Buscar

RESUMO DP TRABALHO AV1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRINCÍPIOS DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO OU TUTELAR 
“Considerando a hipossuficiência do obreiro também no plano processual, a própria legislação processual trabalhista 
contém normas que objetivem proteger o contratante mais fraco (empregado).” (Renato Saraiva) 
EXEMPLOS:
• Art. 789, § 9 o CLT (Isenção de pagamento de custas e despesas processuais) 
• Art. 789, § 10o CLT (Assistência judiciária) 
•Art. 899, § 1 o CLT (Depósito recursal) 
“§ 1ºSendo a condenação de valor até 10 (dez) vêzes o salário-mínimo regional, nos dissídios individuais, só será admitido o recurso 
inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-
á o levantamento imediato da importância de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz”.
• Art. 844, CLT (Comparecimento das partes) 
“O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado 
importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato”.
JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR - PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO. A competência ratione loci das Varas do Trabalho é
fixada pela localidade em que o empregado prestar serviços, (artigo 651, caput, da CLT). Todavia, não se pode afastar o entendimento
de que o legislador, ao dispor sobre o assunto, teve por escopo facilitar o acesso do trabalhador ao Judiciário, evitando que este, na 
busca dos seus direitos, se desloque para outra localidade, com visível prejuízo no tocante à produção de provas e acompanhamento 
da demanda judicial. Por tais motivos, nada obsta que o empregado aposentado por invalidez, ajuíze ação no foro do seu domícílio, 
ainda que distinto do da prestação dos serviços, quando tal não importar prejuízo ao empregador, que detém agência ou escritório em 
diversas cidades do País, inclusive naquela localidade, incidindo, à espécie, a regra excepcional do parágrafo 3o, do art. 651, da CLT, 
sob pena de violação ao princípio da proteção e ao preceituado no artigo 5o, XXXIII, da CF/88. (TRT 3ª R. – 8ª T. 0033000-
61.2006.5.03.0134 RO - Rel. Des. Cleube de Freitas Pereira – DJMG 15/07/2006) 
PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO OU ULTRAPETIÇÃO
Permite ao juiz, nos casos expressamente previstos em lei, condene o réu em pedidos não contidos na petição inicial, ou 
seja, autoriza o julgador a conceder mais do que o pleiteado, ou mesmo vantagem diversa da que foi requerida.” (Renato 
Saraiva) 
JURISPRUDÊNCIA
SALÁRIO RETIDO - DOBRA SALARIAL. Reconhecendo, em defesa oral, serem incontroversos os salários pleiteados pelo empregado, e deixando
de efetuar o respectivo pagamento na audiência inaugural, sujeita-se o reclamado à dobra salarial prevista no art. 467 da Consolidação, 
independentemente de pedido vestibular, já que a referida norma é de ordem pública, de aplicação compulsória. (TRT 3ª R. – 4ª T. – RO 10261/90 – 
Rel. Juiz Nilo Álvaro Soares – DJMG 23/08/1991) 
SUM-211 JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO 
JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso
o pedido inicial ou a condenação. 
PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA 
“A Justiça do Trabalho brasileira é a única que pode exercer o chamado poder normativo, que consiste no poder de criar 
normas e condições gerais e abstratas (atividade típica do Poder Legislativo), proferindo sentença normativa (rectius, 
acórdão normativo) com eficácia ultra partes, cujos efeitos irradiarão para os contratos individuais dos trabalhadores 
integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato que ajuizou o dissídio coletivo’.” (Carlos Henrique 
Bezerra Leite) 
EXEMPLOS
1. ACORDO COLETIVO.
2. CONVENÇÃO COLETIVA
3. SENTENÇA NORMATIVA.
 PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
Art. 764- Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. 
# CONCILIAÇÃO NO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
Ocorre em dois momentos distintos:
1. Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
2. Art. 850- Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para 
cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a 
decisão. 
#CONCILIAÇÃO NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
A conciliação poderá ocorrer em qualquer fase da audiência.
 Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de 
persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.(Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) 
# OBSERVAÇÕES:
1. O termo de conciliação é irrecorrível e tem força de coisa julgada.
 
 Art. 831 – PÚ: No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a 
Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.
2. A não observância , pelo juiz, da proposta de conciliação acarretará nulidade dos atos posteriores praticados no processo.
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO 
É perda da possibilidade de praticar um ato porque não praticado no momento adequado.
