenças e inter-relações. Explorarando os métodos quantitativos à gestão empresarial e suas vertentes em variados graus de complexidade, que juntos se entrelaçam, formando um conceito estável e fornecendo uma visão abrangente. O interesse em pesquisar sobre o tema citado acima, surgiu a partir da própria prática vivida como técnica em contabilidade/administrativo. Nesse tempo de experiência profissional, muitos foram os questionamentos e dúvidas percebidas dentro do universo da administração escolar, principalmente no âmbito da escola pública. O que mais incomoda e que desencadeia uma necessidade de aprofundamento nos estudos e um olhar mais sistematizado sob a forma de uma pesquisa foi a de entender algumas normas no desenvolvimento das atividades propostas. Como será que se desenvolvem corretamente as normas estabelecidas na administração. Os questionamentos dessa problemática direcionam a uma pesquisa bibliográfica para conhecermos, após a leitura de teóricos que falam do assunto e seus conceitos. 4 2 MACROECONOMIA E MICROECONOMIA A macroeconomia estuda a economia em geral analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados como renda e produtos, níveis de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda, taxa de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio. O enfoque macroeconômico pode omitir fatores importantes, mas estabelece relações entre grandes agregados e permite compreender algumas interações relevantes. A macroeconomia se preocupa com aspectos em curto prazo como desemprego, por exemplo. A macroeconomia possui algumas metas como aumentar o nível de empregos, estabilizar os preços, distribuir renda, crescer a economia, solucionar conflitos de objetivos.A estrutura macroeconômica se compõe de cinco mercados: a) Mercado de Bens e Serviços: Determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços. b) Mercado de Trabalho: Admite a existência de um tipo de mão-de- obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego. c) Mercado Monetário: Analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros. d) Mercado de Títulos: Analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda. e) Mercado de Divisas: Depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída 5 de capital financeiro. A microeconomia ou teoria dos preços analisa a formação de preços no mercado, isto é, como a empresa e o consumidor se interagem e decidem o preço e a quantidade de um produto ou serviço. Estuda o funcionamento da oferta e da demanda (procura) na formação do preço. A microeconomia se preocupa em explicar como é fixado o preço e seus fatores de produção. Divide-se em: a) Teoria do Consumidor: estuda a preferência do consumidor analisando seu comportamento, suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado. b) Teoria de Empresa: estuda a reunião do capital e do trabalho de uma empresa a fim de produzir produtos conforme a demanda do mercado e a oferta dos consumidores dispostos a consumi-los. c) Teoria da Produção: estuda o processo de transformação da matéria- prima adquirida pela empresa em produtos específicos para a venda no mercado. A teoria da produção se refere os serviços como transportes, atividades financeiras, comércio e outros. 6 3 MÉTODOS QUANTITATIVOS 3.1 A INFLAÇÃO Inflação é um conceito econômico que representa aumento de preços dos produtos num determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário, o poder de compra da moeda decresce, pode-se exemplificar tal conceituação quando num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos de arroz num mês e paga R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele necessitará de R$ 11,00. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120% do valor de compra. A inflação é muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam a correção inflacionária. Podem-se citar as seguintes causas da inflação: a) Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo; b) Demanda por produtos (aumento no consumo) maiores do que a capacidade de produção do país; c) Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão- de-obra) dos produtos. No Brasil, existem vários índices que medem a inflação. Os principais são: IGP ou Índice Geral de Preços (calculado pela Fundação Getúlio Vargas); IPC ou Índice de Preços ao Consumidor (medido pela FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas 7 Econômicas); INPC ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE); e