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Álgebra Linear Assunto: Subespaços e Geradores Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA Campus Pau dos Ferros-RN 14 de abril de 2016 (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 1 / 28 SUBESPAÇOS Como já sabemos classificar se um conjunto não vazio é um espaço vetorial, passamos a conhecer a sua estrutura. E é natural começarmos pelos seus subconjuntos. Assim, Definição 1: Seja V um espaço vetorial e W um subconjunto não vazio de V . Dizemos que W é um SUBESPAÇO de V , se W é um espaço vetorial com as operações de V . Dessa forma, teríamos que verificar todas as propriedades da definição de espaço vetorial para sabermos seW é subespaço, mas o seguinte resultado minimiza esse trabalho: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 1 / 28 SUBESPAÇOS Como já sabemos classificar se um conjunto não vazio é um espaço vetorial, passamos a conhecer a sua estrutura. E é natural começarmos pelos seus subconjuntos. Assim, Definição 1: Seja V um espaço vetorial e W um subconjunto não vazio de V . Dizemos que W é um SUBESPAÇO de V , se W é um espaço vetorial com as operações de V . Dessa forma, teríamos que verificar todas as propriedades da definição de espaço vetorial para sabermos seW é subespaço, mas o seguinte resultado minimiza esse trabalho: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 1 / 28 SUBESPAÇOS Como já sabemos classificar se um conjunto não vazio é um espaço vetorial, passamos a conhecer a sua estrutura. E é natural começarmos pelos seus subconjuntos. Assim, Definição 1: Seja V um espaço vetorial e W um subconjunto não vazio de V . Dizemos que W é um SUBESPAÇO de V , se W é um espaço vetorial com as operações de V . Dessa forma, teríamos que verificar todas as propriedades da definição de espaço vetorial para sabermos seW é subespaço, mas o seguinte resultado minimiza esse trabalho: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 1 / 28 Teorema 1: Seja V um espaço vetorial com as operações ⊕ e � e seja W um subconjunto não vazio de V . O conjunto W é um subespaço se, e somente se, (a) para u, v ∈W , u⊕ v ∈W ; (b) para c ∈ R e u ∈W , c� u ∈W . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 2 / 28 Demonstração. ⇒) Se W é um subespaço de V , então é um espaço vetorial com as operações de V . Assim, os fechamentos e as oito propriedades são satisfeitas, ou seja, (a) e (b) acontecem. ⇐) Reciprocamente, como W é um subconjunto de V em que (a) e (b) acontecem, temos que as propriedades (1), (2), (5), (6), (7) e (8) acontecem em W . Resta verificar a (3) e (4). Assim, como −u = (−1)� u em V e u ∈W , por (b) segue que −u ∈W . E como, 0 = u⊕−u e −u ∈W por (a) segue que 0 ∈W . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 3 / 28 Demonstração. ⇒) Se W é um subespaço de V , então é um espaço vetorial com as operações de V . Assim, os fechamentos e as oito propriedades são satisfeitas, ou seja, (a) e (b) acontecem. ⇐) Reciprocamente, como W é um subconjunto de V em que (a) e (b) acontecem, temos que as propriedades (1), (2), (5), (6), (7) e (8) acontecem em W . Resta verificar a (3) e (4). Assim, como −u = (−1)� u em V e u ∈W , por (b) segue que −u ∈W . E como, 0 = u⊕−u e −u ∈W por (a) segue que 0 ∈W . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 3 / 28 Demonstração. ⇒) Se W é um subespaço de V , então é um espaço vetorial com as operações de V . Assim, os fechamentos e as oito propriedades são satisfeitas, ou seja, (a) e (b) acontecem. ⇐) Reciprocamente, como W é um subconjunto de V em que (a) e (b) acontecem, temos que as propriedades (1), (2), (5), (6), (7) e (8) acontecem em W . Resta verificar a (3) e (4). Assim, como −u = (−1)� u em V e u ∈W , por (b) segue que −u ∈W . E como, 0 = u⊕−u e −u ∈W por (a) segue que 0 ∈W . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 3 / 28 POR EXEMPLO Exemplo 1: Todo espaço vetorial V tem pelo menos dois subespaços, ele mesmo e o {0}, que contem apenas o vetor nulo, dito espaço nulo de V . Exemplo 2: P2, o conjunto de todos os polinômios de grau ≤ 2 juntamente com o polinômio nulo, ou seja, P2 = { p(t) = at2 + bt+ c/a, b, c ∈ R e a, b ou c 6= 0} ∪ {p(t) = 0}, é um subespaço de P , o espaço de todos os polinômios, pois: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 4 / 28 POR EXEMPLO Exemplo 1: Todo espaço vetorial V tem pelo menos dois subespaços, ele mesmo e o {0}, que contem apenas o vetor nulo, dito espaço nulo de V . Exemplo 2: P2, o conjunto de todos os polinômios de grau ≤ 2 juntamente com o polinômio nulo, ou seja, P2 = { p(t) = at2 + bt+ c/a, b, c ∈ R e a, b ou c 6= 0} ∪ {p(t) = 0}, é um subespaço de P , o espaço de todos os polinômios, pois: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 4 / 28 POR EXEMPLO Exemplo 1: Todo espaço vetorial V tem pelo menos dois subespaços, ele mesmo e o {0}, que contem apenas o vetor nulo, dito espaço nulo de V . Exemplo 2: P2, o conjunto de todos os polinômios de grau ≤ 2 juntamente com o polinômio nulo, ou seja, P2 = { p(t) = at2 + bt+ c/a, b, c ∈ R e a, b ou c 6= 0} ∪ {p(t) = 0}, é um subespaço de P , o espaço de todos os polinômios, pois: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 4 / 28 POR EXEMPLO Exemplo 1: Todo espaço vetorial V tem pelo menos dois subespaços, ele mesmo e o {0}, que contem apenas o vetor nulo, dito espaço nulo de V . Exemplo 2: P2, o conjunto de todos os polinômios de grau ≤ 2 juntamente com o polinômio nulo, ou seja, P2 = { p(t) = at2 + bt+ c/a, b, c ∈ R e a, b ou c 6= 0} ∪ {p(t) = 0}, é um subespaço de P , o espaço de todos os polinômios, pois: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 4 / 28 POR EXEMPLO Exemplo 1: Todo espaço vetorial V tem pelo menos dois subespaços, ele mesmo e o {0}, que contem apenas o vetor nulo, dito espaço nulo de V . Exemplo 2: P2, o conjunto de todos os polinômios de grau ≤ 2 juntamente com o polinômio nulo, ou seja, P2 = { p(t) = at2 + bt+ c/a, b, c ∈ R e a, b ou c 6= 0} ∪ {p(t) = 0}, é um subespaço de P , o espaço de todos os polinômios, pois: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 4 / 28 (a) P2 6= ∅, pois p(t) = 0 ∈ P2; (b) Se u, v ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1 e v = a2t2 + b2t+ c2. Daí, u⊕ v = (a1 + a2)t2 + (b1 + b2)t+ (c1 + c2) ∈ P2; (c) Se r ∈ R e u ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1. Daí, r � u = ra1t2 + rb1t+ rc1 ∈ P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 