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desenvolvimento psicomotor na educação infantil

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
 
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL DE 0 A 3 ANOS 
 
 
 
 
 
 
Gislene Santos Silva 
 
 
 
Orientador 
Professora Fabiane Muniz 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2010 
 
 
 
 
 
 
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
 
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL DE 0 A 3 ANOS 
 
 
 
 
 
 
Apresentação de monografia à Universidade 
Candido Mendes como requisito parcial para 
obtenção do grau de especialista em 
Psicomotricidade pela aluna GISLENE SANTOS 
SILVA 
 
 
 
 
 
 
3
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus pelo que me deste e o que me dá todos 
os dias. Em seguida ao meu marido Antonio Carlos e meu filho Patrick pelo 
amor, carinho e muitas brigas que tivemos e teremos durante todas as nossas 
vidas. Em relação a minha primeira monografia, agradeço a professora 
Fabiane Muniz pela paciência e dedicação com o meu projeto e a todos os 
meus amigos que me ajudaram dando sugestões e aos colegas que irei ajudar 
com este trabalho. 
O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na 
intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, 
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis como a minha querida amiga, 
companheira de trabalho e minha mais nova filha Daniele, obrigada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico a minha monografia, a minha grande 
amiga Daniele de Oliveira Costa que muito me 
ajudou na execução deste trabalho e a todos 
os professores que me guiaram visando o 
aperfeiçoamento de nossas habilidades e 
experiências na psicomotricidade. 
 
 
 
 
 
5
RESUMO 
 
A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e 
estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a 
prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio 
das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se 
relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os 
educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de 
destaque no programa escolar desde a Educação Infantil. A partir deste 
conceito e através da nossa prática no contexto escolar, consideramos que a 
psicomotricidade é um instrumento riquíssimo que nos auxilia a promover 
preventivos e de intervenção, proporcionando resultados satisfatórios em 
situações de dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. 
 O professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do 
aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu 
trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. 
Diante desta visão, as atividades motoras desempenham na vida da 
criança um papel importantíssimo, em muitas das suas primeiras iniciativas 
intelectuais. Enquanto explora o mundo que a rodeia com todos os órgãos dos 
sentidos, ela percebe também os meios como quais fará grande parte dos 
seus contatos sociais. Portanto, a educação psicomotora na idade escolar 
deve ser antes de tudo uma experiência ativa, onde a criança se confronta com 
o meio. 
 A educação proveniente dos pais e do âmbito escolar, não tem a 
finalidade de ensinar à criança comportamentos motores, mas sim permite 
exercer uma função de ajustamento individual ou em grupo. Até ir para a 
creche, a criança tem um relacionamento social restrito à sua casa, com os 
seus pais ou responsáveis, e a alguns familiares. 
Ao freqüentar um novo ambiente, ela precisa de um período para se 
adaptar ao espaço, às pessoas e às novas relações que vão surgir. 
 O sucesso desse processo depende do acolhimento 
que a instituição oferece. Na escola, a mediação do educador é determinante, 
pois a ele compete introduzir o novato no grupo. 
 
 
 
 
6
METODOLOGIA 
 
A expectativa em relação à pesquisa são as melhores possíveis, pois 
temos a oportunidade de confrontar opiniões, pensamentos, personalidades e 
histórias de vida de vários autores como André Lapierre, Filho e Sá, Jean Le 
Boulch, Assunção & Coelho, e Fátima Alves que auxiliaram para o 
enriquecimento da minha formação acadêmica. 
O trabalho está sendo desenvolvido para auxiliar os professores no 
conteúdo psicomotor adequado para crianças de 0 a 3 anos, pois o profissional 
deve estar sempre atento as etapas do desenvolvimento dos seus alunos, 
colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu 
trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. 
A psicomotricidade precisa ser vista com bons olhos pelos profissionais 
da educação, pois ela vem auxiliar no desenvolvimento motor e intelectual de 
seus alunos. 
Todo professor mesmo sem especialização em psicomotricidade pode 
trabalhar com seus alunos independentes do conteúdo programático 
utilizando-se de forma criativa a psicomotricidade em suas aulas tornando-as 
mais dinâmicas e prazerosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 08 
 
CAPÍTULO I - Psicomotricidade 09 
 
CAPÍTULO II - Esquema Corporal 15 
 
CAPÍTULO III – Desenvolvimento psicomotor 20 
 
CAPÍTULO IV – Jogos e Recreações 23 
 
CONCLUSÃO 37 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38 
 
ÍNDICE 39 
 
FOLHA DE AVALIAÇÃO 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
8
 
O trabalho aborda sobre a questão da importância da psicomotricidade 
no processo de aprendizagem em crianças de 0 a 3 anos para uma melhor 
contribuição do desenvolvimento psicomotor e o amadurecimento intelectual 
da criança e ainda outros aspectos tais como: a história da 
psicomotricidade,sua definição,conceitos e seu desenvolvimento,fases e 
etapas do desenvolvimento psicomotor,esquema corporal. A psicomotricidade 
ocupa um lugar importante na educação infantil, sobretudo na primeira 
infância, em razão de que se reconhece que existe uma grande 
interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais. A 
psicomotricidade é a ação do sistema nervoso central que cria uma 
consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos 
padrões motores, como a velocidade, o espaço e o tempo. E de suma 
importância que família e a escola ofereçam um suporte adequado de 
participação e atenção, interagindo com a criança numa troca de experiência, 
demonstrando segurança e elevando sua auto-estima. Deve também lembrar 
que a família tem um papel importantíssimo no processo psicomotor da criança 
uma vez que o primeiro contato que a criança tem são seus familiares em 
especial seus pais. É imprescindível que a criança tenha uma estimulação 
adequada desde seu nascimento através das atividades psicomotoras 
valorizando também as brincadeiras, os jogos lúdicos e pedagógicos, inseridos 
dentro das fases psicomotoras adequadas a cada faixa etárias. Ao 
movimentarem-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e 
pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e 
posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples 
deslocamento do corpo no espaço: constitui - se em uma linguagem que 
permite ás crianças agirem sobre o meio físico eatuarem sobre o ambiente 
humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. 
 As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar resultam das interações 
sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos 
significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades. 
CAPÍTULO I 
 
 
 
 
 
9
PSICOMOTRICICADE 
 
Psicomotricidade é a relação existente, entre a motricidade, a mente e a 
afetividade. Também podemos dizer que é a relação entre o pensamento e a 
ação, envolvendo a emoção. É uma ciência da educação que procura educar o 
movimento ao mesmo tempo em que envolve as funções da inteligência. 
Portanto, o intelecto se constrói a partir do exercício físico que tem uma 
importância fundamental no desenvolvimento não só no corpo, mas também 
da mente e da emotividade. É a ciência que estuda o homem através do seu 
corpo em movimento e em relação o seu mundo interno e externo e de suas 
possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro com objetos e consigo 
mesmo. Está relacionado ao processo de maturação onde o corpo é a origem 
das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. A estimulação do 
desenvolvimento psicomotor é fundamental para que haja consciência dos 
movimentos corporais integrados com a emoção e expressados pelo 
movimento o que proporciona ao ser uma consciência do indivíduo integral. 
Segundo Fonseca (1989) em Psicomotricidade, o corpo não é entendido 
como fiel instrumento de adaptação ao meio envolvente ou como instrumento 
mecânico que é preciso educar, dominar, comandar, automatizar, treinar ou 
aperfeiçoar, pelo contrário, o seu enfoque centra-se na importância da 
qualidade relacional e na mediatização, visando à fluidez eutônica, a 
segurança gravitacional, a estruturação somatognósica e a organização 
práxica expressiva do indivíduo. 
A psicomotricidade também tem como objetivo melhorar ou normalizar o 
comportamento geral do indivíduo, desenvolvendo também um trabalho 
constante sobre as condutas motoras, neuromotoras e perieptiva-motoras, 
onde através dessas condutas o indivíduo vai se conscientizar de seu próprio 
corpo desenvolver seu equilíbrio,controlar sua coordenação global e a 
fina,respiração,a organizar e estruturar a orientação espaço temporal. 
Segundo Vitor da Fonseca (1989, p.9) Psicomotricidade é a evolução 
das relações recíprocas, incessantes e permanentes dos fatores neurológicos, 
psicológicos e sociais que intervêm na interação do movimento humano. 
 
