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Auditoria em Saúde Tatiana Maria Nóbrega Elias tatianaelias@gmail.com Conteúdo Fundamentos de Auditoria Tipos de auditoria Perfil do auditor Classificação e etapas da auditoria Gestão de documentos de auditoria Elaboração de relatório e documentos Resultados Planejamento em auditoria Auditoria e processos específicos Auditoria baseada em evidências Implicações das evidências clínicas em processos de auditoria Sistemas de Informações Gerenciais no processo de auditoria Auditoria e visão sistêmica. SAÚDE AUDITORIA Vamos pensar Juntos! MATÉRIA PRIMA PRODUTO E a organização? HOSPITAL: É um local destinado ao atendimento de doentes, para proporcionar o diagnóstico, que pode ser de vários tipos (laboratorial, clínico, cinesiológico-funcional) e o tratamento necessário. E a matéria Prima? E O Processo? Ciências e saberes específicos Horizontalização Integralidade Favorecimento de boas práticas E o Produto? E eu,e você e ele? E eu,e você e ele? E a nossa conclusão? Estamos preparados? Entendemos o nosso papel? Somos capazes de colaborar? A AUDITORIA FAZ PARTE DESTA DISCUSSÃO? OS GRANDES MOVIMENTOS DA GESTÃO DA SAÚDE NO SÉCULO XXI DA GESTÃO DAS CONDIÇÕES AGUDAS PARA A GESTÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS DA GESTÃO BASEADA EM OPINIÕES PARA A GESTÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS DA GESTÃO DOS MEIOS PARA A GESTÃO DOS FINS FONTE: MENDES (2004) DA GESTÃO DAS CONDIÇÕES AGUDAS PARA A GESTÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS OS SISTEMAS INTEGRADOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE FONTE: MENDES (2001) AS REPRESENTAÇÕES ALTERNATIVAS DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Alta Compl. Média Complexidade Atenção Básica ORGANIZAÇÃO PIRAMIDAL ORGANIZAÇÃO EM REDE APS FONTE: MENDES (2002) DA GESTÃO BASEADA EM OPINIÕES PARA A GESTÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS A ATENÇÃO À SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS FONTE: MENDES (2004) DA GESTÃO DOS MEIOS PARA A GESTÃO DOS FINS A GESTÃO DA CLÍNICA FONTE: MENDES (2001) A GESTÃO DOS MEIOS A GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS A GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS A GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS FONTE: MENDES (2002) A GESTÃO DA CLÍNICA É A APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE MICROGESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE COM A FINALIDADE DE ASSEGURAR PADRÕES CLÍNICOS ÓTIMOS E MELHORAR A QUALIDADE DA ATENÇÃO À SAÚDE FONTES: DEPARTMENT OF HEALTH (1998) e MENDES (2001) AS TECNOLOGIAS DE GESTÃO DA CLÍNICA AS DIRETRIZES CLÍNICAS A GESTÃO DE PATOLOGIA A GESTÃO DE CASO A GESTÃO DOS RISCOS DA CLÍNICA A LISTA DE ESPERA A AUDITORIA CLÍNICA FONTE: MENDES (2003) AS DIRETRIZES CLÍNICAS AS LINHAS-GUIA (GUIDELINES) OS PROTOCOLOS CLÍNICOS FONTE: MENDES (2003) E ENTÃO?! Vamos discutir! Fundamentos de Auditoria, Tipos de auditoria e Classificação e etapas da auditoria Conceito de Auditoria Atividade de avaliação independente, e de assessoramento da administração, voltada para o exame e análise da adequação, eficiência (a ação), eficácia (o resultado), efetividade (o desejado: custo/benefício), e qualidade nas ações de saúde, praticados pelos prestadores de serviços, sob os aspectos quantitativos (produção e produtividade), qualitativos e contábeis (custos operacionais), com observância de preceitos éticos e legais. Conceito de Auditoria “Consiste no exame sistemático e independente dos fatos obtidos através da observação, medição, ensaio ou outras técnicas apropriadas, de uma atividade, elemento ou sistema, para verificar a adequação aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações de saúde e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas.” Ministério da Saúde Conceito de Auditoria “É uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da administração voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidas para as mesmas.” AUDIBRA Objetivo da Auditoria PRINCIPAL “Garantir a qualidade da assistência de saúde prestada e o respeito às normas técnicas, éticas e administrativas previamente estabelecidas. Objetivo da Auditoria SUPLEMENTAR Implantar medidas corretivas, revisão de normas ou ainda elaboração de instruções que permitam o contínuo aperfeiçoamento do sistema. Verificar a adequação, legalidade, legitimidade, economicidade, eficiência, eficácia e resolutividade dos serviços de saúde conveniados, contratados e próprios, aferindo a preservação dos padrões. Modalidades de Auditoria Auditoria Interna Auditoria Externa Tipos de Auditoria Regular ou Ordinária Especial ou Extraordinária Tipos de Auditoria Regular ou Ordinária Em caráter de rotina, periódica, previamente programada, com vistas ao exame da qualidade, da produtividade e custos de uma atividade, ação ou serviço. Prospectivas. Tipos de Auditoria Especial ou Extraordinária Realizada para agrupar denúncia ou indício de irregularidade ou para verificação de atividade específica. Examina fatos em área e períodos determinados. Criticidades e fragilidades. Retrospectiva. Formas de Auditoria Analítica – análise de relatórios, processos e documentos Operativa – observação direta dos fatos, documentos e situações Planejamento em auditoria Auditoria e processos específicos Auditoria baseada em evidências Implicações das evidências clínicas em processos de auditoria Sistemas de Informações Gerenciais no processo de auditoria AUDITORIA EM SAÚDE “ Ferramenta da gestão que tem como principal finalidade a melhoria da qualidade da assistência e da própria gestão. ” “A função do moderno auditor é fazer aquilo que a direção gostaria de fazer se tivesse tempo para fazer e soubesse como fazê-lo ” Lawrence Sawyer AUDITORIA MÉDICA Análise, à luz das boas práticas de assistência à saúde e do contrato entre as partes, dos procedimentos executados, aferindo sua execução e conferindo os valores cobrados, para garantir que o pagamento seja justo e correto, além do acompanhamento dos eventos para verificar a qualidade do atendimento prestado ao paciente. Adrianos Loverdos OBJETIVOS DA AUDITORIA Revisar, avaliar e apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos, controles internos, normas, regulamentos e relações contratuais Promover processo educativo com vistas à melhoria da qualidade do atendimento, a um custo compatível com os recursos financeiros disponíveis. Avaliar o comportamento do usuário junto à rede credenciada