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Resumo Dentística

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RESUMO DPC I
DENTISTICA é a especialidade da odontologia que estuda e aplica de forma integrada o conjunto de procedimentos semiológicos, operatórios, preventivos, terapêuticos e educativos, com o objetivo de preservar e devolver ao dente, órgão do sistema estomatognático, sua integralidade estrutural, funcional e estética. 
NOMENCLATURA
Cavidade: em odontologia é o termo empregado para definir a condição que o dente se encontra devido a uma lesão (não só pela carie). A cavidade é devido a destruição dos tecidos duros do dente. 
Cárie: doença infectocontagiosa, causada por ácidos orgânicos provenientes da fermentação de carboidratos.
Cavidade Patológica: provocada por uma doença (carie ou não), destruição dos tecidos duros de forma irregular.
Cavidade Terapêutica: Com forma geométrica e dimensões definidas, que visam remover o tecido cariado. Visando a reconstrução morfológica, funcional e estética. 
Cavidade Protética: com ou sem lesão de carie, cujo objetivo é servir de suporte a uma peca protética. 
A cavidade preparada em um dente pode ser denominada de acordo com:
O número de faces em que ocorre: - simples (1 face); - composta (2 faces); - complexa (3 ou mais faces).
Finalidade: protética, terapêutica, patológica.
As faces do dente envolvidas: oclusal, mesio-oclusal, disto-oclusao, etc. costuma ser abreviada com as letras iniciais de cada uma: O, MO, MOD, OD, OP, etc.
Classificação de Black (mais usada)
Classificação de Mount&Hume
A forma e a extensão das cavidades: - intracoronarias (inlay): como se fosse uma caixa sem tampa, ex: classe 1 oclusal; -intra-extracoronarias: podem apresentar cobertura parcial (onlay) ou total (overlay) das cúspides e/ou de outras faces dos dentes, ex: MOD com redução de uma ou mais cúspides (onlay), ou MOD com redução de todas as cúspides (overlay); -extracoronarias parciais: envolvem três faces axiais do dente (M, D, L) e a oclusal ou incisal, ex: coroa parcial; -extracoronarias totais: todas as faces axiais e oclusal ou incisal, ex: coroa total. Pag.: 1 e 2 do mondelli.
PLANOS DENTÁRIOS
O maior eixo é o longitudinal e passa pelo dentro do dente, desde a face oclusal ou incisal ate o ápice radicular. A partir dele, estudam-se três planos principais: horizontal (perpendicular ao eixo do dente, corta-o em qualquer ponto de sua longitude), vestíbulo-lingual (chamado também de axio-buco-lingual. Paralelo ao eixo longitudinal divide o dente em mesial e distal), mesio-distal (vertical e paralelo ao eixo longitudinal. Divide o dente em vestibular e língua)l.
PARTES CONSTITUINTES DA CAVIDADE: paredes e ângulos.
PAREDES: 
Circundantes: paredes laterais da cavidade, recebem o nome da face do dente a qual correspondem (mesial, distal, lingual, vestibular, gengival); 
De fundo: assoalho da cavidade. Chamada de axial quando de apresenta paralela ao eixo longitudinal do dente, e pulpar quando perpendicular ao eixo longitudinal, paralela a face oclusal.
ANGULOS: linha ou ponto de encontro de duas ou mais paredes.
Diedros: união de duas paredes denominadas pela combinação de seus respectivos nomes. Podem ser do primeiro grupo quando formados pela junção das paredes circundantes, ex: mesio-vestibular, vestíbulo-gengival, etc. do segundo grupo quando formados pela união de uma parede circundante e uma de fundo, ex: linguo-pulpar, gengivo-axial, etc. do terceiro grupo quando formados pela união das paredes de fundo – axio-pulpar ou pulpo-axial (esse ângulo sera sempre arredondado para que não haja concentração de forcas – dissipação dos esforços mastigatórios). Triedros: encontro de três paredes, denominados pela combinação dos seus respectivos nomes, ex: vestíbulo-pulpo-axial, ângulo incisal (VIP).
Cavossuperficial: junção das paredes da cavidade com a superfície externa do dente. É diferente de margem da cavidade (cavidade já restaurada - linha da superfície externa do dente com a borda do material restaurador), para amalgama será sempre em 90 graus.
PREPARO CAVITARIO: deixa o tecido apto a receber o material restaurador.
OBJETIVOS DO PREPARO: remover o tecido cariado, obter formas precisas, impedir fratura do dente e material restaurador, impedir a instalação de lesão carie. 
RESTAURACAO DIRETA: feita no consultório.
RESTAURACAO INDIRETA: passa por outro profissional, que vai me ajudar (técnico ou protético).
CLASSIFICACAO DOS PREPAROS CAVITÁRIOS
ETIOLOGICA: baseada nas áreas do dente que apresentam suscetibilidade a carie:
- cavidades em cicatrículas e fissuras: mais propensa a carie que as superfícies lisas, exigem um preparo diferente que a superfície lisa, de acordo com os prismas e túbulos dentinários;
- cavidades em superfície lisa: apresenta imunidade relativa a carie. 
ARTIFICIAL: baseada na técnica de instrumentação da cavidade.
‘’O tratamento restaurador foi substituído por uma odontologia baseada no diagnostico de atividades de doença do paciente. ’’
‘’ Qualquer restauração independente do material utilizado, deveria comportar-se como a estrutura do dente na qual é inserida. ’’ – como não existe tal material, o profissional precisa ter em mente que o preparo cavitário deve ser executado de maneira a se adequar ao material restaurador utilizado.
Determinada à necessidade de intervenção invasiva, deve-se ainda considerar o risco e atividade de cárie, a localização, a extensão da lesão, e as características do material restaurador para então selecionar o tratamento mais adequado. O material restaurador mais biológico que existe é o ouro, porem não é estético. 
CLASSIFICACAO ARTIFICIAL DE BLACK
CLASSE 1: regiões de má coalescência do esmalte (cicatrículas e fissuras) – face oclusal de molares e pré-molares, 2/3 oclusais da vestibular dos molares inferiores, 2/3 oclusais da lingual dos molares superiores, palatina dos incisivos e caninos superiores.
