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Direito Penal III - Lesão Corporal (crimes em espécie)

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RESUMO DE DIREITO PENAL
LESÃO CORPORAL (art. 129, CP):
Modalidades de lesão corporal previstas no código de penal:
Lesão corporal leve (art. 129, caput, CP)
Lesão corporal grave (art. 129, §1º, CP)
Lesão gravíssima (art. 129, §2º, CP)
Lesão seguida de morte (art. 129, §3º, CP)
Lesão culposa (art. 129, §6º, CP)
Violência doméstica (art. 129, §9º, CP)
Lesão corporal é ofender a integridade corporal ou a saúde (saúde mental, psicológica, não necessariamente visível, saúde de órgãos internos e etc.) de outra pessoa. É um crime material e precisa da efetiva lesão para se poder falar em “lesão corporal consumada”, constatado a partir do exame do corpo de delito. Quem determina o tipo de lesão (grave, leve, gravíssima) é a perícia, através da analise dos quesitos que são formulados a ele.
A tentativa de lesão corporal é admissível no ponto de vista TEÓRICO, é importante lembrar que isso é um cabimento hipotético, pois, na prática, é difícil tipificar uma conduta como “tentativa de lesão”. Por isso não se encontra essa conduta tipificada em algum processo.
SUJEITOS DO DELITO:
O crime de lesão corporal é um crime comum, portanto, qualquer um pode cometer este tipo de crime. O sujeito ativo é qualquer pessoa.
O sujeito passivo desse crime (vítima) também pode ser qualquer pessoa. 
OBS: A chamada “autolesão” não é punível, existe apenas uma exceção, que é no caso de “estelionato”, a vítima dessa “autolesão” seria a seguradora, é o único caso onde cabe o crime de estelionato.
ELEMENTO SUBJETIVO:
Podemos falar dos elementos subjetivos “dolo” e “culpa”. No art. 129, §6º fala da modalidade de lesão corporal culposa. A modalidade culposa tem que vir expressamente no texto legal do crime.
COMO SABER O TIPO DE AÇÃO PENAL EM RELAÇÃO A UM CRIME:
	Qualquer restrição ao tipo de ação penal (pública ou privada [condicionada ou incondicionada]) tem de estar prevista expressamente no texto legal. Quando a lei não se manifestar, significa que essa ação penal está na regra, e a regra é a ação ser penal pública incondicionada (art. 100, CP).
OBS: Queixa ou queixa crime é o nome da petição inicial da ação penal privada. Denúncia é o nome da petição inicial da ação penal pública (ambas são dirigidas a um juiz).
LESÃO CORPORAL: A ressalva ao tipo de ação penal não está no Código Penal. A restrição é feita pelo Art. 88 da Lei 9099/95 (lei dos juizados especiais), que dispõe que dependerá de representação no crime de lesão corporal leve e lesão corporal culposa. Nestes casos a ação penal será pública condicionada à representação do ofendido.
Prazo para esta representação: 6 meses (art. 103, CP).
No caso da lesão corporal grave, gravíssima ou seguida de morte (§§1º, 2º e 3º), a ação penal é pública incondicionada, regra disposta no CP.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (art. 129, §9º, CP):
Violência doméstica se aplica tanto a homem quanto a mulher. Deve-se classificar o tipo de lesão corporal no caso da violência doméstica, que no caso, é forma qualificada de lesão corporal leve. Se ela fosse considerada grave ou gravíssima ela estaria enquadrada ou no §1º ou no §2º. No caso de ter um § autônomo é porque é forma qualificada de lesão corporal leve. Caso, na situação, ocorra algo (perder sentidos, perder um membro, como estão dispostos na lesão corporal gravíssima), deixará de estar enquadrado na violência doméstica para estar enquadrado na sua respectiva forma de lesão, e o fato de ser no ambiente doméstico servirá de aumento de pena de 1/3 do §10 do art. 129, CP.
Como saber se a lesão é leve? Por exclusão, se ela não estiver enquadrada em nenhum dos incisos dispostos na lesão grave ou gravíssima, ela será considerada leve.
A lesão corporal de violência doméstica é pública, condicionada a representação do ofendido (art. 88, lei 9099/95) no caso da vítima ser HOMEM.
A lesão corporal de violência doméstica é pública incondicionada, nela não se aplica a lei 9.099/95 (art. 41, lei 11.340/06- Maria da Penha) no caso da vítima ser MULHER. – Por ser pública incondicionada não possui prazo decadencial.