 
 
 
10
 O conceito de psicomotricidade é mais visível do ponto de vista do 
desenvolvimento infantil, pois as crianças aprendem muito através do 
movimento, do toque, do observar e tentar fazer. Toda vez em que agimos 
ocorre um complexo planejamento neural prévio, ou seja, para coordenarmos 
qualquer movimento precisamos antes de tudo aprender para depois 
automatizar. 
 
1.1 - Origens e definições da psicomotricidade 
 
Historicamente, desde 1900 até o presente data o percurso e a evolução 
da psicomotricidade desenvolveu-se de acordo com diferentes cortes que vão 
se modificando e acionado um olhar clínico específico. 
O termo psicomotricidade surgiu com Dupré pela primeira vez em 1920 
significando um entrelaçamento entre o movimento e o pensamento. 
Segundo Dupré em 1920 ele define que a síndrome da debilidade 
motora, através das relações entre corpo e inteligência, se dá em partida para 
o estudo dos transtornos psicomotores. 
O primeiro corte eptimológico procurava separar o dualismo cartesiano, 
utilizando praticas reeducativas determinadas pelo conceito de 
correspondências entre paralelismo mental motor. Nesta etapa a influencia da 
neuropsiquiatria é determinante numa clinica centrada no aspecto motor e num 
corpo instrumental servindo como ferramenta de trabalho para o reeducador 
que se propõe a concertá-lo. 
Nesse segundo corte, tem grande valor as contribuições do âmbito 
psicológico, especialmente da psicologia genética, passando a considerar a 
passagem do motor para o corpo, onde este corpo passa a ser um instrumento 
de construção de inteligência humana. 
Aqui o olhar já não está mais situado no motor, mas num corpo produtor 
de sua ação da vida intelectiva. Já não se trata mais de uma reeducação, mas 
de uma terapia psicomotora que opera num corpo que se desloca que conhece 
que sente que se emociona e que cuja emoção manisfesta-se tonicamente. 
Muito tem se escrito sobre o significado e a importância da 
psicomotricidade. 
 
 
 
 
11
Ao longo de sua historia o corpo foi marcado por significações diversas, 
atribuídas ora pelo social carregado de crenças, ora pela ciência. 
Em sua evolução nos termos atuais a psicomotricidade como área de 
conhecimento vem sido conhecida como a ciência que tem como objetivo o 
estudo, o homem através do seu corpo e movimento. 
Segundo Filho e Sá “A psicomotricidade como ciências da educação 
procura educar o movimento ao mesmo tempo em que desenvolve as funções 
da inteligência considerando todos os aspectos emocionais” (2001, p.36) com 
esta afirmação, pode-se perceber que um bom desenvolvimento, motor, o 
pensamento, não se desenvolverá de forma completa, permitindo o acesso e 
“contato” com a abstração. 
O movimento é um suporte que ajuda a criança a adquirir o 
conhecimento do mundo que a cerca através de percepções e sensações, pois 
o indivíduo não se constrói de uma só vez, mas paulatinamente através de 
interação com o meio de suas próprias realizações. 
 O esquema corporal não é conceito aprendido, que se possa ensinar, 
uma vez que não depende de treinamento. Ele se organiza pela 
experimentação do corpo da criança, que é uma forma de expressão da 
individualidade. 
 Um esquema corporal organizado permite que a criança sinta-se bem, 
na medida em que seu corpo lhe obedece e que passa a ter domínio sobre ele. 
O corpo é o ponto de referencia que a criança possui para conhecer o mundo, 
servindo-lhe de referencia e de base para o desenvolvimento cognitivo e para a 
aprendizagem de conceitos importantes como, por exemplo, os conceitos de 
espaço: embaixo, ao lado, atrás, direita, esquerda, etc. Primeiramente a 
criança visualiza esse conceito através do próprio corpo e só depois consegue 
visualizá-los nos objetos entre si. 
 A criança descobre sua dominância e com ela seu eixo corporal passa a 
ser seu corpo como um ponto de referencia para situar-se e situar os objetos 
em seu espaço e tempo. 
 
1.2 – A importância da psicomotricidade na Educação Infantil 
 
 
 
 
 
12
 Na educação infantil a prioridade e ajudar a criança a ter uma percepção 
adequada de si mesma compreendendo suas possibilidades e limitações reais 
e ao mesmo tempo auxiliá-la a se expressar com maior liberdade conquistando 
e aperfeiçoando novas competências motoras. 
 O movimento corporal e sua aprendizagem abrem um espaço para a 
criança desenvolver: 
-Habilidades motoras que levem a criança a aprender a conhecer seu próprio 
corpo e a se movimentar livremente; 
-possibilitar a exploração do mundo físico e o conhecimento do espaço que a 
cerca; 
-facilitar a comunicação e a expressão das idéias; 
-habilidades motoras finas, através de diversas atividades que facilitam à 
escrita; 
-percepções rítmicas através de jogos corporais e danças, 
A criança na escola precisa se sentir segura para que possa ter 
possibilidades de se aventurar (arriscar). Trazendo conhecimento acerca de si 
mesmo. 
 É de suma importância salientar que o movimento é a 1ª manifestação na 
vida do ser humano. Pois desde a vida intra-uterina realizamos movimentoscom o nosso corpo, na qual vão se estruturando e exercendo enormes 
influencias no comportamento. 
 Segundo Assunção & Coelho (1997, p.108) a psicomotricidade é a 
“educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre 
pensamento e ação, englobando funções neurológicas e psíquicas”. Além 
disso, possui uma dupla finalidade: “assegurar o desenvolvimento funcional, 
tendo em conta as possibilidades da criança, e ajudar sua afetividade a se 
expandir e equilibrar-se, através do intercambio com o ambiente humano” 
 Os movimentos expressam o que sentimos nossos pensamentos e 
atitudes que muitas vezes estão arquivados em nosso inconsciente. Através da 
ação sobre o meio físico com o meio social processa-se o desenvolvimento e a 
aprendizagem do ser humano. 
O professor deve estar sempre atento as etapas do desenvolvimento do aluno, 
colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu 
 
 
 
 
13
trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. Ele deverá estabelecer 
com seus alunos uma relação de ajuda, atento para as atitudes de quem ajuda 
e para a percepção de quem é ajudado. Diante disso, percebe-se a 
importância do trabalho da psicomotricidade no processo de ensino 
aprendizagem, pois a mesma está intimamente ligada aos aspectos com a 
motricidade, com o simbólico e o cognitivo. 
 De acordo com Assunção&Coelho (1997,p.108) a psicomotricidade 
integra várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo (todas as suas 
partes),relacionando-o com afetividade,o pensamento e o nível de 
inteligência.ela enfoca a unidade da educação dos movimentos,ao mesmo 
tempo em que põem em jogo as funções intelectuais.As atividades motoras 
desempenham na vida da criança um papel importantíssimo,em muitas das 
suas primeiras iniciativas intelectuais. Enquanto explora o mundo que a rodeia 
com todos os órgãos dos sentidos,ela percebe também os meios com os quais 
fará grande parte dos seus contados sociais. 
 Portanto a educação psicomotora na idade escolar deve ser antes de 
tudo uma experiência ativa, onde a criança se confronta com o meio. As 
educações provenientes dos pais e do âmbito escolar não têm a finalidade de 
ensinar a criança comportamentos motores, mas sim permite exercer uma 
função de ajustamento individual ou em grupo. 
As atividades desenvolvidas no grupo favorecem a integração e a socialização 
das crianças com o grupo, portanto propícia o desenvolvimento tanto psíquico 
como motor. Os movimentos, as expressões, os gestos corporais, bem como 
suas possibilidades de utilização (danças, jogos, esportes...) recebem um 
destaque especial em nosso desenvolvimento fisiológico e psicológico. 
 
