GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO IFMT

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 
CAMPUS SÃO VICENTE
FACULDADE DE AGRONOMIA
DISCIPLINA:GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO
PROF.: LUÍS CARLOS COELHO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
O SOLO (CONCEITUAÇÕES)
ROCHAS E MINERAIS
INTEMPERISMOS DAS ROCHAS E MINERAIS
OS ARGILOMINERAIS DO SOLO
CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DAS ARGILAS
A MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO
A ÁGUA DO SOLO
O AR DO SOLO
PROPRIEDADES FÍSICAS E MORFOLÓGICAS DO SOLO
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DO SOLO
CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
LEVANTAMENTOS PEDOLÓGICOS
SOLOS E AMBIENTES BRASILEIROS
FORMA DE AVALIAÇÃO
Três avaliações escritas
- Primeira prova (SETEMBRO) (25%)
- Segunda Prova (OUTUBRO) (25%)
-Terceira Prova (NOVEMBRO) (25%)
- Trabalho Prático final (25%)
Média Semestral (MS) = P1 x 0,25 + P2 x 0,25 +P3 x 0,25 + TP x 0,25
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de 
 Classificação de Solos. Rio de Janeiro, 1.999. 412p.
LEMOS, R. C. & SANTOS, R. D. Manual de descrição e coleta de solo no
 campo. 2ª ed. Campinas, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1984.
 46p.
LEPSCH, I.F. Solos – Formação e Conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. 177p 
PRADO, H, do. Solos do Brasil: gênese, morfologia, classificação e 
 Levantamento . Piracicaba, 2000. 182p. 
RESENDE, M.; CURI, N.; RESENDE, S.B. & CORRÊA, G.F. Pedologia: 
 base para distinção de ambientes. Viçosa, NEPUT, 1997. 2ª ed. ver. e 
 ampl., 367 p.
IBGE/EU-GO/GRNEA Manual Técnico de Pedologia. Oliveira, V. A. (Coord.). Goiânia, 2003.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRADY, N. C. Natureza e propriedades dos solos. 7ª ed. Rio de Janeiro,
 Freitas Bastos, 1989. 878 p.
KLAR, A. R. A água no sistema solo-planta atmosfera. São Paulo, Nobel,
 1984. 408 p.
KIEHL, E. J. Manual de edafologia. São Paulo, Ceres, 1979. 264p.
MONIZ, A. C. Elementos de pedologia. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e
 Científicos, 1975. 459 p.
RAMALHO FILHO, A. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das
 Terras. 3. ed. Ver. , Rio de Janeiro, EMBRAPA,- CNPS, 1994. 65p. 
VIEIRA, L. S. Manual de morfologia e classificação de solos. Belém,
 Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, 1981. 580 p.
GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
I) HISTÓRICO E EVOLUÇÃO CONCEITUAL DO SOLO 
 PRÉ-HISTÓRIA 
 
O HOMEM COMO MERO CAÇADOR=> O SOLO COMO SUPORTE PARA MOVIMENTAÇÃO E HABITAÇÃO
O HOMEM PASSA A CULTIVAR: INÍCIO DA AGRICULTURA
	O SOLO COMO MEIO PARA DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS
AS TERRAS PASSAM A SER DISTINGUIDAS DE ACORDO COM SUA PRODUTIVIDADE
CHINA (HÁ 6500 ANOS)
TERRAS DIVIDIDAS DE ACORDO COM SUAS PRODUTIVIDADES
EGITO, MESOPOTÂMIA E INDIA
RICOS SOLOS DO NILO, EUFRATES E TIGRE E DO RIO INDO
HIPÓCRATES (GRÉCIA, HÁ 2400 ANOS)
TERRA É RELACIONADA COM AS PLANTAS ASSIM COMO O ESTÔMAGO É PARA OS ANIMAIS
CATÃO (HÁ 2100 ANOS – DA AGRICULTURA)
DIVISÃO DAS TERRAS EM NOVE TIPOS DISTINTOS
COLUMELA (HÁ 2000 ANOS – DE RE RUSTICA)
BOA PRODUTIVIDADE RELACIONADA COM COR DO SOLO
1563 - BERNARD PALISSY 
O SOLO É FONTE DE NUTRIENTES MINERAIS INDISPENSÁVEIS À VIDA DAS PLANTAS
1629 – VAM HELMONT 
AS PLANTAS ALIMENTAM-SE DA ÁGUA E DO GÁS CARBÔNICO DO SOLO
INICIO DO SECULO XIX – TAHER E VOM WULFFEN
TEORIA DO HUMUS - AS PLANTAS ASSIMILAM RESTOS ORGÂNICOS DIRETAMENTE DO SOLO
1840 – JUSTUS VOM LIEBIG
AS PALNTAS NÃO SE ALIMENTAM PROPRIAMENTE DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS, MAS DE LEMENTOS E COMPOSTOS MINERAIS SIMPLES, ÁGUA E CO2 ( ESTABELECEU AS BASES PARA O USO DE FERTILIZANTES MINERAIS)
SOLO É VISTO COMO CORPO ESTÁTICO, MERA CAMADA DE ROCHAS FRAGMENTADAS E INTEMPERIZADAS QUE ARMAZENAM ÁGUA E NUTRIENTES PARA AS PLANTAS
DOKOUTCHAIEV (1877 – GEÓLOGO RUSSO)
ESTUDANDO SOLOS DE ESTEPES NA UCRÂNIA E DE FLORESTAS ÚMIDAS DE GORKI (PRÓXIMO DE MOSCOU) VERIFICOU QUE AS DIFERENÇAS DE SOLO SE DEVIAM AO CLIMA E QUE O SOLO SE CARACTERIZAVA POR UMA SUCESSÃO DE CASMADAS HORIZONTAIS (BASES DA PEDOLOGIA)
 SOLO COMO CORPOS NATURAIS ORGANIZADOS
II) DEFINIÇÕES
PEDOLOGIA – CONSIDERA O SOLO SIMPLEMENTE COMO UM CORPO NATURAL E DÁ POUCA ÊNFASE Á SUA IMEDIATA UTILIZAÇÃO. O PEDOLOGISTA ESTUDA, EXAMINA E CLASSIFICA OS SOLOS COMO SÃO ENCONTRADOS NO SEU AMBIENTE NATURAL.
“O SOLO COM PRODUTO DA NATUREZA BIOQUIMICAMENTE DESAGREGADO”
 EDAFOLOGIA – É O ESTUDO DO SOLO DO PONTO DE VISTA DOS VEGETAIS, CONSIDERA AS DIVERSAS PROPRIEDADES DOS SOLOS Á MEDIDA QUE ELAS SE RELACIONAM COM A PRODUÇÃO VEGETAL.
“O SOLO COMO AMBIENTE PARA CRESCIMENTO DOS VEGETAIS” 
O SOLO É UM CORPO NATURAL, SINTETIZADO EM FORMA DE PERFIL, COMPOSTO DE UMA MISTURA VARIÁVEL DE MINERAIS DIVIDIDOS EM PEDAÇOS E DESINTEGRADOS, E DE MATÉRIA ORGÂNICA EM DECOMPOSIÇÃO , QUE COBRE A TERRA COM UMA CAMADA FINA E QUE FORNECE, QUANDO CONTÉM AS QUANTIDADES NECESSÁRIAS DE AR E DE ÁGUA, AMPARO MECÂNICO E , EM PARTE SUBSISTÊNCIA PARA OS VEGETAIS. ( BUCKMAN, 1976)
OS SOLOS SÃO CORPOS NATURAIS, CONSTITUÍDOS POR PARTES SÓLIDAS, LÍQUIDAS E GASOSAS, TRIDIMENSIONAIS, DINÂMICOS, FORMADOS POR MATERIAIS MINERAIS E ORGÂNICOS, QUE OCUPAM A MAIOR PARTE DO MANTO SUPERFICIAL DO PLANETA TERRA, CONTÉM MATÉRIA VIVA E PODEM SER VEGETADOS NA NATUREZA, ONDE OCORREM. QUANDO EXAMINADOS A PARTIR DA SUPERFÍCIE , CONSISTEM DE SEÇÕES APROXIMADAMENTE PARALELAS , DENOMINADAS HORIZONTES OU CAMADAS, QUE SE DISTINGUEM DO MATERIAL DE ORIGEM INICIAL, COMO RESULTADO DE ADIÇÕES , PERDAS , TRANLOCAÇÕES E TRANSFOMAÇÕES DE ENERGIA E MATÉRIA E TEM A HABILIDADE DE SUPORTAR O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE ESPÉCIES VEGETAIS. OCASIONALMENTE PODEM TER SIDO MODIFICADOS POR ATIVIDADES HUMANAS. (EMBRAPA, 1999)
III) OS CONSTITUÍNTES DO SOLO
 
	SISTEMA TRIFÁSICO: 
SÓLIDO (COMPOSTOS MINERAIS E ORGÂNICOS)
LÍQUIDO (ÁGUA DO SOLO)
GASOSO (AR DO SOLO)
IV) VARIAÇÃO TRIDIMENSIONAL DO SOLO
 
VARIAÇÃO HORIZONTAL (PAISAGEM)
VARIAÇÃO VERTICAL (PERFIL – PROFUNDIDADE)
V) O ASPECTO DINÂMICO DO SOLO
 
O SOLO NÃO É UM CORPO ESTÁTICO, ELE ESTÁ EM CONTANTES MODIFICÕES COM O TEMPO, ATRAVÉS DOS SEUS PROCESSOS DE FORMAÇÃO (TRANSFORMAÇÃO, TRANLOCAÇÕES , ADIÇÃO E PERDA) 
 
VI) O SOLO COMO COMPONENTE BÁSICO DOS ECOSSISTEMAS
FATORES ECOLÓGICOS:
SOLO 
CLIMA
ORGANISMOS
ASPECTOS SÓCIOECONOMICOS
 TODOS ESTES FATORES SE INTERRELACIONAM COM MAIOR OU MENOR GRAU DE DEPENDÊNCIA E DETERMINAM OS DIFERENTES ECOSSISTEMAS
LEITURA COMPLEMENTAR RECOMENDADA:
LEPSCH, I.F. Solos – Formação e Conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. Páginas 3 a 10
MEURER, E.J. Fundamentos de Química de solo. Porto Alegre: Gênesis, 2000. Páginas 11 a 14.
gênese do solo
NO ESTUDO DE FORMAÇÃO DOS SOLOS DISTINGUEM-SE DOIS ESTÁGIOS DISTINTOS:
ITEMPERIZAÇÃO DAS ROCHAS
(INTEMPERISMO FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO)
EVOLUÇÃO DO PERFIL
(TRANSFORMAÇÃO, TRANSLOCAÇÃO, ADIÇÃO E REMOÇÃO)
INTEMPERIZAÇÃO DAS ROCHAS
“É UM PROCESSO GEOLÓGICO QUE PROMOVE ALTERAÇÕES EM MINERAIS E ROCHA, EM NÍVEL DA SUPERFÍCIE DA LITOSFERA, ENVOLVENDO AÇÃO DE AGENTES ATMOSFÉRICOS, ÁGUA, CALOR SOLAR, ETC, EM CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E PRESSÃO NORMAIS.”
“Intemperismo é a resposta de materiais que estavam em equilíbrio no interior da litosfera quando colocados em contatos com a atmosfera, hidrosfera e biosfera”
formas de intemperismo:
intemperismo físico
intemperismo químico 
intemperismo biológico
1 – intemperismo físico
ocorre uma simples desagregação da rocha, liberaNDO SEUS MINERAIS, SEM ALTERAÇÃO DE ESTRUTURAS CRISTALINAS
OCORRE APENAS umA QUEBRA E REDUÇÃO DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS
OS PRINCIPAIS AGENTES DO INTEMPERISMO FÍSICO SÃO:AÇÃO DE CALOR (TEMPERATURA)
PRINCIPAL AGENTE DE DESINTEGRAÇÃO FÍSICA
OS MINERAIS E AS ROCHAS POSSUEM DIFERENTES COEFICIENTES DE DILATAÇÃO TÉRMICA
A EXPANSÃO E A CONTRAÇÃO DIÁRIA CAUSADA PELA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA PROVOCA O FRATURAMENTO DA ROCHA NA FORMA DE EXFOLIAÇÕES DA SUPERFÍCIE
1.2 AÇÃO DE CRISTALIZAÇÃO
FORMAÇÃO DE CRISTAIS NO INTERIOR DAS ROCHAS QUE FUNCIONAM COMO CUNHAS PROVOCANDO O SEU ROMPIMENTO MECÂNICO
PODE SER ATRAVÉS DO CONGELAMENTO DA ÁGUA OU DA CRISTALIZAÇÃO DE SAIS NO INTERIOR DAS ROCHAS
O CONGELAMENTO OCORRE EM REGIÕES DE CLIMA FRIO, NO QUAL A ÁGUA AO SE CONGELAR PROVOCA UMA EXPANSÃO DE VOLUME EM CERCA DE 9%, SUA AÇÃO DESTRUTIVA É INTENSA E CRESCENTE COM A POROSIDADE DA ROCHA
SAIS SOLÚVEIS AO SE PRECIPITAR E CRISTALIZAR NO INTERIOR DE FENDAS E POROS DAS ROCHAS AUMENTA SEU VOLUME TORNANDO-SE AGENTES DESAGREGADORES
1.3 ACÃO MECÂNICA DA ÁGUA E DOS VENTOS
AÇÃO MECANICA ATRAVÉS DA ENERGIA CINÉTICA E ATRAVÉS DE AÇÃO CORROSIVA AO TRANSPORTAR MATERIAIS SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
INTEMPERISMO QUÍMICO
COMPREENDE FENÔMENOS QUE CONDUZEM À ALTERAÇÃO QUÍMICA DAS ROCHAS E MINERAIS, COM FORMAÇÕES DE COMPOSTOS NÃO EXISTENTES NO MATERIAL ORIGINAL
O INTEMPERISMO QUÍMICO É O RESULTADO DE REAÇÕES QUÍMICAS EXOTÉMICAS QUE OCORREM NATURALMENTE ENTRE OS MINERAIS E SOLUÇÕES AQUOSAS, GASES E ÁCIDOS ORGÂNICOS
É O INTEMPERISMO DE MAIOR IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DOS SOLOS POR PROPORCIONAR AO MESMO A CAPACIDADE DE NUTRIR OS VEGETAIS
OS PRINCIPAIS AGENTES DO INTEMPERISMO QUÍMICO SÃO A ÁGUA, O OXIGÊNIO E O GÁS CARBÔNICO
HIDRÓLISE
A ÁGUA É O PRINCIPAL AGENTE DESAGREGADOR DE ESTRUTURAS DE MINERAIS, EMBORA SUA DISSOCIAÇÃO IÔNICA SEJA PEQUENA (10-7g DE H+/ L DE H2O)
NA SUA ALTERAÇÃO POR HIDRÓLISE, O AGENTE ATIVO E REAL É O ÍON HIDROGÊNIO (H+), RESULTANTE DA IONIZAÇÃO DA ÁGUA E DOS ÁCIDOS, PRINCIPALMENTE ÁCIDOS CARBÔNICOS E HÚMICOS DA MATÉRIA ORGÂNICA
A HIDRÓLISE É A MAIS IMPORTANTE REAÇÃO QUE ATUA NOS PROCESSOS DE INTEMPERISMO QUÍMICO, PRINCIPALMENTE PELA SUA AÇÃO DESTRUTIVA EM SILICATOS
SILICATO + H2O + H+ ( MINERAL SECUNDÁRIO + ÁCIDO SILÍCICO + CATIONS
2KAlSi3O8 + 12H2O + 2H+ ( Al2(OH)4Si2O5 + 4H4SiO4 + 2K+
ORTOCLÁSIO CAOLINITA
	
