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1 DIREITO EMPRESARIAL ÍNDICE TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL 1. CÓDIGO CIVIL / 2002 2. EMPRESA E EMPRESÁRIO 3. EMPRESÁRIO E SOCIEDADE EMPRESÁRIA 4. DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADE CIVIL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA 5. ESTABELECIMENTO 6. ESCRITURAÇÃO 2 2 2 3 4 5 2 TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL 1. Código Civil / 2002: Ficou positi vado em nosso ordenamento a TEORIA DA EMPRESA (substi tuiu a teoria dos atos de comércio), trouxe a ati vidade empresária, rompendo com a teoria dos atos de comércio (C.Com 1850) E o C. Com 1850 foi revogado? NÃO. Ele foi DERROGADO (revogação parcial) art. 2037 CC. Segue vigente disciplinando o comércio maríti mo. CC/2002 tentou unifi car o Direito Civil ao Direito Empresarial. Mas foi parcial e legislati va (PQ O DIREITO EMPRESARIAL É AUTÔNOMO – art. 22, I CF/88, enunciado 75 CJF) ENUNCIADO 75/CJF: “ a disciplina de matéria mercanti l no novo Código Civil não afeta a autonomia do Direito Comercial” 2. Empresa e Empresário EMPRESA: exercício de uma ati vidade econômica organizada de fornecimento de bens ou serviços EMPRESÁRIO: profi ssional que exerce essa ati vidade 3. Empresário e Sociedade Empresária QUEM EXERCE EMPRESA? (art. 966 CC) Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profi ssionalmente ati vidade econômica organiza- da para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. MAS QUEM EXERCE? SÓCIO ≠ EMPRESÁRIO QUEM SÃO PESSOAS FÍSICAS: empresário individual QUEM SÃO PESSOAS JURÍDICAS: associações, sociedades, fundações, organizações religiosas, parti dos políti cos, empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI) 1ª observação: Todo mundo que tem CNPJ? Não. Pq o empresário individual tb tem CNPJ, o microem- presário tb tem, mas são PESSOAS FÍSICAS 2ª observação: A Eireli é PESSOA JURÍDICA ou SOCIEDADE EMPRESÁRIA? Para ser SOCIEDADE EMPRESÁRIA: pluralidade (exceção: SUBSIDIÁRIA INTEGRAL (S.A.) Para ser PESSOA JURÍDICA: tem que estar no CC arrolado com tal Ou seja, TODA SOCIEDADE EMPRESÁRIA é pessoa jurídica! MAS nem toda PESSOA JURÍDICA é SOCIEDADE EMPRESÁRIA!!! ENUNCIADO 469 DO CJF (maio/12): “A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) não é sociedade, mas um novo ente jurídico personifi cado” 3 MAS SE UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA QUISER CONSTITUIR UMA EIRELI? PODE? Não pode. A lei 12.441/2011 não foi clara. Mas o ENUNCIADO DO CJF É: ENUNCIADO 468/CJF (maio/12): “A empresa individual de responsabilidade limitada só poderá ser consti tuída por pessoa natural” Mesmo teor tem a Instrução 117 do DNRC (Dep. Nacional de Registro de Comércio) QUEM PODE EXERCER EMPRESA: Empresário Individual (PESSOA FISICA) ou Sociedade empresária ou EIRELI (PESSOAS JURÍDICAS) NÃO EXERCEM EMPRESA: Art. 966., § único: PROFISSIONAIS INTELECTUAIS DE NATUREZA LITERÁRIA, CIENTÍFICA E ARTÍSTICA (salvo se a ati vidade empresária consti tuir elemento de empresa) ENUNCIADO 474/CJF: “Os profi ssionais liberais podem organizar-se sob a forma de sociedade simples, convencionando a responsabilidade limitada dos sócios por dívidas da sociedade, a despeito da res- ponsabilidade ilimitada por atos prati cados no exercício da profi ssão”. EMPRESÁRIO RURAL? Tem a faculdade de se registrar no Registro de Empresas Mercanti s. Se não se registra não será considerado empresário COOPERATIVA: criação de cooperati va não depende de autorização judicial, não pode sofrer inter- venção estatal – art. 5º CF. SEMPRE SERÁ SIMPLES (embora o registro seja no Reg. Pub. Emp. Mercanti l) 4. DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADE CIVIL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA SOCIEDADE SIMPLES = REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS SOCIEDADE EMPRESÁRIA = REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS (30 dias a contar da con- cepção dos atos consti tuti vos, lavratura do atos) efeito ex-tunc, retroage. Se o lapso temporal não for respeitado, não retroage QUEM PODE EXERCER ATIVIDADE EMPRESÁRIA (art. 972 CC) Art. 972. Podem exercer a ati vidade de empresário os que esti verem em pleno gozo da capacida- de civil e não forem legalmente impedidos. → CAPACIDADE CIVIL PLENA + → NÃO IMPEDIDOS (leiloeiros, militares ati vos, MP, juízes, falidos não reabilitados) Obs.: Se exercerem, respondem pelas obrigações contraídas Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer ati vidade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. (DE FORMA ILIMITADA) QUEM PODE EXERCER EMPRESA: Empresário Individual (PESSOA FISICA) ou Sociedade empresária ou EIRELI (PESSOAS JURÍDICAS) NÃO EXERCEM EMPRESA: 4 A LEI PODE AUTORIZAR A CONTINUAÇÃO DO EXERCÍCIO DA EMPRESA PELO INCAPAZ: Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assisti do, conti nuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. → INCAPACIDADE SUPERVENIENTE → SUCESSÃO POR MORTE (causa morti s) Nesse caso: → o incapaz NÃO pode ser administrador → o incapaz deve estar ASSISTIDO ou REPRESENTADO → capital social deve estar integralizado (se não esti ver, responsabilidade SOLIDARIA E ILIMITADA) Obs.: ENUNCIADO 467/CJF: A exigência de integralização do capital social prevista no art. 974, § 3º, não se aplica à parti cipação de incapazes em sociedades anônimas e em sociedades com sócios de responsabilidade ilimitada nas quais a integralização do capital social não infl ua na proteção do inca- paz” E SOCIEDADE ENTRE CÔNJUGES? PODE? Pode, art. 977 CC. Desde que não tenham casado no regime da CUB ou SOB. Pode o cônjuge alienar ou gravar o patrimônio afetado na sociedade independentemente de outorga uxória 5. ESTABELECIMENTO Todo complexo de bens organizado para exercício da empresa, por empresa ou empresário (art. 1.142 CC) *ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO = TRESPASSE (trespasse mercanti l) Em relação ao COMPRADOR: responde pelos débitos anteriores à transferência DESDE que regular- mente contabilizados Permanece o VENDEDOR responsável SOLIDARIAMENTE pelo prazo de 1 ano - débitos vencidos: a parti r da publicação - débitos a vencer: a parti r do vencimento ENTÃO deve ser publicado na imprensa ofi cial e arquivado no Registro de Empresas Mercanti s Em relação ao VENDEDOR não pode fazer concorrência nos 5 anos subsequentes ao trespasse Em relação à sub-rogação em direitos e obrigações. A transferência importa em sub-rogação do com- prador nos contratos esti pulados para exploração do estabelecimento = regra sub-rogação automáti ca. MAS O CONTRATO PODE AFASTAR ESSA SUBROGAÇÃO Exceção: contratos personalíssimos (contrato que o vendedor ti nha com seu advogado; contrato de locação) AÇÃO RENOVATÓRIA: no caso de locação do estabelecimento empresarial Pode ser que um dia o locador venha a solicitar o imóvel novamente 5 QUAL a garanti a da lei? A ação renovatória Lei n. 8.245/91 – art. 51 - contrato escrito por tempo determinado - pelo menos 5 anos de contrato (ininterruptos) = accessio temporis - exploração da mesma ati vidade econômica por 3 anos - PRAZO (decadencial): 1 ano (máx) a 6 meses (mín) do fi m do contrato de locação EXCEÇÕES: uso próprio (ou cônjuge, ascendente ou descendente); reforma; AVIAMENTO (FUNDO DE COMÉRCIO): apti dão humana de gerar lucro. Valor organizacional. É inseparável do estabelecimento. 