Humberto Theodoro Júnior ensina que “a preclusão consiste na perda da faculdade de praticar um ato processual, quer 
porque já foi exercitada a faculdade processual, no momento adequado, quer porque a parte deixou escoar a fase 
processual própria, sem fazer uso de seu direito.” 
# ESPÉCIES DE PRECLUSÃO:
1) Preclusão consumativa – Perda de praticar o ato porque ela foi praticado de outra forma. Decorre do próprio ato 
processual, em que a parte não pode praticar o mesmo ato processual duas vezes. Exemplo: a parte que contesta uma ação
não poderá contestá-la novamente.
2) Preclusão temporal – quando não se pratica o ato processual dentro do prazo previsto. Exemplo: a parte não interpõe 
o recurso ordinário dentro do prazo de 8 (oito) dias. Se o juiz praticar ato nulo, a parte deve insurgir na hora pois 
precluirá.
3) Preclusão lógica – quando a prática de um ato processual é incompatível com um ato processual anterior (exemplo: É 
vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de incompetência – 
art. 806 da CLT).
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL
Este princípio decorre do princípio da primazia da realidade, aplicada ao direito material do trabalho.
Defendendo esta linha de pensamento, temos o ensinamento de Humberto Theodoro Junior, ao dizer:
“Não quer dizer que o juiz possa ser arbitrário, pois a finalidade do processo é a justa composição do litígio e esta só pode
ser alcançada quando se baseie na verdade real ou material, e não na presumida por prévios padrões de avaliação dos 
elementos probatórios.”
O juiz trabalhista possui uma maior liberdade na direção do processo podendo diligenciar livremente em busca da 
verdade real, ao contrário do juiz cível que está adstrito às provas constantes nos autos.
2 DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
A Comissão de Conciliação Prévia é um instituto privado e facultativo, onde se busca a conciliação de empregado e 
empregador sem a interferência do poder estatal, podendo ser constituída no âmbito sindical ou no âmbito das empresas. 
Sendo que, conciliado as partes, privilegiou a autonomia da vontade destas, impossibilitando, assim, que um terceiro 
proferisse uma decisão para o conflito. 
As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação, de composição paritária, com representantes dos 
empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho (art. 625-A da 
CLT).
O fator positivo na norma é que o conflito pode ser resolvido na própriaempresa e não irá para a Justiça do Trabalho, 
sendo uma espécie de filtro. Pode diminuir o número de processos na Justiça do Trabalho em razão do efetivo 
funcionamento das Comissões. Algumas empresas tinham instituído uma espécie de comissão de conciliação, que 
diminuiu muito as reclamações trabalhistas e o custo com tais ações.
# OBSERVAÇÕES:
1. Nas cidades em que não houver Comissões de Conciliação Prévia (CCP) , deverá ajuizar ação informando na P.I. 
que não existe CCP.
2. ART. 625-G: O prazo prescricional será suspenso a partir da CCP.
3. Na distribuição da ação, interrompe a prescrição.
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA E DA PESSOA
O conceito mais tradicional é que a competência é a medida da jurisdição.
Por sua vez, a competência em razão da matéria e da pessoa é fixada em decorrência da causa de pedir e do pedido e tem 
seu principal fundamento no art. 114 da CF (com as alterações trazidas pela EC 45/2004).
Destaca-se ainda que a incompetência em razão da matéria e da pessoa é de natureza absoluta e deve ser declarada de 
ofício pelo juiz, independentemente de provocação das partes.
Ações oriundas da relação de trabalho
Conforme o inciso I do art. 114 da CF, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: “as ações oriundas da relação de 
trabalho...”.
Com o advento da EC 45/2004, a Justiça do Trabalho passou a ter competência para processar e julgar qualquer relação 
de trabalho e não somente a relação de emprego.
Relação de trabalho corresponde a qualquer vínculo jurídico (relação de emprego, relação de trabalho autônomo, 
eventual, avulso, voluntário, estágio e relação institucional) por meio do qual uma pessoa natural executa obra ou serviços
para outrem, mediante o pagamento de uma contraprestação.
Relação de trabalho é gênero da qual a relação de emprego é uma espécie, ou seja, toda relação de emprego corresponde a
uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego.
Relação contratual de consumo, regidas pelo Código de Defesa do Consumidor, não é da competência da Justiça do 
Trabalho.
Compete à Justiça Cível Comum processar e julgar as lides decorrentes de acidente de trabalho.
Entes de direito público externo
Estabelece o inciso I do art. 114 da CF, que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: “as ações oriundas da 
relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo...”.