e à empresa gestora do plano Divulgar e incentivar a ética Acompanhar, fiscalizar, avaliar e controlar a correta utilização dos recursos despendidos, a qualidade dos serviços prestados e a satisfação dos usuários, dos colaboradores internos e dos serviços contratados. Exagero d gravidade do paciente Troca de códigos dos serviçoss Cobrança de consultas p\ cobrança de exames Uso abusivo do sistema AUDITORIA EM SAÚDE FILOSOFIA E ÉTICA Os custos da assistência médico-hospitalar elevam-se a cada dia, gerando dificuldades tanto paraos que dela se utilizam, como para os que prestam serviços. Uso abusivo do sistema, cobrança de consulta para apresentação de exames , exagero da gravidade do paciente, troca de códigos dos procedimentos, são exemplos abomináveis e prejudiciais, que acarretam elevação dos custos e comprometem os benefícios. c u st o s d a a ss is tê n c ia m é d ic o -h o sp it a la r AUDITORIA HOSPITALAR Visitas aos prontuários Visitas aos pacientes Internação prolongada Material de alto custo Verificar qualidade do atendimento Relatório de irregularidades AUDITORIA MÉDICA OPERACIONAL Foco: Necessidade dos tratamentos prescritos OPMES e medicamentos utilizados Plano de tratamento. Mudanças de procedimentos, honorários complementares Necessidade de internação Duração da internação OPERACIONALIZAÇÃO Visitas técnicas, priorizando o alto risco; Análise de prontuários, exames e prescrições; Contato com a equipe médica; Emitir relatórios AUDITORIA ANALÍTICA • Indicadores de utilização • Cartas de controle • Custo per capita • Custo médio de guia de internação / guias de alto custo • Serviços mais frequentes • Rastreamentos de produções AUDITORIA ANALÍTICA “ Controle quantitativo e qualitativo, através de avaliação por análise, com a finalidade de otimizar custos e promover a qualidade ” AUDITORIA ANALÍTICA A auditoria analítica permite: Alterar o processo de gerenciamento da rede de serviços; Implantar novas rotinas de controle e/ou auditoria operacional; AUDITORIA ANALÍTICA Modificar as normas de regulação e/ou protocolos do sistema de saúde Alimentar o processo de decisão do gestor a partir da identificação de situações que comprometam o bom andamento da prestação de serviços. AUDITORIA ANALÍTICA Número de consultas por usuário/ ano Número de exames por usuário/ano Número de exames por consulta Número de internações por usuário/ ano Média de permanência Custo médio da internação AUDITORIA ANALÍTICA Nesta área, o auditor deve ter experiência e conhecimento técnico- científico. Deve conhecer os indicadores de saúde, trabalhar com planilhas, relatórios, banco de dados e assim por diante. Este processo deve ser de conhecimento de todos os auditores, pois é a essência maior da auditoria médica. É na auditoria analítica que demonstramos com claridade onde estão os maiores problemas. OUTROS MODELOS ATUAIS DE AUDITORIA EM SAÚDE 1) Auditoria Externa (pontual) 2) Gerenciamento de doenças crônicas 3) Gerenciamento de internações de alto custo e alta complexidade 4) Auditoria de Home Care 5) Central de Regulação Médica 6) Perícias Médicas AUDITORIA DAS CONTAS HOSPITALARES OBJETIVOS: avaliar a exatidão e procedência dos valores e serviços apresentados para pagamento AUDITORIA DAS CONTAS MÉDICAS E HOSPITALARES OPERACIONALIZAÇÃO: avaliar os índices de utilização dos principais serviços, sejam pela alta freqüência de uso ou pelo alto custo unitário avaliar o custo médio das AIH por hospital, por patologia e por grupo de contratos ( CO, PP) avaliar distorções baseadas em estatísticas, indicadores hospitalares, denuncia de usuário ou ou conhecimento de irregularidades em outras instituições. INDICADORES DA SAÚDE NA INICIATIVA PRIVADA NO BRASIL 4 até 4,5 consultas/usuário/ano 2,0 a 2,5 exames/consulta 0,6 a 0,8 internações/usuário/ano fonte : SUSEP SITUAÇÃO ATUAL DA SAÚDE NA INICIATIVA PRIVADA NO BRASIL Dados de interesse: idosos: média de 10 consultas/paciente/ano 80% dos exames solicitados tem resultado normal 20% dos exames não são retirados 90% das despesas com saúde ocorrem nos últimos 2 anos de vida do indivíduo 20% dos usuários são responsáveis por 80% das despesas com saúde FONTE : SUSEP AUDITORIA DE QUALIDADE OBJETIVOS: atingir a excelência na prestação de serviços e a satisfação plena dos usuários internos (funcionários) e externos (beneficiários e prestadores de serviços) AUDITORIA DE QUALIDADE (OPERACIONALIZAÇÃO) PARA OS USUÁRIOS INTERNOS: reciclagem e capacitação periódica da equipe técnica e administrativa gerenciar o desempenho e a satisfação dos funcionários através de discussões em reuniões de equipe, de questionários, de avaliações de colegas e de chefias reavaliação periódica das estruturas administrativas, organizacionais, normas e regulamentos, considerando sugestões e críticas da equipe de trabalho e dos usuários do sistema AUDITORIA DE QUALIDADE (OPERACIONALIZAÇÃO) PARA OS BENEFICIÁRIOS: Campanhas de esclarecimento de direitos e deveres; Central de atendimento para queixas, críticas e sugestões, retornando ao usuário as providências; Pesquisa da qualidade dos serviços prestados através de questionário, por amostragem; Envolvimento do beneficiário como co-responsável, através de uma mensalidade variável de acordo com o uso ou com fator moderador pelo pagamento de percentual do uso. AUDITORIA DE QUALIDADE (OPERACIONALIZAÇÃO) PRESTADORES DE SERVIÇOS: Visitas técnicas periódicas Manter diálogo constante, envolvendo-o como parceiro no processo Manter uma central de atendimento para queixas, dúvidas e sugestões Fazer revisões periódicas do contrato, mantendo-o sempre de acordo com a realidade de mercado. RELATÓRIO DE AUDITORIA É o método do auditor comunicar os resultados de seu trabalho Deve ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar claramente os resultados dos trabalhos realizados É confidencial e deve ser apresentado ao superior imediato ou pessoa autorizada RELATÓRIO DE AUDITORIA É um documento que tem início, meio e fim. Início: abertura pequena, direta e de fácil entendimento, dizendo do que se trata Meio ou corpo: seleção de fatos, resultados, análise interpretação das evidências Fim: conclusões, recomendações. POSSÍVEIS BENEFÍCIOS Redução do tempo médio de internação Redução do volume de glosas e conseqüentes recursos e revisões Identificação de clientes para internação domiciliar Perfil do auditor CONCEITO DE AUDITOR DO LATIM AUDITORE : • Aquele que ouve • Ouvidor • Perito encarregado de examinar contas PERFIL DO AUDITOR Formação profissional de bom