6. ESCRITURAÇÃO É obrigatória. (a exceção do pequeno empresário) 1179 §2º cc BALANÇO PATRIMONIAL E RESULTADO ECONÔMICO anualmente (ao término de cada exercício social – 1.065 cc) Lembrando que nos 4 meses seguintes ao fi m do exercício social deve se reunir a assembleia de sócios para deliberar sobre o balanço II. PROPRIEDADE INDUSTRIAL Lei 9279/96 São os bens imateriais da sociedade: 1) INVENÇÃO (novidade com aplicação industrial); 2) MODE- LO DE UTILIDADE (aperfeiçoar algo que já existe) = são passíveis de PATENTE; 3) DESENHO INDUSTRIAL (conjunto de linhase cores); 4) MARCA (sinal disti nti vo visual e não autoral) = são passíveis de REGISTRO A MARCA tem que ter novidade relati va, não colidência com marca notória e não estar impedida por lei. Espécies de marcas: normati va (escrito – ex. adidas), fi gurati va (desenho – ex. maçã da Apple), mis- ta (os dois juntos) e tridimensional (forma do produto, garrafa, vidros) IMPORTANTE: bandeiras nacionais não são registradas como marcas mas podem ser uti lizadas (art. 124) PRAZO de proteção da marca: 10 anos prorrogáveis por iguais e sucessivos períodos Não pode registrar o que for contrário a moral e bons costumes (ex. sex shop) INPI: Insti tuto Nacional da Propriedade Industrial III. DIREITO SOCIETÁRIO Pessoa Jurídica: PÚBLICO: Interno (art. 41) e Externo (art. 42) PRIVADO: art. 44: associações (união de pessoas – ati v. Não econômica) Sociedades (982 CC): simples / empresária Fundações (afetação de um patrimônio ati v não econômica Organizações religiosas Parti dos Políti cos Empresa Individual de Resp. Limitada (EIRELI) 6 Todas as sociedades empresárias: o empresário tem 3 obrigações: - registrar-se no registro de empresa (967 CC ): Reg Civil de Pessoa Jurídica e Reg Publico de Em presa Mercanti l (Juntas Comerciais) - escriturar os livros obrigatórios (1.179 CC) exceção: (pequeno empresário e empresário rural) PQ? A lei assegura tratamento favorecido, diferenciado simplifi cado ao empresário rural e ao pequeno empresário quanto a inscrição e seus efeitos art. 970 CC - livro diário (registro contábil) - livro de registro de duplicatas - balanço patrimonial e resultado econômico (1.179 CC) 1. SOCIEDADE: 2 requisitos 1.1 UNIAO DE PESSOAS: pluralidade de pessoas Exceções: 1) SUBSIDIÁRIA INTEGRAL (art. 251 lei 6404/76): possibilidade de uma sociedade brasi leira ser a única acionista de uma sociedade subsidiária integral. 2) FALECIMENTO DE UM SÓCIO: tem 180d para retomar a pluralidade (incluir novo sócio ou liquidar) ou art. 1.033 CC, IV) 1.2 UNIÃO DE CAPIAL: a)Bens materiais ou imateriais Cuidado: NA sociedade limitada, é vedada a contribuição apenas em serviços (§2º art. 1055) b)Na consti tuição CAPITAL = PATRIMÔNIO 2. CAPITAL SOCIAL Integralização do capital: → dinheiro → cessão de crédito → bens (materiais ou imateriais) * MATERIAIS: se imóvel NÃO é necessário Escritura/ITBI * IMATERIAIS: patente (invenção e modelo de uti lidade) e registro (marca e desenho industrial) 3. SÓCIO REMISSO: aquele que subscreve mas não integraliza O QUE FAZER? → noti fi cação extrajudicial (30dias para pagar) → executar o valor OU → diminuir o valor da subscrição OU → excluir o sócio (com apuração de haveres) 4. NOME EMPRESARIAL: função de individualizar Regido pelo pp da NOVIDADE e VERACIDADE (autenti cidade) Encontra-se arts. 1.155 ao 1.168 Nome tem proteção? Tem. Justamente para evitar a concorrência desleal. MAS PARA TER PROTEÇÃO, PRECISA DO REGISTRO na Junta Comercial 7 Ato consti tuti vo = ARQUIVAMENTO Aqui nasce a personalidade jurídica (efeito consti tuti vo) Proteção LIMITADA AO ÂMBITO ESTADUAL (SE QUISER proteção nacional, é preciso registrar em cada junta estadual) Aquele que registro anteriormente e se senti u prejudicado pode entrar com AÇÃO