IPCA ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo (também calculado pelo IBGE). No ano de 2012, a inflação brasileira foi de 5,84% (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). É importante ressaltar que a meta estabelecida pelo Banco Central Brasileiro é de 4,5%, com margem de dois pontos para mais ou para menos. Medidas de tendência central ou medidas de posição: São medidas que indicam a localização dos dados. Costumamos responder ao primeiro desafio com o uso da média aritmética, a mediana (estatística), ou a moda. Por vezes escolhemos valores específicos da função distribuição acumulada chamados quantis como quartis, decis ou percentis. 3.2 MEDIDAS DE DISPERSÃO As medidas mais comuns de variabilidade para dados quantitativos são a variância; a sua raiz quadrada, o desvio padrão. A amplitude total, a distância interquartílica e o desvio absoluto são mais alguns exemplos de medidas de dispersão. Na teoria da probabilidade e na estatística, a variância de uma variável aleatória é uma medida da sua dispersão estatística, indicando quão longe em geral os seus valores se encontram do valor esperado. A variância de uma variável aleatória real é o seu segundo momento central e também o seu segundo cumulante (os cumulantes só diferem dos momentos centrais a partir do 4º grau, inclusive). Sendo o seu valor o quadrado do Desvio Padrão. As medidas de dispersão medem a consistência de uma distribuição de frequências. Por consistência, podemos entender o grau de variabilidade das ocorrências da distribuição em relação a uma medida de posição com tendência central (por exemplo, a média aritmética simples ou ponderada e a mediana). Quando estudamos as medidas de posição, aprendemos que ao representarmos todo um conjunto de números por apenas um (por exemplo, a médiadeles), estávamos resumindo a informação. No entanto, ao mesmo tempo estávamos 8 perdendo detalhes daquela informação que foi resumida. As medidas de dispersão são uma forma de sabermos se a informação perdida é significativa ou não. Desta maneira, ao resumirmos um conjunto de números por sua medida de posição, devemos apresentar ao mesmo tempo a medida de dispersão. Quando resumimos um conjunto de números de qualquer tamanho em apenas dois números, isto é, a medida de posição seguida de uma medida de dispersão, conseguimos resumir o conjunto numérico inicial e ao mesmo tempo preservar suas características estatísticas. 3.2.1 Medida de dispersão: amplitude total A amplitude total de um conjunto de dados é o maior valor menos o menor valor deste conjunto. 3.2.2 Medida de dispersão: desvio médio O desvio médio ou média dos desvios individuais é igual à média aritmética dos valores absolutos dos desvios, tomados em relação a uma das medidas de posição com tendência central: média ou mediana. Dado um conjunto numérico x1, x2, x3, ..., xn, com média e mediana , podemos calcular as diferenças: (x1 - ); (x2 - ); (x3 - ); ...; (xn - ) (x1 - ); (x2 - ); (x3 - ); ...; (xn - ) A média destes valores seria uma boa medida da dispersão do conjunto numérico em relação à média. No entanto, como alguns valores serão positivos e outros negativos, sua somatória será nula: (x - ) = 0 9 Para evitar este problema, eliminamos a influência dos sinais negativos somando os valores absolutos daquelas diferenças ( (x - ) ou (x - ) ). Desta forma, podemos calcular o desvio médio (Dm) , conforme as fórmulas abaixo: a) desvio médio em relação à média ( ): Dm = ( 01 ) b) desvio médio em relação à mediana ( ): Dm = ( 02 ) Dm = ( 04 ) c) Cálculo do desvio padrão para amostras - o desvio padrão de amostras é calculado através da seguinte fórmula: s = ( 05 ) d) Para o caso de dados agrupados, utiliza-se a equação: s = ( 06 ) e) Cálculo do desvio padrão para populações - o desvio padrão da população é definido como : = ( 07 ) onde o símbolo é a letra grega sigma minúscula. f) Para dados agrupados, temos: 10 = ( 08 ) 3.3 NOÇÕES BÁSICAS SOBRE AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA A amostragem será probabilística quando cada elemento da população tem uma probabilidade conhecida e igual de ser selecionado. Caso contrário, a amostragem será não probabilística. Segundo essa definição, a amostragem probabilística implica um sorteio com regras bem determinadas, cuja realização só será possível se a população for finita e totalmente acessível. A grande vantagem deste método é que os resultados obtidos na pesquisa