nível; Conhecimento na área cirúrgica; Ponderação e eticidade; Facilidade de relacionamento inter-pessoal; Saber trabalhar em network e internet; Conhecimento dos indicadores de saúde; Capacidade e conhecimentos administrativos; Conhecimento das leis civis , éticas e governamentais; Conhecimento e vivência da empresa onde trabalha. PERFIL DO AUDITOR Os princípios básicos que regem a auditoria médica em relação aos seus executores são: Independência Soberania Objetividade Imparcialidade Atualização Atualização e Conhecimento Técnico Cautela e Zelo Profissional Sigilo e Discrição PERFIL DO AUDITOR “Cada auditor representa a imagem da organização a qual está ligado, daí a importância dos seus atos e mesmo de sua aparência” PERFIL DO AUDITOR “Atitudes negativas e agressivas dificultam os trabalhos e comprometem a imparcialidade dos mesmos” TÉCNICAS DE AUDITORIA • TBC - a melhor técnica de auditoria • Inspeção • Anamnese • Exame Físico - respeitados os preceitos éticos • Para abordagem use: ® Bom senso ® Cortesia- sorrir, cumprimentar, chamar pelo nome ® Identificar-se / crachá ® Usar roupa branca / fardamento Comunicar ao Diretor Médico do hospital os casos de internações desnecessárias, longa permanência não justificada, abusos de medicações, excessos de exames complementares, etc. Em caso de não acordo, não pagar essas contas, e enviar relatório de irregularidades para a supervisão. “O AUDITOR NÃO PRESCREVE, NÃO EVOLUI, NÃO SOLICITA EXAMES E NÃO DÁ ALTA” BOAS NORMAS DE AUDITORIA AUDITORIA EM SAÚDE Profissional Técnico Administrador PSICÓLOGO Auditor Mudanças Conceituais Trabalhos pontuais Profissionais desinteressados Pouca efetividade Constatação sem buscar corrigir causas Descrédito Fiscalização e policiamento Detecção de fraudes Redução de custos Profissionais capacitados Maior abrangência de atuação Informação Direcionamento racional das auditorias Qualidade Evidência científica Foco no cliente Conduta do Auditor Observância do código de Ética Profissional Preceitos legais Respeito às normas técnicas e administrativas previamente estabelecidas pela empresa Cumprimento das regras e procedimentos definidos no manual de auditoria Conhecer os contratos e tabelas dos prestadores de serviços credenciados Conduta do Auditor • Relacionamento amistoso, cordial e respeitoso com a rede credenciada e usuários • Manter o sigilo profissional • Exercer a função com discrição, não devendo, em hipótese alguma, fazer críticas em público ou qualquer apreciação na presença do examinado • Não interferir no relacionamento e conduta do profissional assistente com o paciente e seus familiares Conduta do Auditor • Evitar comprometimentos de ordem afetiva, familiar, política e comercial com o credenciado ou paciente e seus familiares • Não endossar autorizações, contas médicas e hospitalares ou quaisquer outros procedimentos sem uma análise prévia e minuciosa • Atuar com imparcialidade na análise dos procedimentos, assumindo a responsabilidade pelas informações e autorizações emitidas Conduta do Auditor • O auditor deve apoiar-se em fatos e evidências que permitam o convencimento razoável da realidade e/ou a veracidade dos fatos, documentos ou situações examinadas, permitindo a emissão de parecer em bases consistentes • Participar, sempre que convocado, das reuniões que se fizerem necessárias, procurando trazer observações e sugestões para melhoria da atividade de auditoria CONHECIMENTO O auditor faz parte da administração de uma entidade assistencial, e por isso necessita de conhecimentos administrativos além de conhecimentos técnico-científicos CONHECIMENTO Independente de sua formação profissional, em algumas situações, dependendo do trabalho que deve desenvolver , como a autorização de procedimentos especiais ou de alta complexidade, precisa conhecer em maior profundidade determinados assuntos ou especializações. Isso requer do auditor uma capacidade grande de adquirir conhecimentos sobre os mais variados temas e atividades, objetos de suas análises. DECISÕES E SOLUÇÕES Uma necessidade do auditor. Ler, pensar, apontar soluções e decidir é uma obrigação das pessoas que assumem lideranças. Todo auditor deve ter capacidade para enfrentar situações novas e sem literatura preestabelecida sem necessariamente recorrer a outras assessorias. O auditor deve tomar sempre a decisão correta, independente das pressões externas. Quem decide, pode errar; quem não decide já errou. TRABALHAR COM RESULTADOS O auditor precisa demonstrar segurança ao falar, e manter uma frieza cartesiana ao explicar uma glosa, e mesmo sob pressão, jamais perder o foco do assunto. O que deve ter em mente são os resultados que sua atitude trará para a empresa, não só do ponto de vista econômico como do ponto de vista funcional e educativo. IMAGEM Cada auditor representa a imagem da organização à qual esta ligado, daí a importância de seus atos e mesmo de sua apresentação. Certamente sua capacidade profissional é o que conta, mas não se pode deixar de considerar o quanto é importante uma postura elegante e correta. Deve considerar que atua na área de saúde, tornando indispensável o uso de vestimenta formal e adequada. DISPONIBILIDADE Como o auditor faz um trabalho administrativo e pertence à alta administração da empresa, não deve ver a auditoria médica como “ um bico”. É uma função de muita responsabilidade, e para executá-la com sucesso, deverá ter disponibilidade. TRABALHO EM EQUIPE As equipes bem sucedidas alcançam seus melhores resultados utilizando as opiniões de todos os seus membros. Ao somarmos as experiências,as vivências e os conhecimentos de uma equipe, nenhum especialista será superior à equipe. AUDITOR Perfil do auditor e problemas comportamentais nas auditorias Auditor na Estrutura Organizacional O auditor, por definição, é uma pessoa experimentada, de alto nível, trabalhando em staff, sem autoridade para interromper qualquer atividade que esteja avaliando, não podendo dar ordens diretas ao pessoal “de linha”, mas comunicando tudo o que julgou fora dos padrões normais de serviço ao responsável pela Qualidade ou à alta administração. Perfil do Auditor O perfil do Auditor é formado por características de natureza puramente técnicas e comportamentais. As auditorias – para sua maior eficiência – dependem, essencialmente, da atuação e experiência dos auditores e que a postura/comportamento dos mesmos é tão importante quanto os conhecimentos técnicos. Perfil do Auditor Principais características: Boa cultura e largo espectro