5 / 28 (a) P2 6= ∅, pois p(t) = 0 ∈ P2; (b) Se u, v ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1 e v = a2t2 + b2t+ c2. Daí, u⊕ v = (a1 + a2)t 2 + (b1 + b2)t+ (c1 + c2) ∈ P2; (c) Se r ∈ R e u ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1. Daí, r � u = ra1t2 + rb1t+ rc1 ∈ P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 5 / 28 (a) P2 6= ∅, pois p(t) = 0 ∈ P2; (b) Se u, v ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1 e v = a2t2 + b2t+ c2. Daí, u⊕ v = (a1 + a2)t2 + (b1 + b2)t+ (c1 + c2) ∈ P2; (c) Se r ∈ R e u ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1. Daí, r � u = ra1t2 + rb1t+ rc1 ∈ P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 5 / 28 (a) P2 6= ∅, pois p(t) = 0 ∈ P2; (b) Se u, v ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1 e v = a2t2 + b2t+ c2. Daí, u⊕ v = (a1 + a2)t2 + (b1 + b2)t+ (c1 + c2) ∈ P2; (c) Se r ∈ R e u ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1. Daí, r � u = ra1t2 + rb1t+ rc1 ∈ P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 5 / 28 (a) P2 6= ∅, pois p(t) = 0 ∈ P2; (b) Se u, v ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1 e v = a2t2 + b2t+ c2. Daí, u⊕ v = (a1 + a2)t2 + (b1 + b2)t+ (c1 + c2) ∈ P2; (c) Se r ∈ R e u ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1. Daí, r � u = ra1t 2 + rb1t+ rc1 ∈ P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 5 / 28 (a) P2 6= ∅, pois p(t) = 0 ∈ P2; (b) Se u, v ∈P2, então u = a1t2 + b1t+ c1 e v = a2t2 + b2t+ c2. Daí, u⊕ v = (a1 + a2)t2 + (b1 + b2)t+ (c1 + c2) ∈ P2; (c) Se r ∈ R e u ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1. Daí, r � u = ra1t2 + rb1t+ rc1 ∈ P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 5 / 28 (a) P2 6= ∅, pois p(t) = 0 ∈ P2; (b) Se u, v ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1 e v = a2t2 + b2t+ c2. Daí, u⊕ v = (a1 + a2)t2 + (b1 + b2)t+ (c1 + c2) ∈ P2; (c) Se r ∈ R e u ∈ P2, então u = a1t2 + b1t+ c1. Daí, r � u = ra1t2 + rb1t+ rc1 ∈ P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 5 / 28 Exemplo 3: W , o conjunto de todos os polinômios de grau exatamente igual a 2, ou seja, W = { p(t) = at2 + bt+ c/a, b, c ∈ R e a 6= 0} , não é um subespaço de P , pois p(t) = 0 não está em W , visto não ter grau e com isso o item (b) não é satisfeito para r = 0, r ∈ R. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 6 / 28 Exemplo 3: W , o conjunto de todos os polinômios de grau exatamente igual a 2, ou seja, W = { p(t) = at2 + bt+ c/a, b, c ∈ R e a 6= 0} , não é um subespaço de P , pois p(t) = 0 não está em W , visto não ter grau e com isso o item (b) não é satisfeito para r = 0, r ∈ R. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 6 / 28 Observação Assim, podemos ver que um subespaço sempre deve conter o vetor nulo do espaço vetorial. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 7 / 28 Exemplo 4: W , o conjunto de todos os vetores do tipo [ x y ] em que x ≥ 0, ou seja, W = {[ x y ] ∈ R2 / x ≥ 0 } , não é um subespaço de R2, pois (a) W 6= ∅, já que [ 0 0 ] ∈W ; (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 8 / 28 Exemplo 4: W , o conjunto de todos os vetores do tipo [ x y ] em que x ≥ 0, ou seja, W = {[ x y ] ∈ R2 / x ≥ 0 } , não é um subespaço de R2, pois (a) W 6= ∅, já que [ 0 0 ] ∈W ; (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 8 / 28 (b) Se u, v ∈W , então u⊕ v = [ x1 y1 ] + [ x2 y2 ] = [ x1 + x2 y1 + y2 ] ∈W, pois x1 + x2 ≥ 0; Mas, (c) Se r ∈ R e u ∈W , então r � u = r [ x y ] = [ rx ry ] 6∈W, se r < 0 e x > 0. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 9 / 28 (b) Se u, v ∈W , então u⊕ v = [ x1 y1 ] + [ x2 y2 ] = [ x1 + x2 y1 + y2 ] ∈W, pois x1 + x2 ≥ 0; Mas, (c) Se r ∈ R e u ∈W , então r � u = r [ x y ] = [ rx ry ] 6∈W, se r < 0 e x > 0. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 9 / 28 (b) Se u, v ∈W , então u⊕ v = [ x1 y1 ] + [ x2 y2 ] = [ x1 + x2 y1 + y2 ] ∈W, pois x1 + x2 ≥ 0; Mas, (c) Se r ∈ R e u ∈W , então r � u = r [ x y ] = [ rx ry ] 6∈W, se r < 0 e x > 0. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 9 / 28 (b) Se u, v ∈W , então u⊕ v = [ x1 y1 ] + [ x2 y2 ] = [ x1 + x2 y1 + y2 ] ∈W, pois x1 + x2 ≥ 0; Mas, (c) Se r ∈ R e u ∈W , então r � u = r [ x y ] = [ rx ry ] 6∈W, se r < 0 e x > 0. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 9 / 28 Geometricamente, (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 10 / 28 Geometricamente, (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 10 / 28 Observação 1- Daqui em diante, devemos representar u⊕ v por u+ v e c� u por cu em um espaço vetorial V ; 2- Também podemos usar o seguinte resultado para mostrar se W é um subespaço de V : W é um subespaço de V se, e somente se, cu+ dv ∈W para todo u, v ∈W e c, d ∈ R. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 11 / 28 Observação 1- Daqui em diante, devemos representar u⊕ v por u+ v e c� u por cu em um espaço vetorial V ; 2- Também podemos usar o seguinte resultado para mostrar se W é um subespaço de V : W é um subespaço de V se, e somente se, cu+ dv ∈W para todo u, v ∈W e c, d ∈ R. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 11 / 28 Observação 1- Daqui em diante, devemos representar u⊕ v por u+ v e c� u por cu em um espaço vetorial V ; 2- Também podemos usar o seguinte resultado para mostrar se W é um subespaço de V : W é um subespaço de V se, e somente se, cu+ dv ∈W para todo u, v ∈W e c, d ∈ R. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 11 / 28 Por exemplo, se v1 e v2 são vetores fixos de V e W é o subconjunto de todos os vetores do tipo a1v1 + a2v2, ou seja, W = {w = a1v1 + a2v2/v1, v2 são vetores fixos e a1, a2 ∈ R}, então W é um subespaço de V , pois para w1, w2 ∈W e c, d ∈ R cw1+dw2 = c(a1v1+a2v2)+d(b1v1+b2v2) = (ca1+db1)v1+(ca2+db2)v2, daí, cw1 + dw2 ∈W. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 12 / 28 Por exemplo, se v1 e v2 são vetores fixos de V e W é o subconjunto de todos os vetores do tipo a1v1 + a2v2, ou seja, W = {w = a1v1 + a2v2/v1, v2 são vetores fixos e a1, a2 ∈ R}, então W é um subespaço de V , pois para w1, w2 ∈W e c, d ∈ R cw1+dw2 = c(a1v1+a2v2)+d(b1v1+b2v2) = (ca1+db1)v1+(ca2+db2)v2, daí, cw1 + dw2 ∈W. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 12 / 28 Por exemplo, se v1 e v2 são vetores fixos de V e W é o subconjunto de todos os vetores do tipo a1v1 + a2v2, ou seja, W = {w = a1v1 + a2v2/v1, v2 são vetores fixos e a1, a2 ∈ R}, então W é um subespaço de V , pois para w1, w2 ∈W e c, d ∈ R cw1+dw2 = c(a1v1+a2v2)+d(b1v1+b2v2) = (ca1+db1)v1+(ca2+db2)v2, daí, cw1 + dw2 ∈W. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 12 / 28 Este exemplo nos mostra uma maneira de construirmos subespaços e no direciona para um conceito muito importante na estruturação de alguns tipos de espaços; Definição 2: Sejam v1, v2, . . . , vk vetores em um espaço vetorial V . Um vetor v em V é chamado COMBINAÇÃO LINEAR de v1, v2, . . . , vk se existirem a1, a2, . . . , ak ∈ R tais que v = a1v1 + a2v2 + . . .+ akvk = k∑ j=1 ajvj . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 13 / 28 Este exemplo nos mostra uma maneira de construirmos subespaços e no direciona para um conceito muito importante na estruturação de alguns tipos de espaços; Definição 2: Sejam v1, v2, . . . , vk vetores em um espaço vetorial V . Um vetor v em V é chamado COMBINAÇÃO LINEAR de v1, v2, . . . , vk se existirem a1, a2, . . . , ak ∈ R tais que v = a1v1 + a2v2 + . . .+ akvk = k∑ j=1 ajvj . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 13 / 28 Por exemplo, se W = a b a+ b / a, b ∈ R temos que w1 = 1 0 1 , e w2 = 0 1 1 ∈W e como a b a+ b = a 1 0 1 + b 0 1 1 , qualquer vetor de W é combinação linear de w1 e w2 (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 14 / 28 GERADORES Observemos agora que com esse conceito de combinação linear, apesar de um espaço vetorial V ter infinitos vetores, exceto o espaço vetorial nulo {0}, vários espaços vetoriais contêm um subconjunto finito de vetores que descrevem completamente todos os infinitos vetores de V . É daí que surgi a ideia de gerador. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 15 / 28 Com isso, precisamos da seguinte notação: Definição 3: Seja S = {v1, v2, . . . , vk} um conjunto de vetores de um espaço vetorial V . Denotamos o conjunto de todos os vetores em V que são combinação linear dos vetores em S por ger S ou ger{v1, v2, . . . , vk}. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 16 / 28 Por exemplo, se V = M23 e S = 1 0 0 0 0 0 , 0 1 0 0 0 0 , 0 0 0 0 1 0 , 0 0 0 0 0 1 ,então, como a 1 0 0 0 0 0 +b 0 1 0 0 0 0 +c 0 0 0 0 1 0 +d 0 0 0 0 0 1 = a b 0 0 c d , o ger S é o subconjunto de M23 de todas as matrizes dessa forma, ou seja, ger S = {[ a b 0 0 c d ]/ a, b, c, e d ∈ R } . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 17 / 28 Por exemplo, se V = M23 e S = 1 0 0 0 0 0 , 0 1 0 0 0 0 , 0 0 0 0 1 0 , 0 0 0 0 0 1 , então, como a 1 0 0 0 0 0 +b 0 1 0 0 0 0 +c 0 0 0 0 1 0 +d 0 0 0 0 0 1 = a b 0 0 c d , o ger S é o subconjunto de M23 de todas as matrizes dessa forma, ou seja, ger S = {[ a b 0 0 c d ]/ a, b, c, e d ∈ R } . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 17 / 28 Por exemplo, se V = M23 e S = 1 0 0 0 0 0 , 0 1 0 0 0 0 , 0 0 0 0 1 0 , 0 0 0 0 0 1 , então, como a 1 0 0 0 0 0 +b 0 1 0 0 0 0 +c 0 0 0 0 1 0 +d 0 0 0 0 0 1 = a b 0 0 c d , o ger S é o subconjunto de M23 de todas as matrizes dessa forma, ou seja, ger S = {[ a b 0 0 c d ]/ a, b, c, e d ∈ R } . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 17 / 28 Por exemplo, se V = M23 e S = 1 0 0 0 0 0 , 0 1 0 0 0 0 , 0 0 0 0 1 0 , 0 0 0 0 0 1 , então, como a 1 0 0 0 0 0 +b 0 1 0 0 0 0 +c 0 0 0 0 1 0 +d 0 0 0 0 0 1 = a b 0 0 c d , o ger S é o subconjunto de M23 de todas as matrizes dessa forma, ou seja, ger S = {[ a b 0 0 c d ]/ a, b, c, e d ∈ R } . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 17 / 28 E, podemos ver que o ger S tem uma estrutura de espaço vetorial, ou seja, Teorema 2: Se S = {v1, v2, . . . , vk} é um conjunto de vetores em um espaço vetorial V , então o ger S é um subespaço vetorial de V . Assim, Por exemplo, se S = {t2, t}, então ger S é o subespaço vetorial de P2 de todos os polinômios da forma at2 + bt, em que a e b ∈ R, ou seja, ger S = { p(t) = at2 + bt/a, b ∈ R} . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 18 / 28 E, podemos ver que o ger S tem uma estrutura de espaço vetorial, ou seja, Teorema 2: Se S = {v1, v2, . . . , vk} é um conjunto de vetores em um espaço vetorial V , então o ger S é um subespaço vetorial de V . Assim, Por exemplo, se S = {t2, t}, então ger S é o subespaço vetorial de P2 de todos os polinômios da forma at2 + bt, em que a e b ∈ R, ou seja, ger S = { p(t) = at2 + bt/a, b ∈ R} . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 18 / 28 E, podemos ver que o ger S tem uma estrutura de espaço vetorial, ou seja, Teorema 2: Se S = {v1, v2, . . . , vk} é um conjunto de vetores em um espaço vetorial V , então o ger S é um subespaço vetorial de V . Assim, Por exemplo, se S = {t2, t}, então ger S é o subespaço vetorial de P2 de todos os polinômios da forma at2 + bt, em que a e b ∈ R, ou seja, ger S = { p(t) = at2 + bt/a, b ∈ R} . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 18 / 28 Agora, para dizer que o ger S descreve completamente um espaço vetorial V é necessário que: Definição 4: Seja S = {v1, v2, . . . , vk} um conjunto de vetores em V . Dizemos que S é GERADOR de V ou V É GERADO POR S, se todo vetor de V é combinação linear dos vetores em S, ou seja, ger S = V. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 19 / 28 Agora, para dizer que o ger S descreve completamente um espaço vetorial V é necessário que: Definição 4: Seja S = {v1, v2, . . . , vk} um conjunto de vetores em V . Dizemos que S é GERADOR de V ou V É GERADO POR S, se todo vetor de V é combinação linear dos vetores em S, ou seja, ger S = V. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 19 / 28 Observação 1- Se ger S = V , então S é chamado conjunto gerador de V ; 2- Um espaço vetorial pode ter vários conjuntos geradores; 3- O conjunto S pode ter infinitos vetores, por exemplo, S = {1, t, t2, t3, . . . , tn, . . .} que gera o espaço de todos os polinômios P ; 4- Trabalharemos como conjuntos geradores finitos. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 20 / 28 Observação 1- Se ger S = V , então S é chamado conjunto gerador de V ; 2- Um espaço vetorial pode ter vários conjuntos geradores; 3- O conjunto S pode ter infinitos vetores, por exemplo, S = {1, t, t2, t3, . . . , tn, . . .} que gera o espaço de todos os polinômios P ; 4- Trabalharemos como conjuntos geradores finitos. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 20 / 28 Observação 1- Se ger S = V , então S é chamado conjunto gerador de V ; 2- Um espaço vetorial pode ter vários conjuntos geradores; 3- O conjunto S pode ter infinitos vetores, por exemplo, S = {1, t, t2, t3, . . . , tn, . . .