2.2 CARBONATAÇÃO
O CO2 AUMENTA A VELOCIDADE DAS REAÇÕES DE HIDRÓLISE, REAGE COM A ÁGUA LIBERANDO O ÍON BICARBONATO (HCO3-) E H+
CO2 + H2o ( HCO3- + H+
CaCO3 + CO2 + H20 ( Ca(HCO3)2
NO PROCESSO HIDROLÍTICO DE DECOMPOSIÇÃO DOS SILICATOS , O GAS CARBÔNICO ATUA PROMOVENDO A CARBONATAÇÃO DESSES COMPOSTOS E A FORMAÇÃO DE CARBONATOS, PODENDO EM SEGUIDA TRANSFORMÁ-LOS EM BICARBONATOS BASTANTE SOLÚVEIS EM ÁGUA
 OXIDAÇÃO
TEM COMO AGENTE PRINCIPAL O OXIGÊNIO ATMOSFÉRICO, OCORRE APENAS EM AMBIENTES AÉROBICOS E TÊM A ÁGUA COMO AGENTE INTERMEDIÁRIO
OXIDAÇÃO É O PROCESSO DE PERDA DE ELÉTRONS QUE OCORRE COM OS ELEMENTOS QUÍMICOS
Fe+2 – O – Si + O2 +HOH ( O – Fe+3 – OH + SI – OH + e-
 O FERRO DOS MINERAIS PRIMÁRIOS (FERRO MAGNESIANOS), COMO A OLIVINA, PIROXÊNIOS, ANFIBÓLIOS, BIOTITA, ESTÁ NA FORMA REDUZIDA DE Fe+2 (FERROSO) , EM CONTATO COM O OXIGÊNIO OXIDA-SE A Fe+3 (FÉRRICO) , ORIGINANDO OS ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS DE DE FERRO
A COR VERMELHA OU AMRELA DOS SOLOS É RESULTADO DA PRESENÇA DE Fe+3(FÉRRICO)
 REDUÇÃO
OCORRE EM AMBIENTES ANAERÓBICOS, EM LOCAIS DE DRENAGEM IMPEDIDA, E O OXIGÊNIO É CONSUMIDO PELA FAUNA E FLORA, TORNANDO O AMBIENTE REDUTOR
SULFATOS SÃO REDUZIDOS A SULFETOS, POR BACTÉRIAS
Fe+3 É REDUZIDO A Fe+2 E A COR DO SOLO PASSA DE VERMELHA A ACINZENTADA
 HIDRATAÇÃO
RESULTA NA INCORPORAÇÃO DE MOLÉCULAS DE ÁGUA NA ESTRUTURA DO MINERAL, SEM A OCORRÊNCIA DE UMA DECOMPOSIÇÃO OU GRANDES MODIFICAÇÕES NA ESTRUTURA DO MINERAL
CaSO4 + 2H2O ( CaSO4.2H2o
ANIDRITA GIPSITA
AUMENTA O VOLUME DO MINERAL HIDRATADO E PREDISPÕE A SUA SUPERFÍCIE A REAÇÕES DE HIDRÓLISE E OXIDAÇÃO
INTEMPERISMO BIOLÓGICO
INTERFERÊNCIA DE VEGETAIS E ANIMAIS NO PROCESSO DE INTEMPERIZAÇÃO. É NA VERDADE INTEMPERISMO FÍSICO E QUÍMICO
INTEMPERISMO FÍSICO: AÇÃO DE RAÍZES PENETRANDO EM FENDAS DE ROCHAS
INTEMPERISMO QUÍMICO: AÇÃO DISSOLVENTE DE ÁCIDOS ORGÃNICOS LIBERADOS POR RAÍZES
PRODUTOS DO INTEMPERISMO
COMO RESULTADO DA DESAGREGAÇÃO E DA DECOMPOSIÇÃO DE UM ROCHA TRÊS TIPOS DE PRODUTOS PODEM SER IDENTIFICADOS:
MINERAIS PRIMÁRIOS 
SÃO OS MINERAIS CONSTITUINTES DA ROCHA, SOFRERAM APENAS INTEMPERISMO FÍSICO (REDUÇÃO DE TAMANHO)
NOS SOLOS CONSTITUEM A FRAÇÃO MAIS GROSSEIRA, É A FRAÇÃO AREIA (PARTÍCULAS MAIORES QUE 0,02mm)
PODEM SER : 
DE FÁCIL DECOMPOSIÇÃO: PRATICAMENTE NÃO ENCONTRADOS NOS SOLOS DESENVOLVIDOS
DE DIFÍCIL DECOMPOSIÇÃO: SÃO DIFICILMENTE DECOMPOSTOS POR REAÇÃO QUÍMICA
QUARTZO ( PRINCIPAL REPRESENTANTE DOS MINERAIS PRIMÁRIOS DE DIFÍCIL DECOMPOSIÇÃO
MINERAIS FACILMENTE DECOMPONÍVEIS OCORREM NA FRAÇÃO AREIA QUANDO:
- INTEMPERISMO FÍSICO PREVALECE SOBRE O QUÍMICO
- NÃO HOUVE TEMPO SUFICIENTE PARA A TOTAL DECOMPOSIÇÃO
NOS SOLOS TROPICAIS DIFICILMENTE OCORREM MINERAIS PRIMÁRIOS FACILMENTE DECOMPONÍVEIS
MINERAIS SECUNDÁRIOS
SÃO MINERAIS FORMADOS DURANTE O PROCESSO DE INTEMPERISMO, COMO CONSEQUÊNCIA DA ALTERAÇÃO QUÍMICA DOS MINERAIS PRIMÁRIOS
NÃO OCORREM NA ROCHA DE ORIGEM
OCORREM NA FRAÇÃO ARGILA (PARTÍCULAS MENORES QUE 0,002mm)
SÃO FORMADOS PRINCIPALMENTE POR:
ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS DE FERRO E ALUMÍNIO
ARGILOMINERAIS SILICATADAS (CAOLINITA, MONTIMORILONITA, ETC)
SAIS SOLÚVEIS
SÃO CÁTIONS (Ca, Mg, Na, k, Si) E ÂNIONS QUE SERÃO COLOCADOS EM SOLUÇÃO
ESSES SAIS SOLÚVEIS PODEM: 
* PERMANECER NO SISTEMA SOLO-PLANTA
- COMO INTEGRANTE DA REDE CRISTALINA (MINERAIS PRIMÁRIOS)
- ESTAR ADSORVIDO NA SUPERFÍCIE DOS COLOIDES
- PODE SER ABSORVIDO POR VEGETAIS E RETORNAR AO SOLO NA FORMA CÍCLICA
 
* PODEM SER REMOVIDOS DO SISTEMA POR LIXIVIAÇÃO ATRAVÉS DA ÁGUA DE PERCOLAÇÃO
OBS: 
 - ÍONS OH- ( SOFRE REMOÇÃO PARA OS MARES JUNTAMENTE COM OS CÁTIONS 
 - ÍONS H+ (COMBINAM COM OS SILICATOS FORMANDO MINERAIS DE ARGILA
FATORES QUE INFLUENCIAM O INTEMPERISMO DAS ROCHAS
LIGADOS AOS MINERAIS E ROCHAS
A.1 – ORDENAÇÃO DOS ÍONS NA ESTRUTURA CRISTALINA
ESTÁ RELACIONADO À ESTABILIDADE ESTRUTURAL DO MINERAL, QUE É UM FENÔMENO ASSOCIADO À SUA TEMPERATURA DE FORMAÇÃO (CRISTALIZAÇÃO)
TEMPERATURA DE FORMAÇÃO MAIS ELEVADA ( MAIOR DESORDEM ESTRUTURAL ( MENOR ESTABILIDADE ( MAIS FACILMENTE DECOMPONÍVEL
 
EXEMPLO: OLIVINA (NESOSSILICATO, FERROMAGNESIANO, SUA CRISTALIZAÇÃO SE DÁ A ALTAS TEMPERATURAS, FACILMENTE DECOMPONÍVEL)
A.2 – QUALIDADE DOS ÍONS QUE COMPÕEM O MINERAL
A QUALIDADE DOS CÁTIONS PRESENTES NA ESTRUTURA CRISTALINA E O TIPO DE LIGAÇÃO QUE ESTABELECEM COM OS ÂNIONS, TÊM INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA NOS FENÔMENOS DE DECOMPOSIÇÃO
LIGAÇÕES IÔNICAS ( CA, Mg, K , Na COM Si E Al) 
 
MINERAIS QUE CONTÊM FERRO (FERROMAGNESIANOS) DEVIDO A OXIDAÇÃO DE Fe+2 PARA Fe+3
A.3 – SUBSTITUÍÇÃO ISOMÓRFICA NA ESTRUTURA
SUBSTITÍÇÃO ISOMÓRFICA É O FENÔMENO PELO QUAL O SILICIO (Si+4) DO TETRAEDRO PODE SER SUBSTITUÍDO POR ALGUM OUTRO CÁTION DE VALÊNCIA MENOR, OU MESMO O ALUMÍNIO DO OCTAEDRO, SEM NO ENTANTO ALTERAR A FORMA DO MINERAL
A SUBSTITUÍÇÃO ISOMÓRFICA NA ESTRUTURA CRISTALINA DIMINUI A ESTABILIDADE DO MINERAL, TORNANDO-O MAIS DECOMPONÍVEL 
 NOS SILICATOS A ESTABILIDADE DECRESCE COM O AUMENTO DA SUBSTITUÍÇÃO DE Si+4 POR Al+3 
PODE SER EXPLICADO POR:
PELA DIFERENÇA ENTRE RAIOS IÔNICOS ( Si = 0,42 Aº e Al= 0,53 Aº)
PELAS DIFERENÇAS ENTRE CARGAS ELÉTRICAS (VALÊNCIA)
PELOS TIPOS DE LIGAÇÕES ESTABELECIDAS COM OS ÍONS DE CARGA CONTRÁRIA
MAIOR VALÊNCIA ( MENOR RAIO ÍÔNICO ( MAIOR FORÇA DE LIGAÇÃO COM O-2 ( MAIOR ESTABILIDADE
 NO QUARTZO NÃO POSSUI SUBSTITUÍÇÃO ISOMORFICA( POR ISSO É UM DOS MINERAIS MAIS TOLERANTES AO INTEMPERISMO
A.4 – CLIVAGEM, GRANULAÇÃO DOS MINERAIS E POROSIDADEDA ROCHA
A DECOMPOSIÇÃO ESTÁ RELACIONADA COM O CONTATO ENTRE A ÁGUA A SUPERFÍCIE DO MINERAL
CLIVAGEM (LINHAS PARALELAS NO QUAL O MINEARAL SE FENDE COM MAIS FACILIDADE) ( FAVORECE A PENETRAÇÃO DA ÁGUA
TAMANHO DAS PARTÍCULAS DO MINERAL ( GRÂNULOS PEQUENOS FACILITA O INTEMPERISMO
MAIOR A POROSIDADE DA ROCHA( MAIOR A DECOMPOSIÇÃO
EXEMPLO: CALCITA ( 10% DE POROSIDADE
		 MÁRMORE ( 0,5% DE POROSIDADE
OS MINERAIS CONSTITUÍNTES SÃO OS MESMOS, SÓ QUE UMA É ROCHA SEDIMENTAR E A OUTRA METAMÓRFICA
FATORES LIGADOS AO MEIO AMBIENTE
A INTEMPERIZAÇÃO DE UMA ROCHA NÃO LEVA SEMPRE À FORMAÇÃO DOS MESMOS PRODUTOS, EMBORA OS MESMOS MINERAIS PRIMÁRIOS ESTEJAM PRESENTES
O MEIO AMBIENTE AFETA DIRETAMENTE O INTEMPERISMO DAS ROCHAS SEJA ATRAVÉS DA VELOCIDADE DAS REAÇÕES E/OU NA FORMAÇÃO DE MINERAIS SECUNDÁRIOS
O CLIMA E O RELEVO SÃO OS ELEMENTOS DO MEIO AMBIENTE QUE MAIS INTERFEREM NA INTEMPERIZAÇÃO DAS ROCHAS
B.1 - CLIMA
O CLIMA INTERFERE NA INTEMPERIZAÇÃO DOS MINERAIS ATRAVÉS DA AÇÃO DA TEMPERATURA E DO REGIME DE CHUVAS (QUANTIDADE E DISTRIBUIÇÃO)
CLIMAS ÁRIDOS X CLIMAS ÚMIDOS
CLIMA TROPICAL X CLIMA TEMPERADO 
AS DIFERENÇAS NO INTEMPERISMO DEVIDO A FATORES CLIMÁTICOS SÃO EVIDENCIADAS ATRAVÉS : 
PROFUNDIDADE ATINGIDA
NATUREZA DOS PRODUTOS RESULTANTES
O CLIMA DETERMINA TAMBÉM O TIPO DE INTEMPERISMO PREDOMINANTE 
ÁGUA NA FORMA LIQUIDA ( INTEMPERÍSMO QUÍMICO
B.1.1 - PLUVIOSIDADE
QUANTIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA 
RÔNDONIA (2500mm) ( SOLOS DE ATÉ 60 M 
NORDESTE DA BAHIA (750 mm) ( SOLOS RASOS ( 1m)
(REGIÕES DE MESMA LATITUDE E TEMPERATURA DE 25ºC)
BOA DISTRIBUIÇÃO AO LONGO DO ANO ( SOLOS PROFUNDOS
CHUVAS CONCENTRADAS ( SOLOS MAIS RASOS
RELAÇÃO PRECIPITAÇÃO X EVAPORAÇÃO 
REGIÕES ÁRIDAS (EVAPORAÇÃO > PRECIPITAÇÃO) ( OCORRE 
ACÚMULO DE SAIS NA SUPERFÍCIE (SALINIZAÇÃO) E ARGILOMINERAIS MAIS COMPLEXOS
REGIÕES ÚMIDAS (PRECIPITAÇÃO > EVAPORAÇÃO) ( OCORRE LAVAGEM DOS SOLOS (LIXIVIAÇÃO DOS SAIS SOLÚVEIS) E ARGILOMINERAIS MAIS SIMPLES
B.1.2 – TEMPERATURA
AFETA O INTEMPERISMO FÍSICO E QUÍMICO
 INTEMPERISMO FÍSICO:
CLIMA FRIO ( CONGELAMENTO DA ÁGUA 
CLIMA SECO E QUENTE ( DILATAÇÃO E CONTRAÇÃO DOS MINERAIS
INTEMPERISMO QUÍMICO: AFETA A VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS 
UM AUMENTO DE 10ºC NA TEMPERATURA DUPLICA OU TRIPLICA A VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS
B.2 - RELEVO
INFLUENCIA O INTEMPERISMO POR INFLUENCIAR NA QUANTIDADE DE ÁGUA DE INFILTRAÇÃO E DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL
DECLIVES ÍNGRIMES ( MENOR INFILTRAÇÃO ( MAIOR EROSÃO ( SOLOS MAIS RASOS E NOVOS
RELEVOS PLANOS ( MAIOR INFILTRAÇÃO ( MAIOR PEDOGÊNESE ( SOLOS MAIS PROFUNDOS E INTEMPERIZADOS
GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO
OS ARGILOMINERAIS (MINERAIS DE ARGILA)
ARGILA: FRAÇÃO GRANULOMÉTRICA MAIS FINA DOS SEDIMENTOS (DIÂMETRO DAS PARTÍCULAS MENOR QUE 0,002 mm OU 2 ()
IMPORTÂNCIA PARA OS SOLOS:
- IMPORTÂNCIA EDAFOLÓGICA:
APRESENTAM CARGAS NEGATIVAS, E EM MENOR PROPORÇÃO, CARGAS POSITIVAS, PODENDO RETER CÁTIONS (Ca+2, Mg+2 e K+1) E ÂNIONS (PO4-3 e SO4-2) 
INFLUENCIAM NAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SOLO (POROSIDADE, INFILTRAÇÃO, PERMEABILIDADE, DENSIDADE, etc)
FERTILIDADE POTENCIAL
- IMPORTÂNCIA PEDOLÓGICA:
RELAÇÃO COM A GÊNESE DO SOLO (ASPECTOS EVOLUTIVOS, IDADE DO SOLO)
A FRAÇÃO ARGILA DO SOLO É COMPOSTA POR: 
ARGILAS SILICATADAS
ARGILAS OXÍDICAS (ÓXIDOS, HIDRÓXIDOS E OXIHIDRÓXIDOS DE Fe E Al)
ARGILAS SILICATADAS
SÃO FILOSSILICATOS (PHILO = FOLHA), COM ESTRUTURAS LAMINARES, CONSTITUÍDAS POR ASSOCIAÇÕES DE CAMADAS DE :
- TETRAEDRO DE SÍLICA (FOLHA DE SILOXANA, SiO4-4)
- OCTAEDROS DE ALUMÍNIO (FOLHA DE GIBBSITA, Al2(OH)6 )
- OCTAEDROS DE MAGNÉSIO (FOLHA DE BRUCITA, Mg3(OH)6 
- ARGILOMINERAIS SILICATADOS DE ESTRUTURA 1:1 (GRUPO DA CAOLINITA)
 
