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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia Graduação em Enfermagem Disciplina: Enfermagem na Saúde Reprodutiva e Perinatal Material elaborado pela Profª Kelly Velozo ATIVIDADES DO LABORATÓRIO HIGIENE CORPORAL NO RN MATERIAIS: Luvas de procedimento Bacia de inox ou o berço Sabonete neutro Compressas Toalha de banho do RN Fraldas Material para higiene do coto Roupa do RN Algodão ou gaze BANHO DE COMPRESSA Recomendado até o cordão umbilical cair e a área do umbigo estar completamente cicatrizada (Burroughs, 1995; Ricci, 2013). Fechar as portas e janelas atentando para a temperatura do ambiente Higienizar as mãos Disponibilizar o material necessário Calçar a luva de procedimentos Colocar a água morna na bacia, testando a temperatura com a parte interna do antebraço Retirar as roupas do RN Enrolar o RN na toalha de banho Segurar o RN no colo sob o braço e com a palma da mão apoiar a região cervical. Segurar o bebê protegendo os ouvidos para não entrar água: segure por baixo de um dos braços com a mão apoiando a cabeça, e os dedos polegar e indicador fechando os ouvidos, a outra mão ficará livre para banhar o RN. Manter a cabeça em cima da bacia de agua Lavar e enxaguar pegando água com a mão em concha Lavar o rosto somente com água. A higiene do olho inicia do canto interno do olho para o externo. ** Há referência que orienta iniciar a higiene ocular do canto externo para o interno, pois isso promoveria a desobstrução da glândula lacrimal (Figueiredo, 2005). Secar a face Lavar e massagear suavemente o couro cabeludo Enxaguar e secar o couro cabeludo Lavar e enxaguar com compressa os membros superiores iniciando pelas mãos, braços, tórax, abdômen e costas, evitando molhar o coto umbilical, secar, manter membros do RN enrolados, descobrir somente o que for lavado, mantendo RN mais seguro e tranquilo Lavar e enxaguar com compressa os membros inferiores iniciando pelos pés até as coxas IMPORTANTE: lavar cada parte do corpo e secar individualmente Realizar a higiene perineal Secar com toalha de banho Realizar curativo umbilical seguindo padrão institucional Colocar a fralda Vestir o RN escolhendo a roupa de acordo com a temperatura ambiente Organizar o ambiente Fazer os registros no prontuário BANHO DE ABLUÇÃO (BANHEIRA) Esse tipo de banho é benéfico, provocando menos instabilidade térmica e irritabilidade (Tamez, 2013). Higienizar as mãos Disponibilizar o material necessário Calçar as luvas de procedimentos Colocar a água morna na bacia ou no berço, testando a temperatura com a parte interna do antebraço Retirar as roupas do RN Retirar a fralda e higienizar região perineal, se necessário Envolver o RN em uma toalha Segurar o bebê adequadamente, protegendo os ouvidos para não entrar agua Iniciar o banho pela face e a cabeça. Lavar o rosto somente com água pura e secar em seguida. A higiene do olho inicia do canto interno do olho para o externo. ** Há referência que orienta iniciar a higiene ocular do canto externo para o interno, pois isso promoveria a desobstrução da glândula lacrimal (Figueiredo, 2005). Lavar e massagear suavemente o couro cabeludo Enxaguar e secar o couro cabeludo Retirar a toalha, segurando a criança de modo a apoiar o dorso e o pescoço no seu antebraço Colocar o RN sentado na bacia ou no berço com a mão apoiando a cervical Molhar o corpo do RN levemente Utilizar sabonete neutro Lavar massageando suavemente com a palma da mão os MsSs e tórax Enxaguar a região higienizada Lavar região perineal anterior e enxaguar Posicionar RN de bruços apoiando o tórax na palma da mão. Vire o bebê, segurando-o pela axila e mantendo o braço dele por cima do seu antebraço. Lavar e enxaguar as costas Lavar e enxaguar a região perineal posterior Retirar RN da bacia e colocar sobre a toalha no berço Secar o RN com a toalha Realizar curativo umbilical seguindo padrão institucional Colocar a fralda Vestir o RN escolhendo a roupa de acordo com a temperatura ambiente Posicionar confortavelmente o RN Organizar o ambiente Fazer os registros no prontuário HIGIENE ORAL Realizada com gaze umidificada em água destilada ou em água fervida. Deve-se utilizar luvas de procedimento e enrolar a gaze no dedo. HIGIENE PERINEAL O profissional deve utilizar luvas de procedimento. A higiene perineal deve ocorrer no sentido ântero-posterior e é realizada a cada troca de fraldas. CURATIVO UMBILICAL Material: Luva de procedimento, cotonetes e álcool 70% ou outro antisséptico de acordo com a instituição (ex: Digluconato de Clorexidina 0,5%) Realizar antissepsia com álcool 70% (auxilia na desidratação, mumificação e queda precoce) ou outro antisséptico de acordo com a instituição. Limpar a inserção do coto. Limpar da base para a extremidade (da região mais limpa para a mais contaminada). Não deixar escorrer álcool para a pele circunvizinha. Manter o coto umbilical para fora da fralda. Verificar presença de secreção, coloração e odor fétido. Na presença de odor fétido investigar higiene precária e infecção instalada. ASPIRAÇÃO VIAS AÉREAS SUPERIORES Realizada para remoção de secreções das vias respiratórias superiores, mas deve ser realizada com cautela, pois pode causar traumatismo das mucosas nasais e edema (Tamez, 2013) MATERIAIS: Sistema de aspiração montado (vácuo, tampa do vacuômetro, frasco coletor) Extensão transparente Sonda de aspiração traqueal (em geral nº 4 ou nº6) Luva de procedimento Óculos de proteção Soro fisiológico e seringa de 1 ml para umidificação TÉCNICA: o Higienizar as mãos o Verificar o sistema de aspiração o Reunir o material e organizar o material o Adaptar a extensão transparente no frasco coletor o Abrir o pacote da sonda e adaptar na extensão transparente, protegendo no próprio involucro o Colocar a luva de procedimento e o óculos de proteção o Retirar a sonda do invólucro o Medir a distância máxima a ser introduzida a sonda (da ponta do nariz até o lóbulo da orelha) o Abrir o vácuo, cuidando a pressão. Pressão de sucção máxima de 80 mmHg (Tamez, 2013). o Umidificar as narinas, se necessário. o Pinçar a extensão transparente e introduzir a sonda na cavidade a ser aspirada. Primeiro aspira-se a cavidade oral e depois a nasal (Tamez, 2013; Lowdermilk, 2002). o Soltar a pinça da extensão transparente o Retirar a sonda fazendo movimentos rotatórios o Observar a estabilidade dos movimentos respiratórios, fazer pausa sempre que necessário, repetir a aspiração quantas vezes forem necessário. o Fechar o sistema a vácuo, o Desprezar a sonda e a extensão transparente. o Trocar o frasco coletor o Retirar as luvas e higienizar as mãos o Organizar o ambiente o Efetuar registro no prontuário ASPIRADO E LAVADO GÁSTRICO MATERIAIS: Sonda nº 6, nº 8 ou nº10, dependendo do tamanho do RN e da finalidade da sonda. Seringa de 20 ml Luva de procedimento Estetoscópio Esparadrapo ou micropore TÉCNICA Higienizar as mãos Calçar as luvas de procedimento Medir a distância da sonda a ser introduzida: o Posição nasogástrica: da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste ao apêndice xifoide, acrescentando 1 a 2 cm para os RN o Posição orogástrica: da comissura labial ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifoide, acrescentando 1 a 2 cm para RN. Via oral é a mais indicada (Figueiredo, 2005). Marcar a medida da sonda com esparadrapoou micropore Segurar a cabeça da criança em posição flexionada Iniciar a migração da sonda Observar a presença de cianose, dispneia ou tosse, retirar a sonda e reiniciar o processo após ter cessado o distúrbio Introduzir a sonda até o segmento desejado Conectar a seringa de 20 ml na extremidade distal da sonda Aspira-se o resíduo gástrico, observando a quantidade e o aspecto do resíduo. Injetar ±3 ml de ar auscultando o estomago para certificar-se da posição correta da sonda Aspira-se o ar injetado e observa-se se drena mais resíduo Se necessário realiza-se o lavado gástrico: Instila-se em torno de 5ml (depende do tamanho do bebê) de NaCl 0,9% e aspira-se o conteúdo. Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias. Manter o ambiente organizado Registra-se o procedimento MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS (Figueiredo, 2005; Ricci, 2013) Peso: fazer desinfecção com álcool 70%, cobrir a balança com papel descartável ou pano aquecido e tarar/calibrar a balança. **Garantir a segurança do RN Comprimento: RN deitado em superfície plana com joelhos seguros e estendidos. Medir do occipital ao calcanhar, o valor médio é de 45 a 55 cm. Perímetro cefálico: circundar a cabeça observando o diâmetro maior – circunferência occipitofrontal. Valor médio: 33 a 35 cm. Perímetro torácico: circundar o tórax na altura dos mamilos. Valor médio 30 a 33 cm. Perímetro abdominal: circundar o abdome na altura do coto umbilical. *** Registrar os dados à medida que vai realizando a verificação. Programa de reanimação neonatal em sala de parto (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2013) Todos os pacientes sem vitalidade adequada ao nascer precisam ser conduzidos à mesa de reanimação, indicando-se os seguintes passos: prover calor, posicionar a cabeça em leve extensão, aspirar vias aéreas (se necessário) e secar o paciente. Tais passos devem ser executados em, no máximo, 30 segundos. Uma vez feitos os passos iniciais da reanimação, avalia-se a respiração e a FC. Se houver vitalidade adequada, com respiração rítmica e regular e FC >100 bpm, o RN deve receber os cuidados de rotina na sala de parto. Se o paciente, após os passos iniciais, não apresenta melhora, indica-se a ventilação com pressão positiva. REFERÊNCIAS: Burroughs, Arlene. Uma introdução à enfermagem materna. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 456 p. Figueiredo, Nébia Maria Almeida de. Ensinando a cuidar da mulher, do homem e do recém-nascido. São Caetano do Sul: Yendis, 2005. 522 p. Hockemberry, Marilyn J. Wong: fundamentos de enfermagem pediátrica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 1280 p. Lawdermilk, Deitra Leonard. O cuidado em enfermagem materna. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. 928 p. Ricci, Susan Scott. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 712 p. Sociedade Brasileira de Pediatria. Programa de reanimação neonatal em sala de parto. Disponível em: http://www.sbp.com.br/pdfs/PRN-SBP-Reanima%C3%A7%C3%A3oNeonatal- atualiza%C3%A7%C3%A3o-1abr2013.pdf Tamez, Raquel Nascimento. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém- nascido de alto risco. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 354 p.
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