O STF se posicionou no sentido de que não há que falar em imunidade de jurisdição, possuindo a Justiça do Trabalho 
competência para processar e julgar demanda envolvendo entes de direito público externo.
Por sua vez, é entendimento do STF de que o ente de direito público externo possui imunidade de execução. Isto quer 
dizer que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar demanda envolvendo ente estrangeiro, mas não 
possui competência para executar seus julgados.
Sobre o tema, veja a OJ 416 da SDI-1 do TST:
OJ 416. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO INTERNACIONAL. (DEJT divulgado 
em 14, 15 e 16.02.2012) As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição 
quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra 
do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira 
na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional.
Servidores da Administração Pública
Dispõe o inciso I do art. 114 da CF, que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: “as ações oriundas da relação 
de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
O STF se posicionou no sentido de ser a Justiça do Trabalho incompetente para conciliar e julgar as ações envolvendo 
servidores públicos estatutários ou de caráter jurídico-administrativo.
Ademais, se o servidor da administração pública direta, indireta, autárquica ou fundacional for regido pela CLT, será da 
competência da Justiça do Trabalho processar e julgar os dissídios envolvendo o empregado público e a administração 
pública.
Ações que envolvem exercício do direito de greve
Reza o inciso II do art. 114 da CF, que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: “as ações que envolvam 
exercício do direito de greve”.
Segundo Mauro Schiavi, “diante da EC 45/2004, a Justiça do Trabalho detém competência material para todas as ações 
que sejam relacionadas, quer direta, quer indiretamente, ao exercício do direito de greve. Portanto, tanto as ações prévias 
(inibitórias), para assegurar o exercício do direito de greve para a classe trabalhadora, como as ações possessórias, para 
defesa do patrimônio do empregador, como as ações para reparação de danos, tantos aos trabalhadores como aos 
empregadores, e até danos causados aos terceiros, são da competência da Justiça do Trabalho.
Ações sobre representação sindical
Dispõe o inciso III do art. 114 da CF, que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: "as ações sobre representação 
sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores".
Renato Saraiva sustenta que com a nova redação do art. 114 da CF, outras matérias conexas envolvendo direito sindical 
poderão ser objeto de ações propostas perante a Justiça do Trabalho, tais como: ações declaratórias de vínculo jurídico e 
sindical entre sindicato e federação; ações envolvendo o direito de filiação e desfiliação; ações concernentes à eleição de 
dirigente sindical e ao respectivo processo eleitoral; ações envolvendo direitos trabalhistas propostas por dirigente 
sindical licenciado em face do seu próprio sindicato; ações envolvendo contribuição assistencial, confederativa etc.; ações
de cobrança executiva envolvendo a contribuição sindical promovidas pelas entidades sindicais em face do empregador, 
dentre outras.
Mandados de segurança, habeas corpus e habeas data
Nos termos do inciso IV do art. 114 da CF, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: “os mandados de segurança,
habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição”.
Após a EC 45/2004, a Justiça do Trabalho passou a deter competência para processar e julgar os mandados de 
segurança cujo ato questionado seja matéria sujeita à jurisdição da Justiça do Trabalho e as ações relativas às penalidades 
administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
Exemplo: mandado de segurança contra ato de auditor fiscal do trabalho que antes era processado na Justiça Federal, após
a EC 45/2004, passou para a competência da Justiça do Trabalho, pois o ato questionado envolve matéria sujeita à sua 
jurisdição.
Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista
Prevê o inciso V do art. 114 da CF, que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: “os conflitos de competência 
entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o”.
Os conflitos de competência serão resolvidos:
Pelos TRTs, quando suscitado entre Varas do Trabalho da mesma região, entre juízes de direito investidos na jurisdição 
trabalhista da mesma região, ou entre Varas do Trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista (na mesma 
região) – art. 808 da CLT.
Pelo TST, quando suscitado entre TRTs, entre Varas do Trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, 
sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes – art. 808 da CLT.
Pelo STJ, quando suscitado entre Varas do Trabalho e juiz de direito não investido na jurisdição trabalhista – art. 105, I, d,
CF/88.
Pelo STF, quando suscitado entre o TST e órgãos de outros ramos do Judiciário – art. 102, I, o, CF/88.
Sobre o tema, é importantesaber o teor da Súmula 420 do TST: 
Súmula nº 420 do TST. COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE 
IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 115 da SBDI-2) - Res. 
137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005. Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara 
do Trabalho a ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003).