UNIDADE ESTRUTURAL COMPOSTA POR: 
TETRAEDRO DE SILÍCIO (FOLHA DE SILOXANA) 
					+
OCTAEDRO DE ALUMÍNIO (FOLHA DE GIBBSITA) 
CARATERÍSTICAS :
SÃO ELETRICAMENTE NEUTRAS
- NÃO APRESENTAM SUBSTITUÍÇÕES ISOMÓRFICAS
ESTRUTURA RÍGIDA ( NÃO EXPANSÍVEL)
ESPAÇAMENTO ENTRE AS CAMADAS DE 7,2 Aº
NÃO PERMITE A ENTRADA DE ÁGUA ENTRE AS CAMADAS , A ÁGUA FICA APENAS ADSORVIDA À SUPERFÍCIE EXTERNA DAS PARTÍCULAS
A CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA (CTC) É BAIXA (3 – 15 m E/100g)
O AMBIENTE PROPÍCIO PARA SUA FORMAÇÃO É :
CLIMA: A PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DEVE SE MAIOR QUE A EVAPOTRANSPIRAÇÃO
O pH DEVE SER ÁCIDO COM ÍON HIDROGÊNIO EM EXCESSO
O SOLO DEVE SER BEM DRENADO (REMOÇÃO DE BASES E REMOÇÃO PARCIAL DE SÍLICA)
RELAÇÃO SILÍCIO:ALUMÍNIO BAIXA
OS PRINCIPAIS ARGILOMINERAIS DESSE GRUPO SÃO A CAULINITA, DIQUITA, NACRITA E HALOISITA, POSSUÍNDO APENAS DIFERENÇAS ESTRUTURAIS ENTRE SI, POSSUEM A MESMA COMPOSIÇÃO QUÍMICA, Al2Si2O5(OH)4
1.2 – ARGILOMINERAIS DO GRUPO DA MONTMORILONITA
POSSUEM ESTRUTURA DO TIPO 2:1
UNIDADE ESTRUTURAL:
DUAS FOHAS DE SILOXANA (TERAEDRO DE SÍLICA)
			INTERCALADAS POR
UMA FOLHA DE GIBBSITA (OCTAEDRO DE ALUMÍNIO)
				OU
UMA FOLHA DE BRUCITA (OCTAEDRO DE MAGNÉSIO)
SÃO ORIGINADOS DA PIROFILITA 
CARACTERÍSTICAS:
ESTRUTURA É EXPANSIVA, VARIANDO DE 9,6 Aº A 21,4 Aº 
PERMITE A PENETRAÇÃO DE ÁGUA ENTRE AS UNIDADES ESTRUTURAIS, NUM PROCESSO REVERSÍVEL
EXPANSÃO (QUANDO ÚMIDO E RETRAÇÃO QUANDO SECO)
GRANDE QUANTIDADE DE SUBSTITUÍÇÃO ISOMÓRFICA (Si+4 SUBSTITUÍDO POR Al+3 E Al+3 POR Mg+2)
 A CTC É ELEVADA (80 – 150 m E/100g)
O AMBIENTE PROPÍCIO DE FORMAÇÃO:
CLIMA: PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA GERALMENTE MENOR QUE A TRANSPIRAÇÃO
DRENAGEM: SOLO MAL DRENADO, COM RETENÇÃO DE Ca, Mg, Na, K, E FERRO DISPONÍVEL
pH: UM MEIO BÁSICO
A DRENAGEM É FUNDAMENTAL PARA SE COMPREENDER A ORIGEM DAS ARGILAS; SOBRE UMA ROCHA BÁSICA (BASALTO) PODE-SE FORMAR CAOLINITA OU MONTMORILONITA
OS PRINCIPAIS MINERAIS DESTE GRUPO SÃO:
- MONTMORILONITA: PRINCIPAL REPRESENTANTE DO GRUPO, POSSUI SUBSTITUIÇÕES ISOMÓRFICAS DE SI+4 POR AL+3 NAS POSIÇÕES TETRAÉDRICAS E DE AL+3 POR Mg+2 NAS OCTAEDRICAS.
É UM DOS MINERAIS QUE MAIS SE SUBDIVIDE, GERANDO PARTÍCULAS DE MENOR TAMANHO, COM UMA GRANDE SUPERFÍCIE DE ADSORÇÃO
- BEIDELITA : MAIOR QUANTIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DE Si+4 por Al+3 (MINERAL MAIS ALUMINOSO)
NONTRONITA: SUBSTITUÍÇÃO DE Al+3 POR FE+3
SAPRONITA: REPRESENTANTE MAGNESIANO DO GRUPO, CONTENDO FOLHAS DE BRUCITA NO LUGAR DE GIBBSITA
SAUCONITA: Zn+2 SUBSTITUÍNDO Mg+2
HECTORITA: CONTÉM Li+ SUBSTITUÍNDO MG+2
1.3– GRUPO DA HIDROMICAS (ILITAS)
 OS MINERAIS DESTE GRUPO SITUAM-SE ESTRUTURALMENTE ENTRE AS MICAS (MINERAL PRIMÁRIO) E OS DO GRUPO DA MONTMORILONITA (ESMECTITA)
CARACTERÍSTICAS: 
ESTRUTURA É DO TIPO 2:1
SUBSTITUÍÇÃO DE Si+4 POR AL+3 NAS FOLHAS DE SILOXANA
CAMADA INTERMEDIÁRIA DE K+ ENTRE AS UNIDADES ESTRUTURAIS
ESTRUTURA NÃO EXPANSIVA (ESPAÇAMENTO FIXO DE 10 Aº), NÃO PERMITINDO A ENTRADA DE ÁGUA
O ÚNICO MINERAL DE IMPORTANCIA NO GRUPO É A ILITA, DE OCORRÊNCIA COMUM EM ALGUNS SOLOS , MAS NUNCA SENDO A PREDOMINANTE
1.4 – GRUPO DA VERMICULITA
 ESTRUTURA ORIGINÁRIA DO TALCO (BIOTITA) 
CARACTERÍSTICAS:
APRESENTA ESTRUTURA 2:1
DUAS FOLHAS DE SILICA (SILOXONA) E UMA DE MAGNÉSIO (BRUCITA)
A UNIDADE ESTRUTURAL É SEPARADA POR LAMINAS BIMOLECULARES DE ÁGUA
APRESENTA SUBSTITUIÇÃO ISOMÓRFICA DE Al+3 POR Mg+2 E Fe+2 NOS OCTAEDROS E DE SI+4 POR AL+3 NOS TETRAEDROS
É EXPANSÍVEL, ESPAÇAMENTO BASAL VARIÁVEL
CTC > 115m E/100g
1.5 – GRUPO DA CLORITA
CARACTERÍSTICAS:
ESTRUTURA 2:1:1 OU 2:2
DUAS FOLHAS DE SILICA ENTREMEANDO UMA FOLHA DE BRUCITA, SENDO QUE ESTA UNIDADE É SEPARADA POR OUTRA FOLHA DE BRUCITA
POSSUI SUBSTITUÍÇÃO ISOMÓRFICA Si+4 POR Al+3 E Al+3 POR Mg+2
É NÃO EXPANSIVA
CTC VARIANDO DE 10 A 40mE/100g 
1.6 – MATERIAIS ALOFÂNICOS
CARACTERÍSTICAS:
MATERIAL AMORFO (SEM FORMA)
COMPOSIÇÃO VARIÁVEL DE SILICA E ALUMINA
 NOS SOLOS DERIVADOS DECINZAS VULCÂNICAS É CHAMADO DE ALOFANA 
– ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS DE FERRO, ALUMÍNIO E TITÂNIO
OS ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS CONSTITUEM UMA EXTENSA CLASSE DE MINERAIS EM QUE OS CÁTIONS DE UM OU MAIS METAIS ESTÃO COMBINADOS COM O-2 OU OH-, FORMANDO COMPOSTOS DE ESTRUTURAS SIMPLES, SENDO CHAMADOS DE LIVRES, POR APRESENTAREM UM ÚNICO NÚMERO DE COORDENAÇÃO.
SÃO VÁRIOS OS MINERAIS ÓXIDOS, MAS OS PRINCIPAIS NO SOLO SÃO OS DE FERRO (Fe), ALUMÍNIO (Al) E TITÂNIO (Ti)
 NAS REGIÕES TROPICAIS À MEDIDA QUE O INTEMPERISMO QUÍMICO SE PROCESSA O Si É NORMALMENTE REMOVIDO DO SISTEMA SOLO MAIS RAPIDAMENTE QUE O Al, Fe E Ti, POR SEREM MENOS SOLÚVEIS QUE O PRIMEIRO
Si > Al > Fe > Ti
OS PRINCIPAS ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS ENCONTRADOS NOS SOLOS SÃO:
- ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS DE FERRO
NOS SOLOS O TEOR MÉDIO DE FERRO É DA ORDEM DE 3,8 % , PODENDO CHEGAR A 35% EM SOLOS DERIVADOS DE BASALTOS E DIABÁSIOS
O PROCESSO DE OXIDAÇÃO NO INTEMPERISMO PROMOVE A TRANSFORMAÇÃO DE Fe+2 ( Fe+3 , EM CONSEQUÊNCIA A MAIOR PARTE DO FERRO DOS SOLOS ESTA NA FORMA DE ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS FÉRRICOS.
OS OXIDOS E HIDRÓXIDOS DE FERRO DO SOLO ESTÃO NA FORMA DE Fe+3 E SÃO MINERAIS SECUNDÁRIOS , ORIGINADOS DO INTEMPERISMO QUÍMICO
A ESTRUTURA DESSES MINERAIS TEM COMO UNIDADE FUNDAMENTAL O OCTAEDRO, CUJO CENTRO É OCUPADO PELO FERRO E OS VÉRTICES PELO OXIGÊNIO.
AS FORMAS QUE OCORREM NO SOLO SÃO:
HEMATITA (Fe2O3) : DÁ COR VERMELHA AOS SOLOS
GOETITA (FeOOH) : COR AMARELADA OU PARDO AVERMELHADO ESCURO
A OCORRÊNCIA DA HEMATITA É LIMITADA POR CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, É UM MINERAL CARACTERÍSTICO DE CLIMAS QUENTES E ÚMIDOS, ESTANDO AUSENTE EM SOLOS DE CLIMA TEMPERADO
 
A GOETITA É A FORMA DE MINERAL DE Fe+3 MAIS FREQUENTE NOS SOLOS, OCORRENDO EM TODOS OS TIPOS DE SOLOS E REGIÕES CLIMÁTICAS. PODE OCORRER ASSOCIADA À HEMATITA, SENDO SUA CONCENTRAÇÃO É MAIOR NOS HORIZONTES SUPERIORES, DECRESCENDO COM A PROFUNDIDADE.
MAGNETITA (Fe+2Fe2+3O4) ( MINÉRIO DE FERRO, MINERAL PRIMÁRIO, ENCONTRADO NA FRAÇÃO AREIA EM SOLOS ORIGINADOS DE ROCHAS ÍGNEAS BÁSICAS, SUA PRESENÇA É FACILMENTE DETECTADA POR ÍMÃ
– ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO
O INTEMPERISMO LIBERA ALUMÍNIO DOS MINERAIS PRIMÁRIOS , PODENDO INTEGRAR A ESTRUTURA DE MINERAIS SECUNDÁRIOS, PRINCIPALMENTE ALUMINOSSILICATOS. SE O INTEMPERISMO É INTENSO E A DRENAGEM ADEQUADA, OUTROS CATIONS MAIS SOLÚVEIS SÃO REMOVIDOS (Si+4, Na+, Ca+2, K+, Mg+2) E O ALUMÍNIO, SENDO MENOS SOLÚVEL , PRECIPITA-SE COMO ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS. EM SOLOS ÁCIDOS É TAMBÉM UM IMPORTANTE ÍON TROCÁVEL.
A GIBBSITA Al(OH)3 OU Al2O3 3H2O É O HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO MAIS ABUNDANTE NOS SOLOS, PRINCIPALMENTE EM SOLOS TROPICAIS
A GIBBSITA É FORMADA EXCLUSIVAMENTE DE ÁTOMOS DE ALUMÍNIO EM COORDENAÇÃO 6, OCUPANDO O CENTRO DE UM OCTAEDRO, ENVOLVIDO POR OXIDRILAS (OH)
BAUXITA ( MINÉRIO DE ALUMÍNIO
2.3 – ÓXIDOS DE TITÂNIO
AS FORMAS MAIS ENCONTRADAS NOS SOLOS SÃO O RUTILO (TiO2) E O ANATÁSIO (TiO2).
A DIFERENÇA ENTRE OS DOIS É QUE O RUTILO PODE TER SIDO HERDADO DA ROCHA (MINERAL PRIMÁRIO) E O ANATÁSIO PODE SER PEDOGENÉTICO, ISTO É , FORMADO DURANTE O INTEMPERISMO
LEITURA COMPLEMENTAR RECOMENDADA:
LEPSCH, I.F. Solos – Formação e Conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. Paginas 36 a 42
LEITURA COMPLEMENTAR:
KIEHL, E. J. Manual de edafologia. São Paulo, Ceres, 1979. Paginas 51 a 66
MEURER, E.J. Fundamentos de Química de solo. Porto Alegre; Gênesis, 2000. Paginas 23 a 44.
CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DAS ARGILAS
AS PROPRIEDADES DAS ARGILAS SE FUNDAMENTAM NAS CARACTERÍSTICAS COLOIDAIS, DE SUPERFÍCIE E DE CARGA EÉTRICA QUE APRESENTAM ESTES MINERAIS
1 – SUPERFÍCIE ESPECÍFICA OU ÁREA DE CONTATO
É DEFINIDA COMO SENDO ÁREA POR UNIDADE DE MASSA (m2/g)
A SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DE UM ARGILOMINERAL É A SOMATORIA DAS ÁREAS DE TODAS AS PARTÍCULAS QUE OCORREM EM 1g DO ARGILOMINERAL
A SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DE UM SOLO É INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO DIÂMETRO DAS PARTÍCULAS
DEVE SER CONSIDERADO COMO SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DE UMA PARTÍCULA A SUPERFÍCIE EXTERNA (SUPERIOR , INFERIOR E LATERAIS), COMUM A TODAS AS PARTÍCULAS E MAIS A INTERNA, INTERLAMELAR (INTER-UNIDADE ESTRUTURAL), QUANDO OCORRER, COMO NAS ARGILAS EXPANSIVAS (MONTIMORILONITA E VERMICULITA)
 
