Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Álgebra Linear Assunto: Matriz de uma Transformação Linear Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA Campus Pau dos Ferros-RN 19 de maio de 2016 (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 1 / 19 MATRIZ DE UMA TRANSFORMAÇÃO LINEAR Quando reunimos todas as transformações lineares L : V →W defini- das em espaços de dimensão finita, dimV = n e dimW = m, construí- mos um espaço vetorial que é isomorfo ao espaços das matrizes Mmn de ordem m× n. E isso nos permiti encontrar L(x) para x ∈ V fazendo multiplicação de matrizes. Vejamos o que garante isso: (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 1 / 19 Teorema 1: Seja L : V →W uma transformação linear tal que dimV = n e dimW = m. Se S = {v1, v2, . . . , vn} e T = {w1, w2, . . . , wm} são bases ordenadas de V e W , respectivamente, então A = [ [L(v1)]T [L(v2)]T . . . [L(vn)]T ] , cujas colunas são os vetores de coordenadas de L(vj), é a única matriz tal que [L(x)]T = A [x]S , ∀x ∈ V. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 2 / 19 Demonstração: Se S e T são bases de V e W , respectivamente, então x = a1v1 + a2v2 + . . . + anvn L(x) = b1w1 + b2w2 + . . . + bmwm L(vj) = c1jw1 + c2jw2 + . . . + cmjwm donde, [x]S = a1 a2 ... an , [L(x)]T = b1 b2 ... bm e [L(vj)]T = c1j c2j ... cmj . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 3 / 19 Como L(x) = a1L(v1) + a2L(v2) + . . . + anL(vn) = a1(c11w1 + c21w2 + . . . + cm1wm) + a2(c12w1 + c22w2 + . . .+ cm2wm) + . . . + an(c1nw1 + c2nw2 + . . . + cmnwm) = (a1c11 + a2c12 + . . . + anc1n)w1 + (a1c21 + a2c22 + . . .+ anc2n)w2 + . . . + (a1cm1 + a2cm2 + . . . + ancmn)wm segue que bi = a1ci1 + a2ci2 + . . . + ancin, i = 1, 2, · · · ,m. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 4 / 19 Logo, [L(x)]T = b1 b2 ... bm = a1c11 + a2c12 + . . . + anc1n a1c21 + a2c22 + . . . + anc2n ... a1cm1 + a2cm2 + . . . + ancmn = c11 c12 . . . c1n c21 c22 . . . c2n ... cm1 cm2 . . . cmn a1 a2 ... an = A [x]S � (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 5 / 19 Observação quanto a unicidade, vemos que os vetores de coordenadas das imagens dos vetores da base S, [L(vk)]T , seriam diferentes para matrizes distintas, A e Aˆ, o que é um absurdo na mesma base T . Por isso, A = Aˆ. Por exemplo, seja L : P2 → P1 definida por L (p(t)) = p′(t) e consideremos as bases canônicas S = {t2, t, 1} e T = {t, 1} de P2 e P1, respectivamente. Encontremos a matriz A associada a L. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 6 / 19 Precisamos conhecer [L(vj)]T , ou seja, escrever L(t2) = a1t + a2 · 1 L(t) = b1t + b2 · 1 L(1) = c1t + c2 · 1 e resolver os sistema lineares obtidos, 2t = a1t + a2 · 1 ⇒ a1 = 2 a2 = 0 , 1 = b1t + b2 · 1 ⇒ b1 = 0 b2 = 1 e (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 7 / 19 Precisamos conhecer [L(vj)]T , ou seja, escrever L(t2) = a1t + a2 · 1 L(t) = b1t + b2 · 1 L(1) = c1t + c2 · 1 e resolver os sistema lineares obtidos, 2t = a1t + a2 · 1 ⇒ a1 = 2 a2 = 0 , 1 = b1t + b2 · 1 ⇒ b1 = 0 b2 = 1 e (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 7 / 19 Precisamos conhecer [L(vj)]T , ou seja, escrever L(t2) = a1t + a2 · 1 L(t) = b1t + b2 · 1 L(1) = c1t + c2 · 1 e resolver os sistema lineares obtidos, 2t = a1t + a2 · 1 ⇒ a1 = 2 a2 = 0 , 1 = b1t + b2 · 1 ⇒ b1 = 0 b2 = 1 e (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 7 / 19 Precisamos conhecer [L(vj)]T , ou seja, escrever L(t2) = a1t + a2 · 1 L(t) = b1t + b2 · 1 L(1) = c1t + c2 · 1 e resolver os sistema lineares obtidos, 2t = a1t + a2 · 1 ⇒ a1 = 2 a2 = 0 , 1 = b1t + b2 · 1 ⇒ b1 = 0 b2 = 1 e (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 7 / 19 Precisamos conhecer [L(vj)]T , ou seja, escrever L(t2) = a1t + a2 · 1 L(t) = b1t + b2 · 1 L(1) = c1t + c2 · 1 e resolver os sistema lineares obtidos, 2t = a1t + a2 · 1 ⇒ a1 = 2 a2 = 0 , 1 = b1t + b2 · 1 ⇒ b1 = 0 b2 = 1 e (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 7 / 19 0 = c1t + c2 · 1 ⇒ c1 = 0 c2 = 0 . Assim, [ L(t2) ] T = [ 2 0 ] , [L(t)]T = [ 0 1 ] e [L(1)]T = [ 0 0 ] e, portanto, A = [ 2 0 0 0 1 0 ] . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 8 / 19 0 = c1t + c2 · 1 ⇒ c1 = 0 c2 = 0 . Assim, [ L(t2) ] T = [ 2 0 ] , [L(t)]T = [ 0 1 ] e [L(1)]T = [ 0 0 ] e, portanto, A = [ 2 0 0 0 1 0 ] . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 8 / 19 0 = c1t + c2 · 1 ⇒ c1 = 0 c2 = 0 . Assim, [ L(t2) ] T = [ 2 0 ] , [L(t)]T = [ 0 1 ] e [L(1)]T = [ 0 0 ] e, portanto, A = [ 2 0 0 0 1 0 ] . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 8 / 19 0 = c1t + c2 · 1 ⇒ c1 = 0 c2 = 0 . Assim, [ L(t2) ] T = [ 2 0 ] , [L(t)]T = [ 0 1 ] e [L(1)]T = [ 0 0 ] e, portanto, A = [ 2 0 0 0 1 0 ] . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 8 / 19 Observação Dessa forma, calculamos L(v) usando [L(v)]T . Por exemplo, se p(t) = 5t2 − 3t + 2, então seu vetor de coordenada em S é [p(t)]S = 5 −3 2 , assim [L(p(t))]T = A [p(t)]S = [ 2 0 0 0 1 0 ] 5 −3 2 = [ 10 −3 ] . Logo, L(p(t)) = 10t− 3. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 9 / 19 Observação Dessa forma, calculamos L(v) usando [L(v)]T . Por exemplo, se p(t) = 5t2 − 3t + 2, então seu vetor de coordenada em S é [p(t)]S = 5 −3 2 , assim [L(p(t))]T = A [p(t)]S = [ 2 0 0 0 1 0 ] 5 −3 2 = [ 10 −3 ] . Logo, L(p(t)) = 10t− 3. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 9 / 19 Observação Dessa forma, calculamos L(v) usando [L(v)]T . Por exemplo, se p(t) = 5t2 − 3t + 2, então seu vetor de coordenada em S é [p(t)]S = 5 −3 2 , assim [L(p(t))]T = A [p(t)]S = [ 2 0 0 0 1 0 ] 5 −3 2 = [ 10 −3 ] . Logo, L(p(t)) = 10t− 3. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 9 / 19 Observação Dessa forma, calculamos L(v) usando [L(v)]T . Por exemplo, se p(t) = 5t2 − 3t + 2, então seu vetor de coordenada em S é [p(t)]S = 5 −3 2 , assim [L(p(t))]T = A [p(t)]S = [ 2 0 0 0 1 0 ] 5 −3 2 = [ 10 −3 ] . Logo, L(p(t)) = 10t− 3. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 9 / 19 Agora, se no exemplo anterior, L : P2 → P1 definida por L (p(t)) = p′(t), as bases fossem S = {1, t, t2} e T = {t + 1, t− 1} de P2 e P1, faríamos L(1) = a1(t + 1) + a2(t− 1) L(t) = b1(t + 1) + b2(t− 1) L(t2) = c1(t + 1) + c2(t− 1) obtendo, 0 = (a1 + a2)t + (a1 − a2) ⇒ a1 + a2 = 0 a1 − a2 = 0 , 1 = (b1 + b2)t + (b1 − b2) ⇒ b1 + b2 = 0 b1 − b2 = 1 e (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 10 / 19 Agora, se no exemplo anterior, L : P2 → P1 definida por L (p(t)) = p′(t), as bases fossem S = {1, t, t2} e T = {t + 1, t− 1} de P2 e P1, faríamos L(1) = a1(t + 1) + a2(t− 1) L(t) = b1(t + 1) + b2(t− 1) L(t2) = c1(t + 1) + c2(t− 1) obtendo, 0 = (a1 + a2)t + (a1 − a2) ⇒ a1 + a2 = 0 a1 − a2 = 0 , 1 = (b1 + b2)t + (b1 − b2) ⇒ b1 + b2 = 0 b1 − b2 = 1 e (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 10 / 19 Agora, se no exemplo anterior, L : P2 → P1 definida por L (p(t)) = p′(t), as bases fossem S = {1, t, t2} e T = {t + 1, t− 1} de P2 e P1,faríamos L(1) = a1(t + 1) + a2(t− 1) L(t) = b1(t + 1) + b2(t− 1) L(t2) = c1(t + 1) + c2(t− 1) obtendo, 0 = (a1 + a2)t + (a1 − a2) ⇒ a1 + a2 = 0 a1 − a2 = 0 , 1 = (b1 + b2)t + (b1 − b2) ⇒ b1 + b2 = 0 b1 − b2 = 1 e (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 10 / 19 2t = (c1 + c2)t + (c1 − c2) ⇒ c1 + c2 = 2 c1 − c2 = 0 . Assim, escrevendo suas matrizes aumentadas em bloco,[ 1 1 p 0 p 0 p 2 1 −1 p 0 p 1 p 0 ] e escalonando [ 1 0 p 0 p 12 p 1 0 1 p 0 p −12 p 1 ] concluímos que, (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 11 / 19 [L(1)]T = [ 0 0 ] , [L(t)]T = [ 1 2 −12 ] e [ L(t2) ] T = [ 1 1 ] e, portanto, A = [ 0 12 1 0 −12 1 ] . Observação Isso destaca que a matriz A é única para cada base. E assim, Definição 1: A matriz A é chamada matriz associada a L em relação às bases S e T ou dizemos que A representa L em relação a S e T . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 12 / 19 Observação Se L : Rn → Rm, então é frequente usarmos as bases canônicas, simplificando a tarefa Por exemplo, seja L : R3 → R2 definida por L x1 x2 x3 = [ x1 + x2 + x3 x1 + 2x2 + 3x3 ] . Como L(e1) = L 1 0 0 = [ 1 1 ] = 1e¯1 + 1e¯2, (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 13 / 19 L(e2) = L 0 1 0 = [ 1 2 ] = 1e¯1 + 2e¯2 e L(e3) = L 0 0 1 = [ 1 3 ] = 1e¯1 + 3e¯2 vemos que as imagens dos vetores da base canônica de R3, L(ej), são combinação linear dos vetores e¯j da base canônica de R2. Assim, A = [ 1 1 1 1 2 3 ] (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 14 / 19 Notemos que se L : Rn → Rm é dada por L(v) = Av, A não é necessa- riamente a matriz B associada a L, somente se for em relação as bases canônicas, ou seja, nesse caso B = A. Além disso, Observação Se L : V → V é um operador linear com dimV = n e S é uma base de V , então nos referimos a A como a representação de L em relação a S; A matriz do operador identidade IV : V → V em relação a qualquer base S é a matriz In. Se for em relação a duas bases S e T de V , então é a matriz de mudança PT←S . Se L for invertível e A é a matriz associada a L em relação a S, então A−1 é a matriz associada a L−1 em relação a S. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 15 / 19 Por exemplo, sejam L : R2 → R2 um operador dado por L ([ x y ]) = [ x −y ] e S = {[ 1 1 ] , [ −1 1 ]} uma base ordenada de R2. Obtenhamos a matriz que representa L. Fazemos, L ([ 1 1 ]) = a1 [ 1 1 ] + a2 [ −1 1 ] e L ([ −1 1 ]) = b1 [ 1 1 ] + b2 [ −1 1 ] (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 16 / 19 Por exemplo, sejam L : R2 → R2 um operador dado por L ([ x y ]) = [ x −y ] e S = {[ 1 1 ] , [ −1 1 ]} uma base ordenada de R2. Obtenhamos a matriz que representa L. Fazemos, L ([ 1 1 ]) = a1 [ 1 1 ] + a2 [ −1 1 ] e L ([ −1 1 ]) = b1 [ 1 1 ] + b2 [ −1 1 ] (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 16 / 19 implicando, a1 − a2 = 1 a1 + a2 = −1 e b1 − b2 = −1 b1 + b2 = −1 . Daí, [ L ([ 1 1 ])] S = [ 0 −1 ] e [ L ([ −1 1 ])] S = [ −1 0 ] . Portanto, A = [ 0 −1 −1 0 ] . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 17 / 19 Finalizemos relembrando que, para conhecermos a matriz de represen- tação de uma transformação linear, precisamos calcular os vetores de coordenadas das imagens dos vetores da base do domínio dessa transformação. Escrevemos essas imagens como combinação linear dos vetores da base do contradomínio, obtendo suas colunas. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 18 / 19 Ou seja, para representarmos L : V →W por meio de [L(v)]T = A[v]S , precisamos calcular L(vi) = a1w1 + a2w2 + . . . + amwm, onde S = {v1, . . . , vn} é base de V e T = {w1, . . . , wm} de W . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 19 de maio de 2016 19 / 19
Compartilhar