podem ser projetados para a população total. Tipos de amostragem probabilística: a) Amostragem aleatória simples (AAS); b) Amostragem estratificada; c) Amostragem sistemática; d) Amostragem por conglomerado; 3.3.1 Amostragem aleatória simples A amostragem aleatória simples (AAS) é a maneira mais fácil para selecionarmos uma amostra probabilística de uma população. Ela é composta por elementos retirados ao acaso da população. Então todo elemento da população deve ter igual probabilidade de ser escolhido para a amostra. Esse procedimento de amostragem possui dois critérios: pode ser feita amostragem aleatória simples sem reposição; e pode ser feita amostragem aleatória simples com reposição. 11 A amostragem aleatória simples sem reposição é um processo bastante utilizado principalmente pela sua simplicidade. Nela cada unidade amostral, antes da tomada da amostra, tem igual probabilidade de pertencer à ela e quando a unidade é sorteada ela é removida da população ou seja, cada unidade só pode ser escolhida uma única vez. Exemplo: Um professor quer obter uma amostra aleatória simples sem reposição que seja representativa, de 10%, de uma população de 200 alunos de uma escola, como deve proceder? 1º) Numerar os alunos de 1 a 200; 2º) Escrever os números de 1 a 200 em pedaços de papel e colocá-los em uma urna; 3º) Retirar 20 pedaços de papel, um a um, da urna, formando a amostra da população. Nesta técnica de amostragem, todos os elementos da população têm a mesma probabilidade de serem selecionados: 1/N, onde N é o número total de elementos da população e 1 é a probabilidade de cada indivíduo ser selecionado. Quando a população é muito grande, esse tipo de procedimento torna-se inviável. Nesse caso, usa-se um processo alternativo, no qual os elementos são numerados e em seguida sorteados por meio de uma tabela de números aleatórios, sorteando-se um elemento da população até que sejam sorteadas as unidades da amostra. Também neste caso todos os elementos devem ter a mesma probabilidade de ser selecionados. A amostragem aleatória simples com reposição permite que cada elemento da população tenha a mesma probabilidade de ser selecionado e esta probabilidade se mantém constante ao longo de todo o processo de seleção da amostra (se as extrações fossem sem reposição isso não aconteceria). Ou seja, durante o sorteio, a unidade amostral já sorteada retorna para a população. Portanto em cada seleção a população mantém a mesma quantidade de unidades elementares para serem sorteadas. Exemplo: Uma caixa contém dez bolas numeradas de 0 a 9. O objetivo é selecionar números de 2 dígitos para a construção de uma tabela de números aleatórios. Retira-se a primeira bola e anota-se o número, 5 por exemplo. Se esta bola for recolocada na caixa então, 12 novamente todos os números podem ser selecionados na segunda retirada, inclusive o número 5. Assim, pergunta-se, quando devemos utilizar amostras com reposição ou sem reposição? Quando a população é grande (infinita) selecionar amostras com ou sem reposição não irá alterar a probabilidade do elemento seguinte ser selecionada. Em geral, deve-se dar preferência ao tipo de amostragem aleatória simples sem reposição, principalmente quando se trata de populações com reduzido número de unidades amostrais (Berquó, 1981). Observação importante: Ao compor amostras com seres humanos, é mais apropriado ter uma amostra com pessoas diferentes do que permitir medições repetidas da mesma pessoa. Assim sendo, empregaríamos o método de amostragem sem reposição, de modo que, uma vez retirado determinado indivíduo, o mesmo não poderia ser selecionado novamente. 3.3.2 Amostragem aleatória estratificada A amostragem aleatória estratificada deve ser realizada quando a população for constituída por diferentes estratos. Muitas vezes uma população é composta de sub populações (ou estratos) bem definidos. A amostra estratificada deverá ser composta por elementos provenientes de todos os estratos. Por exemplo, se as pessoas que moram nos vários bairros de uma cidade são diferentes, cada bairro é um estrato. Para obter uma amostra de pessoas dessa cidade, seria razoável obter uma amostra de cada bairro e depois reunir as informações numa amostra estratificada (Vieira, 1991). Importante: A seleção de cada estrato deve ser aleatória.A amostra aleatória estratificada pode ser uniforme ou proporcional:Apesar de a amostragem estratificada apresentar resultados satisfatórios, a