Buscar

Filosofia Jurídica - A ética Kantiana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FILOSOFIA DO DIREITO
A Ética Kantiana
RIO DE JANEIRO
Mai/2016
TUANY GOMES DE FARIA
FILOSOFIA DO DIREITO
A Ética Kantiana
O presente trabalho tem por intuito abordar
as relações entre Kant e a filosofia no que diz
respeito à ética e as ações humanas, dentro de
todas as suas influências, proporcionando um
guia de estudo para os alunos da Universidade
Cândido Mendes, 5º período, noturno.
Professor: Aderlan Crespo.
RIO DE JANEIRO
Mai/2016
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4
MUNDO SENSÍVEL E INTELIGÍVEL ............................................................ 5
A ÉTICA E A MORAL KANTIANA ................................................................. 6
A LEI MORAL ................................................................................................ 7
O DEVER ...................................................................................................... 8
IMPERATIVO CATEGÓRICO ....................................................................... 9
CONCLUSÃO ................................................................................................ 9
INTRODUÇÃO:
	Immanuel Kant nasceu, viveu e morreu em Konisberg, uma cidade da Prússia Oriental (Alemanha). Era filho de um humilde comerciante de descendência escocesa. Recebeu uma educação severa em escola pietista e frequentou a Universidade a partir de 1740, como estudante de filosofia e matemática. Dedicou-se ao ensino, vindo a desempenhar as funções de professor adjunto (1755-1770) e depois de professor ordinário (1770-1796) também na Universidade de Konisberg.Foi um grande filósofo sendo considerado um dos maiores da história e dos mais influentes no ocidente. Nascido no chamado “Século das Luzes”, no ano de 1724 vivendo até 1804. Veio de família pobre, e foi criado no seio da religião protestante. Lecionou geografia e ciências naturais em sua carreira universitária sendo, em 1770, nomeado professor catedrático na Universidade de Königsberg.
Kant estabeleceu um sistema filosófico, operando uma resolução entre o racionalismo de Descartes e Leibniz e o empirismo dos filósofos David Hume e John Locke. Kant passou toda a sua vida na cidade onde nasceu, em Königsberg, onde levou uma vida metódica e circunspecta.
Passou grande parte da adolescência como estudante, sólido mas não espetacular, preferindo o bilhar ao estudo. Tinha a convicção curiosa de que uma pessoa não podia ter uma direção firme na vida enquanto não atingisse os 39 anos. Com essa idade, era apenas um metafísico menor numa universidade prussiana, mas foi então que uma breve crise existencial o assomou. Foi um competente professor universitário durante quase toda a vida, mas nada do que fez antes dos 50 anos lhe garantiria qualquer reputação histórica. Por volta de 1770, com 46 anos, Kant leu a obra do filósofo escocês David Hume e sentiu-se profundamente inquietado. Achava o argumento de Hume irrefutável, mas as conclusões inaceitáveis. Durante 10 anos não publicou nada e, então, em 1781 publicou a “Crítica da Razão Pura”, um dos livros mais importantes e influentes da moderna filosofia. Neste livro, ele desenvolveu a noção de um argumento transcendental para mostrar que, em suma, apesar de não podermos saber necessariamente verdades sobre o mundo como ele é em si, estamos forçados a perceber e a pensar acerca do mundo de certas formas: podemos saber com certeza um grande número de coisas sobre o mundo como ele nos aparece.
O MUNDO SENSÍVEL E INTELIGÍVEL:
	A primeira aula de Kant diante da cátedra de Konigberg foi sobre a forma e os princípios do mundo sensível e inteligível e foi um momento-chave do pensamento kantiano, pois estabelecia as bases sobre as quais se desenvolveria sua obra filosófica.
	Kant argumentava que, embora seja certo dizer, como Hume, que o conhecimento tem origem na experiência, isso não significa que dependa unicamente dela. Segundo Kant, a realidade física é conhecida a posteriori, ou seja, indutivamente a partir da experiência, e seria ilegítimo atribuir ao mundo sensível princípios universais, como por exemplo, o da causalidade. Toda ciência racional deve possuir igualmente princípios gerais a priori, isto é, independentes das contingências e circunstâncias externas. Assim, os princípios dedutivos são faculdades do entendimento humano e é necessário determinar de que maneira intervêm no processo cognitivo. Kant concebeu assim seu sistema como uma síntese e superação das duas grandes correntes da filosofia da época: o racionalismo, que enfatizava a preponderância da razão como forma de conhecer a realidade, e o empirismo, que dava primazia à experiência. Além disso, pretendia tornar a filosofia compatível com a ciência físico-matemática, vindo a elaborar primeiramente a “teoria do conhecimento” cujo objetivo era determinar os princípios que governam o entendimento humano e os limites de sua aplicação, assentando assim sobre bases seguras o conhecimento científico, que passava então por extraordinário desenvolvimento.
Defrontado com o desafio de mostrar filosoficamente que o saber racional científico (especificamente o da matemática e da física) baseado na experiência poderia aspirar à validade universal, Kant formulou sua teoria do conhecimento na Crítica da razão pura. Kant propõe com ele uma filosofia alternativa à metafísica dos pensadores racionalistas.