} que gera o espaço de todos os polinômios P ; 4- Trabalharemos como conjuntos geradores finitos. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 20 / 28 Observação 1- Se ger S = V , então S é chamado conjunto gerador de V ; 2- Um espaço vetorial pode ter vários conjuntos geradores; 3- O conjunto S pode ter infinitos vetores, por exemplo, S = {1, t, t2, t3, . . . , tn, . . .} que gera o espaço de todos os polinômios P ; 4- Trabalharemos como conjuntos geradores finitos. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 20 / 28 POR EXEMPLO Eexemplo 1: Em R3, o vetor v = 1 5 −7 está em ger 2 1 1 , 1 −1 3 ? (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 21 / 28 Como v = a1v1 + a2v2 ⇒ 1 5 −7 = a1 2 1 1 + a2 1 −1 3 ⇔ 2 1 p 1 1 −1 p 5 1 3 p −7 Escalonando, 1 0 p 2 0 1 p −3 0 0 p 0 segue que a1 = 2 e a2 = −3, e assim v ∈ ger S. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 22 / 28 Exemplo 2: Em P2, S = {t2 + 2t+ 1, t2 + 2} gera P2? Como, para v ∈ P2, verificamos se v = a1v1 + a2v2 ⇒ at2 + bt+ c = a1(t2 + 2t+ 1) + a2(t2 + 2) ⇒ at2 + bt+ c = (a1 + a2)t 2 + 2a1t+ (a1 + 2a2) Daí, a = a1 + a2 b = 2a1 c = a1 + 2a2 (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 23 / 28 Exemplo 2: Em P2, S = {t2 + 2t+ 1, t2 + 2} gera P2? Como, para v ∈ P2, verificamos se v = a1v1 + a2v2 ⇒ at2 + bt+ c = a1(t2 + 2t+ 1) + a2(t2 + 2) ⇒ at2 + bt+ c = (a1 + a2)t 2 + 2a1t+ (a1 + 2a2) Daí, a = a1 + a2 b = 2a1 c = a1 + 2a2 (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 23 / 28 Tomando a matriz aumentada do sistema 1 1 p a 2 0 p b 1 2 p c , e escalonando, 1 0 p −2a+ c 0 1 p c− a 0 0 p b− 4a+ 2c , donde se b− 4a+ 2c 6= 0, então o sistema não tem solução, é inconsistente, e portanto, S não gera P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 24 / 28 Tomando a matriz aumentada do sistema 1 1 p a 2 0 p b 1 2 p c , e escalonando, 1 0 p −2a+ c 0 1 p c− a 0 0 p b− 4a+ 2c , donde se b− 4a+ 2c 6= 0, então o sistema não tem solução, é inconsistente, e portanto, S não gera P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 24 / 28 E para finalizar, Exemplo 3: Encontrarmos um gerador do subespaço solução (que é o conjunto de todas as soluções de um sistema qualquer) do sistema homogêneo Ax = 0, onde A = 1 1 0 2 −2 −2 1 −5 1 1 −1 3 4 4 −1 9 , dito também núcleo de A. (prof(a) Mônica Sousa)UFERSA 14 de abril de 2016 25 / 28 Resolvemos o sistema, cuja matriz aumentada é 1 1 0 2 p 0 −2 −2 1 −5 p 0 1 1 −1 3 p 0 4 4 −1 9 p 0 que escalonada fica 1 1 0 2 p 0 0 0 1 −1 p 0 0 0 0 0 p 0 0 0 0 0 p 0 (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 26 / 28 obtendo que um vetor desse espaço é da forma x = −r − 2s r s s . Assim, como x = r −1 1 0 0 + s −2 0 1 1 , (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 27 / 28 e −1 1 0 0 e −2 0 1 1 pertencem ao espaço solução, um conjunto gerador dele é S = −1 1 0 0 , −2 0 1 1 . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 28 / 28 e −1 1 0 0 e −2 0 1 1 pertencem ao espaço solução, um conjunto gerador dele é S = −1 1 0 0 , −2 0 1 1 . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 14 de abril de 2016 28 / 28
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