sua implementação é dificultada pela falta de informações sobre a população para fazer a estratificação. Para poder contornar este problema, você pode trabalhar com o esquema de amostragem chamado amostragem por conglomerados.Amostra estratificada uniforme: É a forma mais comum de selecionar elementos de uma população, devemos sortear o mesmo 13 número de elementos em cada estrato. Este tipo de amostra é recomendável apenas se os estratos da população forem pelo menos aproximadamente do mesmo tamanho. Exemplo: Número de pessoas que vivem nos domicílios de uma determinada cidade. Dividir os domicílios em níveis socioeconômicos e depois selecionar domicílios em cada nível aleatoriamente (renda baixa, média, alta). Amostra estratificada proporcional já ocorrerá quando existem diferentes estratos e estes, apesar de apresentarem grande homogeneidade dentro deles são heterogêneos entre eles. Sexo, idade, condição socioeconômica, são exemplos típicos. Por exemplo, se o interesse for avaliar a ocorrência de determinado agravo em uma cidade e as condições sociais das pessoas são diferentes em cada bairro então se devem levar em consideração cada extrato e o sorteio da amostra deve ser feito em cada um deles independentemente. Daí o nome de amostragem estratificada quando houver proporções diferentes entre os estratos da população é recomendável que o número de elementos sorteados em cada estrato sorteado seja proporcional ao número de elementos no estrato selecionado. Exemplo de amostra aleatória estratificada proporcional: em uma escola há 100 alunos, entre os quais 70 são homens e 30 são mulheres. Para selecionar uma amostra aleatória estratificada proporcional com 10 pessoas (lembrar que este número é o tamanho da amostra que deve ter sido previamente determinado), devemos dividir a população em dois estratos: homens e mulheres. Em um total de 100 alunos se 70 são homens então: (70 / 100) x 100 = 70% e se 30 são mulheres então: (30 / 100) x 100 = 30%. Logo 70% da amostra deverão ser homens e 30% da amostra deverão ser mulheres. Se a amostra deve ser composta por 10 pessoas então: deverão ser selecionados 7 homens e 3 mulheres. A seleção dessas 10 pessoas deverá ser feita por meio de sorteio, de acordo com os conceitos da amostragem aleatória simples. Se esta amostra estratificada proporcional fosse de 30 pessoas. Lembrar que o universo da população masculina é de 70 homens. Então, logo teremos (70 x 30)/100 = 21 homens que deveriam ser selecionados para a amostra. O universo da população feminina é de 30 mulheres. Então, (30 x30)/100 = 9 mulheres que deveriam ser selecionadas para a amostra. Ao contrário da Amostragem Aleatória Simples, a amostragem 14 Estratificada é ideal para populações heterogêneas no entanto, exige maior conhecimento sobre a população para que se possa identificar os grupos homogêneos dentro dela e poder dividi-la em subgrupos (estratos) para que se possa realizar uma amostragem dentro de cada estrato. Deseja-se avaliar a aceitação de determinados métodos de controle de natalidade em uma determinada cidade. O que se deve levar em conta para selecionar a população? Religião: católicos, protestantes e judeus; situação socioeconômica: alta, média e baixa. Quais os tipos de estratos que poderiam ser formados nesta população? Protestantes de classe alta; protestantes de classe média; protestantes de classe baixa; católicos de classe alta; católicos de classe média; católicos de classe baixa; judeus de classe alta; judeus de classe média; judeus de classe baixa. Retiramos amostras aleatórias simples de cada estrato, nunca esqueça que:se as proporções forem diferentes entre os estratos a seleção da amostra estratificada deverá ser proporcional 3.3.3 Amostragem sistemática A amostragem sistemática é gerada quando os elementos da população se apresentam ordenados e a retirada dos elementos da amostra é feita periodicamente, temos uma amostragem sistemática. A principal vantagem da amostragem sistemática está na grande facilidade na determinação dos elementos da amostra. O perigo em adota-la está na possibilidade da existência de ciclos de variação da variável de interesse, especialmente se o período desses ciclos coincidir com o período de retirada dos elementos da amostra. Por outro lado, se a ordem dos elementos na população não tiver qualquer relacionamento com a variável de interesse, então a amostragem sistemática terá efeitos equivalentes a casual simples, podendo