CLASSE 2: faces proximais de molares e pré-molares (mesial e distal). Envolveu mesial ou distal já é classe 2, não importa se envolveu oclusal também, ex: MOD.
CLASSE 3: proximais dos dentes anteriores, sem envolver o ângulo incisal.
CLASSE 4: proximais e ângulo incisal dos dentes anteriores.
CLASSE 5: terço gengival das faces vestibulares e linguais de todos os dentes.
CLASSE 6 (de Howard&Simon): bordas incisais e pontas de cúspides.
CLASSE 1 DE SOCKWELL: cicatrículas e fissuras incipientes em ponto na face vestibular de dentes anteriores.
PRINCÍPIOS GERAIS DO PREPARO CAVITÁRIO
FASES DA ODONTOLOGIA: 
- era da dor: alivio.
- era da restauração: todos os pacientes eram tratados da mesma forma.
- era da prevenção: atuação preventiva.
BLACK: final do século 19, empirismo, sem bases mecânicas e biológicas. Inicio do século 20 – 1908 – normas para realização do preparo cavitário.
PREPARO CAVITÁRIO: é o tratamento biomecânico da carie e de outras lesões dos tecidos duros dos dentes, de forma que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as proteja, seja resistente e previna a reincidência de carie.
BLACK – 1900 – preparo cavitário mais extenso que a lesão - extensão preventiva – (hoje não se usa mais, usa-se extensão por conveniência – amplia o mínimo para que possa instrumentar e restaurar o dente).
EVOLUÇÕES: 
1923 – odontomia profilática de Hyatt – retirada de um pouco de esmalte como prevenção. 
1926 – erradicação das fissuras – Bodecker
1955 – técnica de condicionamento ácido por Buonocore – técnicas adesivas, odontologia mais conservadora e estética. 
1956 – introdução de resina fluida por Bowen (selantes) – 1960 – resina adesiva.
NOVA VISÃO DA ODONTOLOGIA
- incidência e controle da doença cárie – evolução nos conhecimentos da microbiologia.
- tecnologia – descoberta de como a doença evitar que a doença de instale, ortodontia, etc..
- instrumentais
- novos materiais
- aperfeiçoamento dos existentes
DECADA DE 70
- maior conhecimento da carie e seus agentes etiológicos. 
- flúor como coadjuvante na prevenção (passoua usar flúor na agua, uso tópico, etc, com isso surgiu a fluorose).
- maior conscientização dos pacientes
- surgimento de novos materiais e técnicas conservadoras e preventivas. 
*a estrutura dentaria removida nunca mais é reposta.
SELAMENTO DE CICATRICULAS E FISSURAS
Colocação de resina fluida em locais que não há carie – dentes recém erupcionados que são ainda porosos.
Indicações: prevenção de carie em dentes com alta susceptibilidade, tratar dentes com suspeita de carie, pacientes com alto risco de carie.
Deve ser feito um diagnostico da atividade carie, e um tratamento odontológico individualizado.
DENTÍSTICA NÃO RESTAURADORA
Tratamento da doença cárie mantendo tanto tecido quanto possível, com ênfase na prevenção e remineralização de pequenas lesões ativas ou não. É essencial que o operador possua conhecimento detalhado dos tecidos dentais incluindo sua anatomia macroscópica, histológica e ultra-estrutura.
FINALIDADES DO PREPARO
- eliminar o tecido patológico
- estender as margens da cavidade a locais de relativa imunidade a cárie
- conferir a cavidade formas que permitam ao dente receber e reter o material restaurador
- preservar a vitalidade da polpa
- remover totalmente o tecido cariado infectado (TRATAMENTO EXPECTANTE: remove a parte contaminada da dentina e deixamos a dentina afetada – podemos tentar uma remineralização e reorganização dessa dentina).
- deixar as paredes da cavidade suportadas por dentina sadia ou por materiais de igual função (ionômero de vidro, resina composta). O esmalte é friável, se não tiver material para suportar as forças, ele vai quebrar.
- conservar maior quantidade de tecido dental sadio
- paredes cavitárias planas e lisas
- preparo limpo e seco. Restos do preparo – smear layer – vai ser retirado ou não dependendo do material restaurador – só sai com acido. 
TEMPOS OPERATÓRIOS
Forma de contorno – área de superfície que será incluída no preparo
Forma de resistência – característica dada à cavidade para que o dente e a restauração resistam aos esforços mastigatórios
Forma de retenção – forma dada a cavidade para que possa reter a restauração sem desloca-la
Forma de conveniência – possibilitar a instrumentação adequada da cavidade e a inserção do material restaurador
Remoção da dentina cariada – quando a cavidade é muito grande esse passa a ser o passo 1
Acabamento das paredes de esmalte – remoção dos prismas de esmalte fragilizados, acabamento adequado do cavossuperficial.
Limpeza da cavidade – depende do material restaurador
ABERTURA DA CAVIDADE- tempo operatório que visa à remoção do esmalte sem apoio dentinário, com a finalidade de expor a lesão de carie, facilitando sua visualização e, desta forma, permitir a instrumentação das fases subsequentes do preparo cavitário.
LESÃO DE CÁRIE INCIPIENTE: realizada com instrumentos rotatórios em alta velocidade – fresas carbide.
LESÃO DE CÁRIE AMPLA: com isolamento absoluto, remove primeiro o tecido cariado e vê o que sobra. 
FORMA DE CONTORNO: delimitar a área de superfície do dente que será incluída no preparo – todo tecido cariado. 
PRINCIPIOS BÁSICOS DA FORMA DE CONTORNO:
Todo esmalte sem apoio dentinário deve ser removido. Em cavidades muito amplas é preferível fazer paredes paralelas.
As margens do preparo devem estar localizadas em áreas de relativa imunidade a cárie e possibilitem um correto acabamento das margens da restauração.
Devem ser observadas as diferenças de procedimentos entre cavidades de cicatrículas e fissuras e cavidades de superfície lisa.
