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Biossegurança nas ações de Enfermagem Germana Maria Viana Cruz Disciplina: Semiotécnica Objetivos da aula Compreender o conceito de biossegurança e de suas técnicas. Diferenciar as precauções padrão, por gotículas, por aerossóis e de contato. Identificar os EPI e suas indicações de uso. Praticar as técnicas de higienização das mãos e como calçar luvas estéreis. Conceito de Biossegurança Conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. Definições importantes Assepsia Conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes patogênicos no organismo. Antissepsia Consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície. Definições importantes Degermação É a remoção de detritos e impurezas depositados sobre a pele. Desinfecção Destruição de agentes infecciosos que se encontram fora do corpo, por meio de exposição direta a agentes químicos ou físicos. Definições importantes Esterilização Destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos. Agentes antissépticos da pele Sabonete comum Sabonete associado à antisséptico ou degermante Iodóforos – Povidine ou PVPI Clorexidina Álcool entre 60 e 80% Etanol Isopropanol N-propanol Higiene das mãos A higienização das mãos é considerada a ação isolada mais importante no controle de infecções em serviços de saúde. Quando devemos higienizar as mãos Ao verificar sujeira visível nas mãos. No início do turno de trabalho. Após realização de atos e funções fisiológicas e pessoais (alimentar-se, limpar e assoar o nariz, usar o banheiro, pentear os cabelos, fumar ou tocar qualquer parte do corpo). Antes do preparo e administração de medicamentos. Quando devemos lavar as mãos: Antes e após contato com cada paciente, ou no mesmo paciente em sítios corporais diferentes/procedimentos diferentes. Antes da manipulação de materiais e equipamentos. Antes e depois de coletar material para exames. Cuidados gerais Retirar adornos, joias e bijuterias (anéis, pulseiras, relógio, aliança). Manter as unhas curtas e de preferência sem pintura excessiva. Ficar em posição confortável, sem tocar na pia. Acionamento da torneira sem contato manual (de preferência). Utilizar papel toalha descartável, de uso individual (folha a folha). Tipos de antissepsia das mãos Antissepsia com solução degermante Quando realizar: Precaução por contato. Procedimentos invasivos (drenos, cateteres, cirurgias). Surtos e epidemias. Unidades de terapia intensiva. Antissepsia com solução alcoólica Quando realizar: Ao entrar em contato com paciente ou entre diversas atividades num mesmo paciente. Ao preparar e manipular materiais ou equipamentos. Antes e após a aplicação de medicação, higiene e troca de roupas do pacientes. Antissepsia com solução alcoólica Cuidados: Após 5 aplicações de álcool se deve realizar uma lavagem de mãos. As mãos com qualquer sujidade devem ser LAVADAS! Equipamentos de proteção individual Dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. Função dos EPI Redução da exposição humana aos agentes infecciosos. Redução de riscos e danos ao corpo provocados por agentes físicos ou mecânicos. Redução da exposição a produtos químicos tóxicos. Redução da contaminação de ambientes. Jaleco ou avental Proteção do profissional contra agentes biológicos, químicos e físicos. Utilizado em todos os procedimentos. Deve conter mangas longas e comprimento abaixo dos joelhos. Deve ser mantido limpo e transportado em saco plástico. Avental descartável Utilizar sempre que houver risco de contato com materiais biológicos. Deve ser colocado apenas se houver contato direto com o paciente com precaução de contato. Sapatos Proteção do profissional contra materiais químicos, físicos e perfuro cortantes. Deve ser fechado e limpo. Usado em todos os estabelecimentos de saúde. Sapatos inadequados Gorro/ touca Proteção para o profissional e paciente. Evita a contaminação por aerossóis, gotículas, matéria orgânica e fragmentos expelidos pela boca. Máscara cirúrgica simples Precaução padrão e por gotículas pelos profissionais da saúde Usadas por pacientes na suspeita ou confirmação de doenças transmitidas de forma respiratória. Devem ser trocadas a cada 2hs ou em acordo com o procedimento realizado. Máscaras com filtro PFF2 N95 ou bico de pato. De uso exclusivo do profissional da saúde para precaução com aerossóis. Não tem tempo definido de uso. Reutilizada se não estiver suja, úmida ou dobrada. Luvas de procedimento Realização de procedimentos assépticos. Previnem a exposição a sangue, fluidos corpóreos, produtos químicos e outros riscos físicos, mecânicos, elétricos e de radiação. Luvas de procedimento Devem ser trocadas: Após contato com cada paciente. Entre os diversos procedimentos em um mesmo paciente. Manuseio de objetos ou superfícies sujas de sangue e/ou líquidos. Luvas estéreis Usadas pelos profissionais da saúde para realização de procedimentos estéreis. Exemplos: Cirurgias, curativos sem pinças, sondagem vesical, aspiração de vias aéreas artificiais, manipulação de dietas parenterais, montagem do respirador, entre outros. Óculos de proteção Proteção da exposição à matéria orgânica, fragmentos de materiais, gotículas de produtos químicos, entre outros. Propés ou sapatilhas Evitam o desprendimento de sujidades em ambientes de especiais (centros cirúrgicos, UTI). Protegem os