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RESENHA ESCOLA DA PSICANÁLISE

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Psicologia Jurídica
Professor: Luís Felipe Castelo Branco Silva.
Sigmund Freud e a Psicanálise
Francisca Jessyele Sousa dos Reis Oliveira – 201603654.
Brasília, setembro de 2016. 
Sigmund Freud e a Psicanálise
Freud, Schlomo Sigmund. Freud e a Psicanalise. (1916-1917).
Considerado pai da psicanálise, Sigmund Freud nasceu em Freiberg, na Moravia, atual Tchecoslováquia no ano de 1856 e dedicou seus estudos a áreas da psique humana, revolucionando a neurociência e toda cultura moralista, que primava, entre outras formas de limitações de expressão individual e social, pela restrição sexual. De origem simples, Freud formou-se em medicina e realizou estudos na área de histologia, anatomia e neurologia, especializando-se em psiquiatria. Em 1884 realizou suas primeiras pesquisas voltadas para o uso medicinal da cocaína, mas foi com o estudo da hipnose que seu interesse pela área da psicologia adquiriu maiores dimensões. Freud acreditava que as doenças psíquicas, bem como os componentes mentais humanos tinham origens biológicas e que portanto, deveria se portar a compreensão do mecanismo psíquico para explicar doenças mentais, com a histeria, e assim, buscar possíveis soluções.
	Freud afirmava que a fonte básica de toda experiência mental estava diretamente ligada ao corpo e admitiu a existência da consciência, inconsciência e pré-consciência como elementos responsáveis pelos eventos mentais. Seria a consciência apenas uma pequena parte da mente, onde o ser humano tem fácil acesso. Em sua obra, Freud não faz maiores menções acerca do consciente, por achar que esse tema já era bastante discutido, deixando lacunas na sua definição. A inconsciência seria responsável pelo armazenamento dos instintos alheios à consciência e pelos determinantes da personalidade. O pré-consciente, segundo Freud, é o inconsciente que pode se tornar consciente com maior prontidão. Esta teoria influenciou fortemente os trabalhos de Carl Jung, que desenvolverá o pensamento analítico do inconsciente pessoal, mas foi fortemente refutada por B. F. Skinner, que não apenas desconsiderava a existência dos três componentes da mente, como afirmava que o comportamento deveria ser o único objeto de estudo para a psicologia. 
	Para Freud, tanto a mente como o comportamento humano buscam sempre o prazer e redução de tensão, necessidade motivada pelo instinto, sendo a libido a fonte deste. Tal observação está diretamente relacionada a estruturação da personalidade em id, ego e superego, reconhecendo os compartimentos a que são submetidos os desejos, racionalidade e capacidade de julgamento inerentes ao ser humano. Neste aspecto de sua obra Freud vai enfrentar críticas até mesmo de Jung, seu sucessor lógico. Para este a admissão de Libido como fonte de energia para satisfazer interesses sexuais era meramente simplista. 
	O psicanalista de origem judia vai buscar nas fases psicossexuais (fase oral, anal, fálica e genital) explicações para comportamentos observados na fase adulta, sustentando a maior ou menor incidência de determinado comportamento de acordo com a superação parcial ou total de cada etapa do desenvolvimento mental de questões sexuais. Para Freud as repressões humanas tinham em sua origem, um trauma sexual correspondente. Tal linha de pensamento parece ignorar a complexidade que envolve o ser humano, não se atentando para a existência de outras fontes de interesses, como a satisfação plena e o altruísmo.
O fim principal da psicanálise, assim denominada o “procedimento para investigação de processos mentais” (Freud, 1923) é tornar possível a consciência de materiais inconscientes, inacessíveis ao homem, visando o equilíbrio com o “id”, admitindo ser esta uma atividade factível, apesar de difícil.
Outra considerável contribuição de Freud na psicanálise, foram seus estudos na área dos sonhos, compilados em seu mais importante trabalho: o livro – A interpretação dos sonhos (1900). Segundo ele, além da função biológica de proteger o sono, os sonhos desempenham papel de proteção e satisfação da psique. Seriam os sonhos um forma de satisfazer desejos reprimidos ou não concretizados no estado de vigília. Jung também vai utilizar desta obra de Freud e buscar sua própria racionalidade para os sonhos e análise de sua simbologia. 
Durante sua trajetória no ramo da psicanálise, Freud ainda vai discorrer sobre os mecanismos de defesas utilizados pelo psique para combater a ansiedade, seu principal problema. Na “luta” psíquica contra a tensão interna e externa são utilizados mecanismos como a negação, refutação, exclusão, redefinição, oposição e sublimação da realidade, senda esta última considerada a autodefesa bem sucedida.
Freud influenciou toda sua geração. Alfred Adler, Sandor Ferenczi, Otto Rank, Karl Abraham e Ernest Jones foram alguns dos que se interessaram por suas teorias, posteriormente, fundando suas próprias escolas de pensamento.
É inquestionável que todo o trabalho desenvolvido por Freud nos séculos XVIII e XIX subsidiaram a evolução da neurociência, desvendando um caminho antes nunca trilhado, lançado luz onde havia obscuridade promovida por uma sociedade marcada por rígidos preceitos culturais, religiosos e sociais. O que este cientista da mente humana fez, foi romper com os padrões de direcionamento de estudo científico que a conjuntura social da época impunha e defender fortemente o que acreditava, pautado em observações e experiências, que apesar de convincentes, foram refutadas por estudiosos que vinham na psicanálise divergências. O próprio Freud reconheceu que “a sua ciência” não deveria ser vista com uma cura definitiva para os problemas mentais, antes uma terapia com indicações, limitações e dificuldades de aplicações. Freud, ao contrário de Jung, procurava estruturar seu trabalho longe de influências que pudessem manipular suas conclusões, como religião e outras filosofias, mas como demonstrado em outros trabalhos, corre-se um risco ao trilhar linhas isoladas quando se pretende analisar o homem. Freud incorreu neste vício.
Referências Bibliográficas:
Freud, Sigmund. Conferências Introdutórias sobre psicanálise. (1916-1917).
Jung, C.G. Memórias, sonhos e reflexões. (1961).
Skinner, B. F. Behaviorismo Radical. (1948).

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