ser utilizada sem restrições. Na amostra sistemática os elementos são escolhidos não por acaso, mas por um sistema. Quando temos uma população organizada, é mais fácil obter uma amostra sistemática 15 do que uma amostra aleatória simples. Por exemplo, para obter uma amostra de 2% (proporção que já foi previamente estabelecida pelo cálculo do tamanho da amostra), dos prontuários dos pacientes de uma clínica, é mais fácil pegar o último de cada 50 prontuários do que fazer um sorteio até conseguir 2% do total de prontuário. As amostras sistemáticas são muito usadas, mas exigem especial preocupação com o sistema de seleção. Por exemplo, se os elementos da população estão em fila, não se deve selecionar os “primeiros”, ou os “últimos”, nem mesmo “os do meio”, é preciso percorrer toda a fila e escolher, por exemplo, o décimo de cada grupo de dez. Exemplos de amostragem sistemática: 1º) Se em uma população constituída de 500 elementos e a amostra deve ser de 50 elementos onde N = 500 e n = 50, dividem-se N por n, isto é, 500 por 50, obtendo-se 10. Em seguida, sorteia-se um número da 1ª dezena e, a partir dele, escolhem-se os demais, observando-se que se o número sorteado for, por exemplo, 5, o segundo deverá ser 15 (5+10), o terceiro o 25 (15+10), e assim por diante até obter-se os 50 elementos que constituirão a amostra. 2º) Uma população é formada de 30 pessoas e desejamos formar amostras aleatórias sistemáticas com 6 pessoas. O valor de h será 30/6 = 5. Sorteia-se um número entre 1 a 5. Se o número sorteado foi o 4, então h = 4. A amostra sistemática será formada pelos valores que se colocarem nas posições: 4º, 9º, 14º, 19º, 24º e 29º elemento. Se o número sorteado de 1 a 5 fosse o 3, então a = 3 e a amostra seria formada pelos números que estiverem na ordem: 3º, 8º, 13º 18º, 23º e 28º número. Se o número sorteado de 1 a 5 fosse o 1, então a = 1 e a amostra seria formada pelos números que estiverem na ordem: 1º, 6º, 11° 16º, 21º e 26º número. 3.3.4 Amostragem por conglomerado ou cluster A amostragem por conglomerado ou cluster: Por Conglomerado entende-se um grupamento natural de elementos da população, os quais são bastante heterogêneos internamente em relação à característica estudada, porém de comportamento similar entre os conglomerados. Neste tipo de amostra é realizado o 16 sorteio não dos indivíduos, mas de grupos naturalmente organizados (cidades, bairros, quarteirões, etc). Este tipo de amostragem é bastante útil quando não é possível obter uma listagem de todos os membros da população. Geralmente a amostragem por conglomerados está associada a outro tipo de amostragemprobabilística. Em um primeiro momento sorteiam-se os conglomerados através de uma amostragem aleatória. Nos conglomerados sorteados realiza-se uma segunda fase da amostragem, geralmente do tipo simples ou sistemática. Um exemplo comum é utilizar os setores censitários como conglomerados para iniciar a obtenção de uma amostra representativa de um município. Outro exemplo seria selecionar, em um bairro, seis quarteirões. Cada quarteirão corresponde, assim, a um conglomerado. Posteriormente é efetuado o levantamento de dados na totalidade dos indivíduos (ou residências) existentes nesses seis conglomerados. Comparativamente à amostragem aleatória simples, a amostragem por conglomerados é considerada menos representativa ou com maior viés. Contudo, tem a vantagem da praticidade, gerando pesquisas mais rápidas e baratas. A utilização da amostragem por conglomerados possibilita uma redução significativa do custo do processo de amostragem. Portanto, um conglomerado é um subgrupo da população, que individualmente reproduz a população, ou seja, individualmente os elementos que o compõem são muito heterogêneos entre si. Exemplo de estudos utilizando amostragem por conglomerados: Desejo estimar o rendimento médio familiar em uma grande cidade. Como deve ser escolhida a amostra? Como não há uma listagem de todas as famílias da cidade e é praticamente impossível obtê-la, não é possível usar a amostragem aleatória simples e estratificada então: A cidade foi dividida em bairros (conglomerados) e tomada uma amostra aleatória dos bairros e neles pesquisa-se a renda de todas as famílias do bairro. Pode- se também em cada bairro selecionar quarteirões, mas lembrem-se, cada conglomerado deve ser visualizado como uma espécie de miniatura da população; portanto, será tanto melhor quanto maior a heterogeneidade