O que a lei Maria da Penha trás para o processo um procedimento mais RIGOROSO quando a vítima for mulher, ela não é uma lei penal, é uma lei procedimental.
A lei Maria da Penha se aplica para todos os crimes praticados em ambiente doméstico quando a vítima for mulher (não se aplica somente para a lesão).
LEI MARIA DA PENHA (11.340/06):
 Esta lei produziu alterações no código penal, mas não é uma lei penal. Não há crimes no seu texto, ela somente traz regramentos para julgamentos dos crimes com relação a violência doméstica. 
O artigo 7º desta lei aborda os diversos tipos de crime para os quais a lei se aplica como: homicídio, seqüestro, lesão corporal, estupro, aborto, calúnia, difamação, injúria e etc. Todo o crime em que essa lei se aplicar terá um órgão específico para o julgamento desses crimes: Juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher (apesar de também ter o nome de juizado é DIFERENTE de juizado especial, não possui o mesmo órgão jurisdicional, os tipos de crimes que os juizados julgam, são diferentes).
OBS: Quando o crime de lesão corporal for cometido contra a mulher, se aplicará a lei Maria da penha e haverá um órgão especifico para o julgamento desse crime.
LESÃO CORPORAL GRAVE (art. 129, §1º, CP):
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias:
	Qualquer atividade que a pessoa exerça no seu cotidiano (caminhar, escovar os dentes, cabelo) é considerada uma ocupação habitual. É um crime material que necessita de comprovação pericial (art. 158, CPP – corpo de delito), ou seja, tão logo cometida à lesão, será feita a perícia para comprovar o ocorrido. Para que se enquadre a comprovação dos trinta dias, a partir do 31º dia deverá ser realizada a perícia complementar que comprove o tempo de incapacidade gerado por aquele ato, e assim, sendo comprovado, o agressor estará enquadrado em crime de lesão corporal grave. (OBS: pode ser cometida a titulo de dolo ou de forma culposa).
II – Perigo de vida:
	Trata-se de causar o perigo de morte a outrem (agressão que gere hemorragia interna, traumatismo craniano e etc.). A partir do momento em que os peritos comprovarem que a agressão teve como resultado algo que se aproximasse do risco de morte da vítima, estaremos tratando de crime de lesão corporal grave. É importante atentar também que, este tipo de classificação de lesão só se enquadra em “grave” se o agente não tiver tido a intenção de obter aquele resultado. Se o agente tivesse a intenção (dolo) de gerar perigo ou morte de outrem, se enquadraria no homicídio ou tentativa de homicídio. Neste caso seria o dolo da lesão e culpa no resultado, que não era intencional.
III – Debilidade permanente de membro, sentido ou função:
	Permanente não é sinônimo de perpétua (prestar atenção).
Membros – Braços e pernas
Sentidos – Visão, olfato, paladar, tato e visão
Funções – Respiratórias, renal, produtora, locomotiva e etc.
	Esse resultado admite dolo e culpa. O indivíduo pode agir com a intenção de machucar e não ter a intenção de produzir o resultado, ao mesmo tempo em que pode ter a intenção de lesionar e gerar aquele resultado.
Exemplo:
O indivíduo na briga avista uma caneta e parte para cima para furar o olho da vítima. – Agiu com dolo na lesão e dolo no resultado.
O indivíduo na briga avista uma caneta e visa o braço da vítima mas acerta o olho. – Agiu com dolo na lesão e culpa no resultado.
Caso dos membros:
O inciso III quando fala de “permanente” ele quer dizer algo “duradouro”, ou seja, afetados por um período de tempo. Quem determinará isso é o médico. Se o médico alegar que a vítima PODE recuperar o movimento de um membro significa que ele está diante de uma debilidade permanente, porém, se o médico disser que a vítima NÃO irá recuperar os movimentos daquele membro deixa de ser debilidade permanente para ser inutilização (que está disposto no art. 129, §2º, III, CP – Lesão gravíssima).Caso dos sentidos:
Se a lesão acarretar à vítima a perda da visão de um dos olhos, ou a surdez de um dos ouvidos estará diante de uma debilidade permanente, pois o indivíduo ainda terá a outra vista ou o outro ouvido para enxergar e ouvir normalmente. Não pode se caracterizar inutilização, pois ele não perdeu na integra, porém, caso ele perca COMPLETAMENTE o sentido de visão ou audição ou qualquer outro sentido, enquadra-se também no art. 129, §2º, III, CP – Lesão gravíssima.
