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MATERIA DIREITO CIVIL V

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16/02/2016
Direito Civil V – Fraga (fernandofraga7@ig.com.br
DO PARENTESCO – É o vínculo que une pessoas a uma mesma família. Pode ser:
Natural ou consanguíneo – Nesta hipótese as pessoas descendem uma das outras pelo vínculo de sangue.
Civil – Decorre de um ato da vida civil, como por exemplo, a adoção.
 
Obs.: Posteriormente a Constituição de 88 não existe distinção entre os filhos quer sejam eles naturais ou civis (Art. 227, par 6 da CF/88 – Princípio da Isonomia entre o filhos.)
Obs.: A Lei utilizada para regulamentar as sucessões é a que estava em vigor na data do falecimento. Art. 1787, CC.
 A vigência do CC de 1916 era considerado o grau de parentesco até o 6 grau.
Na linha reta ascendente, via de regra, existe a linha paterna e a linha materna.
Na linha colateral em se tratando de irmãos, estes podem ser unilaterais (filho do mesmo pai ou da mesma mãe) ou bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma mãe, também chamados de germanos).
Na linha colateral só se considera parente até o 4 grau
DA AFINIDADE
É o vínculo que decorre do casamento ou da união estável. Se estabelece entre os cônjuges os parentes em linha reta do cônjuge e os colaterais até 2 grau
PRINCÍPIOS INERENTES AO DIREITO DE FAMÍLIA.
1 – PLURALIDADE DE ENTIDADES FAMILIARES – A CF reconhece como entidade familiar a união estável a família monoparental e a família decorrente do casamento (civil). 
2 - PRINCÍPIO DA ISONOMIA DOS CÔNJUGES - com o advento da constituição, a administração da entidade familiar caberá a ambos os cônjuges.
3 – PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR – Estabelece que os parentes tem o dever de serem solidários uns aos outros. No Direito Civil ocorre a materialização deste princípio no Art. 1694, o qual estabelece a reciprocidade de alimentos entre os parentes (civil ou consanguíneo).
4 – PRINCÍPIO DA MONOGAMIA - No Direito Civil não se admite que a pessoa que se encontre casada venha a contrair novas núpcias. Art. 1521, VI.
5 – PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Este princípio estabelece que nas decisões judiciais que envolvam menores o Juiz deverá atender aos interesses dos menores.
6 – PRINCÍPIO DO LIVRE PLANEJAMENTO FAMILIAR – A entidade familiar possui total liberdade para planejar a vida em comum não podendo o Estado impor qualquer limitação.
25/02/2016
7 – PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE – Atualmente as relações sócio afetivas constituem fator determinante nas decisões judiciais prevalecendo inclusive sobre a filiação biológica. O CC determina que o Juiz ao determinar uma guarda unilateral deverá verificar a pessoa com quem o menor possui relação afetiva. Ex.: Filho da Cassia Eller. A relação de afeto já é admitida inclusive no que tange ao direito de visitação e para o pagamento de pensão alimentícia.
DO CASAMENTO
DOS ESPONSAIS (NOIVADO) – Segundo Orlando Gomes, trata-se de um contrato preliminar, consequentemente no caso de sua violação incidirá perdas e danos.
A doutrina moderna entende que a natureza jurídica dos esponsais é um “fato social”, inexistindo obrigatoriedade na celebração do casamento, ou seja, ninguém é obrigado a casar com ninguém.
O rompimento dos esponsais todavia, segundo a jurisprudência dominante poderá gerar indenização no que tange a 50% nos gastos realizados com a aquisição do enxoval.
NATUREZA JURÍDICA DO CASAMENTO
CONTRATUAL – Segundo Orlando Gomes, o casamento é um contrato, visto que se aperfeiçoa com a manifestação de vontade de ambos os contratantes.
INSTITUCIONAL OU SUPRA INDIVIDUALISTA – Segundo esta corrente, o casamento não é um contrato, mas sim uma grande instituição social.
ECLÉTICA OU HÍBRIDA – o casamento é um contrato e também uma instituição social.