dentro de cada conglomerado. Importante: a amostragem por conglomerado não é exclusiva de 17 estudos que envolvem área geográfica. Ela pode ser utilizada também em situações quando não se possui o conhecimento de toda a população em que a população é heterogênea e não se possui uma lista contendo todos os nomes dos elementos da população (clínicas, escolas, indústrias, etc). Muitas vezes a amostragem por conglomerados pode ser uma opção quando é necessário selecionar amostras de uma população que seja heterogênea mas que, pelo fato de não se ter uma listagem dos elementos que pertencem a ela não se pode optar por uma amostragem estratificada (a qual necessita destas informações para que os estratos da população sejam identificados). Exemplo: Deseja-se obter uma amostra de pacientes para entrevistas pessoais de aceitação de um novo equipamento a ser utilizado no atendimento. A clientela é bastante heterogênea e a clínica atende uma média de 400 pacientes. De acordo com cálculo amostral previamente realizado, será necessária uma amostra de 40 pacientes. Esta pode ser escolhida a partir de quatro consultórios, num total de dez, ou seja, quatro conglomerados de pacientes (cada consultório é um conglomerado). A seguir, selecionam-se, os pacientes dos quatro consultórios (elementos amostrais).Os resultados do estudo serão compilados para os 4 consultórios que representarão a opinião de todos os pacientes atendidos na clínica. Em geral, a amostragem por conglomerados é menos eficiente que a amostragem aleatória simples ou amostragem aleatória estratificada mas, por outro lado, é bem mais econômica. A amostragem por conglomerados é adequada quando é possível dividir a população em vários pequenos grupos (sub populações). A amostragem por conglomerados deve ter as seguintes características: dentro de cada conglomerado deve haver grande heterogeneidade (grande variabilidade); deflação é nada mais que uma inflação negativa, ou seja, é a redução do nível geral de preços de diversos produtos numa economia, durante um período de tempo. A deflação ocorre geralmente em economias que estão sofrendo uma recessão, quando a economia não cresce, não produz como deveria e o desemprego é alto. Dessa forma, quando um país está nessa situação, os preços dos produtos tendem a cair de forma generalizada, pois as pessoas estão desempregadas e não tem 18 dinheiro para adquirir bens. Assim, os consumidores deixam de demandar os produtos e sem ter a quem vender, os produtores tendem a diminuir os preços. Mesmo assim, o consumo não tende a aumentar de volta, pois esses consumidores ficam na expectativa de os preços caírem mais e, portanto, adiarão suas compras, criando um ciclo de recessão na economia. A deflação, assim como a inflação, é medida pela taxa de variação do IPC – Índice de Preços do Consumidor – e pode acontecer também pela diminuição da procura por produtos, pela baixa oferta de produtos e pelo volume de moeda em circulação numa economia. Quando esse volume é baixo, significa que há pouco dinheiro em circulação, faltam investimentos no país ou os juros podem estar altos, assim, as pessoas gastam menos e deixam de demandar produtos, fazendo os preços destes caírem. Não se deve confundir deflação com desinflação. A desinflação é uma diminuição da inflação, por exemplo, se se tinha uma inflação de 10% e ela caiu para 5%, diz que houve desinflação. Mas se essa inflação torna-se negativa, então é que se pode afirmar que houve deflação na economia. Outro detalhe importante é que não podemos dizer que há deflação quando apenas o preço de um único produto ou de apenas alguns produtos está caindo. Só há deflação quando o nível geral de todos os produtos cai. Assim, se apenas o preço do pão francês tem uma queda significativa, isso não representa uma deflação. Mas se todos os produtos básicos da economia começaram a ficar mais baratos podemos dizer que a economia está sofrendo uma deflação. A deflação pode ser tão ruim para economia quanto uma inflação. Ela significa que o país está passando por um período de recessão, que tem sérias consequências como desemprego, falta de investimentos no país, menor produção de bens e serviços, etc. O termo deflação designa uma quebra generalizada dos preços dos bens e serviços, geralmente associada a graves recessões económicas e a restrições da procura, da produção/oferta e do emprego. Tal como a inflação, a deflação é medida como a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) - na verdade, a deflação não mais é do que uma "inflação negativa". Ao contrário do que poderá parecer, numa situação de deflação, o consumo não tem tendência a aumentar 19 - na realidade, se os consumidores estiverem na expectativa de que os preços continuarão a descer, adiarão as suas compras, levando a uma quebra do consumo e consequentemente das receitas das empresas. A longo prazo, esta situação poderá originar uma espiral de recessão com graves consequências para a economia. 