As ações de indenização por dano moral ou patrimonial
O inciso VI do art. 114 da CF diz que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: “as ações de indenização por dano
moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho”.
A Justiça do Trabalho apreciará os danos morais e patrimoniais, que decorrem da relação de trabalho.
Veja súmulas a respeito:
Súmula nº 392 do TST. DANO MORAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (conversão da Orientação 
Jurisprudencial nº 327 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça 
do Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da 
relação de trabalho. (ex-OJ nº 327 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003).
Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por 
danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive 
aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 
no 45/2004.
Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações
de trabalho
O inciso VII do art. 114 da CF diz que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: “as ações relativas às 
penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”.
Era da Justiça Federal comum a competência para processar e julgar as ações concernentes às penalidades administrativas
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização do trabalho, pelo simples fato da existência de interesse da União
na causa.
Com o advento da EC 45/2004, a Justiça do Trabalho passou a ser competente para processar e julgar “qualquer ação”, 
seja ela de conhecimento, cautelar ou de execução que tenha por objeto matérias relacionadas a penalidades 
administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização do trabalho.
# O juiz de Direito funcionará como auxiliar à Justiça do Trabalho nas cidades que não houverem Vara ou cidades 
próximas com jurisdição;
JURISPRUDÊNCIA
 JUSTIÇA DO TRABALHO. COMPETÊNCIA. ARTIGO 485, INCISO II, DO CPC. A jurisprudência desta Eg. SBDI-2 
firmou-se no sentido de que o corte rescisório com fundamento no inciso II do art. 485 do CPC somente se viabiliza na 
hipótese de a incompetência absoluta invocada revelar-se evidente, ou seja, quando o órgão julgador apresentar-se 
objetiva e absolutamente incompetente para a apreciação de controvérsia que deva ser dirimida por Juízo outro. De 
acordo com a inteligência do inciso III do artigo 88 do CPC, é competente a autoridade judiciária brasileira quando a ação
se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Por sua vez, reza o § 3º do artigo 651 da CLT que, -em se 
tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar de contrato de trabalho, é assegurado ao 
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços-. 
Incontroverso, nos autos da ação originária, a contratação de trabalhadores brasileiros em território nacional, no caso, nos 
Municípios de Ijuí/RS e Augusto Pestana/RS para prestação de serviços na Venezuela. Não se há falar, assim, em corte 
rescisório com amparo no inciso II do artigo 485 do CPC, porque não se está negando vigência a nenhuma norma que 
expressamente afaste a competência da Justiça Brasileira e do Judiciário Trabalhista.
Inteiro Teor. RECURSO ORDINARIO EM ACAO RESCISORIA: ROAR 1873003120075040000
ATOS, TERMOS, PRAZOS E NULIDADES
Comunicação dos Atos Processuais:
A comunicação dos atos processuais consiste no meio pelo qual se dá conhecimento a alguém dos atos realizados no 
processo.
Realizados entre juízos:
Carta de ordem – quando há hierarquia;
Carta precatória – de uma vara para outra, quando não há hierarquia;
Carta rogatória – comunicação entre o judiciário brasileiro e estrangeiro.
* O novo CPC traz a Carta Arbitral.
Citação – chamamento do réu para se defender (art. 2013, CPC;
* o novo CPC diz q é o chamamento do réu para a inclusão no processo.
1) Via Postal (regra)
– na fase de conhecimento a via postal é a regra. Não necessita ser pessoal (art. 841, CLT), basta ser encaminhada ao 
destinatário, independente de quem receba.
Súmula nº 16 do TST. Notificação
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega
após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
2) Edital
– Fase de conhecimento: quando a parte criar embaraço ou não encontrada. Daí faz citação por meio do diário oficial.
– Fase de execução: a parte deverá ser procurada duas vezes no prazo de 48 horas e não ser encontrada.
* Incabível no rito sumaríssimo (CLT, art. art. 852-B, II) – não se admite a citação por edital, pois necessariamente deve 
apresentar o endereço correto do réu. Em uma prova mais elaborada pode ser questionada a constitucionalidade em 
função de acesso ao empecilho ao acesso ao judiciário.
3) Oficial de Justiça
– Processo de execução (CLT, art. 880) – a regra é a citação por oficial de justiça.
– União (LC 73/93, arts. 35, 36 e 37) – por oficial de justiça;
– MPT (art. 84, IV da LC n. 75/93) – por oficial de justiça;
4) Meio Eletrônico
– Lei nº 11.419/2006 – citações e intimações por meio eletrônico;
– Resolução 136/2014 CSJT ;
* Processo eletrônico: todas citações e intimações por meio eletrônico,
Inclusive a Fazenda Pública
– Quando der acesso à integra do processo é considerada vista pessoal.
