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Slide Lei dos Pobres.

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AS VELHAS LEIS DOS POBRES 	
Poor Law Act
UVA 
Universidade Veiga de Almeida
Grupo: Laiz Almeida, Tamyres Oliveira e Thayná Rodrigues.
Professora: Altineia Neves.
Disciplina: Política Social I
Cabo Frio
2016.2
PROTOFORMAS DA POLÍTICA SOCIAL
Contexto histórico: Pré-capitalismo;
Estima-se que a partir séc. XVI surgiu as primeiras iniciativas de Políticas Sociais, mas não há um período específico desse surgimento;
Sua origem está relacionada a ascensão da Revolução Industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal;
Nas sociedades pré-capitalistas as forças de mercados não eram privilegiadas e estas sociedades assumiram a responsabilidade social com o intuito de manter a ordem social e punir a vagabundagem, pois achavam que as instituições cristãs não dariam conta de conter a população “revoltada”.
São identificadas como protoformas das Políticas Sociais;
Aparecem ao lado da caridade privada e de ações filantrópicas;
As legislações seminais que mais se exaltam são as Leis Inglesas que se desenvolveram no período que antecede a Revolução Industrial;
AS LEIS SÃO:
Estatuto dos Trabalhadores, de 1349.
Estatudo dos Artesão (Artífices), de 1563.
Leis dos pobres elisabetanas, que sucederam entre 1531 E 1601.
Lei de Domicílio (Settlement Act), de 1662.
Speenhamland Act, de 1795.
Lei Revisora das Leis dos Pobres ou Nova Lei dos Pobres, de 1834.
INICIATIVAS COM CARÁCTERÍSTICAS ASSISTENCIAS
E O QUE ESSAS LEIS ESTABELECIAM?
Segundo Castel elas estabelecem um “código coercitivo de trabalho”.
Posuem caráter punitivo e repressivo.
As legislações promulgadas até 1975 possuiam o princípio estruturador que obrigava o exercício do trabalhador a todos que apresentassem condições de trabalho.
AQUI NÓS TRATAREMOS DAS LEIS DOS POBRES OU LEIS DOS POBRES ELISABETANAS...
O SURGIMENTO DA LEI DOS POBRES
 A Lei dos Pobres foi criada em 1601, no final do reinado da Rainha Elisabeth para aperfeiçoar outra norma assistencialista de 1597. 
Seu objetivo era conter a crescente população que surgia nos centros urbanos ingleses devido a migração de trabalhadores das áreas rurais a procura de emprego. Como nem sempre essas pessoas eram encaixadas no mercado de trabalho houve um aumento no números de miseráveis que perambulavam pelas ruas da Inglaterra, causando diversos problemas socias. 
FATORES BÁSICOS PARA ESTE SURGIMENTO
O aumento excessivo da população;
Miséria, desabrigos e epidemias;
O fato do Estado achar que as Instuições Cristãs Católicas não dariam conta de conter a população diante dos atuais problemas decorrentes da transição da ordem feudal para capitalista;
 Controle hegemônico perante a população.
FUNDAMENTOS COMUNS DA LEI DOS POBRES:
Estabelecer o imperativo do trabalho a todos que dependiam da sua força de trabalho para sobreviver;
Obrigar o pobre a aceitar qualquer trabalho que lhe fosse oferecido;
Regular a remumeração do trabalho de modo que o trabalhador pobre não pudesse negociar outras formas de remuneração;
Proibir a mendicância dos pobres válidos, obrigando-os a se submeter aos trabalhos “oferecidos”. 
 Assim como as demais Leis Inglesas, as Leis dos Pobres tem como príncipio estruturador obrigar o exercício do trabalho a todos que apresentassem condições de trabalhar e as ações assistenciais previstas tinham como objetivo induzir o trabalhador a se manter por meio de seu próprio trabalho.
 O trabalhador não poderia negociar o valor de sua força de trabalho ou impor qualquer tipo de limite a sua atividade. 
 Visavam combater a “vagabundagem”;
 Controlava a ordem prevalecente de uma pobreza não confinada territorialmente;
 Índole mais punitiva do que protetora;
 Utiliza surras, mutilações e queimaduras com ferro em brasa como forma de controle social;
Estabelecia distinção entre pobres “merecedores” e pobres “não-merecedores”.
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS LEI DOS POBRES
Conforme essa legislação os primeiros merecedores de “auxílio”, eram assegurados por algum tipo de assistência, minimalista e restritiva, sustentada em base de um dever moral e cristão de ajuda e não como um direito do sujeito.
Crianças desocupadas de 5 a 14 anos eram separadas de seus pais e internadas em asilos;
Os pobres impotentes – idosos, enfermos crônicos, cegos e doentes mentais- deveriam ser alojados nas Poor-houses ou Almshouses (Asilos ou Hospícios);
Os pobres capazes para trabalho, os mendigos “fortes” eram postos a trabalhar nas chamadas workhouses (casas de trabalho), sob trabalhado forçado e com características escravistas que lhes garantiam mínimos auxílios(como alimentação);
Os capazes para trabalho, mas que se recusavam a fazê-lo (os corruptos) deveriam ser encaminhados para os reformatórios ou casas de correção.
É IMPORTANTE SABER...
A Lei dos Pobres foi conjunto de regulamentações assumidas pelo Estado com o intuito de conter a população crescente na Inglaterra no período a partir do séc XVI. A partir deste conteúdo e sabendo que após sua promulgação foi estabelecida uma nova lei, fica evidente que não houve eficácia no alcance de seus objeitvos. 
Por ter um caráter punitivo e restritivo é importante saber que neste período as relações sociais e de trabalho não obtiveram nenhuma evolução. 
O mercado de trabalho não atingiu nenhuma mobilidade devido as características pouco flexíveis entre os trabalhadores e seus patrões que tinham como principal objetivo a produção e aumento do Capital e não o bem-estar da população de modo geral.
ASSISTÊNCIA SOCIAL E TRABALHO
Período: Entre séc. XVI a séc. XIX; transição do sistema feudal para o sistema capitalista. 
A relação entre assistência social e trabalho surge quando em 1351, a Grã-Bretanha se depara com o extérminio de um terço da sua população pela Peste Negra que fez com que houvesse uma escassez de braços para trabalhar nas fazendas, aumentando os salários;
Com isso leis foram criadas para evitar a mobilidade dos trabalhadores e assim manter a organização tradicional do trabalho;
Sabemos que este sistema que explorava o trabalhador ao máximo gerou grandes problemas sociais e que a partir da Revolução Industrial houve o aumento do desemprego. 
Diante disso, foi necessária junto com as leis criar “auxílios” aos trabalhadores que serviam mais para conter a multidão empobrecida e doente do que para lhes assegurar direitos básicos de sobrevivência.
A partir deste momento vai surgindo uma espécie de assistência bem primitiva e coercitiva que ainda não reconhece o trabalhador como um sujeito de direitos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Behring, Elaine Rosseti. Boschetti, Ivanete. Política Social: fundamentos e história. 5ªed. Editora Cortez.
Pereira, Potyara A. P. Política Social: temas&questões. 3ªed. Editora Cortez.

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