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Cárie Dentária Prof. Ms. Guilherme Terra Disciplina de Dentística Operatória Básica Cárie Dentária É um processo de destruição localizada, dos tecidos dos dentes, causado por microorganismos. Envolve a dissolução da fase mineral, principalmente os de cristais de Hidroxiapatita, por ácidos produzidos pela fermentação bacteriana. (NEWBRUN, 1982) Cárie Dentária Doença infecto- contagiosa; multifatorial Difícil de controlar Ocorre em função dos ácidos da bactérias Sacarose dependente Considerada uma epidemia Perda de minerais (LOESCHE, 1993) Cárie Dentária Nem a dieta nem os microorganismos, atuando como fatores individuais podem provocar o aparecimento da cárie. É necessária a presença desses fatores, simultaneamente, na superfície dentária, para que ocorra a doença. (THYLSTRUP;FEJERSKOV, 1988) Cárie Dentária A cárie é considerada um desequilíbrio no processo Des-Re (desmineralização e remineralização) dos tecidos duros do dente. Este processo ocorre constantemente na cavidade bucal. A velocidade na progressão das perdas de mineral decorrentes desse desequilíbrio é que determinará o surgimento ou não de cavidades cariosas. (GONÇALVES; PEREIRA, 2003) MICROORGANISMOS SUBSTRATO TEMPO HOSPEDEIRO CÁRIE PARÂMETROS ENVOLVIDOS NO PROCESSO CARIOSO NEWBRUN, 1988 Cárie Dentária Substrato Tipo de carboidrato. Frequência de ingestão. Difícil de controlar (mudar o hábito do paciente) Cárie Dentária Microbiologia Diversos tipos de bactérias. Microbiota em equilíbrio. O tratamento mais eficiente é a prevenção. Cárie Dentária Microbiota Higiene oral. Transmissão de pais para filhos. Cárie Dentária Microbiota Streptococus mutans (início do desenvolvimento). Lactobacillus (desenvolvimento tardio). Actinomyces (cárie radicular). Cárie Dentária Saliva Pacientes com xerostomia ou hiposalivação têm maiores chances de desenvolver cárie. Capacidade tampão. Processo des-re e neutralização dos ácidos (modulação do Ph). Evolução Película Adquirida. Biofilme Dental. “Amadurecimento” do Biofilme. Cárie dentária. Película Adquirida Camada acelular. Formação instantânea por processo iônico. Adesão bacteriana. Presença de proteínas salivares. Película Adquirida. Filme orgânico derivado principalmente da saliva e aderido ao esmalte dentário. Espessura 0,1 a 0,3 mm. Não causa danos ao elemento dental. Película Adquirida Características da Película Adquirida Proteção do esmalte Reservatório de flúor Aderência de MO Lado positivo Lado positivo Lado negativo Biofilme dental É formado quando as bactérias são capazes de colonizar e crescer na superfície do dente. Agregados bacterianos que estão aderidos aos dentes ou próteses. Formada após 8 horas. “Amadurecimento” do Biofilme Adsorção contínua de bactérias específicas da saliva ao biofilme. Após 7 dias ocorre a dissolução do esmalte superficial. Se não removido evolui para a cárie. Processo Des-Re Ph crítico Início da desmineralização Necessário a presença de sacarose. Ph 5,5; Perda de Cálcio e Potássio. Ph Neutro Remineralização Capacidade Tampão e ausência da sacarose. Ganho de Cálcio e Potássio. Flúor ajuda na remineralização. Lesão de cárie Dependente do tempo. Perda de mineral inicial. Aparecimento da manha branca. Cavitação Lesão de cárie Cárie ativa Aspecto em esmalte: Mancha branca, rugosa e opaca. Aspecto em dentina: Tecido amolecido de cor marrom clara. Cárie inativa Aspecto em esmalte: Mancha branca, lisa e brilhante ou pigmentada. Aspecto em dentina: Tecido duro e escurecido. Mancha branca Não é cárie ainda. Não há cavidade. É uma desmineralização superficial do esmalte. Higienização e aplicação de flúor. Mancha branca Classificação da cárie Quanto à evolução do processo. Quanto à sua localização no dente. Quanto ao tipo de processo carioso. Quanto à evolução Aguda