O conhecimento “sensível” é o que podemos classificar como obtidos através dos sentidos (olfato, visão, audição e etc). Desta maneira o sujeito lida com inúmeras experiências externas que vem a influenciar, intensificar ou modificar drasticamente o comportamento humano, tendo também o lado de aparências e impressões, afinal, não é possível experimentar tudo de todos os sentidos sempre. Nesse aspecto temos o exemplo do calor, até certo ponto conseguimos medir, acima daquele ponto nos queima.
O conhecimento inteligível é adquirido através do intelecto (pensamentos, intuição intelectual), ou seja, é a capacidade que o indivíduo possui de agir e representar situações de forma conceitual, captar dados que não seria possível com o conhecimento sensível. Seria dizer que é a ação do ser humano livre de todas as influências sentimentais (raiva, tristeza, incertezas). É um conhecimento objetivo, que se adquire através da inteligência (por isso inteligível).
A ÉTICA E A MORAL KANTIANA:
A moral Kantiana exclui a ideia de que possamos ser regidos se não por nós próprios. É a pessoa humana, ela própria, que é a medida e a fonte do dever. O homem é criador dos valores morais, dirige ele próprio a sua conduta. Será para Kant a consciência a fonte dos valores, assim como para Rosseau, mas não se trata de uma consciência instintiva e sentimental, a consciência moral para Kant é a própria Razão.
Kant acreditava que a vontade, a liberdade e a razão são as responsáveis pela formação do campo ético. Kant passou grande parte do seu tempo dedicado a provar que havia uma razão pura, prática e capaz de se autoafirmar sem depender das experiências do mundo sensível e as experiências. Para Kant a “vontade livre” era capaz de legislar a si própria e confere a si o agir de maneira moral. Ele acreditava que a autonomia da vontade livre era um preceito inabalável da moralidade, desta forma, via que a vontade livre e a submissão a lei universal não apenas caminhavam juntos, mas eram um só objeto. A boa vontade para Kant está dentro do pólo central do DEVER. Como abordamos hoje de forma pesistente a “dignidade da pessoa humana”, podemos notar que Kant acreditava que o dever para o próprio indivíduo consistia na preservação e conservação da dignidade da humanidade no próprio indivíduo.
Outro aspecto é que Kant acreditava que o homem não possui deveres em relação a Deus ou qualquer outro ser superior classificando que isto esta fora da filosofiamoral. Para ele, liberdade e autonomia são sinônimos. O homem quando entende o dever moral e a liberdade como seu fundamento ele percebe que o dever se apresenta para ele o poder e a liberdade de transgredi-lo. A autonomia da vontade é o único princípio de toda a moral e de todos os deveres conforme esta lei e consiste na independência da lei moral a respeito de toda a matéria e, ao mesmo tempo, na determinação da liberdade.
A ÉTICA Kantiana aborda em suas teorias justamente que a boa vontade está ligada e submetida a razão, logo, a boa vontade é o cumprimento do dever moral (onde encontramos toda a moral), funciona basicamente como a relação de fazer ou cumprir o dever moral apenas porque é um dever, sem nenhum outro objetivo.
Kant afirmava ainda que viver no mundo sensível era viver “sem liberdade”, pois viveríamos presos a sentimentos e sensações enquanto somente o mundo inteligível nos proporcionaria a liberdade de autonomia, intelecto e compreensão livre de outras influências, exemplificando ainda, que seria impossível o homem viver em uma espécie de “junção” desses dois mundos, pois geraria o mal que ele determinou como “mal radical” que é o conflito entre a lei moral e a lei do prazer, um conflito entre a razão e a sensibilidade.
Kant em suas obras também falava sobre os princípios da moralidade, diferenciando os princípios imperativos dos práticos, sendo eles:
Princípios Práticos: são máximas que o indivíduo formula para si mesmo e não se aplicam a todos os homens, são regras subjetivas que mandam fazer alguma coisa em geral como: praticar a justiça, pague o salário justo, faça atos justos em relação aos outros, respeite as leis e etc.
Os Princípios Imperativos: são princípios objetivos que se estendem a todos os seres humanos e são de duas ordens: Hipotéticos ou condicionais, Categóricos ou Absolutos.
Princípio Imperativo (Hipotéticos ou Condicionais) - São  imperativos que propõem uma meta que será alcançada mediante correspondente ação do sujeito que cumpre as condições, como exemplo: se queres ser advogado, estude as leis.
Princípio Imperativo (Categóricos ou Absolutos) - Somente estes são leis práticas e válidas incondicionalmente para todos. São imperativos absolutos e universais. Não visam obter finalidades práticas, mas determinam a vontade a cumprir a lei moral, cumprir o dever pelo dever. Portanto, só os imperativos categóricos são leis morais universais. Para tornar-se lei da moralidade deve poder ser universalizável, válida para todos os seres racionais, tornando-se assim, objetiva.