* Novo CPC contempla, evidentemente, a citação eletrônica, impondo que as empresas públicas e privadas ficam 
obrigadas a manter cadastro junto aos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e 
intimações. Ficam excluídas as microempresas e empresas de pequeno porte (art. 246).
Intimação – para terceiros e partes se manifestarem nos autos (art. 234, CPC);
1) Diário oficial
– Na pessoa do advogado constituído;
– Mais de um advogado e pedido expresso de intimação exclusivamente em nome de um advogado, a intimação em nome
de outro é nula (Súmula 427 do TST);
MPT – intimação pessoal e nos autos;
2) Via postal ou por Oficial de Justiça
– Jus postulandi – ou por via postal ou oficial de justiça (não admite Edital, a não ser q tenha advogado);
– Quando o juiz determinar;
3) Intimação eletrônica
– Intimação via e-mail (processo judicial eletrônico)
4) Intimação na audiência
– Decisões proferidas na audiência;
– Revelia: haverá notificação via postal da sentença (art. 852, CLT);
Notificação – no processo do trabalho é usado esse termo de forma mais ampla, podendo ser citação ou intimação.
Prazos processuais
Peremptórios – prazos fatais, não podem ser alterados por vontade das partes;
Dilatórios – alterado por vontade das partes + antes do vencimento + q haja motivo legítimo;
Impróprios – não produz efeitos processuais. Como regra prazos dirigidos ao juiz.
Próprios – aquele q uma vez descumprido gera um efeito processual:
– Preclusão temporal – em decorrência de ter ultrapassado o lapso temporal, perde o direito de praticar o ato processual.
– Preclusão consumativa – usa o prazo. Ex: interpõe o recurso no segundo dia e percebe q esqueceu alguma coisa. Daí já 
não pode fazer mais nada.
– Preclusão lógica – impede q atos posteriores sejam incompatíveis comatos anteriores. Ex: desiste do recurso aceitando 
a decisão judicial. Depois não pode protocolar recurso.
Regra: prazo legal, a própria lei estabelece. Se nao existir o juiz irá estabelecer.
Ausência: juiz define quando não há prazo legal.
Sem prazo legal, nem definição do juiz = 5 dias;
Prazo Procedimento Sumaríssimo – ciência laudo pericial (art. 852-H, par. 6º, CLT) – 5 dias para ambas as partes;
Contagem do prazo
Art. 775 – Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do 
vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo 
juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.
Parágrafo único – Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil 
seguinte.
• Data da ciência: exclui esse dia (dia do susto);
• Data do vencimento: inclui ;
• Início e término devem ser dias úteis.
• Audiência de julgamento (súmula 197, TST) – se o juiz definir uma data com audiência para julgamento, as partes serão 
consideradas intimadas independentes de comparecimento.
Deve ser interpretada com a sumula 30 do TST, q diz q após audiência de julgamento o juiz tem 48h para juntar a decisão 
nos autos. Se juntar no prazo tb não precisará intimar as partes. Nesse caso, o dia do susto passa a ser o dia da juntada da 
decisão, sendo q o prazo começa a contar no proximo dia útil. Se o juiz não juntar no prazo de 48h, deverá intimar as 
partes.
Se o final do prazo cai num sábado, será prorrogado para o proximo dia útil subsequente (segunda-feira, se nao for 
feriado);
Se a intimação (dia do susto) for na sexta-feira, começaria a contar no sábado, mas como nao pode ser utilizado, será 
contado a partir de segunda. Para efeito de contagem de prazos, o sábado, domingo e feriados serão inúteis. 
Se receber intimação no sábado (penhora), o dia do susto será o proximo com expediente forense (súmula 262, TST)
* O novo CPC não contará os prazos de fins de semana e feriados continuamente.
Regra: prazos contínuos e irreleváveis (art. 775, CLT). No entanto em algumas situações os prazos podem ser:
– Interrupção – recomeça a contagem com o prazo integral. Ex: embargos de declaração – interrompe o prazo dos 
recursos. Depois da intimação da decisão dos embargos o prazo será reiniciado.
– Suspensão – retoma a contagem de onde parou.
* Recesso (natureza jurídica de férias)e férias coletivas (Súm. 262 do TST) .