MONTMORILONITA POSSUI UMA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DE 700 m2/g E A CAOLINITA DE 5 A 10 m2/g
UM CAMPO DE FUTEBOL PODE TER SUA ÁREA DE 1 HA (10.000 m2) PRESENTE EM:
2000 A 1000g DE CAULINITA (10.000/5 ou 10000/10)
14g DE MONTMORILONITA (10.000/700)
2 – ADSORÇÃO E TROCA IÔNICA
OS ARGILOMINERAIS E OS COLOIDES ORGÂNICOS POSSUEM CARGAS NEGATIVAS, E EM MENOR ESCALA CARGAS POSITIVAS, QUE ATRAEM, ATRAVÉS DE FORÇAS ELETROSTÁTICAS, ÍONS DE CARGAS CONTRÁRIAS (OS OPOSTOS SE ATRAEM, EXATAMENTE COMO NO ÍMÃ) 
OS CÁTIONS (CARGA POSITIVA) E/OU ÂNIONS (CARGA NEGATIVA) ASSIM ADSORVIDOS NAS ASGILAS NÃO FAZEM PARTE DA REDE CRISTALINA DAS PARTÍCULAS, ESTANDO RETIDOS APENAS SUPERFICIALMENTE POR LIGAÇÕES ÍÔNICAS, FACILMENTE ROMPIDAS.
A MAIORIA DOS SOLOS APRESENTA O NÚMERO DE CARGAS NEGATIVAS MAIOR QUE O NÚMERO DE CARGAS POSITIVAS, SENDO DENOMINADOS SOLOS ELETRONEGATIVOS
EXISTEM, NO ENTANTO, ALGUNS LATOSSOLOS EXTREMAMENTE INTEMPERIZADOS, QUE NO HORIZONTE B APRESENTAM CARGA NEGATIVA MENOR QUE AS CARGAS POSITIVAS (SOLOS ELETROPOSITIVOS)
ESSES ÍONS ADSORVIDOS PODEM PASSAR PARA A SOLUÇÃO DO SOLO SENDO SUBSTITUÍDO POR OUTRO ÍON DE MESMA CARGA E VALÊNCIA, A ESTE FENÔMENO SE CHAMA DE TROCA IÔNICA, SENDO CONSIDERADO, DEPOIS DA FOTOSSÍNTESE, UM DOS FENÔMENOS NATURAIS MAIS IMPORTANTES PARA A HUMANIDADE
2.1- CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS (CTC)
A CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA (CTC) DE UM SOLO OU DE ARGILAS, É DEFINIDA COMO SENDO A QUANTIDADE DE CÁTIONS (Ca2+, Mg2+, K+, H+, Al+3 etc) QUE PODE SER ADSORVIDA PELAS PARTÍCULAS DESSE SOLO, OU EM OUTRAS PALAVRAS, A QUANTIDADE DE CARGA NEGATIVA DESSE SOLO OU ARGILAS.
A CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS É A PROPRIEDADE QUE TEM O SOLO, MAIS ESPECIFICAMENTE, AS ARGILAS E COLOIDES ORGÂNICOS, DE TROCAR CÁTIONS DE UMA MANEIRA REVERSÍVEL, EM EQUILÍBRIO COM A SOLUÇÃO DO SOLO.
A CTC OU SIMPLESMENTE T, COMO É CONVENCIONALMENTE DENOMINADA, É EXPRESSA EM cmolc/Kg
ATIVIDADE DE ARGILA (T) ( REFERE-SE `A CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS DA FRAÇÃO ARGILA DOS SOLOS (T x 100/%de ARGILA)
A ATIVIDADE DAS ARGILAS, ISTO É, A SUA CAPACIDADE DE TROCA E ÁREA ESPECÍFICA TENDE A CRESCER DA CAOLINTA (MENOS ATIVA), PARA A MONTMORILONTA (MAIS ATIVA). OS SESQUIÓXIDOS (Al2O3 E Fe2O3) SÃO AINDA MENOS ATIVOS QUE A CAOLINITA
CTC DOS PRINCIPAIS ARGILOMINERAIS, EM COMPARAÇÃO COM OUTROS COMPONENTES DO SOLO (meq/100g)
	CAULINITA
	3 a 12
	HALOISITA 4H2O
	10 a 40
	MONTMORILONITA
	80 a 150
	ILITA
	10 a 40
	VEMICULITA
	> 150
	CLORITA
	10 a 40
	ALOFANITA
	100
	MATÉRIA ORGÂNICA
	200 a 400
	AREIA QUARTZOSA
	0,01
2.1.1 - ORIGEM DAS CARGAS NEGATIVAS
AS CARGAS NEGATIVAS DAS ARGILAS MINERAIS SÃO ORIGINADAS ATRAVES DE:
SUBSTITUÍÇÃO ISOMÓRFICA, DO Si+4 POR Al+3, NAS CAMADAS TETRAEDRICAS E DO Al+3 POR Mg+2 OU Fe+2 NAS CAMADAS OCTAEDRICAS
QUEBRA (BEIRADA) DAS LÂMINAS DOS OCTAEDROS E TETRAEDROS, QUE NÃO SE PROLONGAM INDEFINIDAMENTE, PODENDO HAVER UM DESEQUILÍBRIO DE CARGAS NÃO SATISFEITAS.
DISSOCIAÇÃO DE HIDROXILAS (OU OXIDRILAS) PRESENTE NOS VÉRTICES DO OCTAEDRO, EM MEIO MAIS BÁSICO
A SUBSTITUÍÇÃO ISOMÓRFICA É UM FENÔMENO QUE OCORRE PRINCIPALMENTE PARA OS ARGILOMINERAIS 2:1 , AO PASSO QUE A QUEBRA DAS ARESTAS E DISSOCIAÇÃO DAS HIDROXILAS SÃO MAIS IMPORTANTES PARA AS ARGILAS 1:1
- ORIGEM DAS CARGAS NEGATIVAS NOS COLOIDES ORGÂNICOS
NOS COLOIDES ORGÂNICOS (MATÉRIA ORGÂNICA) AS CARGAS NEGATIVAS SÃO ORIGINADAS ATRAVÉS DE:
DISSOCIAÇÃO DOS RADICAIS COOH DOS GRUPOS CARBOXÍLICOS (55%DAS CARGAS NEGATIVAS DA M.O.)
R – COOH + OH- (( R – COO- + H+
DISSOCIAÇÃO DE HIDROXILAS DOS GRUPOS FENÓLICOS (35% DASCARGAS NEGATIVAS DA M.O.)
DISSOCIAÇÃO DOS RADICAIS NH DAS AMIDAS
– CARGA PERMANENTE E CARGA DEPENDENTE DE pH
AS CARGAS NEGATIVAS DO SOLO PODEM SER PERMANENTES OU DEPENDENTES DE pH
AS CARGAS PERMANENTES SÃO AQUELAS ORIGINADAS DAS SUBSTITUÍÇÕES ISOMÓRFICAS NOS MINERAIS DE ARGILA, NÃO DEPENDEM DO pH DO SOLO PARA SE MANIFESTAREM.
AS CARGAS DEPENDENTES DE pH OU VARIÁVEIS SÃO AQUELAS QUE SE MANIFESTAM DE ACORDO COM O pH DOS SOLOS, SE O pH AUMENTA AS CARCAS NEGATIVAS AUMENTAM, SÃO ORIGINADAS DA DISSOCIAÇÃO DAS HIDOXILAS , PROVENIENTES DE ARESTAS QUEBRADAS E DA DISSOCIAÇÃO DAS HIDROXILAS DOS OCTAEDROS DAS ARGILAS MINERAIS OU DOS GRUPOS CARBOXÍLICOS E FENÓLICOS DOS COLOIDES ORGÂNICOS.
SE A QUANTIDADE DE CARGAS VARIAM COM O pH, A CTC TAMBÉM VARIA COM O pH DO SOLO , PORTANTO, PARA SE COMPARAR A CTC DE SOLOS DIFERENTES ESTAS DEVEM SER FEITAS A pH 7, POR CONVENÇÃO
CARACTERÍSTICAS DE CARGAS DE ALGUNS NINERAIS DA FRAÇÃO ARGILA (meq/100g) DE UM DETERMINADO SOLO (KENYA)
	 
MATERIAL
	CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS
	CAPACIDADE DE TROCA DE ÂNIONS
	
	PERMANENTE
	VARIÁVEL
	TOTAL
	
	MONTMORILONITA
	112
	6
	118
	1
	VERMICULITA
	85
	0
	85
	0
	ILITA
	11
	8
	19
	3
	HALOISITA
	6
	12
	18
	15
	CAULINITA
	1
	3
	4
	2
	GIBBSITA
	0
	5
	5
	5
	GOETITA 
	0
	4
	4
	4
	ALOFANA
	10
	41
	51
	17
	TURFA
	38
	98
	136
	6
2.2 – CAPACIDADE DE TROCA DE ÂNIONS (CTA)
AINDA POUCO ESTUDADO, TALVES PELA POUCA IMPORTÂNCIA RELATIVA, SE COMPARADA COM A CTC 
AS CARGAS POSITIVAS NORMALMENTE ENCONTRA-SE EM TODOS OS SOLOS, MAS DIFICILMENTE O SEU NÚMERO ULTRAPASSA AO DAS CARGAS NEGATIVAS, ACONTECE APENAS NO HORIZONTE B DE SOLOS MUITO INTEMPERIZADOS
ORIGEM DAS CARGAS POSITIVAS:
DISSOCIAÇÃO DOS ÍONS OH- DOS ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS DE Fe, Al e Mn, EM MEIO MAIS ÁCIDO
ARGILA-OH + H+ ( ARGILA+ + H2O
DISSOCIAÇÃO DAS HIDROXILAS EXPOSTAS NAS ARESTAS QUEBRADAS, EM MEIO ÁCIDO
- ( pH E PONTO DE CARGA ZERO (PCZ)
O BALANÇO DE CARGAS DE UM SISTEMA SOLO PODE SER FACILMENTE MEDIDO, DETERMINANDO O pH (H2O) E O pH (KCl)
( pH = pH (KCl) – pH (H2O)
( pH = NEGATIVO ( SOLO ELETRONEGATIVO
( pH = POSITIVO ( SOLO ELETROPOSITIVO
( pH = ZERO ( pH (H2O) = pH (KCl) ( PONTO DE CARGA ZERO
 NO PONTO DE CARGA ZERO O SOLO É ELETICAMENTE NEUTRO, ONDE OS NÚMEROS DE CARGAS NEGATIVAS E POSITIVAS SE IGUALAM
LITERATURA RECOMENDADA:
LEPSCH, I.F. Solos – Formação e Conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. PÁGINAS 41 a 42
 Fundamentos de química dos solos – Capitulo 5, Paginas 77 a 108
KIEHL, E. J. Manual de edafologia. São Paulo, Ceres, 1979. PÁGINAS 216 a 226.
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ACIDEZ DO SOLO E CTC
1- ACIDEZ ATIVA (pH)
É DADA PELA CONCENTRAÇÃO HIDROGENIÔNICA (H+) NA SOLUÇÃO DO SOLO, EXPRESSO EM TERMOS DE pH, E PARA A MAIORIA DOS SOLOS VARIA DE 4,0 A 7,5
2 – ACIDEZ TROCÁVEL (Al+3)
REFERE-SE AO ALUMÍNIO TROCÁVEL (Al+3) E AO HIDROGÊNIO TROCÁVEL (H+), ADSORVIDO NAS SUPERFÍCIES DOS COLOIDES MINERAIS E ORGÂNICOS, POR FORÇAS ELETROSTÁTICAS
EM TERMOS PRÁTICOS REFERE-SE APENAS AO Al+3 , JÁ QUE O H+ TROCÁVEL É MUITO PEQUENO, NÃO SENDO CONSIDERADO
NAS ANÁLISES DE ROTINA É EXTRAÍDO COM KCl 1N , SENDO EXPRESSO EM cmolc/dm3
É TAMBÉM CHAMADA DE ACIDEZ NOCIVA, POR PROVOCAR TOXICIDADE NA MAIORIA DAS PLANTAS CULTIVADAS
EM pH MAIOR QUE 5,6 NÃO EXISTE Al+3 NO SOLO, TODO ELE ESTÁ NA FORMA NÃO SOLÚVEL
– ACIDEZ NÃO-TROCÁVEL
REFERE-SE AO H+ EM LIGAÇÕES COVALENTES COM AS FRAÇÕES ORGÂNICAS E MINERAIS , É UMA ESTIMATIVA DAS CARGAS NEGATIVAS POSSÍVEIS DE SEREM LIBERADAS A pH 7,0
É OBTIDA ATRAVÉS DA DIFERENÇA ENTRE ACIDEZ TOTAL E ACIDEZ TROCÁVEL
– ACIDEZ POTENCIAL OU TOTAL (H+ + Al+3)
REFERE-SE AO TOTAL DE H+ EM LIGAÇÕES COVALENTES (ACIDEZ NÃO-TROCÁVEL) E O Al+3 TROCÁVEL
É DETERMINADO USANDO UMA SOLUÇÃO TAMPONADA A pH 7,0 
(ACETATO DE CÁLCIO 1N A pH 7,0)
É EXPRESSA EM cmolc/dm3
– SOMA DE BASES TROCÁVEIS (S)
REFLETE A SOMA DE CÁLCIO (Ca+2), MAGNÉSIO (Mg+2), POTÁSSIO (K+) E SÓDIO (Na+) NA FORMA TROCÁVEL NO SOLO, INDICANDO O NÚMERO DE CARGAS NEGATIVAS DOS COLOIDES QUE ESTÃO OCUPADAS POR BASES
S = Ca+2 + Mg+2 + k+ + Na+
VALORES EXPRESSOS EM cmolc/dm3
– CTC EFETIVA (t)
REFLETE A CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS DO SOLO PRÓXIMO DO VALOR DE SEU pH NATURAL
 
