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I - INTRODUÇÃO A temperatura é uma das sete grandezas do SI. Os físicos medem a temperatura na escala kelvin cuja unidade é o Kelvin (K). 0ºC = 273,15 ºC As medições de temperatura possuem como alicerce a lei zero da termodinâmica. Esta estabelece que “quando dois corpos têm igualdade de temperatura com um terceiro corpo, eles terão igualdade de temperatura entre si.” Tem-se por definição que calor é um fluxo de energia, ou energia em trânsito, que se manifesta quando existem dois ou mais sistemas ou corpos com temperaturas diferentes e que flui, espontaneamente, dos corpos mais quentes para os mais frios, até que se atinja o equilíbrio térmico ou que a interação entre eles seja desfeita. A capacidade térmica determina a quantidade calor que um corpo precisa receber para alterar sua temperatura em uma unidade. Cada corpo comporta-se de forma diferente ao receber uma determinada quantidade de calor. A capacidade térmica é uma grandeza que depende da quantidade de calor recebida e da variação de temperatura sofrida por um corpo. A capacidade térmica é uma propriedade dos corpos que depende apenas de sua massa, sendo assim, dois corpos feitos do mesmo material podem sofrer variações de temperatura diferentes ao receberem a mesma quantidade de calor se suas massas são diferentes. A capacidade térmica e o calor específico dos materiais podem ser determinados com o uso de um calorímetro, um aparelho com isolação térmica utilizado para estudar as trocas de calor entre corpos de diferentes temperaturas. II - OBJECTIVO Treinar a utilização de termómetros, calorímetros e termopares em experiências caloríficas; Determinar a capacidade calorífica específica do alumínio, ferro e latão; Verificar o cumprimento da Lei de Dulong e Petit. III - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Capacidade térmica ou capacidade calorífica (usualmente denotada pela letra C) é a grandeza física que determina a relação entre a quantidade de calor fornecida a um corpo e a variação de temperatura observada neste. A capacidade térmica caracteriza o corpo, e não a substância que o constitui. A capacidade térmica é uma propriedade extensiva, ou seja, proporcional à quantidade de material presente no corpo. Grandezas derivadas que especificam a capacidade térmica como uma propriedade intensiva existem, sendo então uma característica da substância. Essas são: o calor específico, que é a capacidade térmica por unidade de massa da substância, e o calor específico molar, resultante da relação entre a capacidade térmica e o número de mols presentes. A temperatura reflecte a energia cinética média das partículas na matéria, enquanto calor é a energia térmica em trânsito das regiões de maior para aquelas com menor temperatura. Em temperaturas suficientemente altas, cada grau de liberdade contribui igualmente com o calor específico, de tal forma que o calor específico molar dos metais e muitos sólidos a temperatura ambiente aproxima-se a 25 joules por kelvin para cada mol de átomos, dado pela lei de Dulong-Petit. Termopares são sensores de temperatura simples, robustos e de baixo custo, sendo amplamente utilizados nos mais variados processos de medição de temperatura. Um termopar é constituído de dois metais distintos unidos em uma das extremidades. Em 1822, o físico Thomas Seebeck descobriu (acidentalmente) que a junção de dois metais gera uma tensão eléctrica em função da temperatura. O funcionamento dos termopares é baseado neste fenômeno, que é conhecido como Efeito de Seebeck. Embora praticamente se possa construir um termopar com qualquer combinação de dois metais, utilizam-se apenas algumas combinações normalizadas, isto porque possuem tensões de saída previsíveis e suportam grandes gamas de temperaturas. O termopar desta maneira gera uma Força Eletro-Motriz (FEM), que quando conectada a um Instrumento de Leitura consegue ler a temperatura do processo destes termopares. IV - MATERIAIS E REAGENTES 9 8 7 6 5 4 3 2 1 LEGENDAS 1 – Calorímetro 2 – Placa de Aquecimento 3 – Copo de Precipitação com água 4 – Interface para PC 5 – Suporte Universal 6 – Termopar 7 – Bloco de Latão 8 – Bloco de Fero 9 – Bloco de Alumínio TABELA DE FORMULAS 1 – Energia térmica (Quantidade de Calor ) δQ = Ctot ·∆T Ctot – Capacidade Calorifica ∆T – Variação de Temperatura 2 – Capacidade Calorifica 3 – Calor Especifico m – Massa 4 – Capacidade Calorifica Molar Cm = Q / n. ∆T n – Número de Mols ∆T – Variação de Temperatura 5 – Quantidade de Calor dos Metais QM = m.c.