Segundo Alves “O movimento assim como o exercício é de fundamental 
importância no desenvolvimento físico e intelectual e emocional da criança” 
(2003, p.02). Através dos exercícios que envolvam movimentos a criança 
estará se desenvolvendo no aspecto motor, desenvolvimento este, que 
contribuirá para o desenvolvimento dos outros aspectos social, mental e 
cognitivo. 
 
 
 
 
14
 Com base neste contexto, percebemos a importância das atividades 
motoras na educação, pois elas contribuem para o desenvolvimento global das 
crianças. 
 Entretanto as crianças passam por fases diferentes uma das outras e 
cada fase exige atividades propícias para cada determinada faixa etária. 
A psicomotricidade precisa ser vista com bons olhos pelo profissional da 
educação, pois ela vem auxiliar o desenvolvimento motor do aluno, sendo que 
o corpo e a mente são elementos integrados de sua formação. (Sandra Vaz de 
lima e Fátima Alves. 2008) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO II 
 
ESQUEMA CORPORAL 
 
Esquema corporal é a consciência do corpo como meio de comunicação 
consigo mesmo e com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal 
pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e 
temporais, e da afetividade. 
 
 
 
 
15
 É um elemento indispensável para a formação da personalidade da 
criança sendo seu núcleo central, pois reflete o equilíbrio entre as funções 
psicomotoras e sua maturidade. 
 Para Coste (1978) “o esquema corporal é, portanto resultado da 
experiência do corpo do qual o individuo toma pouco a pouco consciência e da 
maneira como o corpo se Poe em relação ao meio” 
 Segundo Fonseca (1983) “é uma adaptação e uma harmonia 
preestabelecida que liga o homem ao seu meio, através da criação infinita de 
projetos de comportamentos” 
 O conhecimento adequado do corpo engloba a imagem corporal e o 
conceito corporal que podem ser desenvolvidos com atividades que favoreça: 
• O conhecer do corpo como um todo; 
• O conhecer do corpo segmentado; 
• O controle dos movimentos globais e segmentados; 
• O expressar corporal harmônico. 
 Capacidade que o homem tem de simbolizar seu próprio corpo e 
interiorizar a sua imagem. Depende de: 
 - amadurecimento neurológico; 
 - os diferentes estímulos que recebe; 
 - está ligado a senso percepção (é através dela que é introjetada a noção 
de ter diferentes partes corporais). 
 O esquema corporal é um elemento básico indispensável para a 
formação da personalidade da criança. É a representação relativamente global, 
diferenciada que a criança tem de seu próprio corpo. 
 A criança que se sente bem com seu próprio corpo é capaz de situar 
seus membros uma em relação aos outros, de fazer uma transposição de suas 
descobertas progressivamente, localizará os objetos, as pessoas, os 
acontecimentos em relação a si, depois entre eles. O conhecimento de seu 
próprio corpo como uma unidade e o reconhecimento de suas diferentes partes 
dá a possibilidade dela agir 
 
 
 
 
16
 Para Jean Lebouch (1986) o esquema corporal é a organização de 
sensações relativas do seu próprio corpo em relação com os dados do mundo 
exterior. 
 Huntado (1991) no dicionário de psicomotricidade ,define esquema 
corporal com elemento básico indispensável na criança para construção de 
sua personalidade.É a representação mais ou menos global,mais ou menos 
especifica e diferenciada que ela apresenta do seu próprio corpo 
 
 
2.1 – Fase do Esquema Corporal 
 
É a formação do “eu” da personalidade da criança, isto é o 
desenvolvimento do esquema corporal, a criança toma consciência do seu 
próprio corpo das possibilidades de expressar-se por meio desse corpo. 
 A experiência do espelho também auxilia no processo de identificação e 
conscientização progressiva do “eu”. Alguns autores, com Guillarme, por 
exemplo, atribuem grande importância a essa fase na formação do esquema 
corporal. Na frente de um espelho, a criança começa por explorar o seu corpo 
estranho colocado na frente dele, utilizando a geometria topológica que é sua. 
Pouco a pouco a criança chegará à convicção de que o corpo que ela sente e 
o mesmo que observa no espelho,como uma figura fechada destacada no 
fundo. 
 
1ª Fase (corpo vivido) 2 meses a 3 anos 
 
 Caracterizada por comportamento motor global com repercussões 
emocionais fortes e mal controladas. A criança vai tomando consciência de 
seus movimentos. E à medida que vai tomando a noção de lugar, vai virando 
também para os lados. 
 Segundo Le Bouch (1986,p.71) “No estágio corpo vivido” a experiência 
emocional do corpo e do espaço termina com a aquisição de numerosas 
práxias,que permitem a criança sentir seu corpo um objeto total no mecanismoda relação . 
 
 
 
 
17
 
Dois aspectos a serem observados nesta fase: 
 
A) Atividades espontâneas da criança (movimentos não pensados) 
 
-Levantar a barriga 
-Pegar e levar objetos a boca 
-Rolar pelo berço. 
Através dessas atividades espontâneas a criança vai adquirindo 
experiências. 
 
B) Importância da experiência vivida pela criança. 
 
 - Pela experiência vivida enquanto distingue seu próprio corpo do mundo 
dos objetos e que estabelece o primeiro esboço da imagem do corpo e a 
criança parte para a descoberta do mundo exterior. 
 Corresponde a fase da inteligência sensório-motora de Piaget. Criança 
não tem consciência do “eu” e se confunde com o espaço em que vive. À 
medida que cresce o amadurecimento do seu SNC vai ampliar suas 
experiências e pouco a pouco consegue diferenciar de seu meio ambiente. 
 No estagio do “corpo vivido” a experiência emocional do corpo e do 
espaço termina com a aquisição de numerosas praxias, que permitem a 
criança “sentir” seu coro como um objeto no mecanismo da relação. 
No fim do período sensório motor de Piaget entre 15 e 18 meses, é 
adquirido à permanência do objeto. 
Aos 3 anos o aspecto práxico do comportamento está muito afinado no 
plano global e continua aperfeiçoando-se ao ritmo do desenvolvimento da 
função de ajustamento motor.Chega também ao fim o reconhecimento do seu 
corpo como objeto. 
 
2ª Fase (corpo percebido ou descoberto) de 3 a 6 anos 
 
 
 
 
 
18
 É nesta fase que a dominância lateral se instala e com ela descobre seu 
eixo corporal. Passa a ver seu corpo com um ponto de referencia para se 
situar e situar os objetos em seu espaço e tempo. Este é o primeiro passo para 
que a criança possa mais tarde chegar á estruturação espaço-temporal 
(Oliveira, 1997) 
Corresponde a organização do esquema corporal devido à função de 
interiorização. 
A criança vai descobrindo seu próprio corpo começa a estruturar seu 
esquema corporal. Durante o corpo vivido, a experiência emocional do corpo e 
do espaço, permite a criança sentir seu próprio corpo como objeto total no 
mecanismo de relação. O reconhecimento de um objeto pelo lado dos sentidos 
vai por sua vez, ser submetido a uma evolução rápida. É nesta fase que se 
desenvolve: 
A) Função de interiorização é uma forma de atenção perceptiva 
centralizada sobre o próprio corpo, que permite a criança tomar 
consciência de suas características corporais e verbalizá-las. 
B) interiorização e localização 
C) interiorização e controle do desenvolvimento temporal do movimento. 
 