t = Ca+2 + Mg+2 + K+ + Na+ + Al+3
7 – PERCENTAGEM DE SATURAÇÃO DE ALUMÍNIO (m%)
EXPRESSA A FRAÇÃO OU QUANTOS POR CENTO DA CTC efetiva ESTÃO OCUPADOS POR ALUMÍNIO TROCÁVEL (Al+3)
É UMA FORMA DE EXPRESSAR A TOXIDEZ DE ALUMÍNIO 
m% = 100 X Al+3 OU 
t
m% = 100 X Al+3 ______ 
 Ca+2 + Mg+2 + K+ Na+ + Al+3 
m% > 50% ( SOLOS ÁLICOS
8 - CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA (T OU CTC)
É CONVENCIONALMENTE OBTIDA A pH 7,0 E REPRESENTA O MÁXIMO DE CÁTIONS QUE PODEM SER ADSORVIDOS COM O SOLO A pH 7,0 , É TAMBEM CHAMADA DE CTC POTENCIAL
SOBRE O PONTO DE VISTA PRÁTICO , É O NÍVEL DA CTC DE UM SOLO QUE SERIA ATINGIDO, CASO A CALAGEM DESTE FOSSE FEITA PARA ELEVAR O pH A 7,0 ; OU O MÁXIMO DE CARGAS NEGATIVAS LIBERADAS A pH 7,0 PASSÍVEIS DE SEREM OCUPADAS POR CÁTIONS
T = CTC = S + (H + Al+3) ou
 CTC = Ca+2 + Mg+2 + k+ + Na+ + (H + Al+3)
EXPRESSA EM cmolc/dm3
9 – PERCENTAGEM DE SATURAÇÃO POR BASES (V%)
REFLETE A PERCENTAGEM DO TOTAL DE CARGAS NEGATIVAS POTENCIAL DE UM SOLO QUE ESTÃO OCUPADAS POR BASES (Ca, Mg, K, Na)
V% = S x100 = (Ca+2 + Mg+2 + K+ + Na+) x 100___
 T Ca+2 + Mg+2 + K+ + Na+ + (H+ + Al+3)
É UM PARÂMETRO PARA SEPARAR SOLOS CONSIDERADOS FÉRTEIS
V% > 50% ( SOLOS EUTRÓFICOS (FÉRTEIS)
V% < 50% ( SOLOS DISTRÓFICOS
LITERATURA COMPLEMENTAR RECOMENDADA:
SOUZA, D. M. G.; MIRANDA,L. N; OLIVEIRA, S. A. Acidez do solo e sua correção. Fertilidade do Solo. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, 2007. Pág. 210 a 230. 
SOUZA, D. M. G.; LOBATO, E. Cerrado: correção do solo e adubação. Embrapa, Brasília , DF, 2004. Pág. 81 a 96
COMISSÃO DE FERTILIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS –CFSEMG. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em minas gerais – 5ª aproximação. Viçosa, MG, 1999. Pág 43 a 60.
OS CONSTITUÍNTES DO SOLO
OS HORIZONTES DO SOLO SÃO COMPOSTOS DE QUATRO CONSTITÍNTES PRINCIPAIS:
AS PARTÍCULAS MINERAIS
OS MATERIAIS ORGÂNICOS
A ÁGUA 
O AR
1 - OS CONSTITUÍNTES MINERAIS
MINERAIS PRIMÁRIOS
MINERAIS SECUNDÁRIOS
SAIS SOLÚVEIS
– MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO
A MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO É PROVENIENTE DA ACUMULAÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE RESTOS DE ORIGEM VEGETAL E ANIMAL
 A MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO TEM SIDO DEFINIDA COMO A FRAÇÃO ORGÂNICA, INCLUÍNDO RESÍDUOS (FRESCOS E EM TODOS OS ESTÁDIOS DE DECOMPOSIÇÃO) DE PLANTAS, ANIMAIS E MICROORGANISMOS, E O HÚMUS RELATIVAMENTE ESTÁVEL
APÓS A DEPOSIÇÃO E INCORPORAÇÃO DESSES RESÍDUOS AO SOLO, OS MICROORGANISMOS INICIAM O PROCESSO DE DECOMPOSIÇÃO DESSES MATERIAIS, UTILIZANDO-OS COMO FONTE DE NUTRIENTES E ENERGIA
O HÚMUS SÃO DETRITOS ORGÂNICOS DECOMPOSTOS, QUE SOFRERAM UM PROCESSO DE DECOMPOSIÇÃO BIOLÓGICA PELO ATAQUE DE MICROORGANISMOS, APRESENTANDO-SE COM DECOMPOSIÇÃO TÃO AVANÇADA QUE NÃO PERMITE RECONHECER SUA ORIGEM
CARACTERÍSTICAS DO HÚMUS:
PARTÍCULAS DIMINUTAS (<0,002 mm)
PROPRIEDADES COLOIDAIS (PROPRIEDADES FÍSICAS, QUÍMICAS E FÍSICO-QUÍMICAS PRÓPRIAS)
ALTA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA
COLORAÇÃO PARDA ESCURA A NEGRA
ALTOS CONTEÚDOS DE LIGNINA E PROTEINA
RELAÇÃO C/N DE 10:1
SEM COMPOSIÇÃO QUÍMICA DEFINIDA
O HÚMUS E AS ARGILAS SÃO OS CONSTITUÍNTES COLOIDAIS DO SOLO, SENDO DESIGNADOS COMO O COMPLEXO COLOIDAL DO SOLO
A MATÉRIA ORGÂNICA É DETERMINADA EM ANÁLISES DE ROTINA PELO TEOR DE CARBONO (C) E EXPRESSA EM PERCENTAGEM(%), SENDO DE FORMA GERAL CALCULADA PELA FÓRMULA :
M.O = C% X 1,724
O TEOR DE C% ORGÂNICO DO SOLO É RESULTANTE DO BALANÇO ENTRE DEPOSIÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E, DEPENDE DA ATIVIDADE MICROBIANA. PORTANTO, FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE MICROBIANA AFETAM A DECOMPOSIÇÃO DA MATERIA ORGÂNICA. 
CONDIÇÕES QUE PROVOCAM ACÚMULO DE MATÉRIA ORGÂNICA NO SOLO:
TEMPERATURA BAIXA
FALTA DE ÁGUA
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO OU EXCESSO DE ÁGUA
CARÊNCIA DE NUTRIENTES
REAÇÃO ÁCIDA DO MEIO (pH)
COM O USO E CORREÇÃO DOS SOLOS HÁ UMA TENDÊNCIA NA DIMINUÍÇÃO DOS TEORES DA MATERIA ORGÂNICA DOS SOLOS
SEGUNDO OS TORES DE MATÉRIA ORGÂNICA OS SOLOS SÃO DIVIDIDOS EM:
SOLOS ORGÂNICOS ( ACIMA DE 8% DE C OU ACIMA DE 15% DE M.O.
SOLOS MINERAIS ( MENORES QUE 8% DE CARBONO
TURFA ( SÃO SOLOS ORGÂNICOS ONDE A ACUMULAÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA OCORRE EM REGIÕES ENCHARCADAS, EM CONDIÇÕES ANAERÓBICAS
INFLUÊNCIA DA MATÉRIA ORGÂNICA NOS SOLOS:
A)NOS ASPÉCTOS FÍSICOS:
MELHORA A ESTRUTURA DO SOLO(CIMENTANTE)
DIMINUI A DENSIDADE APARENTE E REAL
AUMENTA A POROSIDADE, PERMEABILIDADE E AERAÇÃO
AUMENTA A SUPERFÍCIE ESPECÍFICA
AUMENTA A RETENÇÃO DE ÁGUA
B) NAS PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICO-QUÍMICAS:
AUMENTA A CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA
AUMENTA A RETENÇÃO DE BASES TROCÁVEIS
FORNECE N, P, S e MICRONUTRIENTES ATRAVEZ DE SUA MINERALIZAÇÃO
SOLUBILIZA NUTRIENTES NOS SOLOS MINERAIS ATRAVEZ DOS ÁCIDOS HÚMICOS 
C) NA BIOLOGIA DOS SOLOS:
FONTE DE ENERGIA E NUTRIÇÃO PARA OS ORGANISMOS HETEROTRÓFICOS
– A ÁGUA DO SOLO
A ÁGUA É UM DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DO SOLO, OCUPANDO JUNTAMENTE COM O AR, TODO O ESPAÇO POROSO EXISTENTE
NA AUSÊNCIA DA ÁGUA NÃO É POSSÍVEL A VIDA VEGETAL OU ANIMAL
A ÁGUA É RESPONSÁVEL POR GRANDE PARTE DAS PROPRIEDADES FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DO SOLO
A ÁGUA FUNCIONA COMO SOLVENTE DE NUTRIENTES NO SOLO E COMO MEIO DE TRANSPORTE NA PLANTA
SOLUÇÃO DO SOLO: A ÁGUA DO SOLO É UMA SOLUÇÃO DILUÍDA CONTENDO PEQUENAS E VARIÁVEIS QUANTIDADES DE SAIS MINERAIS, OXIGÊNIO E GÁS CARBÔNICO
A SOLUÇÃO DO SOLO DEPENDE DOS ELEMENTOS QUE ESTÃO ADSORVIDOS NOS COLOIDES, QUE ESTÃO EM EQUILÍBRIO COM ESTA SOLUÇÃO, EQUILÍBRIO ESTE MANTIDO PELA CAPACIDADE DE TROCA 
SOLO NEUTRO : SOLUÇÃO DO SOLO COM Ca, Mg, K
SOLO ÁCIDO: SOLUÇÃO DO SOLO COM H e Al
A) CICLO DA ÁGUA
A ÁGUA DO SOLO PROVÉM DAS CHUVAS E É ABSORVIDA PELAS PLANTAS ATRAVÉS DAS RAÍZES
O CICLO DA ÁGUA NA NATUREZA PODE SER DESDOBRADO EM PEQUENO E GRANDE CICLO
PEQUENO CICLO (OCORRE NOS CONTINENTES) ( A ÁGUA TRANSPIRADA DAS PLANTAS E EVAPORADA DOS SOLOS (EVAPOTRANSPIRAÇÃO) FORMAM AS NUVENS, QUE POR CONDENSAÇÃO DO VAPOR CAEM EM FORMA DE CHUVA; A ÁGUA DA CHUVA AO ATINGIR O SOLO PODE ESCORRER NA SUPERFÍCIE, FORMANDO A ENXURRADA, OU PODE SE INFILTRAR NO SOLO; A ÁGUA ARMAZENADA NO SOLO É ABSORVIDA PELOS VEGETAIS, QUE A PERDEM POR TRANSPIRAÇÃO OU, É EVAPORADA PELA SUPERFÍCIE, RECOMEÇANDO O CICLO. 
GRANDE CICLO (OCORRE DOS OCEANOS PARA OS CONTINENTES) ( A ÁGUA DOS MARES É EVAPORADA FORMANDO AS NÚVENS, QUE SÃO CONDUZIDAS PARA OS CONTINENTES PELO VENTO, E CAEM NA FORMA DE CHUVA; NO SOLO SE INFILTRAM ALIMENTANDO OS LENÇOIS FREÁTICOS OU ESCORREM DIRETAMENTE PARA OS RIOS ATRAVÉS DAS ENXURRADAS; AS ÁGUAS DOS LENÇOIS FREÁTICOS DÃO ORIGEM ÁS NASCENTES, QUE POR SUA VEZ FORMAM OS RIOS E, ESTES A CONDUZEM PARA O MAR
B) CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO
ÁGUA GRAVITACIONAL: É A OCUPADA PELOS MACROPOROS (POROS MAIORES QUE 0,05 mm DE DIÂMETRO) QUANDO O SOLO ESTÁ ENCHARCADO, E QUE INFILTRA-SE NO SOLO SOB AÇÃO DA GRAVIDADE, É UMA ÁGUA NÃO RETIDA PELO SOLO
ÁGUA CAPILAR: É A ÁGUA OCUPADA PELOS MICROPOROS (POROS MENORES QUE 0,05 mm), E QUE FUNCIONAM COMO TUBOS CAPILARES. ELA ESTÁ RETIDA NO SOLO COM TAL FORÇA QUE CONSEGUE MANTER-SE MESMO CONTRA A AÇÃO DA GRAVIDADE, MAS ESTA FORÇA NÃO É TÃO GRANDE A PONTO DE IMPEDIR A EXTRAÇÃO PELAS RAÍZES, REPRESENTANDO PORTANTO, UM ARMAZENAMENTO DISPONÍVEL ÀS PLANTAS.
ÁGUA HIGROSCÓPICA: É A ÁGUA FIXADA POR ADSORÇÃO NA SUPERFÍCIE DOS COLOIDES DO SOLO, MOVIMENTANDO –SE APENAS NO ESTADO DE VAPOR.
C) DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO SOLO
ÁGUA DISPONÍVEL É A QUANTIDADE DE ÁGUA CONTIDA NO SOLO E QUE PODE EFETIVAMENTE SER ABSOVIDA PELAS RAÍZES DAS PLANTAS
É A QUANTIDADE DE ÁGUA QUE O SOLO CONTÉM ENTRE A CAPACIDADE DE CAMPO E O PONTO DE MURCHA PERMANENTE
AD = ACc% - APm%
CAPACIDADE DE CAMPO (Cc%) : DEFINE A QUANTIDADE DE ÁGUA QUE PERMANECE NO SOLO APÓS TER CESSADO O FLUXO GRAVITACIONAL. É A ÁGUA RETIDA A 1/3 DE Atm
PONTO DE MURCHA PERMANENTE (Pm%): É A QUANTIDADE DE ÁGUA QUE O SOLO CONTÉM APÓS AS PLANTAS MURCHAREM DE MODO PERMANENTE. A ÁGUA AINDA ESTÁ PRESENTE NESTE PONTO, MAS É TÃO FORTEMENTE RETIDA QUE AS PLANTAS NÃO TEM CAPACIDADE PARA UTILIZÁ-LA. (É A ÁGUA RETIDA A 15 Atm DE PRESSÃO)
ESTE É UM CONCEITO CLÁSSICO E DE NATUREZA ESTÁTICO. ATUALMENTE ESTE CONCEITO É MELHOR CONCEBIDO COMO DE NATUREZA DINÂMICA. A MAIOR OU MENOR QUANTIDADE DE ÁGUA DISPONÍVEL DEPENDERÁ DAS INTERAÇÕES DA ÁGUA DENTRO DO SISTEMA SOLO-PLANTA-ATMOSFERA
A TEXTURA, A ESTRUTURA E O TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA INFLUENCIAM DIRETAMENTE A CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DA ÁGUA DO SOLO E A QUANTIDADE DE ÁGUA DISPONÍVEL
– AR DO SOLO
O COMPONENTE GASOSO OU AR DO SOLO POSSUI OS MESMOS GASES DO AR ATMOSFÉRICO, MAS NUMA COMPOSIÇÃO PROPORCIONALMENTE DIFERENTE
	
	CONCENTRAÇÃO DOS GASES (%)
	
	O2
	CO2
	N2
	AR ATMOSFÉRICO
	20
	0,03
	80
	AR DO SOLO
	10 – 20
	0,3 – 0,6
	80
 O AR DOS SOLOS POSSUEM MAIOR TEOR DE CO2 DEVIDO À RESPIRAÇÃO DAS RAÍZES E MICROORGANISMOS, CONSUMINDO O2 E POR NÃO FAZER FOTOSSÍNTESE COMO NAS FOLHAS
O AR DO SOLO POSSUI UMIDADE RELATIVA PRÓXIMA DE 100%, SENDO PRATICAMENTE CONSTANTE, INDEPENDENTE DO TEOR DE ÁGUA DO SOLO, AO CONTRÁRIO DO AR ATMOSFÉRICO
A COMPOSIÇÃO DO AR DO SOLO VARIA COM:
( AS ESTAÇÕES DO ANO
A QUANTIDADE E A COMPOSIÇÃO DO AR DO SOLO É REGULADA PELA MOVIMENTAÇÃO DE ÁGUA (A ÁGUA DAS CHUVAS OCUPA OS POROS E DEPOIS DRENA RENOVANDO O AR DO SOLO)
ESTAÇÃO SECA ( POUCA RENOVAÇÃO 
ESTAÇÃO CHUVOSA ( INTENSA RENOVAÇÃO
( AS CARACTERÍSTICAS DO SOLO
SOLOS ARENOSOS OU BEM ESTRUTURADOS ( BOA AERAÇÃO
PRESENÇA DE HORIZONTES DE IMPEDIMENTO ( BAIXA AERAÇÃO NO PERÍODO CHUVOSO
( COM A ATIVIDADE MICROBIANA
MAIOR ATIVIDADE ( MAIOR TEOR DE CO2
( COM A PROFUNDIDADE DO SOLO
NA SUPERFÍCIE ( MAIOR CONCENTRAÇÃO DE O2
MAIOR PROFUNDIDADE ( MAIOR CONCENTRAÇÃO DE CO2
A QUANTIDADE DE AR DO SOLO É INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO DA ÁGUA
A DEFICIÊNCIA DE AERAÇÃO PROVOCA NOS VEGETAIS SUPERIORES:
RESTRIÇÃO NO CRESCIMENTO DOS VEGETAIS, PRINCIPALMENTE DAS RAÍZES
DIMINUÍÇÃO NA ABSORÇÃO DE NUTRIENTES E ÁGUA
O OXIGÊNIO É ABSORVIDO PELAS FOLHAS E PELAS RAÍZES, SUA DEFICIÊNCIA NO SOLO, CAUSADA POR INUNDAÇÕES PERÍODICAS, MATA AS PLANTAS QUE NÃO SUPORTAM EXCESSO D’ÁGUA
LITERATURA COMPLEMENTAR RECOMENDADA:
LEPSCH, I.F. Solos – Formação e Conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. Paginas 42 a 44 e PAGINAS 44 a 49
KIEHL, E. J. Manual de edafologia. São Paulo, Ceres, 1979. Paginas 22 a 24 e PÁGINAS 24 a 29
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
O SOLO É RESULTANTE DA AÇÃO DO CLIMA E DOS ORGANISMOS SOBRE O MATERIAL DE ORIGEM, NUM DETERMINADO RELEVO, DURANTE UM PERÍODO DE TEMPO
Solo = f (material de origem, clima, relevo, organismos e tempo)
fatores ativos: clima e organismos
fatores passivos:material de origem, relevo e tempo
a gênese do solo é uma resultante da ação combinada desses fatores, os quais podem agir intensa e concomitantemente
quanto mais atuantes forem os fatores de formação do solo, maior o distanciamento da rocha que o originou
material de origem
é o material intemperizado não consolidado, de natureza mineral ou orgânica, que dará origem aos solos , através dos processos pedogenéticos
a formação do solo pode sedar tanto pela transformação da rocha em solo, ou sobre o produto de alteraçào desta rocha, quer sejam materiais remanejados saprolíticos ou produtos de pedogênese anterior
solos alóctones - quando o material de origem pode já ter sofrido transporte e deposição
solos autóctones – o material de origem provem diretamente do substrato subjacente 
características importantes das rochas na formação dos solos
composição mineralógica da rocha
afetando diretamente:
a)teor de elementos nutritivos existentes no solo
Rochas ígneas ácidas – ricas em cátions monovalentes (K e Na)
Rochas ígneas básicas – ricas em cátions divalentes (solos mais férteis
b) NATUREZA DA RESERVA NATURAL DOS SOLOS
 		 
		ARENITO QUARTZOZO( NENHUMA RESERVA
		ROCHAS BÁSICAS ( GRANDE RESERVA MINERAL
c) TEXTURA E COR DO SOLO
ROCHAS BASALTICAS ( SOLOS ARGILOSOS
ARENITOS ( SOLOS ARENOSOS
ROCHAS MÁFICAS ( SOLOS VEMELHOS
	
ESTRUTURA DAS ROCHAS 
AFETA A PROFUNDIDADE DOS SOLOS, POROSIDADE E PERMEABILIDADE 
2– RELEVO
DIZ RESPEITO Á TOPOGRAFIA QUE COMPÕEM A PAISAGEM (GEOMORFOLOGIA)
AGE PRINCIPALMENTE SOBRE A DINÂMICA DA ÁGUA (INFILTRAÇÃO E DEFLÚVIO) E, INDIRETAMENTE, SOBRE A TEMPERATURA E RADIAÇÕES.
RELEVO POUCO MOVIMENTADO ( INFILTRAÇÃO > DEFLÚVIO ( BOAS CONDIÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DO SOLO
RELEVO ACIDENTADO (GRANDE DEFLÚVIO ( MAIOR EROSÃO ( SOLOS RASOS ( ZONAS DE EXPORTAÇÃO)
RELEVO DEPRIMIDO ( RECEBE AGUA DE OUTRAS VERTENTES( FORMAÇÃO DE SOLOS HIDROMÓRFICOS (ZONAS DE ACÚMULO)
3 - CLIMA
É O CONJUNTO DE FENÔMENOS METEREOLÓGICOS QUE CARACTERIZAM A ATMOSFERA EM UM DETERMINADO LOCAL
ELEMENTOS DO CLIMA QUE ATUAM DIRETAMENTE NA PEDOGÊNESE:
TEMPERATURA
 PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS
 VENTOS
3.1 – TEMPERATURA (CALOR)
	O CALOR INFLUI DIRETAMENTE NAS ATIVIDADES DAS REAÇÕES QUÍMICAS E DOS PROCESSOS BIOLÓGICOS QUE OCORREM NO PERFIL DOS SOLOS
 REGIÕES TROPICAIS( PROCESSOS PEDOGENÉTICOS ACELERADOS( SOLOS MAIS PROFUNDOS E VELHOS
CLIMAS ÁRIDOS E FRIOS ( PARALIZAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA ( SOLOS MAIS RASOS E NOVOS
3.2 – PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA
A ÁGUA DAS CHUVAS TEM DOIS PAPEIS IMPORTANTES NA PEDOGÊNESE:
COMPONENTE DOS CONSTITUINTES NEO-FORMADOS: MATÉRIA ORGÂNICA, ARGILAS SILICATADAS, ÓXIDOS HIDRATADOS
AGENTE TRANSPORTADOR: DEFLÚVIO, PERCOLAÇÃO E SOLUÇÃO VASCULAR DAS PLANTAS
EM PEDOGÊNESE É O FATOR ÁGUA EXCEDENTE QUE DETERMINA A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA COMO FATOR ATIVO, ESPECIALMENTE NOS PROCESSOS DE LIXIVIAÇÃO
REGIÕES TROPICAIS ( EXCESSO DE ÁGUA ( PERDAS POR LIXIVIAÇÃO ( FORMAÇÃO DE SOLOS PROFUNDOS E VELHOS
3.3 VENTOS
 AFETAM:
O BALANÇO HIDRICO DOS SOLOS (RESSECAMENTO DAS CAMADAS SUPERFICIAIS)
TRANSPORTE DE MASSA DE AR QUENTE OU FRIO
EFEITOS ABRASIVOS E EROSIVOS
PROCESSOS DE ADIÇÃO ( SAIS , POEIRAS, AREIA)
4 – TEMPO
TODAS AS PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS REQUEREM TEMPO PARA SE MANIFESTAREM NO PERFIL DO SOLO
TEMPO É O FATOR DE FORMAÇÃO MAIS PASSIVO (NÃO ADICIONA MATERIAL E NEM GERA ENERGIA). NO ENTANTO O SISTEMA SOLO NÃO É ESTÁTICO, VARIA COM O TEMPO. 
 