NULIDADES PROCESSUAIS
Artigos 794 a 798 da CLT:
Conceituação: Princípios que informam a nulidade. Nulidade é vício ou defeito dos atos processuais. Para que ocorra um 
vício ou defeito dos atos processuais, algum requisito de validade desse ato processual, vai se perder. Os requisitos 
exigidos para que o ato seja válido são: Capacidade do sujeito: objeto lícito e possível: manifestação livre de vontade; 
forma prescrita ou não defesa em lei. O vício vai se dar pela ausência, fuga ou desobediência de algum desses 
elementos. Ausente qualquer um desses, o ato se torna viciado. A nulidade, o vício gera o prejuízo para o outro.
Classificação segundo Rodrigues Pinto:
Irregularidades: Meras irregularidades, vícios que têm leve deformação, podendo ser facilmente corrigidos (deformação 
pequena que não gera grandes efeitos no processo. Exemplo: quando você se equivoca na data de admissão do reclamante
é um vício pequeno que pode ser corrigido, não vai gerar prejuízo para a parte contrária).
Atos inexistentes: não geram efeito. Exemplo: contestação sem assinar. Sentença sem assinatura do juiz.
Nulidades: são os vícios com a deformidade grande, sendo necessária a interveniência, para que a nulidade seja sanada.
Bezerra Leite chama o vício de irregularidade:
1) Irregularidade sem consequência: pequenos erros materiais que podem ser sanados. Um equívoco na contestação, 
que não gere muita consequência.
2) Irregularidades que geram sanção extraprocessual: Exemplo: advogado retirar o processo no fórum, permanecendo 
com o mesmo por mais tempo do que o permitido. É o chamado “embargo de gaveta”. Visando enrolar o processo, 
protelar o tempo, ele fica com o processo até ser intimado para devolver os autos, mediante busca e apreensão. Se ele não 
devolve ou o juiz percebe que ele está protelando o feito maliciosamente, o juiz pode tomar providência extraprocessual, 
que é oficiar a OAB para que sejam tomadas providências administrativas contra o advogado. Gera sanção 
extraprocessual.
Outro exemplo: juiz demorando a proferir sentença. Pode-se buscar auxilio à Corregedoria de Justiça. Ambos os 
exemplos apresentados geram efeitos para fora do processo: punição para o advogado e punição para o juiz.
3) Irregularidade que gera ato inexistente: não gera efeito. Exemplo: contestação sem assinar. Sentença sem assinatura 
do juiz, recurso sem assinatura.
4) Irregularidade que gera nulidade: é o vício com a deformidade grande, sendo necessária interveniência da norma, 
para que a nulidade seja sanada. Dependendo da nulidade, só pode ser suscitada pela parte, e dependendo da extensão 
dela, pode ser até declarada de oficio. Isso vai depender da natureza da nulidade. Nulidade relativa só a prova pode fazer. 
Já a absoluta, o juiz pode declarar de oficio.
Saneamento dos vícios: Dependendo da extensão, o vício pode ser saneado das seguintes maneiras:
1) Ignorado;
2) gerar sanção extraprocessual;
3) ser objeto de correção (pode ser corrigido);
4) invalidado.
Exemplo de invalidação: quando você alega a nulidade da sentença, dizendo que o juiz não quis ouvir uma testemunha. 
Você arguiu a preliminar do recuso, arguiu a nulidade da sentença, por cerceio de defesa (porque aquela testemunha seria 
indispensável para sua prova). A sentença será anulada. Aquele ato processual (a sentença) será nulo, e por consequência, 
haverá a invalidação do ato, sendo necessária a oitiva da testemunha, e sendo proferida nova sentença.
Outras considerações: Princípios das Nulidades: O sistema de nulidades do Processo do Trabalho é regido por alguns 
princípios estampados na norma. Um não está na CLT (Princípio da Instrumentalidade artigos 154, 244 do CPC), os 
outros, estão na CLT (artigos 794 a 798).
1) Princípio do Prejuízo ou da Transcendência: (artigo 794 CLT): A declaração de nulidade só vai ser viável se gerar 
manifesto prejuízo (de ordem processual, dentro do processo; não de ordem material) às partes litigantes. Esse ato gera 
um efeito maléfico para uma das partes. É um ato passível de nulidade.
2) Princípio da Convalidação ou Preclusão: (artigo 795): O disposto neste artigo serve para as nulidades relativas. A 
parte tem que arguir a nulidade na primeira oportunidade. Porque o § 1º nos diz: “Deverá, entretanto, ser declarada ex 
officio, a nulidade fundada em incompetência de foro (aquele no que tange à matéria ou à pessoa; ou seja, incompetência 
da Justiça do Trabalho). Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios”.