ANULATÓRIA contra a Junta Comercial = a ação é imprescrití vel 2 espécies: FIRMA e DENOMINAÇÃO FIRMA: nome civil (obrigatório) + ramo de ati vidade (facultati vo) DENOMINAÇÃO: elemento fantasia + ramo de ati vidade (obrigatório) Posso alienar o NOME EMPRESARIAL? Não... podemos alienar o estabelecimento, o ponto mas o nome não, pq é um direito da personalidade (inalienável) Pode acontecer no caso do trespasse, mas deve levar seu próprio nome acrescido da expressão “suces- sor” COMO SABER QUANDO É FIRMA OU DENOMINAÇÃO? REGRA: Nas sociedades em que houver sócio com responsabilidade ilimitada será FIRMA 5. ESPÉCIES SOCIETÁRIAS → SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS: → EM COMUM (irregular): Não registrou RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E ILIMITADA BENS são dos sócios, em comum, em igualdade de condições. Mas criou-se uma fi cção jurídica, o patrimônio especial (bens que são uti lizados para a exploração da ati vidade). Isso signifi ca que o credor tem benefí cio de ordem do art. 1.024 do CC (exceção: não será benefi ciado aquele que contratou pela sociedade) PROVA a existência da sociedade: sócio por documento escrito. Para teceiros, qualquer prova → EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO (ati vidade secreta q pode ter o ato levado a registro). Ex. seguimento hoteleiro, resorts constrói a parti r dos seus investi dores Sócio ostensivo: SOLIDÁRIA e ILIMITADA Sócio parti cipante (oculto): LIMITADA (são meros aportadores de capital) Está proibida de ter nome. → SOCIEDADES PERSONIFICADAS: → SOCIEDADES SIMPLES : responsabilidade ilimitada → SOCIEDADES EMPRESÁRIAS: responsabilidade depende 8 EM NOME COLETIVO: 1039 ao 1044 COMANDITA SIMPLES: arts. 1045 ao 1051 LIMITADA (arts. 1052 ao 1087) CAPITAL SOCIAL: quotas Aumento do capital: só quando integralizado o capital Administrador: pode ser sócio ou terceiro. Cuidado com quórum PARA eleição de sócios: se for no contrato social: ¾ do capital. Se ato separado: mais da metade. Se for não sócio: se integralizado: 2/3 do capital. Se não integralizado: unanimidade Conselho fi scal: é facultati vo nas LTDA Assembleia É OBRIGATÓRIA nas limitadas com mais de 10 sócios SOCIEDADE POR AÇÕES Lei 6404/76 CAPITAL SOCIAL: ações 9 MODALIDADES: s.a. CAPITAL ABERTO: que admite negociação em Bolsa – CVM S.A. capital fechado: não admite (geralmente menos de 20 acionistas) s.a. de capital autorizado (que tem limite de aumento sem modifi car o estatuto AÇÕES: (RELACIONADAS a direitos e vantagens) ORDINÁRIAS: direitos comuns a qquer acionista (ex. voto, recebimento de dividendos) PREFERNCIAIS: vantagens ou restrições (prioridade do recebimento, no reembolso de capital) Cuidado: número de ações preferenciais sem direito a voto ou retringindo esse direito não pode ul- trapassar 50% das ações emiti das FRUIÇÃO: substi tuiem as ordinárias ou preferenciais já amorti zadas ÓRGÃOS DA S.A. (obrigatório) Assembleia, Diretoria, Conselho Fiscal, Conselho de Administração (CAD) tanto sócios e não sócios ÚNICO FACULTATIVO em regra Exceções: S.A. de capital autorizado S.A. de capital aberto Sociedade de economia mista OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS PARTES BENEFICIÁRIAS: Crédito eventual de até 10% nos lucros anuais. Duram até 10 anos. Só nas AS fechadas. A aberta apenas para alienação onerosa ou gratuidade a fundações benefi centes de seus empregados DEBENTURES: direito de cré dito (parti cipação, juros, premio) Podem ser conversíveis em ações. Competencia é da Assembleia Geral, mas nas abertas pode ser do Conselho desde que não conversível. s.a. Aberta ou fechada BONUS DE SUBSCRIÇÃO: s.a de capital autorizado. Direito de subscrição de novas ações em futuro