O risco de cárie dos pacientes deve ser levado em consideração.
CAVIDADES EM CICATRICULAS E FISSURAS
- extensão e progressão da carie: auto-limpeza, direção dos prismas de esmalte e dos túbulos dentinários (a cárie avança de acordo com os prismas e depois seguem a inclinação dos túbulos dentinários, convergindo para a polpa. É como dois cones superpostos pela base, na junção amelo dentinaria. A forma de contorno deve englobar tanto a extensão superficial da cárie como a sua propagação ao longo dessa junção), diferença de dureza entre esmalte e dentina (a carie se esparrama, devido à diferença de dureza entre o esmalte e a polpa).
- extensão de conveniência: envolver todas as cicatrículas e fissuras, e sulcos profundos. Respeitar as estruturas de reforço (cristas marginais, ponte de esmalte), a menos que tenham sido envolvidas pela carie. A forma de contorno variara conforme os detalhes anatômicos de cada dente. Quando duas cavidades estão separadas por estrutura sadia com menos de 1 mm, elas devem ser unidas em uma única cavidade, para eliminar essa estrutura enfraquecida. Caso tenha mais de 1 mm, essa estrutura será mantida, preparando-se duas cavidades distintas.
- idade do paciente e risco de carie: pacientes idosos – esmalte já desgastado, risco de carie menor. A forma de contorno deve se limitar a remoção do tecido cariado e a determinação de parede em dentina e esmalte hígidos. Pacientes jovens: estruturas dentárias preservadas, risco maior de cárie. Pacientes classificados em baixo risco faz-se preparos ultra-conservadores (observativo). Médio e alto risco faz-se preparos modernos com ¼ de abertura do istmo.
ISOLAMENTO DO CAMPO OPERATORIO
São procedimentos que visam eliminar a umidade para realizar tratamentos em condições de assepsia viabilizando acesso ao campo operatório para melhores resultados na confecção de restaurações. (a escolha da cor da resina eh feita antes do isolamento, pois a cor do dente pode mudar no campo seco)
OBJETIVOS: 
- isolar os dentes da saliva
- bloqueio da secreção do sulco gengival
- isolar os dentes da umidade da respiração
- melhorar a visibilidade e acesso
- afastar e proteger tecidos moles
- prevenção de acidentes
- facilitar a inserção de materiais protetores e restauradores
- isolar os dentes da microflora bacteriana
- trabalhar em condições assépticas
- obter um campo seco
TIPOS: 
- mecânico: absoluto (lençol de borracha), relativo (algodão).
- químico: bloqueia a secreção de saliva, usado em condições extremas. Menos usado por ter interferência sistêmica, ex: dramim, deixa a boca seca.
VANTAGENS: 
- melhora visibilidade
- campo seco e limpo
- proteção de tecidos moles
- proteção ao paciente, para não deglutir substancias e partículas nocivas
- auxilia na manutenção da abertura da boca
- reduz a contaminação ambiental por difusão de microrganismos
- conforto para paciente e profissional
- bloquear o exsudato do sulco gengival
- impede a umidade da respiração do paciente
- proteção ao profissional
- propriedades dos materiais dentários sejam aproveitados
- otimiza o tempo operatório
- melhora psicologicamente a relação paciente-profissional
LIMITAÇÕES:
- tempo de colocação
- dentes mal posicionados ou não totalmente erupcionados
- produz ansiedade em alguns pacientes
- hipersensibilidade ao látex (proteger com guardanapo)
- pode exacerbar problemas de disfunção (asma, dificuldades respiratórias)
MATERIAIS NECESSÁRIOS: 
Lençol de borracha (dique), espessura média mais usada (0,20mm); arco porta dique; perfurador de lençol; pinça porta-grampos; grampos.
DISPOSITIVOS AUXILIARES:
Guardanapo de papel; fio dental; gel lubrificante hidrossolúvel; pomada protetora de mucosa; tesoura; godiva e lamparina; sugador de saliva; cunha de madeira ou plástica; tira de lixa de aço ou serra interproximal; caneta hidrocor.
LENÇOL:
Feito de látex natural, encontrado em cores e espessuras variáveis, as escuras são mais recomendadas pois reflete menos luz proporcionando melhor visualização. Pra quem tem alergia ao látex tem opção de silicone. 
PERFURADOR DE LENÇOL:
Diâmetros diferentes para cada dente. 
A – anteriores inferiores (lateral a lateral); 
B – anteriores superiores (lateral a lateral); 
C – caninos e pre molares superiores e inferiores; 
D – molares que não recebem grampo; 
E – molares que recebemo grampo. 
PORTA DIQUE:
Mais usado: arco de Young. Fixa o lençol e o mantem estendido, firme e liso; manter a periferia do dique fora da boca, retrair a musculatura envolvida pelo dique. A curvatura no arco de Young acompanha o queixo, sempre SOBRE a borracha. 
PINCA PORTA GRAMPO:
Retrair as asas do grampo posicionando-o ao dente. – pinca Ivory: somente quando os dentes estão em posição correta, boa para prender, ruim para soltar. – pinca de Palmer: pode ser usado em dentes com angulação, permite movimentação do grampo.
GRAMPOS: 
- partes constituintes: furo redondo – perfuração para colocação; furo alongado – perfuração para remoção; garras, asas (nem todo grampo tem), bom para deixar o lençol embaixo; arco.
- função: retenção do lençol de borracha; mantem a borracha em posição; afasta o tecido gengival; diferentes tamanhos e formas segundo o dente.
- finalidade: 
Comuns – 200 a 205 para molares; 
206 a 209 para pre molares; 
210 e 211 pra anteriores. 
Para retração – 212 (ferrier) para anteriores; 
1A para posteriores.
Especiais - 14 molares, 14A molares; 
W8A posteriores; 
212 com modificação para retração; 
26 e 27 para molares expulsivos;
00 caninos e pré-molares; 
12A e 13A para serrilhados (odontopediatria).
PROCEDIMENTOS PRÉVIOS:
- na boca do paciente: limpeza dos dentes; proteção dos tecidos com lubrificante; verificação dos contatos proximais; teste do grampo; guardanapo ao redor da boca do paciente. Quando os dentes estão muito juntos, usam-se cunhas para o afastamento.
- no dique de borracha: seleção do lençol; divisão em quadrantes (4 cm para cima, 3 para baixo, para direita e para esquerda) demarcação dos orifícios na borracha; perfuração da borracha de acordo com o tamanho de cada dente; lubrificação da borracha.
*fatores que determinam o espaço entre os pontos
Tamanho dos dentes – quanto maiores mais espaçados os orifícios; contorno dos dentes – dentes ovoides e cônicos requerem mais espaço entre os orifícios que os quadrangulares;
Altura da gengiva interdental – quanto mais baixa menor a distancia entre os orifícios; 
Posicionamento dos dentes no arco – os orifícios devem ser perfurados exatamente na posição de cada dente, não importa se eh mal posicionado no arco;
Posição do preparo cavitário no dente – aplica-se principalmente a classe 5 em que se usa grampo para retração, o orifício ao dente envolvido deve ser deslocado 2 mm para vestibular para que assim tenha borracha suficiente para a invaginação e retração gengival.
*demarcação do lençol: os orifícios devem seguir a mesma disposição dos dentes no arco. Anteriores: meio da borda incisal; posteriores: fossa central da superfície oclusal; classe 5: mais 2mm.
SEQUÊNCIA TÉCNICA:
Checar os contatos proximais
Teste do grampo
Montar o lençol no arco – divisão em quadrantes
Demarcação da borracha em cada dente que ira ser isolado
Perfuração do lençol
Lubrificação da borracha e proteção da mucosa
Colocação do guardanapo de papel recortado antes do colocar o dique
Colocação do isolamento de acordo com a técnica escolhida
Liberação da borracha da asa do grampo com instrumento de ponta romba
Passagem da borracha pelos dentes a serem isolados, invaginação nos sulcos
Confecção das amarrias quando necessário
Colocação do sugador
OBSERVAÇÕES GERAIS:
Estabilização do grampo, utilização do fio dental, invaginação da borracha, colocação das amarrias, colocação do grampo no lado oposto sem perfurar o lençol.
AMARRIAS:
Evita infiltração. Facilita invaginacao do lençol em dente com coroa clinica curta ou expulsiva. Passa o fio dental pelos contados proximais fazendo um no duplo e outro simples. A maioria não aguenta sem anestesia. 
REMOÇÃO DO ISOLAMENTO:
Remoção das amarrias (lamina 12 ou tesoura)
Remoção do grampo
Corte da borracha interdentaria
Analise da integralidade da borracha, passar fio dental nos contatos proximais para eliminar qualquer resíduo de borracha
Limpeza da face do paciente com guardanapo
Irrigação da área isolada com agua
Massagem na gengiva com a ponta dos dedos para reativar a circulação
TÉCNICAS DE COLOCAÇÃO:
- DE PARULLA: coloca-se o conjunto grampo-arco-borracha a um só tempo. Não necessita de grampos especiais. Pode-se colocar outro grampo no lado oposto para estabilizar (isolar um pra tras e no mínimo dois pra frente).
- DE STIBBS: coloca-se o grampo, depois a borracha e por ultimo o porta dique. Grampos sem asas ou projeções laterais, pois a borracha deve passar por cima deles. Indicada para isolar um hemiarco, não só um dente.
- DE INGRAHAM: coloca-se o grampo sem asas com a borracha e a seguir o porta dique. Pode ser modificada usando grampos com asas. Utilizada para isolamento de hemiarco.
-DE RYAN: coloca-se o conjunto arco-borracha, e a seguir o grampo. Muito usada na endodontia e para isolamento de dentes isolados.
ISOLAMENTO ABSOLUTO ANTERIOR:
- de canino a canino	
- grampos colocados nos pré-molares
- invaginação adequada ou amarria em todos os dentes
*barreira de proteção para clareamento: resinas fotossensiveis
ODONTOLOGIA RESTAURADORA TRADICIONAL
- tratamento curativo: tratamento dos danos causados pelo processo de doenças. Ciclo restaurador repetitivo (deve-se impedir esse ciclo, com o tratamento tem que existir a prevenção), sem ensinar a prevenção, observar o fluxo salivar. 
1960 - carie é uma doença infecciosa, bacteriana e transmissível.
1960-80 - compreensão da etiopatogenia e como evitar a carie e doença periodontal.
1990 - odontologia de promoção da saúde: prevenção e equilíbrio através da ação sobre as causas das doenças bucais.
Era da odontologia restauradora passou para odontologia de promoção da saúde. 
PREVENÇÃO EM DENTISTICA
Durante muitos anos a pratica odontológica era curativa, passou a ser preventiva.
Antes: em caso de duvida, restaure.
Hoje: em caso de duvida, previna, espere, reavalie.
CARIE ATIVA: mancha branca, rugosa, opaca quando joga jato de ar, com ou sem cavitação. Pode ser AGUDA: branco-amarelado, amolecida, dolorosa. Ou CRONICA: escurecida, resistente a utilização de instrumentos manuais.
CARIE INATIVA: já houve desmineralização (manchas brancas) e remineralização, ficando a cicatriz. Mancha branca, brilhante quando joga jato de ar. Em ESMALTE: mancha branca e brilhante ou pigmentada. Em DENTINA: coloração escura semelhante a carie crônica, dura. 
EVOLUCAO DA ODONTOLOGIA:
- ERA EMPIRICA: sem conhecimento técnico-cientifico
- ERA CURATIVA RESTAURADORA: sem informações sobre saúde, alimentação, apenas restaura. Impera ate os dias de hoje, todo mundo quer colocar lentes de contato. Lente de contato: desgaste mínimo do dente. Facetas: desgaste maior do dente. É o mesmo material.
- ERA MODERNA – ODONTOLOGIA PREVENTIVA – orientações sobre alimentação, etc.
- FASE CONTEMPORANEA CONSERVADORA OU OBSERVATIVA: através da conversa com o paciente, ensinando técnicas de higienização, talvez não precise restaurar. Depende do paciente e do profissional. O paciente precisa aceitar e compreender o profissional. Através da higienização correta e etc. observa-se se o problema aumenta ou diminui, para isso o paciente precisa cooperar.
HISTORICO DOS INSTRUMENTOS
Começamos com baixa velocidade, e hoje já estamos com alta e ultra rotação. 
FAUCHARD – SECULO 18 (1728)
Ate 1852: procedimentos de corte de esmalte e dentina com cinzeis escavadores
1858-1868: primeiros instrumentos rotatórios manuais.
1872: primeiro motor elétrico
Década de 50 do século 20: grande desenvolvimento tecnológico – vibração eletrônica, jato abrasivo, turbina a agua, turbina a ar, sistema ultra sônico, laser.
1950: primeira peça de mão movida por turbina (dispositivo com paletas, que gira velozmente sob impulso de poderosa corrente de ar ou agua – Parulla, N. 1964).
1955: Page-Chayes – primeira peca de mão angulada
1956: primeira turbina a ar
1957: surgiu o Borden Airotor que atingia300.000 rpm
1965: primeiro micromotor
1970: acoplado fibra optica – possível colocar luz na área de trabalho.
Hoje: variedade
Peca reta: muito utilizado em provisórios. 
INSTRUMENTACAO ROTATORIA: velocidade, pressão de corte, torque, concentricidade.
VELOCIDADE AXIAL: se desenvolve seguindo o eixo longitudinal do instrumento rotatório. Gira em torno dela mesmo.
- convencional: 500 a 10 000 rpm (micromotor)
- mediana: 10 000 a 40 000 rpm
- alta: 40 000 a 100 000 rpm (turbina)
- super alta: mais de 100 000 rpm
VELOCIDADE PERIFERICA: velocidade linear da superfície cortante. Medida de acordo com o contato que a área a superfície cortante possui com o dente por unidade de tempo.
PRESSAO DE CORTE: é o resultado de dois fatores sob controle do dentista, forca e área. Quanto maior a pressão exercida, maior o calor gerado. Devem ser feitos movimentos com delicadeza. P = F/A. F: forca A: area
Capacidade de o instrumento resistir à ação da pressão produzida pelo contato de superfície que esta sendo submetido ao corte, sem que seu movimento seja interrompido. Pressões elevadas podem causar calor excessivo. Com as turbinas o torque eh bem menor. Máximo: 1000 g
CONCENTRICIDADE: simetria da ponta ativa da broca. Já a excentricidade esta relacionada com o intermediário e a haste.
ASPECTOS BIOLÓGICOS
- produção de calor
- vibração 
- ruído
- rugosidade das paredes
- contaminação
Produção de calor
O calor gerado é diretamente proporcional à pressão e velocidade. 
- alteração pulpar: aumento da temperatura da polpa acima de 5 graus pode levar a resposta inflamatória da polpa (pulpite) e ate dano permanente (necrose).
- reação de rebote: reação biológica que acontece no lado oposto onde ocorre a produção de calor (através de ondas).
Há necessidade então de refrigeração para dissipar o calor. Pode ser através de ar, agua, ar/agua (spray).
- sistema de 3 furos: refrigera a fresa, tecido dental cortado.
- sistema de refrigeração para contra ângulo: direto na ponta.
VIBRACAO E RUIDO: 
Causa fadiga ao operador, desgaste ao instrumento, transtornos auditivos, incômodos para o paciente, reação destrutiva no dente e periodonto. A sensação de vibração eh menor com a alta velocidade. Uso de materiais anti-acusticos nas clinicas, cortiça, isopor, no piso, parede e teto.
Trabalhar com movimentos intermitentes, fazendo com que os períodos de silencio sejam maiores que os de trabalho. Manter os instrumentos em perfeito estado de uso, lubrificados. 
RUGOSIDADE DAS PAREDES:
O aumento da velocidade de rotação dos instrumentos produz rugosidade nas paredes cavitárias que são mais acentuadas quando as laminas são dentadas. 
CONTAMINACAO:
Usar EPIs para evitar contaminação através dos aerossóis, saliva, etc. 
*As pecas de mão retas são usadas geralmente nos casos de preparos de cavidades em dentes anteriores, com acesso vestibular. A rotação convencional geralmente eh utilizada para o acabamento das paredes cavitárias após instrumentação com alta rotação, e também, no preparo de cavidades de dentes anteriores quando se requer o mínimo de extensão. As turbinas de alta velocidade são utilizadas para a rápida redução da estrutura dentaria e determinação das formas de contorno. 
INSTRUMENTOS ROTATORIOS
Os instrumentos rotatórios podem ser classificados em dois grupos, segundo o seu modo de ação: 
por corte – representados pelas brocas.
por desgaste – representados pelas pontas diamantadas, pedras montadas de carburundo e outros abrasivos. 
PARTES FUNCIONAIS:
São classificadas com base na forma ou no material
- estrutura dos instrumentos: - cabeça abrasiva, haste, encaixe, colo. – desmontáveis: cabeça abrasiva (disco) e mandril.
INSTRUMENTOS ROTATORIOS DE CORTE: BROCAS
FATORES DE INTERFERÊNCIA DE CORTE:
Tamanho, formato, material da parte cortante (tungstênio corta mais que aço), tamanho e orientação das partículas abrasivas, numero de laminas em uma broca (menos: mais cortante, mais: acabamento)
Corte: granas grossas e normais, acabamento: finas. 
MATERIAIS PARA FABRICACAO DAS FRESAS:
- aço: mais utilizado em baixa rotação para remocao de dentina cariada. Fraturar esmalte, alisar e localizar formas retentivas.
- carbide (carboneto de tungstênio) – utilizado em alta ou baixa rotação para preparo de cavidades, remocao da dentina cariada. Extremamente cortante, dura mais que a de aço. 
HASTE: porcao conectada a peca de mao
COLO: separa a haste da ponta ativa
PONTA ATIVA: parte mais importante
QUANTO A FORMA: 
CILINDRICAS: os lados maiores permitem a confecção de paredes laterais planas e lisas. Confeccionar paredes circundantes paralelas e avivar ângulos diedros. Corte na extremidade e laterais. Com extremo plano ou arredondado. 
- cilíndrica lisa: são planas. 55 ½ a 62
- cilíndrica picotada: Corte transversal: corte grosseiro, extensão cavitária e criação de paredes. Maior rugosidade. 556 a 563
ESFERICAS: remoção da dentina cariada, retenção, acesso de cavidades em dentes anteriores. 
-lisas: penetração inicial do dente, e localização dos sulcos de retenção. ½, ¼, 1 a 11.
CONE INVERTIDO: extensão cavitária, ocasionalmente para estabelecer as angulações na parede, e principalmente para retenções adicionais. Provoca desgaste acentuado de dentina. 33 ½ a 40.
TRONCO-CÔNICA: paredes expulsivas (não utilizadas para amalgama, usada para prótese), determinam sulcos ou canaletas em cavidades para restaurações metálicas fundidas, determinam retenções adicionais.
-lisas: superfície regular e lisa. 603 a 605, 170 e 171.
-picotadas: cortar paredes de esmalte e dentina formando-as expulsivas podem ser retas ou espirais. Classe 2 OP, OV. 699 a 703.
RODA: retenção adicional, remoção grosseira de estrutura dental. Usadas especialmente em retenções de classe V. 11 ½ a 16 com exceção da 13 e 15.
- esférica: ¼ , ½ , 1, 2, 4, 6: As brocas esféricas são utilizadas principalmente para acesso a cavidade de dentes posteriores, proximais de dentes anteriores, escavação de tecido cariado, remoção de dentina contaminada. As brocas de menor diâmetro (1/4, ½ w 1) são utilizadas para determinar retenções adicionais em forma de orifícios e/ou caneladas para preparos de restaurações metálicas, além de serem úteis pra acesso a lesões incipientes. As demais brocas (maior diâmetro) são utilizadas para remoção de dentina cariada (baixa velocidade) e eventualmente em alta velocidade para a abertura de cavidades: a indicação varia em função do tamanho da lesão.
- cilíndrica lisa: 56: Utilizadas para confeccionar paredes circundantes paralelas e avivar ângulos diedros, aplicados para restaurações metálicas. Acabamento de cavidades e planificação de parede pulpar.
- cone-invertido em formato de pera: 245: Apropriadas para confecção de preparos cavitários para amálgama. Determinam cavidades auto-retentivas com paredes circundantes ligeiramente convergentes para oclusal, 329, 330: Confecção de cavidades conservadoras para resina composta. As brocas de menor calibre servem também para confecção de orifícios e canaletas de retenção.
- tronco-cônica picotada: 699: confecção de canaletas de retenção adicional em cavidades para amálgama e restaurações metálicas fundidas.
INSTRUMENTOS ROTATORIOS POR DESGASTE: 
Empregados para abrasão da estrutura dentaria
AGLUTINADOS: confeccionados de pequenas partículas abrasivas fixadas com uma substancia aglutinante a haste metálica. Representados pelas pontas diamantadas, pedras e pontas de carburundo, oxido de alumínio, carboneto de silício ou de abrasivo impregnado com borracha (acabamento e polimento de resina composta).
REVESTIMENTO: confeccionados com uma fina camada de abrasivo cimentado em base flexível. 
PONTAS DIAMANTADAS:
São indicadas para reduzir a estrutura dentaria, tanto de esmalte como de dentina, e devem ser utilizadas com refrigeração aquosa para eliminar os detritos que se depositam entre os grãos, cuja consequência eh a reduçãoda eficiência de desgaste e maior produção de calor friccional
Eficiência de corte ate o quarto preparo MOD.
Esféricas: escavação dos tecidos cariados, retenção adicional, acentuam sulcos e regulariza margens (amalgama), melhoram a anatomia das restaurações metálicas fundidas ou plásticas.
Numero de dentes e laminas: geralmente de 6 a 8, quanto maior o espaço entre os dentes melhor o corte. 
- esférica: 1012, 1013, 1014 e 1016: são utilizadas principalmente para o acesso inicial a lesão cariosas, retenções adicionais, acentuam sulcos e regularizam margens (amalgama).
- cilíndrica de extremidade plana: 1090, 1091: avivam ângulos diedros
- semi-esférica: 1164: Utilizadas para determinar retenções adicionais em cavidade de classes I e V, e planificação de paredes do preparo
- ponta de lápis: 2200: confecção de bisel
- chama: 3118 e 1111: confecção de bisel em esmalte, acabamento do angulo cavossuperficial -> remove prismas fragilizados, desgaste para ajuste oclusal. Chama de vela. 3118 é mais gordinha, a 1111 é mais alongada.
- influencia da carga: carga significa forca exercida pelo dentista sobre a cabeça da ferramenta.
- influencia da velocidade: quanto mais carga, mais baixa velocidade rotacional mínima. A correlação depende se o esmalte e a dentina estão sendo cortados do formato e composição da broca. 
- desinfecção, limpeza e esterelização: imersão com agente de desinfecção enxague e secagem, estufa, autoclave.
- vantagens das altas velocidades: corte rápido e fácil, redução das vibrações, pressão de corte e calor, menor tempo de trabalho.
- inconvenientes: custo, perigo de sobre extensão cavitária ou perfuração pulpar, necessidade de refrigeração, menor torque, maior ruído.
- assepsia: algodão embebido em álcool, nunca mergulhe a peca de mão em soluções. 
INSTRUMENTOS CORTANTES MANUAIS
Usados para clivar, cortar e planificar as estruturas dentárias, ou ainda, complementar a ação dos instrumentos rotatórios. As cavidades acabadas com esses instrumentos demonstram redução da infiltração marginal. Podem ser simples ou duplos. São constituídos por cabo, intermediário e lamina (ponta ativa).
- formula do instrumento: 
3 números: o primeiro indica a largura da lamina em décimos de milímetro, o segundo , o comprimento em mm, o terceiro, o ângulo formado entre a lamina e o eixo longitudinal do cabo, em graus centesimais. Os instrumentos que apresentam extremidade cortante em ângulo reto com o eixo longitudinal da lamina possuem formula com 3 números. Já os que apresentam a lamina com outra angulação não perpendicular ao longo eixo da lamina apresentam um quarto numero que aparece em segundo lugar e representa o ângulo formado pela extremidade cortante da lamina e o eixo longitudinal do instrumento. 
Tipos:
	- Cinzel: Usado para clivar e aplainar o esmalte. Ainda pode ser reto (intermediário e lamina retos, bisel em apenas um dos lados da lamina), monoangulado (possuem um ângulo intermediário), biangulado (duas angulações no intermediário) ou de Wedelstaedt (intermediário e lamina ligeiramente curvos).
	- Enxada: Usada para alisar as paredes da cavidade. Enxada monoangulada 8-9
	- Machado para esmalte: (lamina paralela ao eixo longitudinal do instrumento) Usado para clivar e aplainar esmalte. Machado para esmalte 14-15
	- Machado para dentina: Usado para fazer retenção incisal em cavidades de classe III.
	- Recortador de margem gengival: Usado para arredondar o ângulo axio-pulpar, planificação do ângulo cavossuperficial gengival, determinação de retenção na parede gengival de cavidade de classe II. Recortador de margem gengival 28 e 29
	- Formador de ângulo: (extremidade da lamina em ângulo agudo com o eixo longitudinal do instrumento) Usado para acentuar ângulos diedros e triedros, e determinar formas de retenção em cavidade de classe III e V.
	- Colher de dentina: Usada para remoção do tecido cariado.
CAVIDADES DE CLASSE I
Tratamentos de caries que se originam nos defeitos estruturais do esmalte.
AMALGAMA CLASSE I SIMPLES
Estas lesões se estendem mais em profundidade do que em superfície.
FORMA DE CONTORNO: área de superfície do dente que será incluída no preparo. Áreas suscetíveis a carie, preservando áreas de reforço.
MATERIAIS UTILIZADOS:
Fresa 56, 245, pontas diamantadas 1090, 1091, enxada monoangulada 8-9, recortador de margem gengival 27 e 28.
- fresa escolhida, na fossa central, inclinada 45 graus, aprofunda e verticaliza, paralela ao eixo longitudinal. 
- no macro, aprofundar 3mm, no manequim 2mm
- preservando as vertentes internas das cúspides
- movimento para mesial e distal formando uma canaleta, sulco central.
- profundidade: ½ da ponta ativa da fresa
- largura: ¼ da distancia entre as cúspides
- envolver sulcos secundários vestibular e lingual e sulcos originados nas fossetas mesial e distal
EXCEÇÃO: em pré-molares inferiores, a fresa entra perpendicular ao plano intercuspideo, para não alcançar a polpa.
FORMA DE RESISTÊNCIA: 
- dente e restauração resistentes aos esforços mastigatórios
- parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal
- ângulos diedros do 2 grupo definidos ou arredondados (depende da fresa)
- paredes vestibular e lingual paralelas entre si ou convergentes para oclusal (depende da fresa)
- paredes mesial e distal levemente divergentes para oclusal para acompanhar os prismas de esmalte
FRESA 56:
- abertura vestíbulo-lingual: ¼
- parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal
- paredes vestibular e lingual paralelas entre si
- paredes mesial e distal levemente divergentes para oclusal
- ângulos diedros do 2 grupo vivos e definidos
- ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel
FRESA 245:
- abertura V-L: ¼
- parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal
- paredes V e L convergentes para oclusal
- paredes M e D levemente divergentes para oclusal
- ângulo diedro do 2 grupo ligeiramente arredondados
- ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel
FORMA DE RETENÇÃO:
Evitar o deslocamento da restauração. 
- profundidade maior que a largura
- Profundidade mínima de 0,5 mm além do limite amelo-dentinário
- paredes vestibular e lingual convergentes para oclusal
Quando a cavidade for mais profunda que larga, ela será automaticamente retentiva. Quando for mais larga que profunda tem que lançar mecanismos de retenção adicional.
- as retenções adicionais são feitas a base das cúspides, sempre em sentido de lateralidade – V e L – nunca em profundidade.
ACABAMENTO DAS PAREDES:
Remoção dos prismas de esmalte sem suporte dentinário, por meio de alisamento das paredes circundantes e de fundo.
- enxada monoangulada – sem tocar nos ângulos se usar a fresa 245, se usar a 56, deve tocar.
LIMPEZA DA CAVIDADE: 
Todo dente antes de restaurar deve estar limpo e seco. Eliminar resíduos que possam interferir na interação entre material restaurador e substrato dentário. A limpeza e o produto usado dependem do material restaurador. 
AMALGAMA CLASSE I COMPOSTA OCLUSO-PALATINA
MATERIAIS:
- fresa 56 ou 245 e 699
- enxada monoangulada 8-9
- recortador de margem gengival 28
FORMA DE CONTORNO:
- extensão total do sulco palatino
- preservação de estruturas de reforço (ponte de esmalte, vertente de cúspide, crista marginal) 0,5 mm envolve a ponte, 2 mm protege
- fresa na fossa central, inclinada para palatina, profundidade correspondente a metade da ponta ativa, macro 3 mm, manequim 2 mm
- fresa é movimentada para lingual acompanhando o sulco disto lingual da face oclusal, mantendo a largura correspondente ao diâmetro da broca.
- parede pulpar plana e paralela à inclinação da ponte de esmalte, um pouco inclinada ao centro do dente.
- paredes circundantes acompanham o formato da fresa
- confecção da parede distal da caixa oclusal levemente expulsiva acompanhando os prismas de esmalte
Caixa palatina:
- estende a parede pulparda oclusal na região do sulco, ate remover a parede lingual.
- fresa paralela ao nível do sulco, com movimentos no sentido gengivo-oclusal
- parede axial paralela à superfície externa do dente
- parede gengival perpendicular à superfície palatina, ligeiramente inclinada no sentido axial (autorretentiva).