 
 
3ª Fase (corpo representado) de 6 a 12 anos 
 
Por volta de 5 a 6 anos as experiências tônicas e dados visuais 
produzem a primeira imagem sintética do corpo .Daí se dá a representação de 
uma imagem mental do corpo em movimento. 
No início a criança poderá controlar involuntariamente sua atitude sem 
empregar tensões inúteis, a partir de um esquema postural, verdadeira imagem 
do corpo estático. Mas é preciso atingir a idade de 10 a 12 anos para que ,no 
momento das aprendizagens praxiológicas ,ela possa dispor de uma imagem 
mental no corpo em movimento permitindo uma verdadeira representação 
mental de uma sucessão motora. Observa-se a estruturação do esquema 
corporal uma vez que a criança já apresenta a noção do todo e das pares do 
 
 
 
 
19
corpo. Também já reconhece as posições e mantém um maior controle do 
domínio corporal. 
 
2.2 – Imagem Corporal 
 
Imagem corporal é a correspondência afetiva de como imagino que eu 
sou. E a impressão que a pessoa tem de si mesma (alta, baixa, magra, gorda 
etc.) Diferente do esquema corporal que aponta o que eu tenho, a imagem 
corporal me aponta como sou, o que nem sempre corresponde com a 
realidade. 
Na imagem corporal estão envolvidas questões imaginarias ligada ao 
me aspecto psíquico e emocional, decorrente de como foram vivenciadas 
minhas questões afetivas em relacionamentos sociais conflitivos. 
O ser humano é o único que consegue desenvolver uma imagem 
especular, pois o homem tem a capacidade de simbolizar seu próprio corpo, de 
interiorizar a sua própria imagem. A partir da junção da imagem e do esquema 
corporal, que serão desenvolvidas todas as outras funções psicomotoras. 
 
 
CAPÍTULO III 
 
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE 0 A 3 ANOS 
“A criança faça-se entender por gestos nos primeiros anos de sua vida, e até o 
momento da linguagem o movimento constitui quase que a expressão global 
de suas necessidades” (Fonseca, 1998, p.216) 
 A criança nasce somente com seu equipamento anátomo-fisiológico. 
Seus movimentos são desordenados, por que ainda não há intencionalidade, 
são apenas movimentos reflexos. A mãe ou quem cuida da criança tem uma 
importância fundamental no desenvolvimento de sua noção corporal. 
 
 
 
 
20
Segundo Mello (1989, p.31) “Psicomotricidade é uma ciência que tem como 
objetivo o estudo do homem. através do seu próprio corpo em movimento nas 
relações com seu mundo externo (p.5) 
 O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer 
partes do corpo ou deslocar-se no espaço. 
 Ao nascer à criança vem com uma bagagem de sensações e 
percepções proprioceptivas. Na medida em que há um novo amadurecimento 
do sistema nervoso, ela vai podendo organiza as diversas sensações. 
 À medida que a criança vai crescendo novas habilidades vão surgindo 
possibilitando cada vez mais sua independência e ganhando assim maior 
autonomia. 
 
 
 
 3.1 – Etapas do Desenvolvimento Psicomotor 
 
O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de certos tecidos 
nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central, 
crescimento dos ossos e músculos, portanto, são comportamentos não-
aprendidos que surgem espontaneamente, desde que a criança tenha 
condições adequadas para exercitar-se. Durante o primeiro ano, a rapidez do 
desenvolvimento da criança é extraordinária. Ao nascer o bebê conta apenas 
com os reflexos hereditários, no entanto, ao final do primeiro ano, entre outros 
comportamentos, será capaz de colocar-se na posição de pé e caminhar 
alguns passos sem apoio, compreender o significado de várias palavras, e a 
obedecerem a ordens simples; como Não, Vem, Tchau, etc. 
As etapas do desenvolvimento psicomotor não devem ser consideradas 
apenas segundo um quadro de maturação neurológica, mas como resultado de 
um processo reacional. Devemos levar em conta as reações dos seres ao 
ambiente que o cerca e as relações com os demais. 
 
 A partir de 3 meses: A criança começa a estabelecer ligações entre os seus 
desejos e o meio externo e através das reações circulares que ocorre todo o 
 
 
 
 
21
processo de aprendizagem vivenciadas por meio do movimento de seu próprio 
corpo.Com isto a criança descobre o prazer de brincar com seus pés e mãos. 
 
A partir dos 5 meses: Começa a ocorrer o desaparecimento do “granping 
reflex” da aquisição ,da ritmicidade e da visão muscular fina.Começa a 
aparecer às primeiras apreensões voluntárias que juntamente com a 
coordenação da visão acarretam um controle sobre os objetos e mais tarde a 
tomada intencional dos objetos. 
 
A partir de 6 meses: O corre uma descentralização geral através da função 
sensório motora e da coordenação motora das ações e dos espaços. 
 
A partir de 9 meses: Começa a diferenciação do sujeito objeto.Suas mãos e 
que manipulam os objetos construindo com isto,um “espaço objetivo” A criança 
diferencia o mundo exterior do seu mundo interior e passa a dispor do sistemapratico da relação,onde o objeto é permanente e independente. 
 
Aos 2 anos: Ocorrem as primeiras manifestações simbólicas,onde a criança já 
é capaz de utilizar,intencionalmente um esquema “interiorizado” numa nova 
situação que tenha parentesco com alguma situação anterior. 
É pelas experiências vividas do movimento global que criança vai 
delimitar o esquema corporal. 
Nesta fase é necessário tocar, manusear, subir, descer, entrar, sair, ou 
seja, vivenciar experiências para que ela possa aprender. 
Antes mesmo da linguagem verbal, a comunicação se dá com o outro, 
por intermédio do corpo. As reações gestuais e mímicas são feitas por meio de 
uma imitação inconsciente, motivada pelo afeto. Assim se estabelece um 
dialogo corporal com a “mãe”.Esta identificação prossegue até a aquisição da 
linguagem,onde a criança imita seus pais,reproduzindo seu modo de falar e 
suas entonações . 
 
Aos 2 anos e meio A imitação diferenciada (modelos ausentes);passa a ser 
possível através da interiorização de modelos que existem,enriquecendo sua 
 
 
 
 
22
bagagem gestual afinando,também com isto o seu controle tônico.Este 
fenômeno afetivo de identificação,embora inconsciente encerra todo o 
pensamento representativo. 
 
Aos 3 anos: Emerge a vontade de se afirmar e a idade do não,do eu,do 
meu,durante o qual a criança se conscientizará de que sua responsabilidade é 
distinta dos modelos que toma para si.Se formos resumir as fases do corpo 
antes de atingir a perfeição temos primeiramente um corpo percebido,depois 
conhecido e finalmente vivido. 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO IV 
 
JOGOS, RECREAÇÕES 
 
As brincadeiras e jogos infantis são muito mais do que simples 
entretenimento. Possibilitam a aprendizagem de várias habilidades e 
desenvolvem as funções cognitivas. O jogo ganha um espaço como 
ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao 
interesse do aluno. Fator fundamental ao desenvolvimento das aptidões físicas 
e mentais da criança, sendo um agente facilitador para que esta estabeleça 
vínculos sociais com os seus semelhantes, descubra sua personalidade, 
aprenda a viver em sociedade e preparar-se para as funções que assumirá na 
idade adulta. Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das 
atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de 
 
 
 
 
23
desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que 
contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma: 
- O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-
motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, 
fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função 
das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação 
das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material 
conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades 
intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. 
(Piaget 1976, p.160). 
 
"O jogo é para a criança um fim em si mesmo, ele deve ser para nós um meio 
de educar, de onde seu nome jogo educativo que toma cada vez mais lugar na 
linguagem da pedagogia maternal" 
(Girard, 1908, p 199). 
Platão (427-348) um dos maiores pensadores afirma que os primeiros anos da 
criança deveriam ser ocupados com jogos educativos praticados em comum 
pelos dois sexos, sob vigilância e em jardins de crianças e que a educação 
propriamente dita deveria iniciar-se aos sete anos. 
 
Pestalozzi (1746-1827) graças ao espírito da observação sobre o progresso do 
desenvolvimento psicológico dos alunos e sobre o exílio ou fracasso das 
técnicas pedagógicas empregadas, abriu um novo rumo para a educação 
moderna. Segundo ele, a escola é uma verdadeira sociedade, o jogo é um 
fator decisivo que enriquece o senso de responsabilidade e fortifica as normas 
de cooperação. 
 
Froebel (1782-1852) discípulo de Pestalozzi, estabelece que a pedagogia deve 
considerar a criança como atividade criadora, o despertar, mediante estímulos, 
suas faculdades próprias para a criação produtiva, na verdade como Frobel se 
fortalecem os métodos lúdicos na educação o grande educador faz o jogo uma 
arte, um admirável instrumento para promover a educação para as crianças. 
 
 
 
 
 
24
A melhor forma de conduzir a criança à atividade, auto-expressão e à 
socialização seria por meio dos jogos. Essa teoria realmente determinou os 
jogos como fatores decisivos na educação para as crianças. 
Froebel considerava a Educação infantil indispensável para a formação 
da criança e essa idéia foi aceita por grande parte dos teóricos da educação 
que vieram depois dele, o objetivo das atividades nos jardins de infância era 
possibilitar brincadeira criativa as atividades e os materiais escolares eram 
determinados de antemão para oferecer o máximo e tirar proveito educativo da 
atividade lúdica. Froebel desenhou o círculo, esferas, cubos e outros objetos 
que tinham por objetivo estimular o aprendizado. Eles eram feitos de material 
macio e manipulável geralmente com parte desmontável. As brincadeiras eram 
acompanhadas de músicas, versos e danças; os objetos criados por Frobel 
eram chamados de dons, ou presentes e havia regras para usá-los que 
precisariam ser dominadas para garantir ao ar livre para que a turma 
interagisse com o ambiente todo o jogo que envolvia os dons começavam com 
as pessoas formando círculos movendo-se cantando, pois assim conseguiam 
atingir a perfeita unidade. 
Para Piaget, os jogos tornaram-se mais significativos à medida que a 
criança desenvolve, pois a partir da livre manipulação de matérias variadas, ela 
passa a reconstruir objetos, reinventar as coisas, o que já exige uma 
adaptação mais completa. Essa adaptação, que lhe deve ser realizada pela 
infância, consiste numa síntese progressiva da assimilação com acomodação. 
É por isso que, pela própria evolução interna, os jogos das crianças se 
transformam pouco a pouco em construções adaptadas, exigindo sempre mais 
do trabalho afetivo, a ponto de nas classes elementares de uma escola ativa, 
todas as transições espontâneas ocorrem entre o jogo e o trabalho. Conclui: 
"que em educação das crianças exigem que se forneça a criança um material 
conveniente, a fim de que, jogando chegue a assimilar às realidades 
intelectuais que sem isso permanecem exteriores a inteligência infantil". 
Para ele, sendo o homem o sujeito de sua própria história, toda ação 
educativa deverá promover o indivíduo sua relação com o mundo por meio da 
consciência crítica, da libertação e de sua ação concreta com o objetivo de 
transformá-lo. Assim ninguém se atirara a uma atividade eminentemente séria, 
 
 
 
 
25
penosa, transformadora (visão de uma realidade futura feliz) se não tiver, no 
presente, a alegria real, ou seja, o mínimo de prazer, satisfação e 
predisposição para isso. 
Segundo Makarenko, "o jogo é tão importante na vida da criança como é 
o trabalho para o adulto" daí o fato de a educação do futuro cidadão se 
desenvolver antes de tudo no jogo, não se pode fazer uma obra educativa sem 
se propor um fim, um fim claro, bem definido, um conhecimento do tipo de 
homem que se deseja formar. E neste sentido que o modelo pedagógico 
mantém uma relação direta com o presente vivido. A coletividade infantil 
recusa absolutamente viver uma vida preparatória. 
 
 
AS BRINCADEIRAS NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR. 
 
O educador que esta sempre buscando aperfeiçoar seus conhecimentos 
sabe que os jogos e as brincadeiras fazem parte da vida da criança, pois elasvivem num mundo de fantasia, encantamento, alegria e de sonhos onde as 
realidades e o faz de conta se confundem, pois o jogo está no gênese do 
pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, 
criar e de transformar o mundo, porém existem hoje vastos e amplos meios e 
fontes de informações que podem atualizar e orientar o educando, para que a 
mesma possa estar entrando com a criança neste mundo do real imaginário. 
Não podemos deixar de lembrar que a criança está sempre perguntando: 
''Professor vai brincar? 
E nós nos perguntamos: ''Por que não ensinar brincando?'' 
 “O ato de brincar é a melhor metodologia para dar a criança condições de 
desenvolver suas potencialidades e caminhar, de descobertas em descoberta, 
criando soluções e aprendendo a viver e a conviver com as demais. De 
descoberta em descoberta, a criança aguça curiosidade, passando a 
manifestar, através das formas variadas de expressões brincadeiras, 
desenhos, moldagens e músicas, as bases de sua personalidade em 
desenvolvimento” (Marinho, 1993, p.33) 
 
 
 
 
26
Questões como essas se faz presente no dia-a-dia do educador e por 
inúmeras vezes nos preocupa e faz com que nos lancemos nesta aventura de 
experimentar o que para nós ainda é novo. Mesmo que para tanto temos o 
mínimo de espaço possível no currículo pedagógico, por esse motivo cabe 
então a todos os educadores lançarem mãos de um tema importantíssimo 
interdisciplinaridade onde podemos estar trabalhando temas 
Como: sexualidade, meio ambiente, cidadania etc. 
Pois nos referimos à educação descobrimos que são inúmeros os 
desafios a serem enfrentados para que essa área possa mostrar resultados 
mesmo que em longo prazo, porém positivos. 
Queremos deixar claro que é de fundamental importância que todos nós 
educadores entendamos que educar não se limita apenas a repassar 
informações, que jogos não são só para serem jogados, brincadeiras para 
serem brincados, porem sim descobrir,acreditar e aceitar que cada jogo, 
brinquedo ou brincadeira tem valores e objetivos que deverão ser discutidos, 
analisados e colocados em prática oferecendo variadas ferramentas para que 
o educando possa escolher entre muitos caminhos,aquele que for compatível 
com seu potencial de anseio,e visão de mundo,pois o lúdico é uma 
necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista de 
maneira nenhuma como apenas diversão, mas sim como desenvolvimento 
pessoal, social e cultural,onde colabora em parte fundamental para uma 
melhor preparação da saúde mental e social,facilitando os processos de 
comunicação,expressão e construção do conhecimento. 
A questão conhecimento é sempre recolocada e, apesar das reflexões 
teóricas a respeito do processo educacional há muito a se rever e se fizermos 
um paralelo entre a educação tradicional e aquela que faz uso do lúdico tanto 
na formação do educador como a do aluno sempre faltará na tradicional à 
última peça do quebra-cabeça, pois a formação do educador envolvendo o 
lúdico se assenta em pressuposto que valorize a criatividade,cultivo da 
sensibilidade,busca da afetividade,a nutrição da alma,proporcionando aos 
futuros educando vivências lúdicas,experiências corporais que se utilizam da 
ação,do pensamento e da linguagem,tanto no jogo sua fonte dinamizadora. 
 
 
 
 
27
E ao resgatarmos as funções do lúdico na formação do educador e do 
educando estamos retomando a história e a evolução do homem na 
sociedade, pois cada época e cada cultura têm uma visão diferente de mundo, 
pois a criança não tinha a existência de hoje ela era considerada miniatura do 
adulto ou quase adulto, os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento 
sempre presente na humanidade desde seu início também não tinha a 
conotação que tem hoje, eram vistos como fúteis e tinha como objetivo a 
distração e o recreio sendo assim dentre as contribuições mais importantes 
deste estudo podemos destacar que: 
·As atividades lúdicas possibilitam exercitar as resistências ''pois permitem a 
formação do auto conceito positivo; 
·As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança já que 
através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive 
socialmente e opera mentalmente. 
·O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a 
inserção da criança na sociedade; 
·O brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a 
habitação e a educação; 
·O jogo é essencial para a saúde física e mental. 
·O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita 
a meditação entre o real e o imaginário. 
Em prol desta sugestão será preciso, portanto, que currículos sejam 
repensados, dando aos jogos, brinquedos e brincadeiras um novo 
desenvolvimento de ensino aprendizado desenvolvendo a alegria de entender 
a escola como um espaço, acima de tudo prazerosa. 
Segundo Oliveira (1984, P.48) “Em cada brinquedo sempre se esconde uma 
relação educativa ao fazer seu próprio brinquedo, a criança aprende a 
trabalhar e a transformar elementos fornecidos pela natureza ou materiais já 
elaborados constituindo um novo objeto, seu próprio instrumento para brincar. 
Outras vezes, ela se aproveita de artigos nem sempre concebidos como 
brinquedo, adaptando-se as suas experiências lúdicas” 
 
 
 
 
 
28
Pois o jogo é para a criança o exercício, e a preparação para a vida 
adulta, assim a criança aprende brincando o que a faz desenvolver suas 
potencialidades, porém é importante que o educador ao utilizar um jogo,tenha 
definidos,objetivos a alcançar e saiba escolher o jogo adequado ao momento 
educativo. 
Enquanto a criança está simplesmente brincando incorpora valores, 
conceitos e conteúdos que o educador poderá estar anotando para serem 
analisados e colocados em prática num futuro bem próximo.Para formar 
professores com pleno conhecimento lúdico é uma tarefa árdua e difícil, pois o 
educador tem que ter um conhecimento profundo e acreditar que ele é capaz 
de conscientizar o ensino lúdico como uma forma de aprendizagem, mas no 
entanto no mundo em que vive a criança hoje, com a modernização, (jogos 
eletrônicos, a TV, se não houver um conhecimento profundo e das condições 
para utilizá-los não adianta criticar os pais por não brincarem mais com os 
filhos; se não oferecemos conscientização para fazê-los melhorar; da mesma 
forma, não adianta falar, criticar, os problemas das escolas como evasão, 
repetência, desinteresses e falta de relacionamento, denominação se não 
apresentamos propostas reais e convincentes. 
 
 
A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DO JOGO. 
 
É muito comum ouvirmos dizer que "os jogos não servem para nada e 
não têm significação alguma dentro das escolas, a não ser na cadeira de 
educação física". Tal opinião está muito ligada a pressupostos da pedagogia 
tradicional, que exclui o lúdico de qualquer atividade séria ou formal. 
Sabemos que a criança fica reconhecida pelo fato de ter se esforçado e 
não apenas ter repetido: mais tarde compreenderemos que tudo o que fizemos 
com ela e por ela não trará retorno no exato momento, porém em longo prazo, 
compreenderemos que valeu muito a pena ter lutado sem medir esforços e que 
o esforço difícil e a tensão vão culminar na alegria de compreender, pois a 
criança não é apenas um ser de capricho e dispersão, mas quer entrar 
vivamente no jogo, mesmo se não puder lá chegar se não com o auxilio 
 
 
 
 
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externo. Ela gosta do difícil, das vitórias penosas, ainda quando se deixa 
arrastar pelo fácil, pelo divertido, pelo engraçado. Podemos acreditar na 
seriedade da criança que aspira a grandeza, num anseio que o adulto tem a 
certezade poder manter ainda. 
Ao referir-se a intervenção do professor na prática da pedagogia 
tradicional, não queremos dizer que deve haver rigidez absoluta, insistência no 
pavor, no medo, no sacrifício, muito menos no livresco, no gratuito desprovido 
de qualquer significação, mas no equilíbrio entre o esforço, a busca, a 
disciplina como prazer e a satisfação. 
Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais 
abstrato misturando habilmente uma parcela de esforço com uma leve dose de 
brincadeiras transformaria o trabalho, o aprendizado num jogo, bem sucedido 
momento em que a criança mergulha profundamente sem se dar conta disso. 
É preciso não esquecer que o objetivo da escola é transmitir o conhecimento 
historicamente acumulado e é por isso que fazemos constantemente uso da 
reflexão, inteligência, adaptações e a capacidade de solucionar problemas, 
não medindo para tanto o esforço, prazer, instrução e diversão para uma 
educação que será sinônimo de vida, educação para a vida. 
 
 
 EDUCAÇÃO PELO MOVIMENTO. 
 
No início dos anos 70, trazido para o Brasil uma corrente denominada 
psicomotrocidade surge como crítica ao dualismo corpo mente predominante 
na educação física escolar, fundamentadas suas ações nos jogos de 
movimento e de exercitação. 
O trabalho profissional passa a organizar-se em torno do 
desenvolvimento psicomotor de base: coordenação motora, equilíbrio, 
lateralidade, organização espaço e temporal e esquema corporal, buscando 
integrar homem e espaço, corpo e alma. O desenvolvimento psicomotor torna-
se pré – requisito para aquisição de conteúdos cognitivos, e a educação do 
movimento dá lugar a educação pelo movimento. 
 
 
 
 
 
30
4.1 - Sugestões para o Educador 
 
Para que se tenha um bom relacionamento adulto – criança e que o processo 
de aprendizagem revista-se de sucesso, permitindo á criança um nível 
adequado de interesse e prazer, é necessário algumas atitudes e qualidades 
do educador: 
a) Flexibilidade: ser flexível e humildemente aceitar sugestões das crianças e 
de outros adultos para mudar qualquer atitude ou programa. 
b) Ter sendo de Humor: em qualquer situação saber desvencilhar-se de 
imprevistos com diplomacia. As crianças não gostariam de “cara-brava” o dia 
inteiro. 
c) Curiosidade: que o educador aprenda a motivar as crianças para que 
trabalhem sua inesgotável fonte de curiosidade. Que cada vez mais queiram 
saber, aprender, buscar soluções criativas, etc. 
d) Juventude: o educador deve ser jovem; entretanto é preferível uma pessoa 
com mais idade e espírito aberto a alguém precocemente envelhecido. 
e) Respeito e Individualidade: a aceitação de que cada criança tem seu próprio 
“jeitão”, características pessoais diferentes demonstram uma capacidade do 
educador de amar as crianças como elas são e não como gostaríamos que 
fossem. 
f) Voz: a altura e a entonação da voz do educador são importantes para a 
criança ter confiança, respeito e não medo. Através da voz, é demonstrado o 
grau de motivação do educador. 
g) Linguagem: o uso de palavras e expressões deve ser compatível com o 
nível de conhecimento das crianças. A comunicação deve ser clara, simples e 
não muito longa. Às vezes uma demonstração na prática vale mais do que 
muitas explicações verbais. 
h) Sinceridade: a sensibilidade e c2apacidade de observação das crianças não 
deixam escapar atitudes insinceras dos adultos. Seja sempre sincero nas suas 
ações verbais. 
i) Atenção a Todos: se você der atenção aos seus prediletos em excesso, 
despertará-nos outros insegurança e ciúmes, acarretando desmotivação nas 
 
 
 
 
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atividades. Dê atenção a todos indistintamente, assim gerará maior confiança e 
incentivo geral. 
j) Paciência e Compreensão: o mundo infantil é bem diferente do mundo 
adulto. Não veja a criança como “adulto inacabado”, pois ela é um ser 
completo, apenas com necessidades, capacidades, desejos, anseios, 
perspectivas e atitudes diferentes das dos outros. Aceite e compreenda isto, 
sem bloquear sua imaginação e suas ações. 
k) Conduta: o adulto educador deve se preocupar principalmente com sua 
conduta e gestos diante das crianças, pois elas são irritadoras por excelência, 
e a imitação pode tornar-se hábito; sendo assim, todo cuidado é pouco. 
l) Motivação: lembre-se de que se oferecer um desafio á criança e ele forem 
“muito fácil” ela se distrairá e fará outra coisa qualquer, assim como se for 
“muito difícil”. Ofereça a possibilidade de sucesso e ela terá a motivação. 
m) Amor: conhecimento teórico é importante, mas amor e carinho espontâneo 
e sincero farão bem do que qualquer ensinamento do mundo. Não negue às 
crianças contato corporal e atenção. 
 
4.2 - Sugestões de Atividades sem Elementos 
 
As atividades sem elementos ou materiais, são importantes no início do 
trabalho de estimulação, pois possibilitam às crianças exercitarem sua 
consciência corporal e a relação espaço-temporal. Seus objetivos são 
inúmeros e variados: 
 
4.2.1 Promover e desenvolver: 
 
1 - a noção de tempo e espaço; 
2 - a criatividade; 
3 - o equilíbrio; 
4 - a sociabilidade; 
5 - a coordenação psico – motora; 
6 - o raciocínio; 
7 - ritmo, etc. 
 
 
 
 
32
 
4.2.2 - Andar (descalços de preferência) 
 
a) Andando em um determinado espaço, à vontade; 
b) Quem consegue “inventar” uma nova forma de andar? (de lado, de costas, 
etc.); 
c) Quem sabe andar sem fazer barulho? 
d) Quem sabe andar como um gigante? (na pontinha dos pés, passos bem 
largos); 
e) E agora, quem sabe andar como um anãozinho (de cócoras, passinhos 
pequenos). 
f) Vocês já viram alguém bêbado? Como é que ele anda? 
g) E alguém com frio, muito frio? 
h) E com muito calor, está muito quente! 
i) E uma bem magrinha, como é, hein?! 
j) Cada um criando seu caminho! Nada de andar atrás do outro! 
k) Vamos fazer nossos pés gritarem? Como? Vamos bater forte no chão! 
Agora batendo palmas, batendo os pés no chão e cantando! (cantar alguma 
música conhecida de todos). 
l) Quem sabe marchar? Somos todos soldadinhos de chumbo. Cantando 
(marcha soldado...) 
m) Vamos brincar de robô? Perninhas e bracinhos duros. Quando eu bater no 
bumbo, nós mudamos de direção, ta?! 
n) Ao ritmo do som (qualquer instrumento) vamos andar devagar, rápido e mais 
rápido? Quem consegue? 
o) Andando, e à batida de uma palma, ou de outro sinal qualquer, deixar o 
corpo cair no chão. Levantar vagarosamente e repetir o exercício outras vezes. 
p) Para perceber como são importantes os braços quando andamos, vamos 
andar para frente, para os lados, para trás com os braços colados ao corpo. 
Andar, parar, andar... 
q) De mãos dadas, dois amiguinhos repetem alguns exercícios já 
apresentados. 
 
 
 
 
33
r) Vamos brincar de “sombra”? O que o da frente fizer, o de trás repete. Troca 
– se a ordem. 
s) Quem consegue ficar com 1, 2, 3, 4, 5,... Apoios no chão? 
t) Primeiro tocar você mesmo. Depois um companheiro. Andando, executar as 
ordens: mão na cabeça; mão no joelho; etc. 
 
4.2.3 - Correr, Pular, Saltitar 
 
a) Correndo, ao sinal, parar. Continuar correndo. 
b) Quem sabe correr diferente? Para trás, dos lados, na ponta dos pés, de 
calcanhar. Vamos ver quem é bom motorista sem “trombar” com o amiguinho? 
c) Agora sim, vamos brincar de “carrinho maluco”. Trombando com o “carrinho” 
do outro. Mas cuidado para não machucar. 
d) Correndo, ao sinal deitar. Outro sinal de pé. Continua correndo e desviando 
do amiguinho. 
e) Dividir em 02 turmas. Turma da Mônica e turma do Cebolinha. 
f) Turmada Mônica deitados de barriguinha para cima, Turma do Cebolinha, 
saltando sem pisar no coleguinha. Depois se trocam as funções. 
g) Mesma divisão de turmas. Turma da Mônica, sentados no chão, pernas 
abertas. Turma do Cebolinha saltando entre as pernas. Troca-se. 
h) Turma da Mônica fazendo túnel. Turma do Cebolinha passando por baixo. 
Troca-se. 
i) Dois a dois, de mãos dadas. De frente, de lado, de costas, um para o outro. 
Saltitar com os pés unidos. Vamos ver quem faz direitinho? Mesma formação 
anterior. Exercício combinado, passos, saltita à direita, à esquerda, para frente, 
para trás, para o alto. Quem consegue? 
j) Dois a dois, sentados de costas um para o outro. Braços entrelaçados. Ficar 
de pé. Repetir algumas vezes. 
 
4.2.4 - Empurrar, Tradicionar 
 
a) Dois a dois. Mãos dadas de frente um para o outro. Vamos ver quem tem 
mais força? (pedir para não soltar as mãos do outro). 
 
 
 
 
34
b) Dois a dois. Um na frente do outro. O de trás segura na cintura do da frente, 
o qual fará força para frente, andando e o de trás força para segurá – lo. 
c) De costas um para o outro. Mão nos joelhos. Nádegas com nádegas, força 
para desequilibrar o outro. 
d) Mão direita segurando mão direita do outro. Bater no “bumbum” do outro e 
não deixar bater no seu. 
e) Um de frente para o outro. Mãos dadas e pisar nos pés do outro e não 
deixar pisar nos seus. (devem estar descalços). 
 
 
4.2.5 - Transportar, Equilibrar, Força, Coragem 
 
a) Vamos brincar de “Reizinho no trono?” 
b) E o João Teimoso, vocês conhecem? 
c) Vamos ser “Carriola” (carrinho de mão)? (observe atentamente que as mãos 
de quem carregam, são colocadas nas coxas; em outro lugar causa excessivo 
arqueamento da coluna). 
 
 
4.2.6- Observar, Imitar, Criar 
 
Na imitação de animais, máquinas (carro, moto, etc.) a criança aguça 
seu senso de observação das coisas que a rodeiam, além de sentir muito 
prazer; ouvimos frases como esta: “Olha, tia eu sei!”, “É assim que o coelhinho 
faz, né tia”. 
 
a) Agora, nós todos somos carrinhos, ta? Primeiro andando devagar porque 
está chovendo, e o chão fica escorregadio... 
b) Xi furou um pneu do carro. Como é que fica o carro com o pneu furado? 
Quem vai ser o borracheiro e arrumar os pneus furados? 
c) Pronto consertamos os pneus, agora nós somos carrinhos bem velhos, um 
calhambeque. 
d) Eu sou a bomba de gasolina, os carros que precisarem venham abastecer! 
 
 
 
 
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e) Muito bom! Vamos brincar que somos motocicletas? Cuidado, motos são de 
duas rodas. 
f) Vamos levar um amiguinho para passear na garupa? 
 