A LEI MORAL:
A lei moral é para Kant, universal, necessária e “apriori”, pois o seu fundamento não poderia ter sido tirado da experiência onde existem muitas inclinações e desejos contraditórios. 
A lei moral fundamenta-se na liberdade da razão e tem origem na consciência moral, isto é, na razão autônoma. A lei moral é a lei que o homem enquanto sendo racional e livre, descobre a si mesmo correspondendo à sua natureza. É uma lei intrínseca à razão. É a existência da moralidade no homem, personalidade, que o identifica com Deus: “Maximamente pessoa e ideal de existência personalizada, isto é, absolutamente causadora de si”.
No homem a lei moral afirma-se como um Dever e assume a forma de Imperativo Categórico.
O DEVER:
	Após o surgimento da ética eudaimonista (felicidade), cristã (alcançar o céu) e utilitarista (prazer), surge a vertente de pensamento Kantiano que é diferente de todos os apresentados até então e sua diferença se encontra no objeto daquela ética. A visão de dever para Kant é “deontológico”, ou seja, prevalece o dever. Quando temos uma visão “deontologica” do dever, significa dizer que, diferente da teleologia, na deontologia a finalidade do objeto é ele mesmo, ou seja: “fazemos o certo porque devemos fazer o certo”, sem a busca de um objetivo final que não ele próprio.
	Para Kant existem três princípio que regem o dever, sendo eles:
Princípio do Universalismo: é o nome dado a teoria de Kant de que é considerado uma ação moral aquela que pode ser universalizada, que se encaixa a qualquer indivíduo em qualquer condição.
Princípio do Antropocentrismo: nome dado a teoria de Kant que coloca o homem como o centro e o fim de tudo, nunca como o meio. Foge das vertentes teocêntricas, onde homens tinham tratamento relevante pela semelhança com Deus e se encontravam acima dos animais. A teoria de Kant abandona essa questão subjetivista e põe o homem como o único ser acima de todo o preço.
Princípio do Racionalismo: nome dado a doutrina de Kant que considera que a vontade que age por dever institui um reino humano de seres morais, porque somos racionais e, portanto, dotados de uma vontade legisladora, livre e autônoma. Essa teoria exprime a diferença entre o reino natural das causas e o reino humano dos fins.
IMPERATIVO CATEGÓRICO:
 O Imperativo Categórico é uma das idéias centrais para a adequada compreensão da moralidade e da ética. Kant, que valorizava a idéia de lei moral, sintetizou o seu pensamento sobre as questões da moralidade sendo ele o escritor de uma das mais célebres frases a este respeito, no seu livro “Crítica da Razão Pura”, que dizia:
“Duas coisas me enchem o ânimo de admiração e respeito: o céu estrelado acima de mim e a lei moral que está em mim.”
	Nesse tema podemos interpretar que para Kant o imperativo categórico era dizer: “Aja apenas segundo a máxima que você gostaria de ver transformada em lei universal”. Em termos simples, Immanuel Kant chamou de imperativo categórico: “você deve agir sempre baseado naqueles princípios que desejaria ver aplicados universalmente.”
Imperativo porque é um dever moral. Categórico porque atinge a todos, sem exceção.
Ao introduzir a ética em sua obra filosófica, Kant fez surgir uma nova versão da antiga “Regra de Ouro”, aquela regra ditada pelos grandes Mestres da humanidade: "Faça para os outros o que você gostaria que fizessem a você”, Kant ampliou a regra para: "Faça para os outros o que gostaria que todos fizessem para todos". Com isso, Kant queria evitar o problema das diferentes idéias que cada pessoa tem sobre o que gostaria que se fizesse a elas. Queria enfrentar o "relativismo moral", essa moralidade circunstancial tão generalizada hoje em dia: a noção de que o que é certo depende da situação ou do contexto.
CONCLUSÃO:
Como podemos nortear nossas ações com base nos resultados, se até mesmo os planos mais bem traçados podem ser desvirtuados? O resultado do que fazemos, muitas vezes, não é absolutamente o que pretendíamos, portanto é um desvirtuamento moral basear nossos julgamentos nos resultados. De que forma agir com segurança? Segundo Kant, se quisermos ser objetivos, temos que agir, não segundo os fins, mas segundo princípios universais. Princípios universais e não regras circunstanciais. Devemos agir de acordo com a moral, fazer o correto somente por ser correto em vez de buscar algum tipo de finalidade, devemos fugir das sensações e influências externas e buscar cada vez mais nos encontrarmos dentro da razão pois somente a mesma poderá nos libertar e dar a verdadeira autonomia de ação e compreensão.
BIBLIOGRAFIA:
Rechels, James. Elementos da Filosofia Moral
Vitte, Antônio. Kant, o Kantismo e a Geografia: Histórias, Percalços e Possibilidades Investigativas
Kant, Immanuel. A Crítica da Razão Pura 
http://www.philosophy.pro.br
http://www.mundofisico.joinville.udesc.br/
http://www.afilosofiadaintegracao.blogspot.com.br

Outros materiais