Caso das funções:
Aplica-se a mesma regra acima. Se, no momento da lesão, a vítima for acertada de tal forma que perca a função de um dos rins e o outro continuar funcionando, será considerado debilidade permanente, pois o outro ainda estará ativo exercendo suas funções corretamente. Caso os dois rins percam suas funções por motivo da agressão, aí sim, estaremos diante de crime de lesão corporal gravíssima, disposta no art. 129, §2º, III, CP – Lesão gravíssima.
OBS: É necessário que o médico ateste a possibilidade de você recuperar o movimento do membro prejudicado, pois caso ele ateste que não há essa possibilidade, será enquadrado em crime de lesão corporal gravíssima.
A análise desse crime é objetiva: ou a função existe ou não existe.
IV – Aceleração de parto:
	O raciocínio é o mesmo do inciso II, só poderá ser cometido a título CULPOSO. Se houver dolo na aceleração de parto o agente estará classificado como “aborto na forma tentada”. Só cabe se houver dolo na lesão e culpa na aceleração de parto. Atenção ao fato de que estamos falando de ACELERAÇÃO de parto, a criança nasce COM VIDA, se a criança morrer ou nascer morta, o agente será enquadrado no art. 129, §2º, V, CP.
OBS: O agente precisa saber da gravidez, mas não desejar a sua interrupção para responder no art. 129, §2º, IV. Se o agente não souber da gravidez o crime dele não será de lesão corporal grave pela aceleração de parto, ele não poderá ter a incidência do inciso IV, portanto poderá ser leve, grave ou gravíssima. Ele estará classificado em erro de tipo, cometeu a agressão visando um resultado e obteve outro (e a regra é que quem acusa é quem tem de provar, ou seja, cabe a vítima provar que o sujeito sabia para poder enquadrá-lo no inciso IV).
OBS: Para estar enquadrado no parágrafo 1º o agente obrigatoriamente deve agir com dolo na lesão.
OBS: Pena para os crimes acima – reclusão de 1 a 5 anos.
LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA (art. 129, §2º, CP):
I - Incapacidade permanente para o trabalho:
	O indivíduo tem de estar incapacitado de qualquer atividade laboral (de trabalho) de forma permanente (por longo tempo). Não é considerada se for incapacidade apenas para a atividade exercida anteriormente, se ele for capaz de exercer alguma outra atividade, não será então classificado neste inciso.
Óbvio que deve ser analisado muito bem caso a caso para averiguar se a pessoa possui ainda capacidade para exercer alguma atividade laboral ou não. Se ficar atestado que a vítima ainda possui a capacidade para exercer alguma atividade, será classificado como lesão corporal grave.
Essa modalidade admite ação com dolo e culpa (dolo na lesão e no resultado ou dolo na lesão e culpa no resultado).
II – Enfermidade incurável:
	Poderá ser produzida tanto intencionalmente quanto acidentalmente. O que vai determinar se o agente se enquadrará neste inciso ou na tentativa de homicídio é a intenção do agente. Neste caso nós lembramos sempre das contaminações propositais ou acidentais a respeito do vírus da AIDS.
Exemplo:
O agente está caminhando na rua e espeta uma seringa contaminada com HIV em outrem com o intuito de disseminar a doença – Enquadra-se o art. 129, §2º, II.
O agente está caminhando na rua e espeta uma seringa contaminada com HIV em outrem com o intuito de levá-la a morte – Enquadra-se a tentativa de homicídio.
III – Perda ou inutilização do membro, sentido ou função:
	Mesmo raciocínio do art. 129, §1º, III. A diferença é que no §1º a debilidade é permanente, neste caso é uma intulização completa do membro. Isso independe do fato de “perder” o membro, basta que ele seja inutilizado por completo. Também funciona com membros, sentidos ou funções. Nessa modalidade também admite dolo ou culpa, podia haver ou não a intenção de produzir aquele resultado.
IV – Deformidade permanente:
	Hipótese que gera mais inconformismo. Aqui para poder ser enquadrado como lesão corporal gravíssima de deformidade permanente é imprescindível que a lesão seja em local APARENTE do corpo (rosto, braços etc.), podendo assim gerar algum tipo de constrangimento perante a sociedade (entendimento jurisprudencial). Se a lesão for em área escondida poderá ainda ser considerada grave ou gravíssima, porém, somente por outro motivo que não o disposto nesse inciso. Essa modalidade também admite dolo ou culpa, o agente podia ter ou não a intenção de produzir o resultado
V – Aborto:
	Aqui o agente sabia da gravidez, mas não tinha a intenção de produzir o resultado. A diferença deste inciso para o inciso IV do §1º é que neste caso a lesão ocasiona o ABORTO e não a “aceleração do parto”. A criança neste caso nasce morta, que caracteriza aborto.