20 4 ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. Ética é diferente de moral, pois moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética,busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano. Na filosofia, a ética não se resume à moral, que geralmente é entendida como costume, ou hábito, mas busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver; a busca do melhor estilo de vida. A ética abrange diversos campos, como antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, política, e até mesmo educação física e dietética. Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, um político e até mesmo um professor. Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética jornalística, ética empresarial e ética pública. A ética pode ser confundida com lei, embora que, com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Porém, diferente da lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas pela ética. O tema da ética no serviço público está diretamente relacionada com a conduta dos funcionários que ocupam cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme um padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé e outros princípios 21 necessários para uma vida saudável no seio da sociedade. Quando uma pessoa é eleita para um cargo público, a sociedade deposita nela confiança, e espera que ela cumpra um padrão ético. Assim, essa pessoa deve estar ao nível dessa confiança e exercer a sua função seguindo determinados valores, princípios, ideais e regras. De igual forma, o servidor público deve assumir o compromisso de promover a igualdade social, de lutar para a criação de empregos, de desenvolver a cidadania e de robustecer a democracia. Para isso ele deve estar preparado para pôr em prática políticas que beneficiem o país e a comunidade a nível social, econômico e político. Um profissional que desempenha uma função pública deve ser capaz de pensar de forma estratégica, inovar, cooperar, aprender e desaprender quando necessário, elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infelizmente os casos de corrupção no âmbito do serviço público são fruto de profissionais que não trabalham de forma ética. Ética no ramo imobiliário diz respeito à forma como os agentes ou corretores imobiliários interagem com os possíveis clientes. No mercado imobiliário, um dos valores mais importantes é a credibilidade, que é um valor que se conquista trabalhando de forma ética. Muitos agentes imobiliários forçam uma venda ou um imóvel, sendo que muitas vezes escondem detalhes que sabem que irão prejudicar o cliente no futuro. Trabalhar de forma ética é pensar no bem comum e deixar o individualismo para trás. O profissional deve procurar a satisfação mútua das partes. Quando um negócio é conduzido e fechado e forma ética, a probabilidade da fidelização do cliente é muito maior. O mundo imobiliário lida com mercadorias intangíveis, como a ética, o bom senso, a criatividade, o profissionalismo, o conhecimento do produto, etc. Desta forma, um agente imobiliário inteligente, profissional e ético atua com justiça e decência, sabendo que o âmago da sua profissão não é lidar com imóveis e sim construir relações saudáveis e tornar sonhos em realidade. O empresário Fábio Azevedo afirma que: "Para vender com ética, primeiro, venda para você mesmo, depois compre de você mesmo, se você ficar satisfeito, estará no caminho." 