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legalidade e juridicidade do projeto, com as emendas que apresenta, se for o caso (Modelo 25), ou por sua inconstitucionalidade, ilegalidade e antijuridicidade (Modelo 26). Nesse caso, não se menciona o turno de tramitação. A comissão de mérito opina pela aprovação, com as emendas que apresenta, se for o caso, ou pela rejeição do projeto. O texto da conclusão do parecer de mérito deve conter ainda: a opinião da comissão (pela aprovação ou pela rejeição) sobre cada • uma das emendas anteriormente propostas, dentro do mesmo turno; a indicação da situação de prejudicialidade das emendas anteriores • diante da apresentação de novas emendas pela comissão que elabora o parecer. Exemplo: Conclusão Em face do exposto, esta comissão opina pela aprovação, em 1° turno, do Projeto de Lei n° .../... com as Emendas nos 1 a 3, da Comissão de Constituição e Justiça; 6 a 8, da Comissão de Saúde, e 9, a seguir apresentada; e pela rejeição das Emendas nos 4 e 5, da primeira comissão. Se aprovada a Emenda nº 9, fica prejudicada a Emenda n° 4. EMENDA Nº 9 Acrescente-se ao art. 13 (...). O exemplo mostra que a comissão se manifestou a respeito de cada novo Manual RP ed 3 NOVEMBRO 12 FINAL.indd 126 27/3/2013 13:10:03 O PRO CESSO LEg ISLATIvO 127 uma das emendas apresentadas anteriormente, recomendando sua aprovação ou rejeição. Na indicação de prejudicialidade, porém, só aparece a Emenda n° 4, o que signifi ca que, entre as emendas das outras comissões, esta é a única que, numa situação de aprovação da Emenda n° 9 pelo Plenário, será considerada prejudicada. A prejudicialidade de emendas A prejudicialidade não constitui um juízo de valor da comissão em relação a uma emenda: é uma contingência do processo – a impossibilidade lógica de que dois comandos distintos para um mesmo texto possam coexistir – verifi cada em face do resultado de uma votação realizada em Plenário. O parecer da comissão, ao indicar a possível situação de prejudicialidade entre duas emendas, orienta o procedimento de votação no Plenário. A emenda considerada prejudicada não é colocada em votação após a aprovação daquela que a prejudicou. Indicação de prejudicialidade em parecer com substitutivo O parecer que apresenta substitutivo ou opina sobre ele deve indicar, na conclusão, as emendas que estariam prejudicadas com a sua aprovação. São elas: a) aquelas cujo conteúdo tenha sido integralmente absorvido no texto do substitutivo – situação de redundância; b) aquelas cujo conteúdo só fazia sentido em função de dispositivo que tenha sido excluído pelo substitutivo (como a emenda visando a aumentar o número de membros de um conselho que o substitutivo suprimiu) – situação de perda de objeto. A situação que motivou a prejudicialidade deve ser explicada na fundamentação do parecer. Além de indicar as emendas prejudicadas, o parecer de comissão deve manifestar-se pela rejeição das emendas que não deseje incorporar ao substitutivo e também das que se encontrem em situação de prejudicialidade por perda de objeto. novo Manual RP ed 3 NOVEMBRO 12 FINAL.indd 127 27/3/2013 13:10:03 M A N U A L D E R ED A Ç Ã O P A RL A M EN TA R 128 Apresentação de emendas a projeto com substitutivo A comissão que avalia projeto para o qual tenha sido proposto substitutivo tem duas opções para apresentar emendas: a) emenda ao substitutivo, caso a comissão acate o substitutivo, com alterações; b) emenda ao projeto original, caso a comissão opine pela rejeição do substitutivo. Em ambos os casos, é imprescindível que se opine, na conclusão do parecer, pela aprovação ou pela rejeição do substitutivo. Quando houver mais de um substitutivo, a comissão escolherá um deles ou o projeto original e opinará pela rejeição dos demais. Fecho Compreende o local (Sala das Comissões, Sala de Reuniões