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� PAGE \* MERGEFORMAT �1� FACI DEVRY – CURSO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL III – Prof. Alexandre Tourinho RELATÓRIO DE SESSÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI ACADÊMICO SEMESTRE Inaldo Leão Ferreira – 161131009 4º sem. COMARCA VARA PROCESSO N.º Belém 3ª. Vara Criminal 0012271-952010.814.0401 DATA HORA DO INÍCIO HORA DO TÉRMINO 12/09/2018 08:00 14:00 ACUSADO Raimundo Prata de Araújo – Defensor Público Dr. Rafael Sarges VÍTIMA Cleber Aleixo Neves – Promotor Público Dra. Rosana Cordovil TIPIFICAÇÃO DO CRIME Art. 121, § 2º, inciso IV, do CPB RELATÓRIO DO FATO (em resumo, a data, a hora, o local, os meios de execução nos termos da denúncia) O representante do Ministério Público ofereceu denúncia contra WENDERSON PRATA DE ARAUJO, conforme qualificado na peça delatória, atribuindo-lhe o tipo penal descrito no artigo 121º, § 2º, inciso IV do Código Penal Brasileiro, por fato cometido contra a vítima CLEBER ALEIXO NEVES. A peça de acusação narra que, no dia 29 de maio de 2010, por volta das 21h, o denunciado encontrava-se na Avenida Perimetral, momento em que avistou a vítima, e contra esta, deflagrou vários disparos de arma de fogo que provocaram as lesões descritas no laudo, ocasionando a sua morte. A denúncia foi recebida e sua prisão preventiva foi decretada. O acusado foi capturado e ingresso no sistema penal, sendo possível realizar sua citação pessoal, ficando a Defensoria Pública responsável pela sua defesa técnica. Após a prisão do acusado a instrução preliminar probatória transcorreu regularmente. O acusado foi devidamente interrogado e nessa oportunidade declarou chamar-se RAIMUNDO PRATA DE ARAÚJO, confirmando o vulgo de “Dinho”, do que se determinou a devida retificação do nome do acusado. TESE DA ACUSAÇÃO A representante do Ministério Público, promotora de justiça Rosana Cordovil sustentou a tese inicial apresentada pelo Promotor Manoel Murrieta, que na denuncia qualificou o crime pelas circunstancias do modo de execução susomencionado, já que o ataque aconteceu de forma inesperada, imprevista e imprevisível. A vítima, não tinha razão para esperar ou suspeitar da agressão já que no próprio relato das testemunhas no processo, davam contam que o réu conhecia a vítima, que moraram por um tempo na mesma rua, tendo eles boa convivência. Isso foi usado em desfavor da vítima, dissimulando o réu a sua intenção na aproximação, procurando, com ação repentina, dificultar ou impossibilitar a defesa da vítima, o que foi comprovado através do laudo necroscópico apontando que o mesmo alvejou a vitima pelas costas, com 5 disparos que lhe causou a morte, revelando assim, o dolo em relação ao fim proposto (matar) e aos meios escolhidos (dissimulação e surpresa). TESE DA DEFESA Na pessoa do defensor Público Dr. Rafael Sarges, foi centrada a defesa do réu RAIMUNDO PRATA DE ARAÚJO, e tal como o acusado fez no seu interrogatório, sustentou a negação da autoria, buscando plantar duvidas nos jurados quanto a retificação do nome do acusado, já que inicialmente quem respondia pelo delito era o nacional WENDERSON PRATA DE ARAUJO, que, além de ser primo e possuir traços parecidos, também tem a alcunha de “DINHO”, levantando a hipótese de ser este de fato o autor, o que levaria, no caso de condenação do réu presente, o cometimento de uma injustiça de difícil reparação. Para tanto, utilizou de vários exemplos e mencionou expedientes praticados pela Policia Civil e Militar na criminalização de algumas pessoas, acusando-os de construir provas e orientar testemunhas para prejudicar os desafetos, ainda que inocentes como o seu cliente. RÉPLICA SIM ( ) NÃO ( X ) TRÉPLICA SIM ( ) NÃO ( X ) RESULTADO DO JÚRI (VEREDICTO) CONDENATÓRIO ( X ) ABSOLUTÓRIO ( ) DESCLASSIFICATÓRIO ( ) RESUMO DA SENTENÇA (fundamentação e pena imposta) O conselho de sentença condenou o acusado, tendo sido julgado procedente a denúncia crime pela Exma. Sr.ª Juíza de Direito, Dr.ª ANGELA ALICE ALVES TUMA, para condenar RAIMUNDO PRATA DE ARAÚJO, qualificado nos autos, pela prática de homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, nos termos do Art. 121, § 2º, inciso IV, do CPB, à pena base de 17 (dezessete) anos de reclusão. Conforme o teor da sentença, não havia atenuantes a serem levadas a efeito e ainda militava em desfavor do réu a agravante da reincidência, que foi considerada como circunstância judicial, feito na primeira fase. Não se encontrou a favor do réu nenhuma causa de diminuição, tão pouco, causa de aumento de pena na espécie. Diante disso a pena de 17 (dezessete) anos de reclusão por concreta, ficou como definitiva e final, imposta inicialmente no regime FECHADO. O condenado responde preso ao processo e nesta condição permanecerá para fins de recurso. OBSERVAÇÕES As testemunhas arroladas pelo Ministério Público, CLEIDE ALEIXO NEVES e CLAUDETE ALEIXO NEVES, por serem irmãs da vítima, foram ouvidas na condição de informantes. A representante do MP requereu a desistência da oitiva das testemunhas DILCILENE MORAES DA SILVA, sem oposição da Defesa, o que foi deferido pelo Juízo, já que a mesma se encontrava fora da cidade. A defesa não arrolou testemunhas. DATA ASSINATURA DO ACADEMICO
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