Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOR Definição da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP): “DOR É UMA EXPERIÊNCIA SENSORIAL E EMOCIONAL DESAGRADÁVEL ASSOCIADA A UMA LESÃO TISSULAR REAL OU POTENCIAL”. 1 2 A percepção da dor é subjetiva e é influenciada por muitos fatores. Um estímulo sensorial idêntico pode induzir respostas bastante distintas no mesmo indivíduo sob condições diferentes. A dor não é uma expressão direta de um evento sensorial, mas sim o produto elaborado de uma variedade de sinais neurais processados pelo encéfalo. TIPOS DE DOR -considerações gerais- -Dor Aguda: função adaptativa e protetora, pois desencadeia reflexos motores e reação de retirada na tentativa de evitar lesão; está presente na maior parte das patologias clínicas. -Dor Crônica: não-adaptativa e não-protetora, pode levar a estados depressivos. 3 4 5 Além dos TRP, outros receptores e canais são expressos nas terminações sensoriais nociceptivas: Canais de Na+ sensíveis a voltagem (porém resistentes à tetrodotoxina, TTX), particularmente o SCN9A, também chamado de NaV1,7 Uma classe de mutações no gene inativa o canal SCN9A e resulta em uma completa incapacidade de sentir dor (sem potencial de ação não haverá dor). Outra classe de mutações gera dor extrema. Outro receptor envolvido com Nocicepção: P2X3 (ativado por ATP liberado do tecido lesado) Canais iônicos envolvidos com Nocicepção 6 7 8 Vias ascendentes EspinohipotalâmicoSistema Protopático PBN Amígdala Componente afetivo da dor Cervicotalâmico 9 O tálamo lateral: localização precisa de uma lesão! Lesões/isquemia/estimulação elétrica no tálamo induzem dor intensa Córtex cingulado – estado emocional associado à dor Córtex insular – integração sensorial, afetiva e cognitiva. Componente autônomo das respostas à dor. 10 Alodinia e Hiperalgesia Pacientes com alodinia sentem dor em resposta a estímulos que normalmente são inócuos (p.ex.: afago leve na pele queimada). Não sentem dor constantemente; na ausência de um estímulo periférico não há dor. Pacientes com hiperalgesia (aumento da sensibilidade à dor, i.e., sensibilização dos nociceptores) exibem uma resposta exagerada a estímulos nocivos – costumam reportar dor persistente na ausência de estimulação sensorial. 11 O ácido acetil-salicílico e outros analgésicos anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) são efetivos em controlar a dor, pois bloqueiam a atividade de enzimas COX, reduzindo a síntese de prostaglandinas. A sensibilização periférica é desencadeada por uma mistura complexa de substâncias químicas liberadas das células danificadas que se acumulam no local do tecido lesionado. Bradicinina, fator de crescimento neural (NGF), ATP, histamina, serotonina, prostaglandinas, leucotrienos, acetilcolina. Pelas terminações: substância P, CGRP (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina) 12 Inflamação neurogênica (mastócitos) (NGF) 13 Fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF) causa ainda maior aumento da excitabilidade e facilita a ativação dos neurônios do corno dorsal 14 Cotransmissão: Glutamato + Substância P e/ou CGRP ou Somatostatina ou Galanina ou Encefalina Difundem-se, podendo contribuir para o caráter pobremente localizado de muitas condições dolorosas. Cotransmissão no corno dorsal (Fibras C) 15 Aumento da excitabilidade dos neurônios do corno dorsal 16 Aferências no corno dorsal 17 Outra explicação anatômica para exemplos de dor referida é que axônios de neurônios sensoriais nociceptivos se ramificam, inervando a pele e alvos viscerais. 18 Mecanismos Centrais de Modulação da informação Nociceptiva Teoria da Comporta Via Descendente Inibitória 19 20 Teoria da comporta para o controle da dor - convergência - - Teoria da Comporta - 21 22 A teoria de convergência também ajudou a incentivar o uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS, de transcutaneous electrical nerve stimulation) . Com a TENS, os eletrodos de estimulação são colocados na periferia e ativam fibras aferentes de grande diâmetro que se sobrepõem na área da lesão e da dor. 23 MODULAÇÃO ENDÓGENA DA DOR 24 Vias descendentes de controle da dor Naloxona = antagonista opiaceo Ativa a via descendente 25 26 27 28 Os opiáceos regulam a transmissão nociceptiva das sinapses no corno dorsal por meio de dois mecanismos principais: 1) Pela ligação aos receptores nos terminais sensoriais pré-sinápticos, diminuem a condutância ao Ca++ = inibem a liberação do neurotransmissor. 2) Aumentam a condutância ao K+ nos neurônios do corno dorsal, hiperpolarizando-os (ficam menos excitáveis).
Compartilhar