TEMPO ABSOLUTO ( IDADE CRONOLÓGICA
TEMPO RELATIVO ( GRAU DE DESENVOLVIMENTO (EVOLUÇÃO)
SOLO MATURO ( HORIZONTES BEM DESENVOLVIDOS
SOLO IMATURO ( HORIZONTE INDISTINTOS OU LEVEMENTE DISTINTOS GENETICAMENTE
5 – ORGANISMOS
COMO FATORES BIOLÓGICOS SÃO INCLUÍDAS TODAS AS MANIFESTAÇÕES DE VIDA, NO INTERIOR E NA SUPERFÍCIE DO SOLO: MICROFLORA, MICROFAUNA, FAUNA, COBERTURA VEGETAL E A AÇÃO DO HOMEM
OS ORGANISMOS ATUAM NA FIXAÇÃO E TRANSPORTE DE ENERGIA, INTERVINDO NOS PROCESSOS DE TRANSPORTE, TRANSFORMAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE MATERIAIS
5.1 COBERTURA VEGETAL
- ATUA DIRETAMENTE SOBRE OS EFEITOS DO CLIMA:
REDUZ A AGRESSIVIDADE EROSIVA DOS DEFLÚVIOS, AUMENTANDO A INFILTRAÇÃO 
DIMINUI AS AMPLITUDES TÉRMICAS DO SOLO, FAVORECENDO AS ATIVIDADES BIOLÓGICAS
- FORNECE MATÉRIA ORGÂNICA BRUTA AO SOLO
- INTERFERE NOS PROCESSOS DE TROCA CATIÔNICA (ABSORÇÃO E REPOSIÇÃO PELOS COLOIDES)
- RECICLAGEM E EXPOTAÇÃO DE NUTRIENTES
5.2 FAUNA
- RESPONSÁVEIS PELA MINERALIZAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E FORMAÇÃO DO HUMUS
- TRANSFOMAÇÕES DE DIVERSOS ELEMENTOS QUIMICOS NO SOLO
- HOMOGENIZAÇÃO DOS PERFIS, ATRAVÉS DA ATIVIDADE ESCAVADORA 
- EXPORTAÇÃO E ADIÇÃO DE MATERIAIS 
5.3 HOMEM
O HOMEM ATUA COMO AGENTE MODIFICADOR DOS FATORES PEDOGENÉTICOS
SOBRE O MATERIAL DE ORIGEM: REMOÇÃO ATRAVÉS DE CORTES E ATERROS, ADIÇÃO ATRAVÉS DE CALAGEM, FOSFATAGEM E ADUBAÇÕES
SOBRE O CLIMA: DRENAGEM , IRRIGAÇÕES 
SOBRE O MICROCLIMA: DERRUBADAS E CONSTRUÇÕES DE BARRAGENS
SOBRE O RELEVO: NIVELAMENTOS DE TERRENOS E ESTRADAS E MANEJO INADEQUADO PROVOCANDO VOÇOROCAS
SOBRE OS ORGANISMOS: CULTIVOS DIVERSOS, E USO DE PESTICIDAS
SOBRE O TEMPO: ACELERAÇÃO DE CERTOS PROCESSOS, COMO IRRIGAÇÕES MACIÇAS (LIXIVIAÇÃO E /OU SALINIZAÇÃO)
LITERATURA COMPLEMENTAR RECOMENDADA:
LEPSCH, I.F. Solos – Formação e Conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. PÁGINAS 50 a 66
PRADO, H, do. Solos do Brasil: gênese, morfologia, classificação e 
 Levantamento . Piracicaba, 2000. PÁGINAS 4 a 7 
PEDOGÊNESE
PEDOGÊNESE É A PARTE DA CIÊNCIA DO SOLO QUE ESTUDA OS FATORES E OS PROCESSOS QUE INTEVÊM NA GÊNESE E EVOLUÇÃO DOS SOLOS
nA FORMAÇÃO DOS SOLOS DISTINGUI-SE DOIS ESTÁGIOS DISTINTOS, QUE SE PROCESSAM CONCOMITANTEMENTE, A SABER:
1 - INTEMPERIZAÇÃO DAS ROCHAS (ATUAÇÃO DIRETA DOS FATORES)
2 – eVOLUÇÃO DOS SOLOS (ATUAÇÃO DOS PROCESSOS)
 
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
FATORES DE FORMAÇÃO PODE SER DEFINIDO COMO AGENTES, FORÇAS E CONDIÇÕES QUE INFLUENCIOU OU PODE INFLUENCIAR SOBRE O MATERIAL DE ORIGEM COM POTENCIALIDADE DE DETERMINAR SUA MUDANÇA
S = f (C, O, M.O.,R, T)
FATORES ATIVOS ( CLIMA E ORGANISMOS
FATORES PASSIVOS ( MATERIAL DE ORIGEM, RELEVO E TEMPO
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
PROCESSOS PEDOGENÉTICOS SÃO REAÇÕES OU MECANISMOS DE CARATER QUÍMICO, FÍSICO E BIOLÓGICO QUE LEVAM A CONTITUIÇÃO DOS DIFERENTES HORIZONTES OU CAMADAS DO SOLO
ESTÃO INTIMAMENTE CORRELACIONADOS AOS FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
O DESENVOLVIMENTO DO PERFIL ESTÁ ASSOCIADO A QUATRO PROCESSOS GERAIS DE FORMAÇÃO DO SOLO:
REMOÇÃO
TRANSLOCAÇÃO 
tRANSFORMAÇÃO
ADIÇÃO
TODOS OS SOLOS POSSUEM OS MESMOS PROCESSOS PEDOGENÉTICOS, ENTRETANTO, EM DIFERENTES GRAUS DE COMBINAÇÕES
1 - REMOÇÃO
 
É A RETIRADA OU PERDA DE MATERIAL NO SOLO
( LIXIVIAÇÃO: REMOÇÃO DE SAIS SOLUVEIS E SÍLICA QUE SÃO LEVADOS PARA A PARTE INFERIOR DO PERFIL OU MESMO SE PERDEM NO LENÇOL FREÁTICO
( EROSÃO: REMOÇÃO DE PARTE DA SUPERFÍCIE DO SOLO POR AGENTES EÓLICOS E HÍDRICOS
2 - TRANSLOCAÇÃO
TRANSLOCAÇÃO COMPREENDE LENTA MOVIMENTAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DENTRO DO PERFIL, QUE CONSISTEM DE SAIS, CARBONATOS, ARGILA, SESQUIÓXIDOS E MATÉRIA ORGÂNICA DO HORIZONTE A PARA O B
( ELUVIAÇÃO: MOVIMENTODE MATERIAL PARA FORA DE UM HORIZONTE NO PERFIL
( ILUVIAÇÃO: MOVIMENTO DE MATERIAL PARA DENTRO DE UMA CAMADA NO PERFIL
3 – TRANSFORMAÇÃO 
 QUALQUER ALTERAÇÃO AS QUAIS ESTÃO SUJEITAS OS CONSTITUÍNTES DO SOLO
( RUPTURA DA REDE CRISTALINA DOS MINERAIS
( GÊNESE DOS MINERAIS ARGILOSOS
( DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA
4 – ADIÇÃO
QUALQUER MATERIAL OU SUBSTÂNCIA ADICIONADA AO SOLO
( ADIÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA
( ADIÇÃO DE ÁCIDO CARBÔNICO E NÍTRICO
( ADIÇÃO DE POEIRAS E PRECIPITAÇÕES RADIOATIVAS
( ADIÇÃO DE PRODUTOS EROSIONADOS E LEVADOS PELA ÁGUA NOS DECLIVES
( ADIÇÃO DE MATERIAIS ALUVIAIS DEPOSITADOS EM ÁREAS PLANAS PELOS RIOS E MAR
( ADIÇÃO DE MATERIAIS EÓLICOS
( ADIÇÃO DE MATERIASIS DEPOSITADOS POR PROCESSOS GLACIAIS
( ADIÇÃO DE MATERIAIS RESULTANTES DE ATIVIDADES VULCÂNICAS
( ADIÇÃO DE FERTILIZANTES
( ADIÇÃO DE N ATRAVÉS DA CHUVA
HORIZONTES DIAGNÓSTICOS
SÃO OS HORIZONTES USADOS NA CLASSIFICAÇÃODO SOLO, POR CARACTERIZAR UMA DETERMINADA CLASSE DE SOLO, EM FUNÇÃO DE CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS, REFLETINDO A MAGNITUDE DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO
1 – HORIZONTES DIAGNÓSTICOS DE SUPERFÍCIE
 
– HORIZONTE HÍSTICO (H)
 
HORIZONTE ORGÂNICO
MATERIAIS VEGETAIS DEPOSITADOS SOB CONDIÇÕES DE EXCESSO DE ÁGUA OU CONDICIONADOS POR MÁ DRENAGEM DO PERFIL
EXPESSURA MAIOR QUE 20 CM
ACIMA DE 8% DE CARBONO ORGÂNICO (C-org) 
– HORIZONTE A CHERNOZÊMICO
HORIZONTE MINERAL SUPERFICIAL
ESPESSO (> 25 CM )
COR ESCURA (COR VALOR/CROMA < 3/3)
ALTA SATURAÇÃO DE BASE ( > 65%)
RICO EM MATÉRIA ORGÂNICA (C > 0,6 %)
MACIO QUANDO SECO
PRESENTES EM MUITOS SOLOS , PRINCIPALMENTE OS ORIGINADOS DE ROCHAS RICAS EM NUTRIENTES, EM REGIÕES NÃO MUITO SECAS
1.3 – HORIZONTE A PROEMINENTE
IGUAL AO ANTERIOR, DIFERINDO APENAS QUANTO A SATURAÇÃO DE BASES, QUE NESTE É INFERIOR A 65% (MENOS RICO EM NUTRIENTES QUE O ANTERIOR)
– HORIZONTE A HÚMICO
HORIZONTE MINERAL SUPERFICIAL
COR ESCURA (VALOR/CROMA < 4,0)
ESPESSO ( > 25 CM, PODENDO ATINGIR 1,5M) 
BAIXA SATURAÇÃO POR BASE E REAÇÃO ÁCIDA
C-org > 0,6%
– HORIZONTE A FRACO
HORIZONTE MINERAL SUPERFICIAL
COR MAIS CLARA (VALOR/CROMA > 4,0)
CARBONO ORGÂNICO INFERIOR A 0,6%
ESPESSURA MENOR QUE 5 CM 
ESTRUTURA EM GRÃO SIMPLES , MACIÇA
– HORIZONTE A MODERADO
QUANDO NÃO SE ENQUADRA EM NENHUMA DAS CATEGORIAS DE HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS
– HORIZONTES DIAGNÓSTICOS DE SUBSUPERFÍCIE
2.1 - HORIZONTE B TEXTURAL
HORIZONTE MINERAL SUBSUPERFICIAL
TRANSLOCAÇÃO DE ARGILA DO A PARA O B 
ESTRUTURA EM BLOCOS 
PODE APRESENTAR CEROSIDADE (A ESTRUTURA É REVESTIDA POR PELÍCULAS DE COLOIDES MINERAIS, PERCEPTÍVEL PELO ASPECTO LUSTROSO E BRILHO GRAXO)
APRESENTA GRADIENTE TEXTURAL (RAZÃO DA MÉDIA DE ARGILA DOS HORIZONTES B/A) COM VALORES :
MAIOR QUE 1,5 PARA SOLOS COM TEOR DE ARGILA MAIOR QUE 40% NO HORIZONTE A
MAIOR QUE 1,7 PARA SOLOS COM TEOR DE ARGILA ENTRE 15% E 40% NO HORIZONTE A
MAIOR QUE 1,8 PARA SOLOS COM TEOR DE ARGILA MENOR QUE 15% NO HORIZONTE A
AINDA PODE POSSUIR MINERAIS PRÍMÁRIOS DE FÁCIL DECOMPOSIÇÃO
2.2 – HORIZONTE B LATOSSÓLICO
HORIZONTE MINERAL SUBSUPERFICIAL
AVANÇADO ESTÁGIO DE INTEMPERIZAÇÃO
CARACTERIZADO PELA REMOÇÃO DE SILICA E BASES TROCÁVEIS DO PERFIL
ESTRUTURA COM ASPECTO MACIÇO POROSO, DESFAZENDO-SE EM GRANULAR 
AUSÊNCIA DE MINERAIS PRIMÁRIOS FACILMENTE DECOMPONÍVEIS
ARGILAS FORMADAS POR CAULINITA (TIPO 1:1) E ÓXIDOS DE FERRO E ALUMÍNIO
PRATICAMENTE NÃO APRESENTA GRADIENTE TEXTURAL
POUQUÍSSIMA DIFERENCIAÇÃO DE HORIZONTES
RELAÇÃO MOLECULAR SiO2/Al2O3 (Ki) MENOR QUE 2,2
CTC MENOR QUE 17 CMOLc/KG DE ARGILA
2.3 - HORIZONTE B INCIPIENTE
HORIZONTE SEM ILUVIAÇÃO DE ARGILA
POUCO DESENVOLVIDO, INTEMPERISMO POUCO AVANÇADO
5% OU MAIS DO VOLUME DO SOLO APRESENTA A ESTRUTURA DA ROCHA ORIGINAL, APRESENTANDO FRAGMENTOS DE ROCHA
APRESENTA MINERAIS PRIMÁRIOS FACILMENTE DECOMPONÍVEIS,
DEVE APRESENTAR RELAÇÃO SILTE/ARGILA MAIOR QUE 0,7 SE A TEXTURA FOR MÉDIA E MAIOR QUE 0,6 SE FOR ARGILOSA
ESPESSURA MENOR QUE 50 CM
 RELAÇÃO MOLECULAR SiO2/Al2O3 (Ki) MAIOR QUE 2,2
2.4 – HORIZONTE B NÍTICO
HORIZONTE MINERAL SUBSUPERFICIAL 
TEXTURA ARGILOSA OU MUITO ARGILOSA
SEM GRADIENTE TEXTURAL
ESTRUTURA EM BLOCOS OU PRISMÁTICA 
CEROSIDADE MODERADA A FORTE
2.5 - HORIZONTE B PLÂNICO
É UM TIPO ESPECIAL DE HORIZONTE B TEXTURAL
MUDANÇA TEXTURAL ABRUPTA
ESTRUTURA PRISMÁTICA OU COLUNAR 
PERMEABILIDADE LENTA OU MUITO LENTA
CORES ACINZENTADAS OU ESCURECIDAS, COM OU SEM MOSQUEADOS
2.6 – HORIZONTE GLEI
HORIZONTE MINERAL SUBSUPERFICIAL HIDROMÓRFICO OU EVENTUALMENTE SUPERFICIAL
CARACTERIZADO PELA REDUÇÃO DO FERRO
FORTEMENTE INFLUENCIADO PELO LENÇOL FREÁTICO, PERMANECENDO ENCHARCADO A MAIOR PARTE DO ANO
CORES ACINZENTADAS, AZULADAS OU ESVERDEADAS, COM PRESENÇA DE MOSQUEADOS
APRESENTA MENOS DE 15 % DE PLINTITA
2.7 – HORIZONTE PLÍNTICO
PREZENÇA DE PLINTITA EM QUANTIDADE IGUAL OU SUPERIOR A 15%
ESPESSURA DE NO MÍNIMO 15 CM
PODE SER UM HORIZONTE B e/ou C 
APRESENTA UM ARRANJAMENTO DE CORES VERMELHAS E ACINZENTADAS OU BRANCA, COM MOSQUEADOS, ASPECTO VARIEGADO
SE FORMA EM TERRENOS COM LENÇOL FREÁTICO ALTO, OU QUE PELO MENOS APRESENTE RESTRIÇÃO TEMPORÁRIA À PERCOLAÇÃO DE ÁGUA
POSSUI PRECEDÊNCIA TAXONÔMICA SOBRE OS DEMAIS HORIZONTES DIAGNÓSTICOS
PLINTITA ( É UMA MISTURA DE ARGILA RICA EM FERRO , OU FERRO E ALUMÍNIO, COM QUARTZO E OUTROS MATERIAIS, NA FORMA DE NÓDULOS, DE CORES AVERMELHADAS
PETROPLINTITA ( PLINTITA ENDURECIDA DE FORMA IRREVERSÍVEL, ATRAVÉS DE CICLOS DE UMEDECIMENTO E SECAGEM, SÃO CONCREÇÕES FERRUGINOSAS CONSOLIDADAS (IRONSTONE) , DURAS A MUITO DURAS, 
2.8 – HORIZONTE B ESPÓDICO
HORIZONTE MINERAL SUBSUPERFICIAL
APRESENTA ACUMULAÇÃO ILUVIAL DE MATÉRIA ORGÂNICA E COMPOSTOS DE ALUMÍNIO E FERRO
NO GERAL OCORRE COM UM HORIZONTE E ALBICO SUBJACENTE
LIMITE SUPERIOR GERALMENTE ABRUPTO
PARTÍCULAS DE AREIA REVESTIDA POR MATÉRIA ORGÂNICA OU FERRO
PODE OCORRER CIMENTAÇÃO POR MATÉRIA ORGÂNICA E ALUMÍNIO
2.9 – HORIZONTE E ÁLBICO 
HORIZONTE MINERAL SUBSUPERFICIAL
REMOÇÃO DE COLOIDES ORÂNICOS E MINERAIS, A TAL PONTO QUE A COR É DETERMINADA POR PARTÍCULAS DE AREIA (NO GERAL, BRANCA)
POSSUI NO MÍNIMO 1,0 CM DE ESPESSURA
CROMA 2 OU MAIOR E VALOR MAIOR QUE 6
EXCLUI-SE DE E ALBICO HORIZONTES CUJA COR SEJA DECORRENTE DE CALCÁRIO
2.10 – HORIZONTE VÉRTICO
HORIZONTE MINERAL SUBSUPERFICIAL
APRESENTA SUPERFÍCIES DE FRICÇÃO (SLICKENSIDES), DEVIDO À EXPANSÃO E CONTRAÇÃO DAS ARGILAS
UNIDADES ESTRUTURAIS CUNEIFORMES E/OU PARALELEPÍPIDICAS 
APRESENTA QUANDO SECO FENDAS NO SOLO COM PELO MENOS 1,0 CM DE LARGURA
TEXTUTA ARGILOSA A MUITO ARGILOSA
 ESPESSURA MÍNIMA DE 20 CM
LITERATURA COMPLEMENTAR RECOMENDADA
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de 
 Classificação de Solos. Rio de Janeiro, 1.999. PAG 31 A 61
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de 
 Classificação de Solos. 2ª ed. Rio de Janeiro, 2006. PAG 45 A 65
IBGE/EU-GO/GRNEA Manual Técnico de Pedologia. Oliveira, V. A. (Coord.). Goiânia, 2003. Pág 80 a 101
SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
(EMBRAPA, 1999)
A CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE SOLOS É ATUALMENTE BASEADA EM SEIS NÍVEIS CATEGÓRICOS:
1º NÍVEL: ORDENS
2º NÍVEL: SUBORDENS
3º NÍVEL: GRANDES GRUPOS
4º NÍVEL: SUBGRUPOS
5º NÍVEL: FAMÍLIAS
6º NÍVEL: SÉRIES
 