- a enxada encosta nas paredes circundantes de for a 56
FORMA DE RESISTÊNCIA E RETENÇÃO:
- inclinação da caixa oclusal que resulte em maior espessura do amalgama
- integridade das estruturas de reforço
- arredondamento do ângulo axio pulpar com recortador de margem gengival
- profundidade uniforme, mais profunda que larga.
- usando a 245 as paredes circundantes ficam convergentes para oclusal (autorretentivas)
- necessita retenção adicional na caixa acessória (palatina):
- 699 no macro e ¼ no manequim
- canaleta ou sulco nos ângulos diedros mesio e disto axial, devem ultrapassar o ângulo axio pulpar sem, no entanto atingir o cavossuperficial oclusal. Sem tocar no esmalte. 
CARACTERISTICAS FINAIS DA CAVIDADE:
245:
- parede pulpar plana acompanhando a inclinação da ponte de esmalte
- paredes circundantes convergentes para oclusal
- ângulos diedros do 2 grupo arredondados
- parede gengival perpendicular a superfície pulpar, ligeiramente inclinada axialmente, ou plana.
- parede axial paralela a superfície do dente, acompanhando a inclinação da face lingual do dente.
- ângulo axio pulpar arredondado
- ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel
- caixa oclusal envolve sulcos secundários da fosseta distal
56:
Mesmas características da 245, exceto:
- paredes circundantes paralelas entre si
- ângulos diedros do 2º grupo vivos e definidos
CAVIDADE CLASSE V
Preparada no terço cervical de todos os dentes, desenvolvidas a partir de uma lesão cariosa ou de um processo de abrasão, erosão, abfração. 
ETIOLOGIA:
Diagnostico – ponto mais importante
- processos cariosos
- erosão
- abrasão
- abfração
Desmineralização igual à remineralização – recupera (higienização)
Desmineralização maior que remineralização – carie
EROSÃO:
Dissolução do esmalte por processos químicos (ácidos), que não envolvem bactérias. Patologia destrutiva, lenta, gradual, progressiva e irreversível dos tecidos duros. 
- ativa: erosão em processo, clinicamente diagnosticada pela espessura delgada das paredes de esmalte que se encontra fosco.
- latente: paralisada ou inativa
ABRASÃO:
Desgaste patológico por processo mecânico anormal (escova muito dura, etc).
ABFRAÇÃO:
Microfraturas no esmalte, que vai se soltando (não vemos). Rompimento dos prismas por forcas, falta de ajuste oclusal, contato prematuro exacerbado. Resultante de microfraturas que ocorrem no esmalte devido a flexão do dente em função de trauma oclusal. Desajuste oclusal (determinar onde ta o contato exacerbado e fazer um desgaste – ajuste oclusal). 
ATRIÇÃO: (não faz parte da etiologia da classe V)
Desgaste proveniente do contato dente contra dente, envolvendo superfícies oclusais e incisais.
DEVE-SE DETERMINAR O TIPO DE LESÃO.
MATERIAIS RESTAURADORES:
Amálgama, resinas compostas, cimentos de ionômero de vidro (paciente jovens ou com alto índice de carie), técnica do sanduiche (ionômero e resina).
CONSIDERAÇÕES GERAIS – classe V
- profundas: aspecto biológico – espessura do esmalte na cervical eh mais fino.
- rasas: mecanicamente
- proximidade com periodonto
LESÕES SULCO-GENGIVAL / SUB-GENGIVAIS
- afastamento gengival – grampo retrator 212 de ferrier, fios retratores.
- interação perio-dentistica - Gengivectomia, retalho total.
- uma das paredes geralmente se localiza no limite amelo dentinario
*quando há esmalte na parede gengival, pode usar resina composta.
FORMA DE CONTORNO:
- delimitação do contorno – 1,5 mm da gengiva marginal
- penetração inicial com a 245, região central em ângulo agudo com a superfície vestibular do dente
- oclusal e cervical acompanha a curvatura da gengiva marginal
- profundidade: 1,5 mm (1/3 da fresa) no manequim e 2,5 mm (1/2 da fresa) no macro – para amalgama (todo preparo para amalgama deve ser no mínimo 0,5mm em dentina)
- movimento sentido mesial e distal, confecção da parede axial convexa mantendo uniforme a profundidade.
- paredes circundantes: ângulo reto com a superfície externa, perpendiculares à superfície externa do dente, ligeiramente expulsiva a partir da axial.
- proximais ligeiramente expulsivas
FORMA DE RESISTÊNCIA: 
Não é muito critica para essa cavidade, pois a área gengival do dente não esta diretamente exposta aos esforços mastigatórios. Fresa 56, 33 ½, ¼, 11 ½ 
- parede axial convexa ou paralela à superfície externa do dente
- paredes circundantes ligeiramente expulsivas formando ângulo reto com a superfície externa do dente
- ângulos diedros do primeiro grupo arredondados
- retenções adicionais em forma de canaletas nos ângulos axio-gengival e axio-oclusal as expensas das paredes gengival e oclusal, não da axial – nas proximais não se faz.
FORMA DE CONVENIÊNCIA:
- Confecção da parede axial convexa com espessura uniforme. É uma forma de conveniência biológica para o dente, pois evita a remoção de dentina sadia do centro da parede axial.
-isolamento do campo operatório. Se não der, usa fios retratores.
ACABAMENTO:
- fresa cilíndrica 56/245
- enxada monoangulada
- recortador de margem gengival (remover prismas de esmalte)
LIMPEZA DA CAVIDADE:
- desde a instrumentação do preparo
- uso jatos de ar/agua
- isolamento do campo
- aplicação de agentes de limpeza e/ou antissépticos específicos (depende do material restaurador)
CARACTERISTICAS FINAIS: 
- parede axial convexa em todos os sentidos
- paredes circundantes ligeiramente expulsivas, em ângulo reto com a superfície externa
- ângulos diedros do primeiro grupo arredondados e do segundo definidos
- cavossuperficial nítido e sem bisel
- retenção gengival e oclusal

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