Buscar

FICHAMENTO Del Rio, Vicente.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Del Rio, Vicente. INTRODUÇAO AO DESENHO URBANO NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO - São Paulo: PINI, 1990.
"Foi nos anos 60 que, pela primeira vez, intensas e violentas ondas de protesto enfrentavam as intervenções urbanísticas e os programas de renovação urbana das grandes cidades." P.19
"Esvaziamento este que, na maioria das vezes, não era causado pelas características físico-ambientais das áreas, mas de um lado, pelas próprias politicas regionais vigentes e de outro, pelos novos modos de vida e paradigmas buscados pela classe média, insultados pela sociedade de consumo.” P. 20
“Por todo mundo iriam implementar-se politicas e programas do tipo ‘arrasa quarteirão’, inclusive no Brasil. O Rio foi palco de diversos deles, inaugurados por Pereira Passos na virada do século, para serem retomados depois, na época do milagre. Ainda hoje sentem-se os efeitos de intervenções modernistas traumatizantes.” P.21
“Na década de 60 o mundo despertou para a questão do patrimônio histórico, para os valores tradicionais, a produção vernacular, as culturas alternativas e uma maior consciência dos excessos do consumismo.” P. 24
“O vernacular define-se como a linguagem, técnicas e valores transmitidos tradicionalmente na cultura de um determinado grupo social, sem sofrer maiores influencias externas.” P.24
“A semiologia estuda todos os fenômenos de comunicação como se fossem um sistema de símbolos, ou seja, uma linguagem.” P.24
“A partir do crescente descontentamento dos habitantes submetidos a ambientes modernistas e dos movimentos de protesto e resistência aos programas de intervenção urbana, [...], as populações das grandes cidades dos países desenvolvidos foram conquistando importantes reivindicações.” P. 28
“Era crescente o distanciamento dos políticos das reais necessidades da população. Os governos viram-se, então, obrigados a lidar com a participação popular nos processos de planejamento, mesmo porque se conscientizaram que esta seria uma solução mais populista e econômica do que o enfrentamento direto.” P.31
“Não se pode negar, entretanto, que a partir disto os processos de planejamento se tornaram mais transparentes para a população e mais permeáveis a suas reivindicações: mais em alguns países e cidades do que em outros.” P.32
“Em Amsterdã, na Holanda, o governo viu-se obrigado a ceder aos protestos, implantando um sistema de repasse de verbas a fim de que as comunidades contratassem seus próprios escritórios de projeto para elaboração de planos locais, pois verificou-se ser muito mais barato do que se o governo procedesse à produção e aprovação do plano frente à participação dos moradores.” P.32
“A ideia básica seria a institucionalização de processos participativos em habitação, maior autonomia local e o Estado agindo como provedor de condições não-passiveis de serem conquistadas pelas comunidades como programas de financiamento, transporte coletivo, assistência técnica, acesso à terra, etc.” P. 35
“Também foi nos anos 60 que apareceram as primeiras criticas ao que era preconizado pelo Movimento Moderno para a Arquitetura e o Urbanismo. Os moradores e os usuários dos ambientes e edificações modernas, projetados com as tão conhecidas premissas modernistas, manifestavam-se descontentes, tanto em termos estéticos quanto de conforto ambiental, ou mesmo quanto aos aspectos econômicos e funcionais.” P.35
“Se os operários gostaram de sua habitação? Oh, eles reclamram, o que era próprio de sua natureza neste momento histórico. Em Pessac as pobres criaturas estavam desesperadamente virando os frios cubos de Corbu de dentro para fora, tentando torna=los aconchegantes e coloridos. Mas isto era compreensível. Como o próprio Corbu disse, eles tinham de ser reeducados para entender a beleza da Cidade Radiosa ... não havia porque consulta-los diretamente pois, como Gropius havia dito, eles eram intelectualmente subdesenvolvidos” (WOLFE 1981: 32) P. 37
“A primeira razão estaria no plano político e, consequentemente, nos próprios objetivos do Planejamento. Explica-se com o distanciamento dos políticos e seus programas de partido das reais necessidades e interesses imediatos das comunidades. Três são as causas principais apontadas por GOODEY (1981 : 17/18) para explicar o declínio do entusiasmo e esperança em assuntos políticos nos países europeus: desfacelamento da base comunitária das sociedades, controle centralizado dos serviços públicos e a submissão dos assuntos locais aos interesses dos partidos politicos.” P.43
"planejadores e outros assessores técnicos têm influência apenas na medida em que puderem persuadir seus supenores políticos; o seu poder é o poder da idéia" (BECKMAN 1964 262)” P.44
“Evidentemente, a falta de processos de participação comunitária efetiva seria uma das maiores causas destes demandos, assim como a falta de sensibilidade quanto à dimensão temporal dos planos, tanto a política, relativa à continuidade administrativa, quanto a percebida pela população atingida, que espera resultados concretos em curtos espaços de tempo.” P44
“Enquanto o Desenho Urbano se concentra, atualmente, em compreender as complexidades do processo de desenvolvimento urbano e em elaborar possibilidades para intervenções a nível da qualidade físico-ambiental, já em sua institucionalização acadêmica inicial admitia-se que ele não poderia ignorar praticamente nenhuma área de conhecimento do ambiente urbano e da vida de seus habitantes.” P.48
“Pudemos verificar que seu surgimento deu-se no "preenchimento do vazio" entre as disciplinas de Arquitetura e Planejamento, cobrindo o campo vivencial mais próximo do usuário dos sistemas e estruturas urbanas.” P. 50