aumento de capital Obs.: E as MICROEMPRESAS, EMPRESAS DE PEQUENO PORTE? São simples, empresárias? LEI COMPLEMENTAR 139/2011 MEI (microempresário individual): até 60mil/ano Empresário Individual ME (microempresa): até 360mil/ano EPP (empresa de pequeno porte): maior que 360mil/ano e menor que 3.600 milhoes/ano Sociedade Simples Sociedade Empresária Eireli RESPONSABILIDADE: O QUE É DE FORMA LIMITADA é o patrimônio pessoal PQ O PATRIMONIO SOCIAL responde sempre de forma ILIMITADA (ART. 1024) 10 IV. TÍTULOS DE CRÉDITO 1. CONCEITO → ORDEM DE PAGAMENTO: “A” manda que “B” pague o “C” 3 relações jurídicas cambiais: SACADOR – SACADO – BENEFICIÁRIO LETRA DE CAMBIO (LUG Dec 57.663/66) CHEQUE (Lei 7357/85) DUPLICATA (Lei 5474/68) → PROMESSA DE PAGAMENTO: “A” promete pagar “B” 2 relações jurídicascambiais: SACADOR - BENEFICIÁRIO NOTA PROMISSÓRIA (LUG Dec 57.663/66) LC / NP (promessa) / CH / DU 2. CARACTERÍSTICAS: Formalismo, autonomia, cartularidade, inoponibilidade das exceções pessoais, Li- teralidade 3. ATOS CAMBIAIS 3.1 SAQUE: emissão 3.2 ACEITE (só nas ordens de pagamento): ato de reconhecer a validade da ordem Aceite: SIM – devedor principal Aceite: NÃO – vencimento antecipado ACEITE É O QUE VINCULA LC: facultati vo CH: inexistente DU: obrigatório 3.3 CIRCULAÇÃO → ao portador: simples tradição → nominati vo: endosso ENDOSSO Sacador – sacado - Benefi ciário → translati vo (TRANSFERE A PROPRIEDADE DO TÍTULO, ti tularidade) À ORDEM: responde pela existência e solvência NÃO À ORDEM: responde apenas pela existência TRANSFERE A PROPRIEDADE PARA QUEM? Endosso em preto: vira, assina e escreve o nome do endossatário Endosso em branco: vira e assina (segue ao portador) 11 → impróprio (TRANSFERE A POSSE SOMENTE) ENDOSSO CAUÇÃO (art. 18 LUG) ENDOSSO MANDATO (art. 19 LUG) 1ª observação: ENDOSSO PARCIAL NÃO PODE, é nulo O CONDICIONAL não é nulo, mas inefi caz 2ª observação: ENDOSSO PÓSTUMO (depois de vencimento) É VÁLIDO, mas tem natureza de cessão civil de crédito 4. AVAL: é garanti a no TC É diferente da fi ança, pois AVAL é autônomo e solidário Pode ser em preto ou em branco 1ª observação: PODE SER AVAL PARCIAL? CC/2002, art. 897: NÃO PODE AVAL PARCIAL LC, NP, CH: pode o aval parcial DU: NÃO pode 5. COBRANÇA 1º descobrir quem é devedor principal 2º verifi car se há necessidade de protesto 3º prazos PROTESTO: → FACULTATIVO: devedor principal → OBRIGATÓRIO: devedor secundário Observação: SE inserir “clausula SEM DESPESAS” ou “SEM PROTESTO”, aí é dispensado o protesto, mesmo nos casos em que é obrigatório PRAZOS: LC / NP: 3 anos – VENCIMENTO 1 ano – PROTESTO 6 meses – PAGAMENTO (direito de regresso) DU: 3 anos – VENCIMENTO 1 ano – PROTESTO 1 ano – PAGAMENTO (direito de regresso) CH: 6 meses – APRESENTAÇÃO (30 dias se mesma praça OU 60dias se praças diferentes) 6 meses – PAGAMENTO (direito de regresso) 1ª Observação: AÇAO REGRESSIVA SÓ COM OS OBRIGADOS ANTERIORES 2ª Observação: Até a apresentação do cheque: OPOSIÇÃO/ SUSTAÇÃO Após a apresentação do cheque: REVOGAÇÃO/CONTRA-ORDEM 12 6. AÇÃO CAMBIAL (processo de execução) Após a prescrição: AÇÃO DE COBRANÇA (locupletamento ilícito) = 2 anos AÇÃO MONITÓRIA = 5 anos * Mas apenas contra o devedor principal (não consegue o endossante e seus avalistas) V. RECUPERAÇÃO JUDICIAL E FALÊNCIA 1. RECUPERAÇÃO JUDICIAL 3 FORMAS: → judicial (ordinária) → extrajudicial (extraordinária) → especial (ME ou EPP) CONCEITO: Lei 11.101/2005: crise econômica-fi nanceira SUJEITO ATIVO: só empresário individual ou sociedade empresária ou EIRELI Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do em- presário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. * FICAM DE FORA: bancos, empresas públicas, soc. economia mista, seguradoras, ati