Segue um curso clínico de desenvolvimento rápido, e, muitas vezes resulta em comprometimento precoce da polpa dental. Ocorre mais freqüentemente em crianças e adultos jovens, porque os canalículos dentinários possuem maior diâmetro, sem esclerose, tornando a dentina altamente permeável aos ácidos. Quanto à evolução Aguda Em razão da rápida evolução do processo carioso, não há formação de dentina de reação por parte da polpa dental. Freqüentemente promove dor. Possui coloração clara. Consistência macia, friável. Cárie aguda Quanto à evolução Crônica É de evolução lenta, permitindo a esclerose dos canalículos dentinários, com consequente menor permeabilidade dentinária. Promove formação de dentina de reação (dentina reacionária). Quanto à evolução Crônica Possui coloração castanho-escuro. A dor não é característica comum da cárie crônica, ao contrário da cárie aguda. Consistência dura à remoção. Cárie crônica Cárie aguda e crônica CÁRIE ASPECTO SINTOMATOLOGIA AGUDA LESÃO ÚMIDA E AMOLECIDA HÁ DOR CRÔNICA LESÃO SECA AMARELADA E ENDURECIDA NÃO HÁ DOR Quanto à sua localização Cárie de fóssulas e fissuras. Localizadas nas superfícies oclusais de molares e pré-molares e nos sulcos das superfícies linguais dos dentes anteriores. Cárie de superfícies lisas Localizados no terço cervical das superfícies vestibulares e lingual de todos os dentes. Cárie de fóssulas e fissuras Quanto ao tipo de processo Primária Que têm seu início nas cicatrículas, fissuras e superfícies lisas do dente hígido. Secundária As cáries secundárias (recidivantes ou recorrentes), detectadas ao redor das margens das restaurações. Método de diagnóstico Clínico. Radiológico. Transiluminação. Medição da resistência elétrica. Separação temporária de dentes posteriores. Corantes detectores de cárie. Aparelhos específicos para diagnóstico. Clínico Exame visual e táctil. Auxílio de uma sonda exploradora. Utiliza-se, preferencialmente, as “costas” da sonda. Clínico Radiológico Avaliação por meio de radiografias intra orais. A radiografia de eleição para o diagnóstico de cárie é a radiografia interproximal. Radiológico Transiluminação Utilização de uma fonte de luz por palatino / lingual. Quando há a presença de lesão a intensidade da luz fica modificada. Transiluminação Medição da resistência elétrica Explora a propriedade do tecido cariado de apresentar uma condutividade elétrica maior que o tecido são. Separação temporária Para possibilitar o exame direto de superfícies ”escondidas” nas proximais dos elementos. Utiliza-se um separador ortodôntico. Corantes Pode ser empregados para auxiliarna visualização de lesões iniciais de esmalte e para delimitar a existências e extensão de lesões dentinárias. Aparelhos específicos DIAGNOdent - Laser de diodo fluorescente. As perdas minerais são detectadas em relação ao tecido hígido. Apresenta grande incidência de diagnósticos falsos-positivos. Tipos de dentina Primária - é a dentina original ,normal e regular, a maior parte formada antes da erupção do dente. Tipos de dentina Secundária - é a que se forma devido aos estímulos de baixa intensidade, decorrente de função biológica normal durante a vida clínica do dente. Apresenta túbulos dentinários estreitos e tortuosos. Dentina secundária Tipos de dentina Terciária ou reparativa - Desenvolve-se quando existem irritações pulpares mais intensas, como cárie aguda, preparo cavitário, erosão, abrasão, irritações mecânicas, térmicas, químicas, elétricas e outras. Apresenta seus túbulos mais irregulares, tortuosos, reduzidos em número ou mesmo ausentes. Tipos de dentina Dentina esclerótica Se caracteriza pela presença de túbulos dentinários obliterados com material calcificado. Ocorre devido a estímulos crônicos como cárie crônica, abrasão, atrição, etc...
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