Incompetência absoluta, o juiz pode declarar de officio. Já a incompetência relativa, deverá ser suscitada pela parte, na 
primeira oportunidade. Se a nulidade relativa não for suscitada na primeira oportunidade, aquele ato estará convalidado. 
Por exemplo: a exceção de incompetência em razão do lugar. Tem que ser arguido na primeira oportunidade. Caso não o 
seja, o direito é precluso, aquele juízo fica prevento (fica prorrogada a competência para aquele juízo), e ele vai apreciar o
processo até o final, e a parte não pode mais se insurgir alegando a incompetência.
O parágrafo 2º nos diz: “O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça 
remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão”.
3) Princípio da Economia Processual (artigo 796, alínea “a” CLT): A nulidade não serápronunciada quando for 
possível suprimir-se a falta ou repetir-se o ato. Exemplo: o sujeito é citado no endereço errado, mas fica sabendo da ação 
movida contra ele, comparece à audiência na data e hora marcadas, e apresenta sua defesa. Se ele compareceu à 
audiência, não há que se falar em nulidade.
4) Princípio do Interesse (artigo 796. Alínea “b” CLT): A nulidade não será pronunciada quando arguida por quem lhe 
tiver dado causa. Ou seja, eu não posso usar a meu favor uma irregularidade, uma prática, que eu provoquei. Não posso 
arguir a meu favor, nulidade que eu dei causa.
5) Princípio da Utilidade (artigo 798 CLT): a nulidade do ato não prejudicará os posteriores que dele dependam, ou 
sejam, consequências.
6) O artigo 797 da CLT é uma complementação do artigo 798 da CLT, assim, trata do Princípio da Utilidade: O juiz ou 
tribunal que pronunciar a nulidade declara os atos a que ele se estende, para que vai servir aquela nulidade, preservando 
aquilo que foi feito de forma correta. No processo do trabalho, o prazo para interpor recurso e/ou contra razões, é de oito 
dias.
Procedimento 
Procedimento Ordinário
– Esse rito é usado quando não couber o rito sumário ou sumaríssimo e quando o valor da causa ultrapassar 40 salários 
mínimos, seu rito permite um melhor conhecimento do mérito e é usado para casos de maior complexidade;
O procedimento ordinário nos dissídios individuais inicia-se com a apresentação da petição inicial, elaborada pelo 
Advogado ou pelo próprio Reclamante, no exercício do jus postulandi.
São requisitos da petição inicial a designação do Juízo, qualificação do autor, individualização do réu, exposição dos 
fatos, pedido e indicação do valor da causa. Não há a necessidade de pedir a citação do réu, ato que é promovido de ofício
pela Secretaria ou Setor responsável pela Distribuição.
Em decorrência do princípio da concentração, a audiência será o momento para apresentação da defesa. Segundo a lei, a 
audiência é una, mas, Amauri Mascaro entende que a praxe consagrou a sua divisão, dada a impossibilidade de realização 
de todos os atos numa só e mesma sessão.
Desse modo, a audiência será divida em inicial, de instrução e de julgamento. Na inicial, será realizada a primeira 
tentativa obrigatória de conciliação e frustrada, será apresentada a defesa. A parte tem então 20 minutos para a exposição 
oral, o que dificilmente acontece, sendo a contestação escrita predominantemente utilizada.
O não comparecimento do Autor gerará arquivamento do processo (art. 844, CLT). Quando o Reclamante der causa a dois
arquivamentos, perderá o direito de pleitear durante seis meses junto à Justiça do Trabalho. Se o Reclamado não 
comparece, haverá revelia (não apresentação de contestação) e confissão quanto a matéria de fato alegada na exordial.
Quanto ao ônus da prova, adota-se supletivamente a regra do Código de Processo Civil (art. 333), cabendo ao autor 
provar os fatos constitutivos de seu direito e ao réu, os fatos extintivos, impeditivos ou modificativos dos direitos a que se
referem os pedidos.
Procedimento Sumaríssimo
– Valor de causa não excedente a 40 salários mínimos;
– Usada em dissídios individuais;
Não pode ser aplicada a entidades autárquicas, administração direta e fundações, atente que pode ser aplicada para 
empresas públicas e sociedades de economia mista, veja o artigo 852-A parágrafo único da CLT:
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do 
ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública 
direta, autárquica e fundacional.