À MEDIDA QUE AUMENTA O NÍVEL CATEGÓRICO AUMENTA-SE O DETALHAMENTO
É IMPORTANTE O RECONHECIMENTO ATÉ O QUARTO NÍVEL CATEGÓRICO, A PARTIR DO QUINTO É PARA LEVANTAMENTOS DETALHADOS E PARA PEDÓLOGOS
A) CLASSES DO 1º NÍVEL CATEGÓRICO
AS DIVERSAS CLASSES FORAM SEPARADAS PELOS HORIZONTES DIAGNÓSTICOS, MOSTRANDO DIFERENÇAS NO TIPO E GRAU DE DESENVOLVIMENTO DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DO SOLO
	CLASSE
	ELEMENTO FORMATIVO
	SIGNIFICADO
	NEOSSOLO
	NEO
	NOVO, POUCO DESENVOLVIDO
	VERTISSOLO
	VERTI
	VÉRTICO, HORIZONTE VÉRTICO
	CAMBISSOLO
	CAMBI
	CAMBIAR, HORIZONTE B INCIPIENTE
	CHERNOSSOLO
	CHERNO
	CHERNOZÊMICO, PRETO, RICO EM BASES
	LUVISSOLO
	LUVI
	SATURADO, ACUMULAÇÃO DE ARGILA Ta
	ARGISSOLO
	ARGI
	PODZÓLICO, HORIZONTE B TEXTURAL Tb
	NITOSSOLO
	NITO
	NÍTIDO, HORIZONTE B NÍTICO
	LATOSSOLO
	LATO
	HORIZONTE B LATOSSÓLICO
	ESPODOSSOLO
	ESPODO
	HORISONTE B SPÓDICO
	CLASSE
	ELEMENTO FORMATIVO
	SIGNIFICADO
	PLANOSSOLO
	PLANO
	HORIZONTE B PLÂNICO
	PLINTOSSOLO
	PLINTO
	PLINTITA, HORIZONTE PLÍNTICO
	GLEISSOLO
	GLEI
	CINZA, HORIZONTE GLEI
	ORGANOSSOLO
	ORGANO
	ORGÂNICO, HORIZONTE H ou O HÍSTICO
B) 2º NÍVEL CATEGÓRICO
RESSALTAM PROPRIEDADES OU CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES QUE REPRESENTAM VARIAÇÕES DENTRO DO 1º NÍVEL , COMO COR, OUTROSPROCESSOS DE FORMAÇÃO ETC
ESCRITA
EM MAPAS:
O 1º E O 2º NÍVEIS SÃO ESCRITOS EM LETRAS CAIXA ALTA
EXEMPLO: LATOSSOLO AMARELO
			NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS
NO TEXTO:
Só a primeira letra é maiúscula 
EXEMPLO:
Latossolo Amarelo
C) 3º NÍVEL CATEGÓRICO
SEPARA AS CLASSES PELAS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
TIPO E ARRANJAMENTO DE HORIZONTES
ATIVIDADE DE ARGILA
SATURAÇÃO DE BASES 
CARATER ÁLICO
CAMADAS DE IMPEDIMENTO
D) 4º NÍVEL CATEGÓRICO 
REPRESENTA O TÍPICO DA CLASSE
REPRESENTA CARACTRÍSTICAS EXTRAORDINÁRIAS
O 3º NÍVEL CATEGÓRICO DEVE SER ESCRITO COM A PRIMEIRA LETRA MAÍUSCULA E O 4º COM LETRA MINÚSCULA
1 – LATOSSOLOS (L)
SOLOS CONSTITUÍDOS POR MATERIAL MINERAL, COM HORIZONTE B LATOSSÓLICO
CARCTERÍSTICAS:
SOLOS COM AVANÇADO ESTÁGIO DE INTEMPERIZAÇÃO, BASTANTE EVOLUÍDOS
DESTITUÍDOS DE MINERAIS PRIMÁRIOS OU SECUNDÁRIOS MENOS RESISTENTES AO INTEMPERISMO
BAIXA CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA (CTC MENOR QUE 17 CMOLC/KG DE ARGILA)( Tb
SOLOS CAULINÍTICOS E OXÍDICOS (Ki MENOR QUE 2,2)
CORES VARIANDO DE AMARELO A VERMELHO ESCURO
SOLOS FORTEMENTE A BEM DRENADOS
ESTRUTURA GRANULAR , MACIÇA POROSA
GERALMENTE MUITO PROFUNDOS (MAIOR QUE 2,0 M)
SEQUENCIA DE HORIZONTES A, B, C , COM POUCA DIFERENCIAÇÃO DE HORIZONTES, TRANSIÇÃO DIFUSA E GRADUAL
INCREMENTO DE ARGILA DO A PARA O B É POUCO EXPRESSIVA, NÃO TEM GRADIENTE TEXTURAL 
NO GERAL, SÃO SOLOS FORTEMENTE ÁCIDOS, COM BAIXA SATURAÇÃO POR BASES, DISTRÓFICOS OU ÁLICOS (EXCETO EM ÁREAS DO SEMI-ÁRIDO E/OU EM SOLOS FORMADOS A PARTIR DE ROCHAS MÁFICAS)
RARAMENTE SÃO EUTRÓFICOS
SÃO TÍPICOS DE REGIÕES EQUATORIAIS E TROPICAIS
NORMALMENTE EM RELEVO PLANO E SUAVE ONDULADO
– ARGISSOLOS (P)
SOLOS MINERAIS COM ARGILA DE ATIVIDADE BAIXA E HORIZONTE B TEXTURAL (Bt), ADMITINDO ARGILA DE ALTA ATIVIDADE, DESDE QUE APRESENTE TEORES DE ALUMÍNIO TROCÁVEL ACIMA DE 4,0 Cmolc/dm3
CARACTERÍSTICAS:
INCREMENTO NO TEOR DE ARGILA DE A PARA B (COM GRADIENTE TEXTURAL) 
SEQUÊNCIA DE HORIZONTES A, Bt e C
BAIXA ATIVIDADE DE ARGILA (Tb) , CTC MENOR QUE 27 Cmolc/dm3 DE ARGILA, OU MAIOR, DESDE QUE APRESENTE TEORES DE ALUMÍNIO ACIMA DE 4,0 Cmolc/dm3
PROFUNDIDADE VARIÁVEL
FORTE A IMPERFEITAMENTE DRENADOS
CORES PREDOMINANTEMENTE VERMELHAS E AMARELAS
PODE SER DISTRÓFICO OU EUTRÓFICOS 
PREDOMINANTEMENTE CAULINÍTICOS (Ki MENOR QUE 2,2)
ESTRUTURA PREDOMINANTEMETE EM BLOCOS 
OCOREM EM RELEVO SUAVE ONDULADO A ONDULADO
NESTA CLASSE ESTÃO AGRUPADOS OS SOLOS ANTERIORMENTE DENOMINADOS: 
PODZÓLICO VERMELHO AMARELO Tb
TERRA ROXA ESTRUTURADA
TERRA BRUNA ESTRUTURADA
 PODZÓLICO VERMELHO ESCURO
PODZÓLICO AMARELO
3 – CAMBISSOLOS (C)
SOLOS MINERAIS COM HORIZONTE B INCIPIENTE (Bi)
CARACTERÍSTICAS:
NÃO POSSUI GRADIENTE TEXTURAL ELEVADO
CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS MAIOR QUE 17 Cmolc/dm3 DE ARGILA
RELAÇÃO MOLECULAR SiO2/Al2O3 (Ki) MAIOR QUE 2,2
TEORES ELEVADOS DE SILTE
RELAÇÃO SILTE/ARGILA MAIOR QUE 0,7 NOS SOLOS DE TEXTURA MÉDIA OU MAIOR QUE 0,6 NOS SOLOS ARGILOSOS
POSSUI FRAGMENTOS DE ROCHA (MAIS DE 5% NO VOLUME DO SOLO)
4% OU MAIS DE MINERAIS PRIMÁRIOS FACILMENTE DECOMPONÍVEIS
GERALMENTE SOLOS POUCO PROFUNDOS A PROFUNDOS
GERALMENTE OCORREM EM RELEVO ONDULADO A FORTE ONDULADO
4 – NITOSSOLOS (N)
SOLOS MINERAIS COM HORIZONTE B NÍTICO (RELUZENTE), DE ARGILA DE ATIVIDADE BAIXA, SEM GRADIENTE TEXTURAL ELEVADO ADMITINDO ARGILA DE ALTA ATIVIDADE, DESDE QUE APRESENTE TEORES DE ALUMÍNIO TROCÁVEL ACIMA DE 4,0 Cmolc/dm3
CARACTERÍSTICAS:
HORIZONTE B EXPRESSIVO EM TERMOS DE DESENVOLVIMENTO DE ESTRUTURA E CEROSIDADE
SEM GRADIENTE TEXTURAL ELEVADO
SOLOS PROFUNDOS , BEM DRENADOS
- ARGILA DE ATIVIDADE BAIXA, ADMITINDO ARGILA DE ALTA ATIVIDADE, DESDE QUE APRESENTE TEORES DE ALUMÍNIO TROCÁVEL ACIMA DE 4,0 Cmolc/dm3
ESTRUTURA EM BLOCOS OU PRISMÁTICA
CEROSIDADE MODERADA A FORTE
PODEM SER EUTRÓFICOS E DISTRÓFICOS, ÁS VEZES ÁLICOS
NESTA CLASSE ESTÃO AGRUPADOS OS SOLOS ANTERIORMENTE DENOMINADOS:
TERRA ROXA ESTRUTURADA
TERRA BRUNA ESTRUTURADA
PODZÓLICOS VERMELHOS ESCUROS
PODZÓLICOS AMARELOS
– LUVISSOLOS (T)
SOLOS MINERAIS NÃO HIDROMORFICOS COM HORIZONTE B TEXTURAL OU NÍTICO, COM ARGILA DE ALTA ATIVIDADE E ALTA SATURAÇÃO POR BASES, ABAIXO DE UM HORIZONTE A FRACO OU MODERADO
CARACTERÍSTICAS:
ARGILA DE ATIVIDADE ALTA (Ta)(CTC MAIOR QUE 27 CMOLc/KG DE ARGILA
APRESENTA GRADIENTE TEXTURAL ELEVADO E/OU ALTA CEROSIDADE
POUCO PROFUNDOS A PROFUNDOS
PODEM APRESENTAR O CARATER SOLÓDICO OU SÓDICO NA PARTE SUBSUPERFICIAL
EUTRÓFICOS
Ki ENTRE 2,4 A 4,0
PRESENÇA DE MINERAIS DE ARGILA TIPO 2:1
ESTRUTURA EM BLOCOS FORTEMENTE DESENVOLVIDA OU PRISMÁTICA
ALUMÍNIO TROCÁVEL PRATICAMENTE NULO
NESTA CLASSE ESTÃO AGRUPADOS OS SOLOS ANTERIORMENTE DENOMINADOS:
BRUNO NÃO CALCICO
PODZÓLICO VERMELHO AMARELO Eutrófico Ta
PODZÓLICO VERMELHO ESCURO Eutrófico Ta
6 - CHERNOSSOLOS
SOLOS CONSTITUÍDOS POR MATERIAL MINERAL, APRESENTANDO A CHERNOZÊMICO, SEGUIDO POR B TEXTURAL, B INCIPIENTE OU B NÍTICO, COM ARGILA DE ALTA ATIVIDADE E ALTA SATURAÇÃO DE BASES
CARACTERISTICAS:
SOLOS BEM A IMPERFEITAMENTE DRENADOS
NORMALMENTE POUCO COLORIDOS, COM A CHERNOZÊMICO
ARGILA DE ALTA ATIVIDADE, Ki NORMALMENTE ENTRE 3,0 A 5,0
SÃO SOLOS MODERADAMENTE ÁCIDOS A FORTEMENTE ALCALINOS
SATURAÇÃO DE BASES GERALMENTE SUPERIOR A 70%, COM PREDOMÍNIO DE Ca+2 E MG+2 ENTRE OS CÁTIONS TROCÁVEIS
FORMADO EM CONDIÇÕES DE CLIMA VARÁVEL, SOB CONDIÇÕES QUE FAVOREÇAM A FORMAÇÃO E A PERSISTÊNCIA DE ARGILAS 2:1 (ESMECTITAS)
HORIZONTE SUPERFICIAL RICO EM MATÉRIA ORGÂNICA E ALTOS TEORES DE Ca+2 E MG+2
ANTERIORMENTE DENOMINADOS DE:
- BRUNIZEM
- RENDZINA
- BRUNIZEM AVERMELHADO
- BRUNIZEM HIDROMÓRFICO
7– PLANOSSOLOS (S)
SOLOS MINERIAS IMPERFEITAMENTE OU MAL DRENADOS COM B PLÂNICO
CARACTERÍSTICAS :
MUDANÇA TEXTURAL ABRUPTICA (Bt)
RESTRIÇÃO DE PERMEABILIDADE EM SUBSUPERFÍCIE, DIFICULTANDO A INFILTRAÇÃO DE ÁGUA E OCASIONANDO EXCESSO DE ÁGUA POR UM PERÍODO NO ANO
HORIZONTE SUBSUPERFICIAL ARGÍLICO ADENSADO, DURO A MUITO DUROS, BASTANTE CIMENTADOS
ESTRUTURA FORTE EM BLOCOS GRANDES, PRISMÁTICA OU COLUNAR
PODE APRESENTAR CARATER SÓDICO, SOLÓDICO, SALINO OU SÁLICO EM SUBSUPERFÍCIE
OCORRE EM ÁREA PLANA À SUAVE ONDULADO
NESTA CLASSE ESTÃO AGRUPADOS OS SOLOS ANTERIORMENTE DENOMINADOS:
PLANOSSOLOS
SOLONETZ-SOLODIZADO
HIDROMÓRFICOS CINZENTOS
8 – VERTISSOLOS (V)
SOLOS CONSTITUÍDOS POR MATERIAL MINERAL DE ALTA ATIVIDADE E QUE APRESENTAM HORIZONTE VÉRTICO
CARACTERÍSTICAS:
PEQUENA VARIAÇÃO TEXTURAL AO LONGO DO PERFIL
ALTO TEOR DE ARGILA E PRESENÇA DE ARGILAS DE ALTA ATIVIDADE (MONTMORILONITA)
QUANDO SECO SÃO EXTREMAMENTE DUROS, APRESENTANDO FENDAS DE ATÉ 1,0 cm DE LARGURA
QUANDO MOLHADOS SÃO MUITO PLÁSTICOS E MUITO PEGAJOSOS
 APRESENTAM SEQUÊNCIA DE HORIZONTES A-Cv OU A-Biv-C
SÃO IMPERFEITAMENTE A MAL DRENADOS
ESTRUTURA PRISMÁTICA, CUNEIFORMES OU PARALELEPIPÉDICAS 
OCORREM EM ÁREAS APLANADAS, EM AMBIENTES DE BACIAS SEDIMENTARES,COM ALTOS TEORES DE CÁLCIO E MAGNÉSIO
OCORREM EM CLIMA SEMIÁRIDO OU ÚMIDO COM ESTAÇÃO SECA DEFINIDA
9 – PLINTOSSOLOS (F)
SÃO SOLOS MINERAIS FORMADOS SOB CONDIÇOES DE RESTRIÇÃO A PERCOLAÇÃO DA ÁGUA, SUJEITOS AO EFEITO TEMPORÁRIO DE EXCESSO DE UMIDADE, CARACTERIZANDO –SE FUNDAMENTALMENTE PELA PRESENÇA DE PLINTITA OU PETROPLINTITA
CARACTERÍSTICAS:
APRESENTAM HORIZONTE PLÍNTICO OU PETROPLÍNTICO COMEÇANDO DENTRO DE 40cm DO SOLO OU ATE 200cm SE IMEDIATAMENTE ABAIXO DE HORIZONTE A ou E
COLORAÇÃO BASTANTE VARIADA, APRESENTANDO MOSQUEADOS DE PLINTITA EM MAIS DE 20% DO VOLUME DO SOLO
PREDOMINANTEMENTE SÃO SOLOS ÁCIDOS E COM BAIXA SATURAÇÃO POR BASES 
OCOREM EM ÁREAS DE VÁRZEAS, ÁREAS COM RELEVO PLANO OU EM ÁREAS DE RELEVO ONDULADO EM ZONAS GEOMÓRFICAS DE BAIXADAS 
OCORREM EM ÁREAS QUENTESE ÚMIDAS COM ESTAÇÃO SECA BEM DEFINIDA 
PLINTOSSOLOS PÉTRICOS: CAMADA DE PETROPLINTITA DE MAIS DE 10 CM DE ESPESSURA DENTRO DE 40 CM DA SUPERFÍCIE
NESTA CLASSE ESTÃO AGRUPADOS OS SOLOS ANTERIORMENTE DENOMINADOS;
CONCRECIONÁRIOS
LATERITA HIDROMÓRFICA
PODZÓLICOS PLÍNTICOS 
E ALGUNS TIPOS DE GLEI
10 – GLEISSOLOS (g)
SÃO SOLOS MINERAIS HIDROMÓRFICOS, QUE APRESENTAM HORIZONTE GLEI DENTRO DOS PRIMEIROS 50cm DA SUPERFÍCIE DO SOLO OU DENTRO DE ATÉ 150CM SE FOR ABAIXO DE HORIZONTE A OU E
CARACTERÍSTICAS: 
SÃO PERMANENTEMENTE OU PERIODICAMENTE SATURADOS POR ÁGUA, OU DE ESTAGNAÇÃO OU DEVIDO AO FLUXO LATERAL NO SOLO
CARACTTERIZADO PELA FORTE GLEIZAÇÃO , EM DECORRÊNCIA DO REGIME REDUTOR
CORES ACINZENTADAS, AZULADAS OU ESVERDEADAS
SOLOS MAL OU MUITO MAL DRENADOS E COM DEFICIÊNCIA ACENTUADA DE OXIGÊNIO
HORIZONTE A COM TEORES MÉDIOS A ALTOS DE CARBONO ORGÂNICO
QUANDO MOLHADO O HORIZONTE APRESENTA UM ASPECTO MACIÇO E QUANDO SECO A ESTRUTURA É EM BLOCOS OU PRISMÁTICA
NESTA CLASSE ESTÃO AGRUPADOS OS SOLOS ANTERIORMENTE DENOMINADOS;
GLEI POUCO HÚMICO
GLEI HÚMICO 
HIDROMÓRFICO CINZENTO
11 - ESPODOSSOLOS
SOLOS CONSTITUÍDOS DE MATERIAL MINERAL, APRESENTANDO B ESPÓDICO, IMEDIATAMENTE ABAIXO DE UM HORIZONTE E OU A
CARACTERISTICAS:
A COR DO HORIZONTE A VARIA DE CINZA A PRETA
A COR DO HORIZONTE E VARIA DE ACINZENTADA CLARA ATÉ BRANCA
A COR DO HORIZONTE Bh (B HÚMICO) VARIA DE CINZA ESCURO ATÉ PRETA
A TEXTURA DO SOLO É PREDOMINANTEMENTE ARENOSA
A DRENAGEM É VARIÁVEL PODENDO SER HIDROMÓRFICO
SOLOS MUITO POBRES, MODERADA A FORTEMENTE ÁCIDOS, SATURAÇÃO POR BASE BAIXA, NO GERAL COM ALTOS TEORES DE ALUMÍNIO TROCÁVEL
DESENVOLVIDOS PRINCIPALMENTE DE MATERIAIS ARENOQUARTZOSOS, SOB CONDIÇÕES DE UMIDADE ELEVADA
RELEVO PLANO, ÁREAS SUBJACENTES, ABACIAMENTOS OU DEPRESSÕES
ANTERIORMENTE DENOMINADOS DE:
- PODZOL
- PODZOL HIDROMÓRFICO
12 – NEOSSOLOS (n)
SOLOS CONSTITUIDOS POR MATERIAL MINERAL OU ORGÂNICO, POUCO ESPESSOS OU COM PEQUENA ESPRESSÃO DOS PROCESSOS PEDOGENÉTICOS, QUE NÃO CONDUZIRAM, AINDA, A MODIFICAÇÕES EXPRESSIVAS DO MATERIAL ORIGINÁRIO, DEVIDO A CARACTERÍSTICAS DO PRÓPRIO MATERIAL, COMO RESISTÊNCIA AO INTEMPERISMO OU COMPOSIÇÃO QUÍMICA, OU DEVIDO AO RELEVO QUE IMPEDE OU LIMITA A EVOLUÇÃO DESTES SOLOS
OS NEOSSOLOS SÃO DIVIDIDOS EM QUATRO SUBORDENS:
A) NEOSSOLOS LITÓLICOS 
SOLOS COM HORIZONTE A OU HÍSTICO COM MENOS DE 40 CM DE ESPESSURA, ASSENTE SOBRE A ROCHA OU SOBRE UM HORIZONTE C, OU SOBRE UM MATERIAL COM 90% DE SUA MASSA CONSTITUÍDO DE FAGMENTOS DE ROCHA E QUE APRESENTAMUM CONTATO LÍTICO DENTRO DE 50 CM DE SUPERFÍCIE DO SOLO
ANTERIORMENTE DENOMINADOS DE SOLOS LITÓLICOS
NEOSSOLOS FLÚVICOS
SOLOS DERIVADOS DE SEDIMENTOS ALUVIAIS COM HORIZONTE A ASSENTE SOBRE HORIZONTE C CONSTITUIDO DE CAMADAS ESTRATIFICADAS, SEM RELAÇÃO PEDOGENÉTICA ENTRE SI, APRESENTANDO: 
DECRÉSCIMO IRREGULAR DE CARBONO ORGÂNICO EM PROFUNDIDADE
CAMADAS ESTRATIFICADAS EM 25% OU MAIS DO VOLUME DO SOLO
ANTERIORMENTE DENOMINADOS DE SOLOS ALUVIAIS
C) NEOSSOLOS REGOLÍTICOS
SOLOS COM HORIZONTE A SOBREJACENTE A UM HORIZONTE C OU Cr, ADIMITINDO UM Bi COM MENOS DE 10 CM E UM CONTATO LÍTICO A UMA PROFUNDIDADE MAIOR QUE 50 CM 
 ANTERIORMENTE DENOMINADOS DE REGOSSOLOS
D) NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS
SOLOS COM SEQUÊNCIA DE HORIZONTES A-C, SEM CONTATO LÍTICO DENTRO DE 50 CM DE PROFUNDIDADE, APRESENTANDO TEXTURA ARENOSA ATÉ NO MÍNIMO 150 CM A PARTIR DA SUPERFÍCIE DO SOLO OU ATÉ UM CONTATO LÍTICO, ESSENCIALMENTE QUARTZOSO
ANTERIORMENTE DENOMINADO DE AREIAS QUARTZOSAS
13 – ORGANOSSOLOS (O)
SOLOS POUCO EVOLUÍDOS, CONSTITUIDOS POR MATERIAL ORGÂNICO PROVENIENTE DE ACUMULAÇÃO DE RESTOS VEGETAIS EM GRAU VARIADO DE DECOMPOSIÇÃO
CARACTERISTICAS:
MAL A MUITO MAL DRENADOS
HORIZONTE H OU O HÍSTICO, DE COLORAÇÃO PRETA, CINZENTA MUITO ESCURA
ELEVADOS TEORES DE CARBONO (MAIOR QUE 8%)
FORTEMENTE ÁCIDOS, ALTA CTC E BAIXA SATURAÇÃO POR BASES
LITERATURA RECOMENDADA:
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de 
 Classificação de Solos. Rio de Janeiro, 1.999. PAG 65 a 106
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de 
 Classificação de Solos. 2ª ed. Rio de Janeiro, 2006. PAG 67 a 92
IBGE/EU-GO/GRNEA Manual Técnico de Pedologia. Oliveira, V. A. (Coord.). Goiânia, 2003. PAG 182 a 191
LEVANTAMENTO DE SOLOS
OBJETIVA O RECONHECIMENTO DA NATUREZA E DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES PEDOLÓGICAS, PROCURANDO IDENTIFICAR E CARTOGRAFAR OS SOLOS OCORRENTES EM CADA ÁREA, FAZENDO A CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E ANALÍTICA, A FIM DE PERMITIR O ENQUADRAMENTO DAS UNIDADES EM UM SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
O LEVANTAMENTO DE SOLOS É CONSTITUIDO DE:
MAPA (REPRESENTA GRAFICAMENTE OS SOLOS E SUA DISTRIBUIÇÃO) 
RELATÓRIO (MANUAL COM EXPLICAÇÃO DETALHADA DA ÁREA MAPEADA)
O RELATÓRIO CONSTA DE:
EXPLICAÇÃO DE COMO SE UTILIZAM O MAPA E O RELATÓRIO
ÍNDICE
METODOLOGIA
DESCRIÇÃO GERAL DAS ÁREAS (LOCALIZAÇÃO, MATERIAL DE ORIGEM, RELEVO, CLIMA, VEGETAÇÃO, ETC)
LEGENDA DE IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO
DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO
PREVISÕES E RECOMENDAÇÕES PARA USO
UNIDADE TAXONÔMICA ( CORESPONDE A UMA CLASSE DE SOLO
UNIDADE DE MAPEAMENTO (É O QUE VEM REPRESENTADO NO MAPA DE SOLOS, É CONSTITUÍDA DE VÁRIAS UNIDADES TAXONÔMICAS, LEVANDO, EM GERAL, O NOME DAQUELA QUE É DOMINANTE
ASSOCIAÇÃO DE SOLOS ( AGRUPAMENTO DE UNIDADES TAXÔNOMICAS, OCORRENDO JUNTAS NA PAISAGEM; É UMA UNIDADE DE MAPEAMENTO 
TIPOS DE LEVANTAMENTOS DE SOLOS
A) LEVANTAMENTO ULTRADETALHADO
UTILIZADO PARA PLANEJAMENTO E LOCALIZAÇÃO DE ÁREAS DE EXPLORAÇÃO MUITO PEQUENAS, NESTE LEVANTAMENTO SÃO SEPARADAS UNIDADES DE MAPEAMENTO EXTREMAMENTE HOMOGÊNEAS
UTILIZADOS PARA A DEMARCAÇÃO DE PARCELAS EXPERIMENTAIS, PROJETOS ESPECIAIS DE IRRIGAÇÃO E ÁREAS URBANAS E INDUSTRIAIS
ESCALA DE MAPEAMENTO: > 1:10.000
B) LEVANTAMENTO DETALHADO
 