da Mesa da Assembleia ou Sala das Reuniões, no caso de parecer de Plenário), a data da apresentação da proposição e as assinaturas do presidente, do relator e dos demais membros da comissão ou da Mesa. Vencido O vencido corresponde ao texto aprovado no 1° turno, em caso de alteração do projeto original. Compete à comissão encarregada do parecer para o 2° turno a elaboração do vencido, que incorporará as emendas aprovadas ao texto original do projeto ou apresentará a nova versão do projeto, no caso da aprovação de substitutivo. O vencido virá anexo ao parecer, depois da data e das assinaturas do presidente e do relator (Modelo 29). A epígrafe do vencido é redigida da seguinte forma: PROJETO DE LEI Nº .../... (Redação do Vencido) Em nenhuma hipótese, a redação do vencido deve conter dois dispositivos que tenham por objeto a mesma matéria, sejam eles complementares, sejam coincidentes, sob a alegação de que ambos foram aprovados. Se forem iguais, basta reproduzir um deles, considerando a matéria aprovada incorporada ao texto. Se forem complementares, incidindo sobre o mesmo dispositivo, faz- se a complementação do texto. Se forem antagônicos e tiverem sido aprovados por engano, deve-se seguir a regra constante na observação em destaque da p. 124. novo Manual RP ed 3 NOVEMBRO 12 FINAL.indd 128 27/3/2013 13:10:03 O PRO CESSO LEg ISLATIvO 129 Modelo 25 PARECER PARA O 1° TURNO DO PROJETO DE LEI N° .../... Comissão de Constituição e Justiça Relatório A proposição em epígrafe, de autoria da deputada ..., objetiva definir os direitos e as obrigações dos usuários do transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. Publicado no Diário do Legislativo em .../.../..., foi o projeto distribuído às Comissões de Constituição e Justiça, de Transporte, Comunicação e Obras Públicas e de Fiscalização Financeira e Orçamentária. Compete a esta comissão, preliminarmente, nos termos do art. 188, combinado com o art. 102, III, “a”, do Regimento Interno, manifestar-se quanto aos aspectos de juridicidade, constitucionalidade e legalidade da proposição. Fundamentação O transporte rodoviário intermunicipal de passageiros é explorado por empresas particulares, em regime de concessão, nos termos do disposto no art. 10, IX, da Constituição Mineira e na Lei n° 10.453, de 199l, que versa sobre a concessão e permissão de serviços públicos no âmbito do Estado de Minas Gerais, bem como nas demais normas aplicáveis ao caso. Poder-se-ia dizer, em uma primeira avaliação da matéria, que a proposta parlamentar não estaria trazendo novidade ao ordenamento jurídico, uma vez que a maior parte de seus dispositivos, de algum modo, corresponde a preceitos já estabelecidos, especialmente no Regulamento do Transporte Coletivo Intermunicipal de que trata o Decreto n° 32.656, de 1991. A proposta apresentada, porém, deve ser tomada como original especificamente pelo mérito de consolidar, em um único estatuto legal, os direitos e as obrigações dos usuários do serviço. Cria-se, desse modo, o que poderia ser denominado Código de Proteção dos Usuários do Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros: são explicitados os direitos dos usuários do serviço de transporte e as disposições relativas às suas obrigações, é disciplinado o transporte de bagagens e são estabelecidas as penalidades a serem aplicadas aos concessionários que não observarem o disposto na norma jurídica. novo Manual RP ed 3 NOVEMBRO 12 FINAL.indd 129 27/3/2013 13:10:03 M A N U A L D E R ED A Ç Ã O P A RL A M EN TA R 130 Inexiste vedação constitucional a que o Estado trate da matéria mediante lei, devendo a proposta ser apreciada por esta Casa Legislativa, nos termos do que dispõe o art. 6l, XIX, da Constituição Mineira. Não se vislumbra, ademais, vício no que tange à inauguração do processo legislativo, pois a matéria