“Enquanto o Planejamento lida com decisões políticas e locacionais, o Desenho Urbano trata da natureza dos elementos urbanos e suas inter-relações, como experimentados e compreendidos pela população. P.53
“as relações entre as formas urbanas e os processos sociais que as produzem e delas se apropriam são, realmente, indicativos das características de uma sociedade. Há muito concorda-se na importância do estudo da história urbana como processo social para uma melhor compreensão do momento presente e melhor determinação de nosso future, […]” P. 53
“O Desenho Urbano aparece como uma dimensão que deve sempre permear o processo de planejamento, desde a elaboração dos objetivos gerais até a consecução de suas estratégias e recomendações específicas.” P. 57
“Elaboração de objetivos, planejamento, desenho, implementação e administração devem ser compreendidos como intimamente inter-relacionados. Os planos determinam e influenciam o físico-ambiental tanto quanto o Desenho Urbano deve influenciar a elaboração dos planos e seus objetivos […]anente, um processo indispensável à tomada de decisões. A partir de decisões políticas a nível dos objetivos sociais e econômicos a serem alcançados, é através do planejamento que estabelecemos os melhores meios e ações para atingir estes objetivos..” P.57
“Vemos que diversas cidades têm adotado processos de Desenho Urbano integrados a seus processos de Planejamento, com bastante êxito tanto em termos de qualidade físico-espacial quanto em termos econômicos.” P. 63
“muito disto vai depender em aprendermos como escutar as pessoas não-profissionais, compreender o que querem, como eles vêem, e realmente colaborar com eles ...” (APPLEYARD, 1979:22) P. 68
“O que permeia as teorias adotadas talvez seja a tentativa de buscar sempre dimensões de análise e atuação sob a ótica do usuário. Ou seja, as formas com que ele vê, sente, compreende, utiliza e se apropria da cidade, de sua forma, seus elementos e suas atividades sociais. Esta pustura é, sem dúvida, coerente com a definição para Desenho Urbano que propusemos na primeira parte deste trabalho.” P.69
“A Morfologia Urbana surgiu a partir de um questionamento das atitudes modernistas em relação às cidades históricas e as relações sociais que as regem;.” P.71
“Morfologia Urbana" está em compreender a lógica da formação, evolução e transformação dos elementos urbanos, e de suas inter-relações,a fim de possibilitar-nos a identificação de formas mais apropriadas, cultural e socialmente, para a intervenção na cidade existente e o desenho de novas áreas.” P.85
“a "Análise Visual" busca, através de uma compreensão das mensagens, dos relacionamentos percebidos entre elementos componentes de um conjunto e das emoções que nos transmitem, a lógica condicionadora das qualidades estéticas urbanas. É uma categoria de análise subjetiva, no sentido que depende basicamente da capacidade de observação e interpretação do pesquisador, consequentemente permeada por seus próprios sistemas de valores.” P.91
" ... a percepção como instrument mediador importante entre o homem e o meio ambiente urbano e a reformular-se o enfoque até então em prática: as qualidades e as necessidades não são mais consideradas absolutamente concensuais, mas variáveis entre grupos, culturas e épocas" (KOHLSDORF 1985 51). P.92
“o Homem se comunica através de um processo cognitivo, que é a construção do sentido em nossas mentes. Este processo possui fases distintas: percepção (campo sensorial), seleção (campo da memória, e atribuição de significados (campo do raciocínio), num curso que leva a dois fins precisos, ou seja, ação e memorização (BAILLY 1979, OLIVEIRA 1983)” p.92
“Para o Desenho Urbano, os objetivos principais destes estudos se tornam claros: a identificação de imagens públicas e da memória coletiva. A partir do estudo do que os usuários percebem, como e com que intensidade pode-se montar diretrizes para a organização físico-ambiental” p.92
“os estudos de percepção possibilitamnos dese_nvolver uma " ... compreensão sistemática e científica da visão de dentro para fora, para complementar o enfoque científico mais tradicional e externo" (WHYTE 1977: 11). A importância disto reside no fato que a população busca perceber lugares familiares em seu ambiente construído que estejam carregados de memórias significativas e que possam
gerar-Ihes estabilidade psíquica e social.” P.96
“O espaço transforma-se em lugar na medida em que adquire definição, significado e uma determinada carga emocional para o observador; quando podemos entendê-Io e coordená-Io através dos sentidos, conhecimento e sensações, ele se torna lugar (TUAN 1974).” P.96
“O estudo das necessidades e comportamentos ambientais verificáveis nas
ruas foram também determinantes para a Implantação do importante princípio de "woonerf" na Holanda: ruas residenciais onde, embora os pedestres sejam sagrados e tenham prioridade convivem com o tráfego local que tem sua velocidade controlada através de legislação limitadora de velocidade e dos próprios elementos construtivos, mobiliário e paisagismo.” P.98
“No sentido das interações sociais, PFEIFFER (1980: 35) lembra que" ..., tem-se dado pouca atenção à criação consciente de espaço público para a administração da interação social .., ". P.100
“A qualidade final do urbano, seja no tratamento de suas partes (calçadas, lotes, quarteirões, por exemplo). seja no tratamento de seu todo (interligações entre bairros, caráter çJa cidade, crescimento e expansão, por exemplo) em muito depende do inter-relacionamento entre as categorias acima descritas e a conformação de cada uma delas.” P.108
“

Outros materiais