Neste caso tem de haver dolo na lesão e o aborto (resultado) só poderá ser culposo. Caso exista dolo no aborto ele será enquadrado como aborto, e não crime de lesão corporal gravíssima em razão de aborto.
OBS: Para estar enquadrado no parágrafo 2º o agente obrigatoriamente deve agir com dolo na lesão.
OBS: Pena para os crimes acima – reclusão de 2 a 8 anos.
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE (art. 129, §3º, CP):
“Art. 129, §3. Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo”.
	O legislador demonstra que a morte não pode ser dolosa. Aqui cabe somente o dolo na lesão e culpa na morte. Toda vez que acontece o dolo em um crime e culpa no outro denomina-se crime “preterdoloso”. O agente possuiu a intenção finalistica de ocasionar SOMENTE a lesão (dolo) e acabou produzindo a conseqüência acidental, que foi a morte da vítima (culpa).
A diferença entre lesão corporal seguida de morte e homicídio culposo é que no primeiro o agente possui um dolo (o de lesionar), enquanto no homicídio culposo o não possui dolo algum (gerou a morte de forma acidental).
OBS: Para estar enquadrado no parágrafo 3º o agente obrigatoriamente deve agir com dolo na lesão.
OBS: Pena para os crimes acima – reclusão de 4 a 12 anos.
DIMINUIÇÃO DE PENA – LESÃO CORPORAL PRIVILEGIADA (art. 129, §4º, CP):
“Art. 129, §4. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.”
SUBSTITUIÇÃO DE PENA – LESÃO CORPORAL PRIVILEGIADA (art. 129, §5º, CP):
“Art. 129, §5. O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.”
	No caso da lesão privilegiada o juiz pode além de diminuir a pena, optar pela substituição da pena por multa.
	No caso de lesões recíprocas, ou seja, ambos se machucaram, poderá haver também a substituição da pena por multa.
LESÃO CORPORAL CULPOSA (art. 129, §6º, CP):
“Art. 129, §6º Se a lesão é culposa 
Pena - detenção, de dois meses a um ano.”
	Também existe a lesão corporal culposa no código de trânsito (lei 9.503/97, art. 303). Para saber se usaremos o código de trânsito para classificar ou se usaremos o código penal é fácil: somente caberá o código de trânsito quando o agente estiver na direção do veículo automotor.
AUMENTO DE PENA (art. 129, §§7º e 8º CP):
Art. 129, §7, CP:
“Art. 129, §7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 121 deste Código.”
	Quando a lesão for cometida contra menor de 14 ou maior de 60 anos, quando forcrime culposo e a pessoa fugir para evitar prisão em flagrante.
	Quando for cometido por milícia.
Art. 129, §8, CP:
“Art. §8. - Aplica-se à lesão culposa o disposto no §5. do art. 121.”
	Também se aplica no crime de lesão corporal o perdão judicial, porém, é importante lembrar que só é admitido o perdão judicial para lesão culposa.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (art. 129, §9, CP):
	Pode ser para vítima homem ou mulher (conforme texto anterior). Este artigo não tem nenhuma relação com a Lei Maria da Penha (que é uma lei procedimental, não penal que não é exclusivo para o art. 129, envolve outros crimes e traz rigorosidade na hora de julgar a violência quando a vítima for mulher).
O art. 5º da Lei Maria da Penha vai dizer em que situações cabem a aplicação da lei, pois não basta ser qualquer tipo de agressão contra a mulher, as formas devem estar tipificadas no texto legal.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
AUMENTO DE PENA (art. 129, §10, CP):
“Art. 129, §10. Nos casos previstos nos §§ 1 a 3 deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9. deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).”
Só se utiliza o art. 129, §9º se a lesão corporal for leve. Se a lesão for grave, gravíssima ou seguida de morte, teremos art. 129 (e o parágrafo a que couber o crime) culminado com o §10, que é o aumento de pena de 1/3 pela ação ter sido praticada no ambiente doméstico.
AUMENTO DE PENA (art. 129, §11, CP):
“Art. 129, §11. Na hipótese do § 9. deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência.”
	Este parágrafo foi criado em homenagem a Maria da Penha.
AUMENTO DE PENA (art. 129, §12, CP):
“art.129 §12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços.”
OBS: IMPRIMIR LEI 13.142/15 – Incluiu uma nova qualificadora no crime de homicídio (inciso 7), e também como causa de aumento na lesão corporal.

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