22 O livro intitulado "Ética a Nicômaco" é da autoria de Aristóteles e foi dedicado ao seu pai, cujo nome era Nicômaco. Esta é a principal obra de Aristóteles sobre Ética e é constituída por dez livros, onde Aristóteles é como um pai que está preocupado com a educação e felicidade do seu filho, mas também tem por objetivo fazer com que as pessoas pensem sobre as suas ações, colocando assim a razão acima das paixões, procurando a felicidade individual e coletiva, porque o ser humano vive em sociedade e as suas atitudes devem ter em vista o bem comum. Nas obras aristotélicas, a ética é vista como parte da política que precede a própria política, e está relacionada com o indivíduo, enquanto que a política retrata o homem na sua vertente social. Para Aristóteles, toda a racionalidade prática visa um fim ou um bem e a ética tem como propósito estabelecer a finalidade suprema que está acima e justifica todas as outras, e qual a maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade, e não se trata dos prazeres, riquezas, honras, e sim de uma vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra entre os extremos e só é alcançada por alguém que demonstre prudência. Esta obra foi muito importante para a história da filosofia, uma vez que foi o primeiro tratado sobre o agir humano da história. Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta ciência aos assuntos internos da nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas europeias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados". O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade- estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana. O livro de Platão traduzido como "A 23 República" é, no original, intitulado "Πολιτεία" (Politeía:). Sociedade é um conjunto de seres que convivem deforma organizada. A palavra vem do Latim societas, que significa "associação amistosa com outros". As sociedades humanas são objeto de estudo da Sociologia e da Antropologia, enquanto as sociedades animais são estudadas pela Sociobiologia e pela Etologia. O conceito de sociedade pressupõe uma convivência e atividade conjunta do homem, ordenada ou organizada conscientemente. Constitui o objeto geral do estudo das antigas ciências do estado, chamadas hoje de ciências sociais. O conceito de sociedade se contrapõe ao de comunidade ao considerar as relações sociais como vínculos de interesses conscientes e estabelecidos, enquanto as relações comunitárias se consideram como articulações orgânicas de formação natural. Uma sociedade humana é um coletivo de cidadãos de um país, sujeitos à mesma autoridade política, às mesmas leis e normas de conduta, organizados socialmente e governados por entidades que zelam pelo bem-estar desse grupo. Os membros de uma sociedade podem ser de diferentes grupos étnicos. Também podem pertencer a diferentes níveis ou classes sociais. O que caracteriza a sociedade é a partilha de interesses entre os membros e as preocupação mútuasdirecionadas a um objetivo comum. O termo sociedade também pode se referir a um sistema institucional formado por sócios que participam no capital de uma empresa, por exemplo, sociedade anônima, sociedade civil, sociedade por cotas, etc. Nesta vertente de negócios, uma sociedade é um contrato pelo qual duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em comum de certa atividade econômica, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa atividade.Um grupo de pessoas com interesses comuns, que se organizam em torno de uma atividade, obedecendo a determinadas normas e regulamentos, também se denomina sociedade, por exemplo: sociedade de física, sociedade de comerciantes, etc. 24 5 CONCLUSÃO O ambiente financeiro obedece ao contexto social e econômico, que é uma rede interligada onde um fator é dependente do outro para funcionamento do sistema. Caso um desses componentes não tenham um bom funcionamento o sistema é totalmente afetado. A economia é embasada na microeconomia, onde é determinado o fluxo de dinheiro, os elementos da microeconomia que compõe a macroeconomia onde são calculados as taxas de inflação, de câmbio e todos os outros integrantes do sistema econômico. Esta também é o público alvo das empresas, tal grupo é estimulado ao consumismo para aquecer a economia do país. E as corporações não medem esforços, para manter esse fluxo contínuo e muitas vezes ferem a ética empresarial. 25 REFERÊNCIAS COSTA NETO, Pedro Luiz de Oliveira. Estatística. ed.12. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1992 CRESPO, Antonio Arnot. Estatística Fácil. ed. 19. São Paulo: Editora Saraiva, 1998. MAGALHÃES, Marcos Nascimento; LIMA, Antonio Carlos Pedroso de. Noções de Probabilidade e Estatística. ed. 5. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002. MCCLAVE, Jamest T; BENSON, P. George; SINCICH, Terry. Estatística para administração e economia. ed. 10. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. Autor: Vianna, Pedro Jorge Ramos. Editora: Manole
Compartilhar