Requisitos para a aplicação do procedimento sumaríssimo:
– Pode ter pedido certo ou determinado, mas deverá sempre ser líquido;
– O reclamante deve indicar o nome e o endereço do reclamado (pois não há citação por edital, será por carta com aviso 
de recebimento);
– Na inobservância desses dois requisitos levará ao arquivamento do processo e a condenação do reclamante ao 
pagamento de custas processuais, extinguindo o processo sem resolução de mérito, veja o parágrafo 1º do artigo 852-B da
CLT:
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:
I – o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;
II – não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;
III – a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de 
pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da 
reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.
Obs.: Caso ocorra esse arquivamento, a decisão será decidida por sentença de extinção do processo sem resolução de 
mérito, decisão essa que, obviamente, poderá ser atacada por Recurso Ordinário;
– A audiência é una, todo o procedimento é feito no mesmo dia;
– Do ajuizamento da reclamação até o dia da sentença, deverá ter o lapso temporal de no máximo 15 dias;
– A audiência pode ser interrompida (perícia por exemplo), mas da continuação da audiência até a sua sentença deverão 
transcorrer o máximo de 45 dias, a contar da data do ajuizamento;
– A prova testemunhal é limitada a 2 testemunhas.
Cumpre ressaltar que tal procedimento não se aplica aos dissídios coletivos, nem quanto à Administração Pública 
Direta, Autárquica e Fundacional.
Procedimento Sumário
Na previsão do art. 2º, §§ 3º e 4º, da Lei 5.584/70, encontra-se o Procedimento Sumário. Em síntese, é o procedimento 
que cabe em causas de valor até 2 salários mínimos, mais célere, no qual só cabe recurso quando versar sobre matéria 
constitucional, percorrendo o recurso neste caso todas as instâncias trabalhistas.
Diante dos problemas que a impossibilidade de recurso implica, aliado ao surgimento do procedimento sumaríssimo (o 
qual abarca também as causas nos valores supra), o rito sumário deixou de ser utilizado na prática, não obstante subsista a
previsão legal.
Os juízes normalmente têm fixado o valor da causa acima desse limite, evitando assim possíveis recursos por 
cerceamento de defesa, já que o procedimento sumário em regra não admite recurso, e isto sempre será desfavorável a 
uma das partes.
Lendo o artigo 2º, §3º e §4º da lei 5584/70 fica evidente o valor de 2 salários mínimos para fins de alçada.
Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de 
passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se oste for indeterminado no pedido.
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não exceder de 2 (duas) vezes o salário-mínimo vigente na
sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria 
de fato.
§ 4º – Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da 
alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da
ação.
Para reforçar o entendimento, vejamos o recurso 0000535-87.2010.5.01.0045:
RECURSO ORDINÁRIO. VALOR DE ALÇADA. LEI 5584/70 –
 Uma vezatribuido à causa o valor de alçada – abaixo de dois salários mínimos – à época do ajuizamento da 
reclamação trabalhista, e não versando o reexame sobre matéria constitucional, não há se conhecer do recurso 
ordinário interposto, pois trata-se de alçada exclusiva da Vara do Trabalho – inteligência do artigo 2º, §§ e 3º e 4º, 
da Lei 5.584/70. Recurso não conhecido. 
Características
–São causas de única instância, utilizada para valores de até 2 salários mínimos conhecidas como dissídios de alçada;
– Não caberá nenhum recurso de sua sentença, apenas recurso extraordinário em caso de ofensa a constituição ou pedido 
de revisão ao valor fixado pelo juiz que será feito impugnando a sentença em juízo no momento das razões finais. Se 
negado pelo juiz, esse pedido deverá ser encaminhado em até 48 horas ao TRT para ser revisto, veja os artigos abaixo da 
lei 5584/70:
Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de 
passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se este for indeterminado no pedido.
§ 4º – Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da 
alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da
ação.
Art 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, observar-se-ão os princípios estabelecidos nesta lei.
§ 1º Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes, impugnar o valor fixado e, se o Juiz o mantiver, 
pedir revisão da decisão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do Tribunal Regional.
– A lei não previu o número máximo de testemunhas, por analogia entende-se que serão três.
RECURSO- não 
discute o direito 
mas só o valor
SENTENÇA
E CONFISSÃOPRINCÍPIO 
TUTELAR/ 
PROTEÇÃO
AUDIÊNCIA INAUGURAL
 Até a defesa do réu
 AUD. 
PROSEGUIMENTO

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes