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Noções de Direito - seção B

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Aula nº 1 – Direito Público e Privado – Fontes do Direito - Lei
Professora Cristina
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Ramos do Direito
	 Público x Privado
Jurisconsulto Ulpiano e o Imperador Justiniano (Roma Antiga) que ensinavam:
“Dois são os aspectos do Estudo do Direito: o público e privado. O Direito público versa sobre o modo de ser do Estado Romano; o Privado sobre o interesse dos particulares”
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Área de Atuação
Direito público = disciplina os interesses da coletividade.
Direito privado = disciplina as relações jurídicas individuais.
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Exemplos dos ramos:
São ramos do Direito Público: Direito Constitucional, Administrativo, Penal, Processual (civil e penal). 
São ramos do Direito Privado : Direito Civil, Direito Empresarial (Comercial) e Direito do Trabalho. 
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Personalidades do Estado
Pública = munida de poder de império.
 Ex. quando o Estado desapropria um bem.
Particular= quando o Estado põe de parte a autoridade de que está investido, para tratar, nas relações jurídicas, em pé de igualdade com os indivíduos (Ex: contratos (licitação))
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Objetivos dos dois ramos do direito
O direito público cuida de uma forma geral do modo de ser do Estado: sua constituição, organização, funcionamento, suas relações com outros indivíduos e outros Estados.
O direito privado cuida das relações jurídicas dos indivíduos (cidadãos) entre si. 
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Fontes do Direito - Conceito
Entende-se por fonte do direito o veio (à semelhança de “veio d’água”) de onde vem o direito.
Fontes são os meios que servem de origem ao direito; são as formas de manifestação do direito.
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FONTES DIRETAS 
A Lei é a principal fonte do direito brasileiro.
O Costume, depois da lei é a fonte mais importante.
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Fontes Indiretas 
Doutrina: é a opinião dos jurisconsultos, dos doutrinadores do direito, os grandes juristas, manifestados em trabalhos como monografias, teses etc..
A Doutrina desempenha importante papel na aplicação do direito, desde a elaboração da lei até à sua interpretação e adaptação aos casos concretos.
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Fontes Indiretas
Jurisprudência: é o conjunto de decisões dos tribunais manifestadas num mesmo sentido. 
"A súmula, enunciado que resume uma tendência sobre determinada matéria, decidida contínua e reiteradamente pelo tribunal, constitui uma forma de expressão jurídica, por dar certeza a certa maneira de decidir, além disso, o Supremo Tribunal Federal admite que ‘a invariável seqüência dos julgamentos torna-se como que o suplemento da própria legislação’ (RT, 199: 608)", DINIZ. Compêndio de introdução à ciência do direito. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 1995, p. 270.
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Exemplo de Jurisprudência
JULGAMENTO: 14/05/1996 EMENTA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DETENTO QUE PRATICA SUICÍDIO DEPOIS DE SER PRESO POR EMBRIAGUEZ. INOCORRÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO ESTADO. A só ocorrência do evento danoso não importa necessariamente na obrigação de indenizar, se inexistente relação de causa e efeito entre a prisão do suicida e sua morte. Recurso extraordinário não conhecido. OBSERVAÇÃO. Votação: Unânime. Resultado: Não conhecido. Veja RE-81602, RTJ-77/601, RE-115766, RTJ-145/284, RE-68107, RTJ-55/50, RE-102160, RTJ-136/716, RE-113587, RTJ-140/636.
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Lei x Norma
Lei – é a forma de que se reveste a norma ou um conjunto de normas dentro do ordenamento jurídico.
Norma – é uma prescrição legal.
obs.: a Lei é fonte do direito, ou seja, o revestimento (solene e oficial) estrutural da norma que lhe dá a condição de norma jurídica (institucionalização).
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Norma Jurídica
A expressão “norma” é genérica e dela há várias espécies, tais como:
A lei
O decreto
A Sentença
O Contrato 
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Origem das Normas
Federais – são as normas que emanam do Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados) ou da Presidência da República;
Estaduais – são as normas formuladas pelas Assembléias Legislativas Estaduais ou pelo Governo do Estado;
Municipais – são as normas oriundas das Câmaras Municipais ou da Prefeitura dos Municípios.
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Efeitos das Normas
Imperativas (cogentes)– normas que não podem ser derrogadas pela vontades das partes. Ex: artigos da CF/88.
Proibitivas – são as que vedam a prática de certos atos. Ex: transacionar herança de pessoas que ainda esteja viva.
Facultativas – as que podem ser derrogadas pela vontade das partes. Ex: pagamento...
Punitivas – determinam uma pena, uma sanção. Ex. Quando o dever é uma omissão (Não Matar).
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Normas de Ordem Pública e Privada
Ordem Públicas : são normas cogentes, de aplicação obrigatória. 
Exemplos: norma de direito do trabalho, previdência social e seguro social, as de proteção aos menores e aos filhos etc.
Normas de ordem privada ou dispositivas: são as que vigoram enquanto a vontade dos interessados não convencionar de forma diversa, tendo, pois, caráter supletivo. Ex: contrato comum.
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Elaboração da Norma
3 Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si.
A competência Constitucional para elaboração da leis é do Poder Legislativo.
O Executivo colabora por meio de sanção e da publicação.
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Lei - conceito
Etimologia (estudo da origem das palavras)
Lei vem do verbo latino ligare, que quer dizer ligar. Lei vem da palavra latina legere, que significa ler.
Lei é algo que liga no sentido vincular!
Lei sendo escrita, há de ser lida!
“Lei é norma jurídica solenemente formulada e promulgada pelo poder competente, sobre relações de ordem interna e de interesse geral” Pedro Lessa
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Trâmite da Lei
A) apresentação do projeto de lei;
B) discussão e aprovação;
C) sanção ou promulgação;
D) publicação.
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Entrada em Vigor da Lei
O texto da Lei menciona ao final:
“Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário”
Ou o Legislador pode estabelecer um prazo para a publicação da lei e sua entrada em vigor. 
Se a lei não fizer qualquer menção, o prazo é de 45 dias após a sua publicação.
Exemplo: Novo CC lei 10.406 de 10/01/02 entrou em vigor no dia 11/01/2003.
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Eficácia das leis
Eficácia é o seu vigor e abrangência no tempo e no espaço.
Regras: Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
vacatio legis (vacância da lei)- designa o período que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor. 
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Obrigatoriedade da lei
Após a publicação, a lei torna-se obrigatória para todas as pessoas, não podendo ser alegado o seu desconhecimento ou a sua ignorância.
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Revogação da lei
A revogação da lei é a ocasião em que a lei deixa de existir no ordenamento jurídico. Tem-se a revogação total (ab-rogação) e a parcial (derrogação).
A lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais que não conflitem com a lei existente, não a revoga.
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Integração da Norma Jurídica
Na aplicação da lei, o juiz realiza a subsunção do fato à norma (aplicação da lei) ou a integração da mesma. Na hipótese de ser omissa a lei (lacuna), o juiz utilizará os seguintes meios:
Analogia – é a adaptação de uma situação jurídica a outra semelhante, já objeto de cogitação ou decisão.
Exemplo: “Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito “(Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro” - DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942.).
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Princípios Gerais do Direito – são as exigências do ideal de justiça a ser concretizado na aplicação do direito. São fundamentos que estão contidos no ordenamento jurídico.
Exemplos: igualdade ou isonomia das partes, ampla defesa, do contraditório, devido processo legal, etc...
Obs.: mescla-se não só as condições pessoais da causa em questão, mas a ética, a moral, a solidariedade humana, a dignidade da pessoa humana, os fins sociais da
norma etc..
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Costumes – prática reiterada, reconhecida. 
Ex: cheque pós-datado. O cheque é um meio de pagamento à vista, mas tornou-se costume a sua emissão pós-datada.
Eqüidade – não conseguindo integrar a norma pelos meios acima, o juiz se socorrerá da eqüidade. Esta seria a busca da justiça ao caso, a ser aplicada pelo juiz atenuando o rigor da norma.
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Bibliografia
FERRAZ JUNIOR, Tércio S. Introdução ao estudo do direito. 4ed. São Paulo: Atlas, 2003;
 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29. Ed. São Paulo: Malheiros, 2008; 
MELLO, Celso Antonio B. Curso de Direito Administrativo. 20ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
Bibliografia Complementar: BRANCATO, Ricardo Teixeira. 
Instituições de Direito Público e de Direito Privado. 12ed. São Paulo: Saraiva 2003.

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