sapatos contra fluídos corpóreos ou outros tipos de contaminação provenientes do meio externo. Precauções universais ou padrão Medidas de prevenção que devem ser utilizadas na assistência a TODOS os pacientes, na manipulação de sangue, secreções e excreções, e contato com mucosas e pele não íntegra. Precauções universais Higiene das mãos Utilização dos EPI Descarte de materiais e EPI Higiene do ambiente, dos materiais e equipamentos Precauções de gotículas As gotículas têm tamanho maior que 5μm e podem atingir a via respiratória alta (mucosa das fossas nasais e da cavidade bucal), por meio de um contato muito próximo (<90 cm). Precauções de gotículas Não permanecem suspensas no ar. Exemplo: pneumonia, gripe, caxumba, rubéola, difteria, coqueluche, meningite bacteriana. Doenças transmitidas por gotículas Adenovírus em lactente e pré-escolar. Caxumba. Coqueluche. Difteria faríngea. Epiglotite. Faringite por Streptococcus do Grupo A em lactente e pré-escolar. Escarlatina por Streptococcus do Grupo A em lactente e pré-escolar. Doenças transmitidas por gotículas Pneumonia por Streptococcus do Grupo A em lactente e pré-escolar. Pneumonia por Adenovírus. Pneumonia por Haemophylus influenzae em lactentes e crianças de qualquer idade. Pneumonia Menigocóccica. Pneumonia por Mycoplasma (pneumonia atípica primária). Infecção por Influenza A, B e C. Doenças transmitidas por gotículas Meningite por Haemophylus influenzae ou Neisseria meningitidis (suspeita ou confirmada) . Meningococcemia. Doença crônica em Imunossuprimido por Parvovírus B19. Crise aplástica transitória ou de células vermelhas por Parvovírus B19. Peste Pneumônica. Rubéola. Precauções de aerossóis São partículas menores que 5μm que alcançam rápida dispersão no ar e permanecem suspensas por longos períodos de tempo. Quando inaladas, podem penetrar mais profundamente no trato respiratório. Precauções de aerossóis Exemplo: tuberculose pulmonar e laríngea, varicela, herpes zoster e sarampo. Doenças transmitidas por aerossóis Herpes Zoster disseminado ou localizado (em imunosuprimidos). Sarampo. Síndrome Respiratória Aguda Grave. Tuberculose Pulmonar (suspeita ou confirmada). Tuberculose Laríngea (suspeita ou confirmada). Varicela. Precauções de contato Infecção ou colonização por micro-organismo multirresistente. Exemplo: varicela, infecções de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido. Doenças transmitidas por contato Abscesso ou celulite com drenagem abundante, incontida pelo curativo. Adenovirose. Conjutivite viral. Colite por Clostridium difficile. Colonização ou Infecção por micro-organismos multirresistente. Difteria. Gastroenterite em paciente com incontinência fecal ou em crianças < 6 anos de idade. Doenças transmitidas por contato Herpes simples neonatal. Herpes simples mucocutânea, disseminado ou primário severo. Herpes Zoster disseminado ou localizado em imunodeficiente. Impetigo. Virose Hemorrágica pelo vírus Ebola. Infecção por vírus respiratória sincicial em crianças e adultos imunodeficientes. Pediculose. Rubéola congênita. Varicela. Descarte adequado de materiais Resíduos comuns Resíduos nos estados sólidos ou semissólidos, semelhantes aos resíduos domiciliares. Resultantes de atividades como alimentação, fisiológicas, de higiene. Não oferecem risco à sua manipulação ou à saúde pública. Resíduos comuns Exemplos: restos de comida, papel higiênico, absorventes, papel toalha, papel carbono, caixas de medicamentos, embalagens plásticas, de metal ou de papel. Descarte: lixeira com tampa e pedal e saco preto. Resíduos biológicos/infectantes Resíduos que resultam de atividades de assistência, laboratório ou atos cirúrgicos. Promovem a liberação de material biológico. Oferecem riscos à saúde pública ou à sua manipulação. Resíduos biológicos/infectantes Exemplos: gaze, esparadrapo, sondas, drenos, cateteres, luvas usadas, EPI usados, drenos, campos protetores de superfície. Descarte: lixeira com tampa e pedal e saco branco. Resíduos perfuro cortantes Materiais utilizados na assistência à saúde que têm ponta ou gume, ou que possam perfurar ou cortar. Exemplos: seringas agulhadas, fios cirúrgicos, lâminas de bisturi, ampolas de medicação, etc. Resíduos químicos Material com característica de periculosidade, que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Resíduos químicos Exemplos: hormônios, antimicrobianos, antineoplásicos, antirretrovirais, digitálicos, imunossupressores, saneantes, desinfetantes, resíduos contendo metais pesados, reagentes para laboratório. Referencias BRASIL. Protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde. Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz. 2013. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial [da União da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, dez. 2004. Referencias FRAGMAQ. Descarte de lixo e resíduos hospitalares. Disponível em <http://www.fragmaq.com.br/blog/lixo-hospitalar/descarte-de-lixo-hospitalar-e-residuos-hospitalares/. > Acessado em 11.08.14 às 14:20. Guia básico de isolamento e precauções de infecção hospitalar. Serviço Público Federal Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Hospital Universitário Prof. Polydoro Ernani de São Thiago. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH. Florianópolis, 2013.
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