Muito bem! Olha agora nós vamos até a fazenda, ta legal?! Lá 
encontramos vários animais, aves, insetos. Vamos brincar de imitá-los? 
 
a) Jóia, uma galinha, como faz uma galinha? 
b) Um cavalinho! Como faz um cavalinho? 
c) Na lagoa, encontramos muitos sapinhos. Como pula um sapinho? 
d) Olha que lindas borboletas! Vamos voar com as borboletas? (Juninho, que 
cor é sua borboleta? E você Patrícia qual a cor da sua borboleta?) 
e) Vocês já viram uma abelha? Como faz uma abelha, ela bate devagar ou 
rápido suas asas? Ela faz algum barulho? 
f) E os coelhinhos, como saltam os coelhinhos? O coelhinho salta igual ou 
diferente do sapinho? 
g) Vocês já observaram como são silenciosos para andar, os gatinhos? 
h) Agora os gatinhos estão com sono, vamos dormir? 
i) E a galinha, vocês viram como ela toma conta dos seus pintinhos? E o qual o 
barulho que ela faz quando bota seus ovos? 
 
Observações: crianças de cidades, metropolitanas, às vezes nunca tiveram 
oportunidade de observar animais, aves domésticas. O educador deve ter o 
cuidado de mostrar a essas crianças o que nunca viram. Podem ser através de 
slides, gravuras, fotos, filminhos, etc. Mostre primeiro o que existe em seu meio 
ambiente, para depois mostrar coisas de outros lugares, estados e países 
distantes. Por exemplo: criança de cidade grande pode ser que nunca tenha 
visto uma vaca, uma galinha de perto, mas em compensação já pode ter 
visitado no zoológico um tigre, um urso polar. Oportunize-as a conhecerem a 
maior variedade de bichos possíveis. 
 
 
 
 
 
 
36
 
 
CONCLUSÃO 
 
O professor de educação infantil está sempre lidando com as crianças 
orientando-as em seu processo de desenvolvimento e na sua formação de sua 
personalidade. A criança passa por etapas evolutivas, cada uma progride de 
forma diferente. Cabe ao professor pesquisar e se orientar sobre os estágios 
de desenvolvimento que a criança passa para que o mesmo possa aplicar 
adequadamente os exercícios de psicomotricidade em sua turma adequando 
dessa forma os exercícios psicomotores a cada faixa etária específica. É muito 
importante que o professor vivencie a psicomotricidade, pois quando ele tem o 
conhecimento fica mais fácil aplicar adequadamente as atividades que irão 
auxiliar o educando no aproveitamento e no desenvolvimento de suas 
potencialidades. 
Por fim é através da educação infantil que a criança poderá expandir 
seus movimentos corporais explorando seus sentimentos, seu corpo. Cabe a 
escola conscientizar os profissionais da educação infantil do valor da 
psicomotricidade para que os mesmos possam reconhecer através de 
pequena avaliação dificuldades psicomotoras que não foram trabalhadas, 
possibilitando assim o desenvolvimento integral do aluno. Enfim o professor 
deve está sempre preocupado de trazer atividades corporais par alem da sala 
de aula, proporcionando cada vez mais experiências para seus alunos 
favorecendo a psicomotricidade fina, auxiliando os alunos de ritmo normal e de 
aprendizagem lenta a vencer os obstáculos, os desafios da leitura a da escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37
 
BIBLIOGRAFIA CO�SULTADA 
 
ALVES, Fátima. Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção. RJ: WAK, 2003 
AUCOUTURIER, B. e LAPIERRE, Psicomotricidade e Terapia. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1989; 
AUCOUTURIER, B. A Prática Psicomotora-Reeducação e Terapia. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1986; 
FÁTIMA ALVES (2008) Psicomotricidade Corpo, Ação e Emoção, 4ªed. Wak 
Inara Moura (2009) Psicomotricidade internet publicação 02/04/09. 
FONSECA; V (1989). Psicomotricidade 2ªed. São Paulo: Martins Fontes 
(1995). Manual de observação psicomotora. Porto Alegre. 
FONSECA, Vitor Da. Psicomotricidade: Filogênese, Ontogênese e 
Retrogênese. Porto Alegre. Artes Médicas, 1998 
LAPIERRE, André; AUCOUTURIER, Bernard. A simbologia do movimento, 
psicomotricidade e educação. São Paulo: Manole, 1986. 
LE BOULCH (2001) O Desenvolvimento Psicomotor: Do Nascimento até os 6 
anos 7ªed. ARTMED 
LE BOUCH, Jean. O Desenvolvimento psicomotor do Nascimento até os 6 
anos. 2ª Ed.Porto Alegre.Artes Médicas.1984 
LE BOULCH, Jean. Educação psicomotora: A psicomotricidade na idade 
escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. 
LE BOULCH, O desenvolvimento psicomotor do Nascimento até 6 anos, a 
psicocinética na idade pré escolar, 4ª Ed. Porto Alegre. Ed Artes 
Médicas,1986. 
MARINHO, Helena. S.Brincar e Reeducar o Folclore.RJ.Revinter,1993 
OLIVEIRA, G.C. (2001. Psicomotricidade: Educação e reeducação num 
enfoque psicopedagógico. 5ªed. Petrópolis: Vozes 
 
 
 
 
38
OLIVEIRA, P. S. 1984. O que é Brinquedo?. (2), São Paulo, Brasiliense. 
VAYER, Pierre. A criança diante do mundo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. 
ÍNDICE 
 
FOLHA DE ROSTO 
2 
AGRADECIMENTO 
3 
DEDICATÓRIA 4 
RESUMO 5 
METODOLOGIA 6 
SUMÁRIO 7 
INTRODUÇÃO8 
 
CAPÍTULO I 
PSICOMOTRICIDADE 9 
1.1 – Origens e definições 10 
1.2 – Importância da psicomotricidade na educação infantil 12 
 
CAPÍTULO II 
ESQUEMA CORPORAL 15 
2.1 – Fases do esquema corporal 16 
2.2 – Imagem Corporal 19 
 
CAPÍTULO III 
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR 20 
3.1 – Etapas 20 
 
CAPÍTULO IV 
JOGOS E RECREAÇÕES 
AS BRINCADEIRAS NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR 26 
A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DO JOGO 29 
EDUCAÇÃO PELO MOVIMENTO 30 
 
 
 
 
39
 
4.1 – Sugestões para o Educador 30 
4.2 – Sugestões de Atividades sem elementos 32 
4.2.1 – Promover e desenvolver 32 
4.2.2 – Andar 32 
4.2.3 – Correr, Pular, Saltitar 34 
4.2.4 – Empurrar, Tradicionar 34 
4.2.5 – Transportar, Equilibrar 35 
4.2.6 – Observar, imitar e criar 35 
 
CONCLUSÃO 37 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38 
ÍNDICE 39 
FOLHA DE AVALIAÇÃO 41 
 
 
 
 
40
FOLHA DE AVALIAÇÃO 
 
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
 
Título da Monografia: O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL DE 0 A 3 ANOS 
 
Autor: Gislene Santos Silva 
 
Data da entrega: 
 
Avaliado por: Conceito: 
 
 
 
	SUMÁRIO
	CAPÍTULO I	- Psicomotricidade							09
	CAPÍTULO II	 - Esquema Corporal						15
	CAPÍTULO III – Desenvolvimento psicomotor					20
	CAPÍTULO IV – Jogos e Recreações 					23
	CONCLUSÃO									37
	BIBLIOGRAFIA CONSULTADA							38
	ÍNDICE										39
	FOLHA DE AVALIAÇÃO								41
	FOLHA DE ROSTO					 2
	AGRADECIMENTO						 3

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