vidade intelec- tual, cooperati vas de crédito Observação: COOPERATIVA NORMAL: pode recuperação judicial, NÃO PODE FALÊNCIA (Lei 5764/71 – art. 75 – liquidação extrajudicial) REQUISITOS → estar na ati vidade + de 2 anos → não ter falido → não ter obti do recuperação judicial – de 5 anos → não ter sido condenado por crime falimentar PROCEDIMENTO COMPETÊNCIA: estabelecimento do devedor ou FILIAL (se ti ver sede fora do Brasil) PEDIDO (art. 51) Observação: SÚMULA 480/STJ: “o juízo da recuperação judicial NÃO é competente para decidir sobre constrição de bens NÃO abrangidos pelo plano” DESPACHO DE PROSSEGUIMENTO: 1. SUSPENDE PRAZO PRESCRICIONAL e as AÇÕES EXECUTIVAS - exceção: ações trabalhistas e exe- cuções fi scais PRAZO MÁXIMO DE SUSPENSÃO 180 DIAS 2. NOMEIA ADMINISTRADOR 3. 60 DIAS PARA APRESENTAR O PLANO 13 CRÉDITOS: vencidos e a vencer (EXCETO: tributários, coobrigados, arrendamento mercanti l, alienação fi duciária) VERIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS HABILITAÇÃO DOS CRÉDITOS – 15 dias OBJEÇÃO DOS CREDORES Vai para a Assembleia Geral de Credores – ou APROVA ou NÃO APROVA (falência) 2. RECUPERAÇÃO JUDICIAL ESPECIAL Desti nada à Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte (LC 147/2014) Só admite uma forma de pagamento: em dinheiro, mediante parcelamento em até 36 vezes com juros da TAXA SELIC e a 1ª parcela em 180 dias após a distribuição do pedido de falência 3. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL Não pode créditos trabalhistas e acidente de trabalho Precisa de aprovação de 3/5 na mesma classe de créditos e após é submeti da ao juiz para homolo gação do acordo 4. FALÊNCIA Ordem de pagamento de credores – art. 149: -> Art. 86 ou 151: para trabalhistas, saldo salário dos três últi mos meses menor ou igual que 5 salários mínimos. 1º) IMPORTANTE!!! resti tuições – art. 86. Ex: adiantamento de câmbio (legalmente previsto no inciso II). 2º) extra concursais – art 84 (costumam ser despesas da própria massa): a) inciso I: Administrador Judicial, seus auxiliares, empregados da massa. Os créditos da falência em diante serão extraconcursais. Os empregados não mais serão da empresa falida, mas sim da massa fa- lida. b) inciso II: quanti as fornecidas à massa c) inciso III: as despesas com o ati vo: ex. com a guarda de bens, com o leiloeiro, com o transporte de bens; as custas do processo de falência. d) inciso IV: as custas nas ações em que a massa é parte e é derrotada. e) inciso V: outras despesas assumidas pela massa (inclusive tributárias, com fato gerador pós-falimen- tar); as despesas contraídas de uma recuperação caso ela seja converti da em falência (inclusive, estas terão preferência sob os créditos da própria falência). 14 3º) concursais – art. 83: a) inciso I: créditos trabalhistas, com limite de até 150 salários mínimos por empregado, o excedente é ti do como quirografário; créditos decorrentes de acidentes de trabalho, sem limite. b) inciso II: créditos de garanti a real. Ex: alienação fi duciária em garanti a, hipoteca, penhor, anti crese. c) inciso III: crédito tributário, o qual virá desacompanhado das multas. Vide art. 187 – CTU. Primeiro recebe a União, depois os Estados e DF e por últi mo o Município, todos em rateio. d) inciso IV: privilégios especiais – art. 964/CC e) inciso V: privilégio geral – art. 965/CC f) inciso VI: credor quirografário (todos os acima dele listados reputam-se privilegiados, na ordem da disposição legal, os abaixo são subquirografários). g) inciso VII: multas (tributárias, administrati vas, de cláusula penal, que decorra de aplicação de Lei Penal). h) inciso VIII: créditos subordinados e sócios.
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