NESTE LEVANTAMENTO SÃO SEPARADAS UNIDADES DE MAPEAMENTO AINDA BATANTE HOMOGÊNEAS. É UTILIZADO PARA MOSTRAR DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS DE SOLOS EM PROJETOS CONSERVACIONISTAS, ÁREAS EXPERIMENTAIS, USO DA TERRA, E PRÁTICAS DE MANEJO EM ÁREAS DE USO AGRÍCOLA, EM PROJETO DE IRRIGAÇÃO E ENGENHARIA CIVIL
ESCALA DE MAPEAMENTO: 1:10.000 A 1:25.000
C) LEVANTAMENTO SEMIDETALHADO
AS CLASSES DE SOLOS SÃO IDENTIFICADAS NO CAMPO POR OBSERVAÇÕES A PEQUENOS INTERVALOS NO INTERIOR DAS ÁREAS DE PADRÕES DIFERENTES
ESTE TIPO DE LEVANTAMENTO É UTILIZADO PARA PROVIMENTO DE BASES PARA SELEÇÃO DE ÁREAS COM MAIOR POTENCIAL DE USO INTENSIVO DA TERRA E PARA IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS LOCALIZADOS, NOS PLANEJAMENTOS GERAIS DE USO E CONSERVAÇÃO DE SOLOS
ESCALA DE MAPEAMENTO: 1:25.000 A 1:100.000
D) LEVANTAMENTO DE RECONHECIMENTO
NO TRABALHO DE CAMPO AS OBSERVAÇÕES E PROSPECÇÕES SÃO FEITAS A INTERVALOS REGULARES, MAS CONTINUAMENTE EM TODA A ÁREA, AS UNIDADES DE MAPEAMENTO SÃO BEM MENOS HOMOGÊNEAS DO QUE NO LEVANTAMENTO DETALHADO
O CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOLOS (CNPS) VEM FAZENDO O LEVANTAMENTO DE RECONHECIMENTO SISTEMÁTICO DO TERRITÓRIO NACIONAL
É UM LEVANTAMENTO BÁSICO, VISA PLANEJAMENTO PARA DESENVOLVIMENTO DE NOVAS ÁREAS
ESCALA DE MAPEAMENTO: 1:100.000 A 1:750.000
E) LEVANTAMENTO EXPLORATÓRIO
AS UNIDADES DE MAPEAMENTO SÃO MUITO POUCO HOMOGÊNEAS.
AS UNIDADES SÃO ESTUDADAS NO CAMPO, MAS OS LIMITES SÃO GRANDEMENTE COMPILADOS DE OUTRAS FONTES, EMPREGADOS EM GRANDES ÁREAS NÃO DESBRAVADAS OU POUCO UTILIZADAS
ESCALA DE MAPEAMENTO: 1:750.000 A 1:2.500.000
EXEMPLO: RADAM BRASIL
 
GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO
GEOGRAFIA DOS SOLOS BRASILEIROS
A GEOGRAFIA DOS SOLOS BRASILEIROS ESTÁ ASSOCIADA À VEGETAÇÃO E AO CLIMA DAS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS, PODENDO SER DIVIDIDA EM 7 DOMÍNIOS PEDOBIOCLIMÁTICOS
1 – DOMÍNIO PEDOBIOCLIMÁTICO DA