técnico; Sólida constituição psicossomática para suportar as vicissitudes inerentes à própria função; Reconhecido e respeitado por todos pela sua experiência e conhecimento (principalmente nas auditorias internas). Habilidade no relacionamento humano; Capacidade de chefia e liderança,treinado e capaz de conduzir uma reunião. (auditor lider); Capaz de trabalhar em grupo e em condições difíceis; Perfil do Auditor Principais características: ◦ Hábil na comunicação oral e escrita; ◦ Organizado e pontual; ◦ Humildade, reconhecer que sua posição é de “apenas” relatar o que foi verificado. ◦ Discreto, tolerante, polido, educado, persistente, objetivo, prudente, cuidadoso e com personalidade. ◦ Integridade moral e honestidade de propósitos; ◦ Capacidade de análise ( separar o trivial do importante, julgar com discernimentos os problemas; ◦ Experiência anterior na participação em auditorias. Problemas Comportamentais nas Auditorias Problema: ASSOCIAÇÃO DA AUDITORIA À SINDICÂNCIA. ◦ Detecção: Auditados, tendo em vista o desconhecimento dos objetivos, passam a procurar responsáveis pelas não-conformidades, visando eventual punição. ◦ Solução: Esclarecer amplamente, na reunião preliminar, reunião de abertura e em todas as outras oportunidades possíveis, os objetivos da auditoria. Problemas Comportamentais nas Auditorias Problema: AMNÉSIA Detecção: Auditados propositalmente se esquecem de prover documentos e informações solicitadas anteriormente. Solução: Verificar em outros momentos, a disponibilidade dos documentos e informações solicitadas. Lembrar ao auditado que existem informações e documentos ainda por serem vistos. Problemas Comportamentais nas Auditorias Problema: PÂNICO Detecção:Auditados, tendo em vista o desconhecimento dos objetivos, ficam descontrolados emocionalmente, temendo consequências e deixando de fornecer informações confiáveis. Solução: Informar previamente o real objetivo da auditoria. Evitar presença de grupos numerosos durante as entrevistas com o pessoal executante, em face da possibilidade de intimidação do entrevistado (este tipo de problema é mais comumente observado em níveis hierárquicos inferiores, principalmente quando a alta administração estiver presente). Problemas Comportamentais nas Auditorias Problema: REVERSÃO DA AUDITORIA Detecção: Auditados, por motivos diversos, passam a questionar os auditores. Solução: Repassar os objetivos da auditoria, informar que eventuais dúvidas poderão ser analisadas posteriormente e redirecionar os trabalhos, visando ao prosseguimento da auditoria. Problemas Comportamentais nas Auditorias Problema: APATIA Detecção: Auditados apresentam-se indiferentes às constatações observadas. Solução: Procurar conscientizar os auditados da importância do trabalho a ser realizado e da dependência de todos para o sucesso global. Problemas Comportamentais nas Auditorias Problema: BUSCA DE JUSTIFICATIVA Detecção: Auditados passam a ter um atitude excessivamente explicativa, para as não-c0nformidades detectadas, procurando desculpas para cada uma delas. Solução: Enfatizar que para o cumprimento total do programa da auditoria é necessário ater-se somente às perguntas que estão sendo formuladas e que posteriormente as causas das não-conformidades deverão ser discutidas pelos auditados. Salientar que não se está procurando culpados, nem justificativas. Problemas Comportamentais nas Auditorias Problema: BUSCA DE RESPONSÁVEIS Detecção: Auditados passam a buscar outros responsáveis para as falhas detectadas, que estão sob sua responsabilidade. Solução: Apontar claramente a falha do sistema, através da análise detalhada do problema e não procurar definir responsáveis. Gestão de documentos de auditoria Elaboração de relatório e documentos Resultados PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA Documento cujo formato e redação retrate de forma fiel, sucinta, objetiva e transparente as observações e conclusões da auditoria. PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA O relatório deve conter: Identificação Conformidades Não-conformidades Conclusões A forma de apresentação do relatório pode variar. PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA Recomenda-se a elaboração de um Sumário executivo, contendo um resumo das principais observações da auditoria A check list pode ser anexada ao relatório PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA Identificação Objetivos Local Data da auditoria Equipe de auditores PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA Conformidades Ressaltar apenas aquelas que merecem destaque PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA Não-conformidades O relatório deve descrever cada não-conformidade, indicando as evidências nas quais foram observadas Documentos de referência que caracterizam não-conformidade (legislação, Código da OIE, etc.) PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA Conclusões Devem responder a três perguntas: O sistema tem base científica e obedece à legislação vigente? O sistema está sendo aplicado na prática? O sistema está atingindo a missão e os objetivos os resultados esperados? É fundamental que: PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA as análises das verificações considerem a base científica e a legislação os fatos não sejam analisados de forma isolada Auditoria e visão sistêmica. Auditoria em saúde e suas configurações: gestão da auditoria A gestão em auditoria exige uma atividade contínua e permanente, que se desenvolve de modo ordenado, racional e sistematizado Promove um processo de tomada de decisões e definindo ações no sentido de um futuro desejado para a instituição. Auditoria em saúde é a análise à luz das boas práticas de assistência à saúde e do contato que esta gera ao paciente, equipe de saúde, hospital, aferindo sua execução e conferindo seus valores de custos Auditoria em saúde e suas configurações: gestão da auditoria Auditoria em saúde é caracterizada como uma atividade em constante estruturação Nova visão e novos princípios operacionais com o objetivo principal de um atendimento de qualidade com custos compatíveis. É a análise crítica e sistemática da assistência prestada, comparando-a com padrões de excelência. Custos crescentes e recursos limitados nos levam a associar os resultados finais da assistência com os custos envolvidos. Auditoria em saúde e suas configurações: gestão da auditoria As ferramentas usuais para a gestão da auditoria estão associadas a conceitos administrativos que expressam a análise dos processos envolvidos na prestação de serviços. Exemplo: Ciclo de PDCA: P( Plan) – definir metas, identificação de problema , observação ou análise do fenômeno D ( Do) – eduque e treine, execute o trabalho Auditoria em saúde e suas configurações: gestão da auditoria C ( Check) – verifique os resultados do trabalho executado. Itens de verificação estabelecidos sobre variáveis do processo. Itens de controle estabelecidos sobre o resultado final. Indicadores de desempenho Auditoria em saúde e suas configurações: gestão da auditoria A ( action) – atuar no processo em função dos resultados. Padronização: fundamental para o gerenciamento da auditoria em saúde. Descrição padronizada dos procedimentos Método padronizado de distribuição de informações Identificação, classificação e gerenciamento de documentos Condutas padronizadas Manual de auditoria em saúde. Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle Saúde x paradigmas Saúde como bem de consumo, fruto de uma sociedade capitalista. Variabilidade de condutas Diversidade de tratamentos, meios diagnósticos e oferta de serviços. Custo gerado pela globalização e evolução tecnológica Qualidade de vida sob a perspectiva do usuário Satisfação do cliente Satisfação do usuário x resultado clínico Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle Auditoria de controle baseada em três fatores: Análise prévia Concorrente Retropectiva ( já discutidas anteriormente) A auditoria de controle tem o fundamento de acompanhar e analisar durante a prestação de serviços de saúde a relação custo/ benefício baseada em evidências clínicas e as necessidades de implementação de cuidados que requeiram. Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle Avalia-se: Medicamentos de alto custo Oncológicos – para tratamento sistêmico do câncer ( quimioterápicos). Elaborar política assistencial Cobertura contratual Programas de benefícios extracontratuais Estabelecer relações contratante- contratado Definir parâmetros de custos e pagamentos Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle Fracionamento de doses Estabilidade de drogas Acordar previamente protocolos e diretrizes Monitorar solicitações e cobranças Identificar e monitorar pacientes Solicitar relatório médico Utilizar e basear-se em indicadores: Quantidade de tratamentos autorizados Gasto com medicamentos Custo médio por patologia Faturamento do prestador Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle Outros medicamentos são controlados: Agentes alquilantes: ex: triazenos Antimetabólicos: ex análogos do ácido fólico Produtos naturais:ex antibióticos Hormônios Imunoestimulantes Antieméticos Albumina Interferon Dentre outros. Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle O uso de indicadores é uma estratégia de controle para analisar: Custo Incidência de consultas Exames e internações Implantação de níveis de alarme para captação: Sexo Faixa etária CID Grupos de despesas hospitalares Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle Valores faturados Valores glosados Principais indicadores: Número de consultas/ usuário/ano (Desdobrável em eletivas, pronto-atendimento e especialidade) Percentual de consultas por especialidade Índice de exames complementares ( por cliente em 12 meses) Exames por consulta Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle Relatórios gerenciais – indicadores técnicos: Custo leito/dia Custo por especialidade Percentagem de internações Relação de consultas/ exames Complicações Custo médio de atendimento ambulatorial Custo médio por procedimento Custo médio por CID Auditoria em saúde e suas configurações: auditoria de controle Taxa de internação originada no PA Taxa de mortalidade Percentual de glosas Avaliação de tecnologias em saúde Parecer técnico da auditoria Medicina baseada em evidências Documento padronizado e assinado pela equipe que realizou o estudo Auditoria baseada em evidências científicas Ferramenta utilizada para a avaliação da incorporação de novas tecnologias pelas operadoras de planos de saúde Serve como avaliação dos recursos pelos prestadores de serviços credenciados e contratados Premissas: Definição dos problemas Levantamento das questões relacionadas à inclusão de tecnologias em saúde Seleção de evidências clínicas apresentadas Auditoria baseada em evidências científicas Deve-se portanto: Avaliar criticamente a evidência quanto à sua validade interna e externa Integrar esses dados/ informação com a exeperiência clínica individual e aplicar os resultados na prática clínica Utilização prática da informação na avaliação da incorporação de novas tecnologias Avaliar o desempenho das ações tomadas. Revisão sistemática Ensaio clinico aleatório Estudos de coorte Caso controle Estudos quase experimentais Estudos descritivos Experimental de caso único opinião CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE ESTUDOS SAMPAIO RF E MANCINI MC,2007 Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Panorama atual da saúde: Prestadores de serviços de saúde devem ter compromisso com a saúde da comunidade antes de seu adoecimento Alinhar interesses políticos e econômico das empresas com a evolução geral social e tecnológica. Auditoria de avaliação pode ser permeada de mecanismos de controle: Auditoria informatizada: Sistema de cruzamento de informações Elegibilidade do beneficiário ( carências, tipos de planos) Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Avaliação do procedimento frente ao plano do beneficiário Avaliação do procedimento frente a idade e ao sexo do beneficiário avaliação do procedimento frente aos programas inscritos Auditoria de contas médicas: Conferência da conta prestada Permitir o processamento de contas e geração de relatórios operacionais e gerenciais Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Conhecer e criar mecanismos de controle para avaliação do serviço e qualidade. Auditoria interna: Análise leiga Análise técnica contratual Análise técnica: médica, enfermagem e odontológica Auditoria externa: Avaliar a elegibilidade do beneficiário ao procedimento Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Avaliar o procedimento quanto aos aspectos ético e técnico Avaliar se a sistemática está compatível com as normas contratuais Fornecer subsídios à análise interna e credenciamento. Avaliar e controlar a correta utilização dos recursos contratados Representar a entidade, bem como seus clientes, junto ao prestador Manter-se atualizado técnica e legalmente, inclusive quanto as normas e regulamentos do plano. Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Indicadores de utilização e avaliação: Avaliação da estrutura Avaliação da rede prestadora Avaliação da estrutura administrativa Avaliação do processo Avaliação dos resultados Avaliação da estrutura: Avaliação global do produto ou plano Avaliação da segmentação frente a lei 9656/98 Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Avaliação das coberturas adicionais Avaliação dos prazos de carências Avaliação das formas de financiamento do plano de saúde Avaliação dos valores de contribuição (por grupo familiar, por categoria de usuário- ativo, aposentado, dependente, etc). Pirâmide populacional dos usuários ( por sexo e idade) Distribuição segundo regionalização/ empresas/ centro de custos Distribuição segundo faixas salariais Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Avaliação da rede prestadora: Distribuição: Planos ou programas Especialidades Faturamento Quantidade de atendimentos Avaliação por acreditações, JCI, ISO, etc. Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Segundo Donabedian existem três fatores a serem avaliados a fim de garantir a máxima eficiência e eficácia do serviço prestado. São expressos em estrutura, processos e resultados. Avaliação da Estrutura administrativa: Distribuição de funcionários e equipamentos segundo região, setores, etc. Avaliação dos custos administrativos Estrutura própria x terceirizada Níveis de auditoria Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Avaliação do processo: Quantificação dos serviços de consultas, diárias, exames, etc Por patologia Controle direto de utilização tais como pedidos de internação, exames e procedimentos especiais, ocorrências de óbitos ( forma, morte causada usando o plano, acidente, pós cirurgia, UTI, etc). Suporte às atividades de auditoria: Valor calculado x cobrado Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Associação de procedimentos Tendência de repetição de consultas Tendência de consultas familiares Glosas e recursos Visitas administrativas Reclamações de associados Solicitações de informações reembolsos Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Avaliação dos resultados: De custos: por tipo de segmentação ambulatorial hospitalar com/sem obstetrícia odontológico medicamentos Por tipo de planos: Apartamentos, enfermaria, etc Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação De utilização: consulta por beneficiário internação por população assistida média de permanência exames por especialidade De satisfação dos usuários De satisfação dos prestadores Das atividades administrativas Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação A auditoria de avaliação está baseada no princípio da regulação: Procedimento: Por que realizar? Como pagar? O procedimento como sentinela O foco está voltado para o procedimento e este deverá ser analisado: Qual profissional solicita? Como solicita? Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Quem e quantos são os pacientes? Porque e para que fazer? Quando? Quantas vezes? Qual profissional executa? Como fazer? Qual a forma de remuneração? Quais outras alternativas ao procedimento? Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Os procedimentos podem ser organizados e avaliados por meio da formalização de Pacotes de procedimentos médico hospitalar. Pacote de procedimento é o conjunto de insumos necessários para realização do mesmo, que pode contemplar parte dos insumos ou até mesmo a totalidade destes Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Como analisar os pacotes de procedimentos? Sob o ponto de vista do fornecedor Sob o ponto de vista do comprador Avaliação dos reais objetivos e interesses Prática histórica no serviço público Níveis de abrangência ou itens contemplados O que deve contemplar no mínimo? Formação de preços ou valores pagos média histórica estatística e/ou composição de custos Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Vantagens bilaterais Facilitador operacional Redução dos custos envolvidos Previsão e planejamento orçamentário Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Desvantagens ou risco Necessidade de parceria e confiança Necessidade de transparência Itens não contemplados ou omitidos Imparcialidade Ponto de equilíbrio do valor negociado Necessidade de possuir um histórico estatístico significativo de custos e frequência, bilateralmente Necessidade de estabilidade econômica Restrito ou aplicável a alguns procedimentos Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Para o comprador O fornecedor deve ser conhecido, confiável e negociável O valor deve estar dentro da média de todos os valores cobrados para aquele procedimento, inclusive os casos que apresentarem intercorrência. A distribuição da frequência de custos deve ser seguir um padrão de curva normal Vantagem nos procedimentos de baixo risco e de conhecido padrão de ocorrência e utilização de insumos como cirurgias ambulatoriais eletivas Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Vantagem nos procedimentos de alto risco e sem nenhum padrão de ocorrência e do nível Utilização de insumos, visto a sua complexidade e raridades como transplante de órgãos, grandes cirurgias neurológicas. Nível de vantagens na redução de custos globais Clareza quanto aos itens e situações não previstos Possibilidade de revisão dos valores periodicamente Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Avaliar a previsão ou não de: Honorários médicos e outros honorários Tempo de permanência ( em diárias ou horas de repouso) Materiais especiais Medicamentos especiais Intercorrências Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Para que servem os pacotes? Diminuir riscos Agregar serviços Agregar produtos Agregar valores Ex: pacote de parto normal Questionamentos inclui: Honorários médicos: Quantas diárias? Diária do Recém nascido? Materiais? Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Segundo Sistema Nacional de Auditoria (SNA) : o controle, avaliação e auditoria podem ser classificados em gerais e específicos, sendo descritos: Geral: aferir a qualidade dos serviços prestados e contribuir para melhor recuperação do paciente, verificando a conformidade da aplicação dos recursos. Auditoria e suas configurações: auditoria de avaliação Específicos: Aferir de modo contínuo a eficácia, adequação, eficiência e os resultados dos serviços de saúde Identificar distorções, promover correções e buscar o aperfeiçoamento do atendimento médico-hospitalar, procurando obter melhor relação custo benefício na política de atendimento das necessidades do paciente. Promover processo educativo com vista a melhoria da qualidade do atendimento na busca da satisfação do usuário Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care Segundo a Consulta Pública nº 81, de 10 de outubro de 2003 – ANVISA: para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes definições: Assistência Domiciliar – termo genérico que representa diversas modalidades de atenção à saúde desenvolvidas no domicílio, entre elas o atendimento e a Internação Domiciliar. Atenção Domiciliar – termo que envolve ações de promoção à saúde, prevenção de doenças e complicações, abrangendo a assistência e reabilitação desenvolvidas no domicílio. Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care Assistência domiciliar (Portaria Federal 2416, de 23 de março de 1998): São condições prioritárias para a internação domiciliar (SUS): Pacientes com idade superior a 65 com pelo menos três internações pela mesma causa/ procedimento em um ano Pacientes portadores de condições crônicas tais como: insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, etc Pacientes acometidos por trauma com fratura ou afecção ósteo-articular em recuperação Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care Tipos de assistência domiciliar: Primária (consultas, curativo, medicação, coleta de exames etc) Secundária (internação clínica, terapias especiais, parto, etc) Terciária (cuidados intensivos) Reabilitação ( fisioterapias, fonoaudioterapias) Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care Dificuldades encontradas no processo de internação domiciliar: Aspectos culturais: Família e paciente Hospital e médico assistente Indicação: Tipo de paciente elegível ao tratamento Custos assistenciais Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care Home care: Componente de cuidados à saúde, no qual serviços são oferecidos a indivíduos e familiares em seus locais de residência com o propósito de promover, manter ou restaurar a saúde, ou minimizar os efeitos da doença e incapacidade Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care Fatores que justificam a adoção do sistema Home Care (BRAZ, 2007): Envelhecimento da população: mudança demográfica do século XX Aumento da população idosa e consequentemente um aumento de doenças relacionadas com senilidade. O envelhecimento da população Brasileira: Nos anos 70- 5% 60 anos Nos anos 90 – 11% 60 anos Na primeira década do séc 21 mais de 15% da população brasileira terá mais de 65 anos Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care Fenômeno da agudização das doenças crônicas: Nos idosos as doenças crônicas prevalecem e são de longa duração, o que demanda suportes tecnológicos, trabalho em equipe de saúde multiprofissional qualificada, bem como métodos de exames sofisticados e de alto custo As doenças crônicas são responsáveis por 60% dos gastos com despesas de saúde em todo o mundo e isso representa uma ameaça à todos os países em termos de economia e saúde. Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care O aumento da incidência de doenças crônicas e a incapacitação funcional não podem ser ignoradas, pois os custos de gerenciamento dessas condições são altíssimos e prometem ter um aumento significativo. Alto custo da assistência em decorrência do avanço de tecnologias e de tratamento. O atual modelo assistencial gera um custo muito alto, tanto no setor público quanto no privado. O hospital não pode ser a porta principal do sistema de saúde Auditoria em Saúde e suas configurações: Auditoria em Home Care Dificuldades das Instituições hospitalares: A instituição hospitalar também está diante de muitas dificuldades em relaçãoaos pacientes de permanência prolongada. Ela necessita ter maior rotatividade de leitos a fim de atender os pacientes agudos; manter os pacientes clinicamente instáveis; fomentar os procedimentos cirúrgicos; elas sofrem pressão para desospitalizar. Atribuições do auditor Hospitalar Subsidiar a pré auditoria nas autorizações de internações e nas prorrogações, acompanhando média de permanência Observar qualidade do atendimento Abordagem da equipe médica assistente Contato e esclarecimento do cliente e familiares sobre aspectos da operadora Documentar irregularidades e elaborar relatórios conclusivos Atribuições do auditor Hospitalar Proceder pré-análise ou revisão de contas com prontuário obedecendo regras acordadas entre prestador e operadora, autorizações e consistência das cobranças Proceder revisão de glosas Interface com a equipe de Auditoria Interna do Prestador Auditoria de Enfermagem 1955 – Primeiros trabalhos de Auditoria de Enfermagem foram publicados Método de avaliação da qualidade do cuidado de enfermagem, mediante o exame dos registros de enfermagem, após a alta do paciente. Exame oficial dos registros de enfermagem com o objetivo de avaliar, verificar e melhorar a assistência de enfermagem Auditoria de Enfermagem Objetivo: melhoria contínua da assistência que o serviço de enfermagem se propõe a oferecer buscando alcançar os padrões ideais deste atendimento Mensura e avalia a qualidade da assistência ao paciente Anotações em prontuário, referentes à assistência de enfermagem, observando a técnica de registro Auditoria de Enfermagem Visita diagnóstica do hospital: Rotina de enfermagem Rotinas de CTI e bloco cirúrgico Equipamentos Materiais Rotina de CCIH e EMTN Elaboração de relatórios referenciais, validados junto ao hospital, para suporte de revisão de contas Auditoria de materiais, medicamentos, taxas e serviços hospitalares: auditoria retrospectiva Auditoria de Enfermagem Participação na auditoria concorrente como visitadora e/ou suporte para as visitas médicas A tendência em todos os planos de saúde é agregar dentro das equipes de auditoria a presença da enfermeira auditora, considerando que essa profissional é quem tem maior conhecimento sobre materiais de uso hospitalar, composição de taxas e diárias hospitalares, bem como sobre os procedimentos relacionados a sua área específica Auditoria de Enfermagem Atua junto com o médico na elaboração de pacotes de procedimentos cirúrgicos e de exames com materiais de alto custo Aferir inadequações no processo do trabalho assistencial que podem expressar queda de sua qualidade, gerando custos e retrabalho Regulamentado pelo Conselho Federal de Enfermagem em 05 de outubro de 2001, resolução 266 