∆T m – Massa do Metal c – Calor Específico 6 – Quantidade de Calor da água Qágua = mágua.cágua.∆T 7 – Quantidade de Calor do Calorímetro Qcalorímetro = Calorímetro. ∆T 8 – Quantidade de Calor do Sistema (agua+calorímetro+Metal) Q = Qcalorímetro + Qágua 9 – (Capacidade Calorifica especifica) Juntando as Formulas 5 e 8 10 – Capacidade Calorifica Molar (Lei de Petit e Dulong) Cm = 3.R R – constante dos gases perfeitos (8,31J .mol-1 K-1) 11 – Erro Relativo percentual E% = x100% Vo – Valor Obtido Vv – Valor Verdadeiro 12 – Erro Absoluta Er = Vo – Vv Vo – Valor Obtido Vv – Valor Verdadeiro V – DADOS E RESULTADOS DADOS EXPERIMENTAIS Elementos Alumínio (Al) Ferro (Fe) Latão Massa em gramas 120 g 120 g 180 g Massa Molar 26,98 g/mol 55,84 g/mol 63,38 g/mol Massa de Água 200 g 200 g 200 g Temperatura Inicial 36,04 °C 31,48 °C 26,96 °C Temperatura Final 45,36 °C 36,35 °C 32,01 °C Capacidade Calorifica do Calorimetro 80 Calculando a capacidade calorifica específica e capacidade calorifica molar dos metais usando a formula 9 temos: Elemento Alumínio (Al) Ferro (Fe) Latão Capacidade Calorífica Especifica 0,869 J/g°C 0,390 J/g°C 0,378 J/g°C Capacidade Calorífica Molar 23,4 J/mol°C 21,77 J/mol°C 23,9 J/mol°C COMPARAÇÃO DE DADOS E ERROS Tabela de comparação entre os valores de capacidade calorífica específica obtidos e o valor de capacidade calorífica específica padrão. Metais Capacidade Calorifica Valor Padrão Valor Experimental Alumínio 0,900 J/g°C 0,869 J/g°C Latão 0,370 J/g°C 0,378 J/g°C Ferro 0,443 J/g°C 0,390 J/g°C Tabela de erros entre os valores de capacidade calorífica especifica obtidos e os valores de capacidade calorífica especifica padrão. Metal Erro Relativo Percentual Erro Absoluto Alumínio 3,4 % 0,031 Latão 2,16 % 0,008 Ferro 11,96 % 0,053 Tabela de comparação entre os valores de capacidade calorífica molar obtidos e o valor de capacidade calorífica molar. Metais Capacidade Calorifica Molar Valor Padrão Valor Experimental Alumínio 24,93 J/mol°C (Lei de Dulong-Petit) 23,4 J/mol°C Latão 21,77 J/mol°C Ferro 23,9 J/mol°C Tabela de erros entre os valores de capacidade calorífica molar obtidos e o valor de capacidade calorífica molar padrão. Metal Erro Relativo Percentual Erro Absoluto Alumínio 6,13 % 1,53 Latão 12,67 % 3,16 Ferro 4,14 % 1,03 VI - DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Dentro do objetivo proposto, conseguimos calcular o valor da capacidade calorifica especifica e o valor da capacidade calorifica molar de cada elemento do experimento. Podemos observar que mesmo em temperatura ambiente, a temperatura da água quando introduzida a amostra metálica, já houve variação, constatamos que o valor da capacidade calorifica é directamente proporcional a capacidade calorifica molar. Os valores de capacidade calorifica molar dos elementosnão corresponderam ao valor dado pela lei de Dulong-Petit que é de 24,93 J/mol°C aproximadamente 25J/mol°C. Isto deve-se a possíveis erros, como o facto de que a temperatura mostrada pela interface do computador (temperatura do calorímetro com água) não estabilizava o que faz com que não se tenham temperaturas iniciais e finais precisas, outro fator que pode ter contribuído para os erros foi o facto de não se ter tempo determinado em que o metal deva ficar dentro da água a 100 °C. VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS TIPLER, P. MOSCA, g. Física. 5. Ed., vol.1. Rio de janeiro: ltc, 2006, cap.2 HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 7. Ed., vol 1; rio de janeiro: ltc, 2006, cap.2 ZILSEL, EDGAR. THE ORIGIN OF WILLIAM GILBERT’S SCIENTIFIC METHOD. In: journal of the history of ideas, vol.2: 1- 32. 1941. HALLIDAY, JAMES, RESNICK, ROBERT, WALKER, JEARL. FUNDAMENTALS OF PHYSICS. 9th edition. John wiley & sons, inc. 2011. Chapter 28 – magnetic fields. [p.735-742] SERWAY, RAYMOND A., JEWETT, JOHN W., JR. PHYSICS FOR SCIENTISTS AND ENGINEERS WITH MODERN PHYSICS. 9th edition. Brooks/cole cengage learning. 2012. Chapter 30 – sources of the magnetic field. [p.904-905] TIPLER, PAUL A., MOSCA, GENE. Física para cientistas e engenheiros, volume 2: electricidade e magnetismo, óptica. 6a edição. Gen|ltc. Capítulo 27 – fontes de campo magnético. [p.225-226] SERWAY, RAYMOND A., JEWETT, JOHN W., JR. PHYSICS FOR SCIENTISTS AND ENGINEERS WITH MODERN PHYSICS. 9th edition. Brooks/cole cengage learning. 2012. Chapter 30 – sources of the magnetic field. [p.915-916] 1 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao
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