O Enfermeiro deve conhecer e dominar todos os processos que envolvem o atendimento do paciente durante sua internação até a sua alta Auditoria de Enfermagem O Enfermeiro deve interagir com o contrato firmado entre contratante e contratado, objetivando uma assistência de qualidade com um custo real e vencer a concorrência Estabelecer padrões de assistência Padronização dos processos da assistência de Enfermagem Estabelecer instrumentos de controle Coletar dados de prontuário, entrevistas com usuários, funcionários, observações, protocolos Relacionar indicadores de controle Auditoria Farmacêutica Confecção e atualização de lista referencial de materiais e medicamentos Cotação de materiais especiais, órteses e próteses junto aos fabricantes e distribuidores Suporte em auditoria de medicamentos Análise técnica e suporte para autorização de materiais e medicamentos especiais, órteses e próteses Auditoria nas farmácias hospitalares Confrontar o que é cobrado e o que foi prescrito Auditoria Odontológica Exame clínico ou documental, realizado por cirurgião dentista experiente, instruído por Manual de Procedimentos, para verificar a proposta, o andamento e/ou a situação final do tratamento indicado pelo cirurgião Monitoramento dos processos de atendimento odontológico Participação na elaboração e revisão de contratos com terceiros Regulação Auditoria em Fisioterapia e Fonoaudiologia Avaliação dos tratamentos fisioterápicos prescritos e de sua efetividade Avaliação da qualidade dos serviços de fisioterapia hospitalar Vistoria Avaliação da indicação e do número de sessões dos tratamentos prescritos e de sua efetividade Avaliação da qualidade dos serviços de hospitalares e ambulatoriais Vistoria e classificação dos serviços de saúde ambulatorial Relatórios de Auditoria Os relatórios de auditoria consiste em um meio de comunicação formal ( documento), capaz de fornecer dados e informações capazes de motivar tomadas de decisões, direcionar ações de Auditoria e identificar erros padronizados e repetitivos Os relatórios de Auditoria permite a avaliação de prestadores e principalmente como base para definição de políticas de saúde que direcionem estratégias de desospitalização, dimensionamento de rede, promoção de saúde e análise estruturada de custos Vocabulário AUDITORIA = processo sistemático, documentado e independente, para obter evidência da auditoria e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos. EVIDÊNCIA DA AUDITORIA=registros, apresentação de fatos ou outras informações, pertinentes aos critérios de auditoria e verificáveis. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE = sistema de gestão para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade. GESTÃO DA QUALIDADE = atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade. MELHORIA CONTÍNUA = atividade recorrente para aumentar a capacidade atender requisitos. CONFORMIDADE = atendimento a um requisito. NÃO-CONFORMIDADE=não atendimento a um requisito. AÇÃO CORRETIVA = ação para eliminar a causa de uma não- conformidade identificada ou outra situação indesejável. AÇÃO-PREVENTIVA = ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade ou outra situação potencialmente indesejável. REGISTRO = documentos que apresenta resultados obtidos ou fornece evidências de atividades realizadas. EVIDÊNCIA OBJETIVA = dados que apóiam a existência ou a veracidade de alguma coisa EFICÁCIA = extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados, alcançados. EFICIÊNCIA = relação entre o resultado alcançado e os recursos usados. AUDITOR = pessoa com competência para realizar uma auditoria. AUDITADO = organização que está sendo auditada AUDITOR LÍDER = pessoa designada para gerenciar uma auditoria. DEVE = sempre que tivermos, na Norma, o termo deve significa que é um requisito obrigatório. CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS QUANTO AO TIPO: AUDITORIA DE PRIMEIRA PARTE - auditoria interna AUDITORIA DE SEGUNDA PARTE - cliente/fornecedor AUDITORIA DE TERCEIRA PARTE - auditoria de certificação QUANTO AO PROPÓSITO: AUDITORIA DE ADEQUAÇÃO - analisa a adequação do programa de qualidade através da documentação (política/procedimentos) AUDITORIA DE CONFORMIDADE - analisa a documentação e sua efetividade nos locais de uso (implementação) CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS DE ACORDO COM O OBJETO: AUDITORIA DO SISTEMA DA QUALIDADE -documentação e organização AUDITORIA DE PROCESSO -instruções e procedimentos operacionais AUDITORIA DE PRODUTO -produto com suas especificações CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS AS AUDITORIAS AINDA PODEMSER: PROGRAMADAS: Que respondem a um planejamento de auditoria. POR SOLICITAÇÃO: não programadas realizadas para obter uma informação específica. PRÉ-AUDITORIA: Utilizadas para decidir se é viável realizar uma auditoria de segunda ou de terceira parte. SEGUIMENTO: São utilizadas para verificar a solução dada a não conformidades detectadas. SEM AVISO: São realizadas quando há suspeita de graves desvios no Sistema de Gestão da Qualidade da organização. NÃO-CONFORMIDADE - não atendimento a um requisito a não conformidade é uma deficiência no Sistema da Qualidade, produto ou serviço; as não conformidades devem ser encaradas como oportunidades de melhoria para o SGQ da empresa; sempre que detectadas devem ser comunicadas ao auditado, para evitar o efeito surpresa; para toda não conformidade encontrada, deve ser dado um tratamento; a redação das não conformidades, deve trazer todas as informações necessárias, para possibilitar as ações corretivas subsequentes. E então.... Como pensaremos a partir de hoje?! Referências INSTITUTE OF MEDICINE (OIM). Crossing the quality chasm: a new health system for the 21st century. Washington: National Academy Press, 2001. Saturno PJ: Gestión de la Calidad. Concepto y componentes de un programa de gestión de la calidad. Manual del Master en gestión de la calidad en los servicios de salud. Módulo 1: CONCEPTOS BÁSICOS. Unidad temática 2. 2ª Ed. Universidad de Murcia, 2008. ISBN: 978-84- 8371-752-3. Depósito Legal: MU-1653-2008. Taylor MJ, et al. Systematic review of the application of the plan–do–study–act method to improve quality in healthcare. BMJ Qual Saf 2013;0:1–9. doi:10.1136/bmjqs-2013-001862. Marinho, S.V. Uma Proposta de Sistemática para Operacionalização da Estratégia Utilizando O Balanced Scorecard. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de
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