CONTRATUALIZADA – O casamento não é um contrato, porém, hoje encontra-se contratualizado. Uma vez que os nubentes podem optar pelo regime de bens diverso do supletivo legal (comunhão parcial de bens) ao realizarem o pacto antinupcial poderão inserir cláusulas que incidirão durante o casamento.
Obs. – 1) Comunhão universal.
2) Separação (legal ou convencional) 
3) participação final de aquestos
4) Comunhão parcial.
DA HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO – Desejando os nubentes contrair núpcias, deverão comparecer no Registro Civil das Pessoas Naturais (RCPN) na circunscrição de domicílio de qualquer dos nubentes fornecendo os documentos para que se submetam a habilitação para o casamento. 
Neste ato, o Oficial do Registro irá arguir qual o regime de bens que irá vigorar no casamento. Caso os nubentes desconheçam as espécies, o Oficial deverá informar explicando as características e consequências de cada um.
A idade núbil é de 16 anos havendo necessidade neste caso da autorização de ambos os pais. Na hipótese de um dos pais se recusarem ou se encontrar em local incerto e não sabido haverá necessidade do suprimento judicial.
A partir dos 18 anos como a pessoa já é considerada plenamente capaz não necessita de autorização para que se submeta a habilitação para o casamento.
Estando os documentos em ordem, será afixado no cartório, publicado no Diário Oficial e jornais de grande circulação as proclamas. 
Findo o prazo de 15 dias, o procedimento de habilitação para o casamento será encaminhado ao MP que não se opondo encaminhará ao Juiz que concederá autorização para celebração do casamento.
Da autorização concedida pelo Juiz será extraída uma Certidão de Habilitação com prazo de validade improrrogável de 90 dias.
Durante o processo de habilitação o cartório irá proceder a verificação de causas suspensivas ou de impedimentos para a realização do casamento. 
Os impedimentos impedientes previstos no Art 1521 não permitem a realização do casamento, caso este ocorra o casamento será considerado como nulo.Art. 1548, II, CC.
As causas impeditivas encontram-se previstas no Art. 1521.
- Os ascendentes com os descendentes seja parentesco natural ou civil
No inciso I a finalidade do legislador é a moralidade pública que deve pautar a vida em sociedade, assim como, evitar o nascimento de filhos defeituosos (turbatio sanguinis)
- Os afins em linha reta. – Quanto ao inciso II além da moralidade pública tem a finalidade de evitar a confusão patrimonial.
- Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais até o terceiro grau (TIO COM SOBRINHO) - Quanto aos colaterais tenta-se evitar a turbatio sanguinis. No que tange ao inciso IV do Art, 1521, atualmente de forma majoritária predomina o entendimento de que colaterais até o terceiro grau não podem se casar. Na vigência do código civil de 1916 este casamento poderia ocorrer desde que realizado o exame pré-nupcial em que se demonstrava a impossibilidade do nascimento de filhos defeituosos.
- O adotado com o filho do adotante – (são irmãos)
- As pessoas casadas – ( 
- O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte – Questão de moralidade pública.
A união estável não será reconhecida se ocorrerem os incisos do Art. 1521, não se aplica a incidência do inciso VI no caso de pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
03/03/2016
Observação: Se apesar da existência dos impedimentos para o casamento. Se este ocorrer, na forma do Art 1548, II, CC, será nulo de pleno direito (será considerado concubinato). A nulidade do casamento, como trata-se de matéria de ordem pública, poderá ser oposta por qualquer pessoa, a qualquer tempo.
DOS IMPEDIMENTOS DIRIMENTES
CAUSA SUSPENSIVAS
O Código civil estabelece que determinadas pessoas, sob determinadas circunstâncias, não devem contrair núpcias, caso o façam, o código determina a incidência do regime de separação legal de bens. Art. 1523, CC)
A tutela de curatela somente se extingue após a devida prestação de contas para os herdeiros de todo gasto com o tutelado ou curatelado.
As causas suspensivas poderão ser arguidas por qualquer parente dos nubentes, até a celebração do casamento e posteriormente a celebração do casamento, somente pelos interessados.
DOCASAMENTO PUTATIVO
É o casamento, nulo ou anulável, que foi contraído de boa fé, por um dos cônjuges ou por ambos. A Lei determina que o cônjuge que se encontrar de boa fé, aproveitará os efeitos civis do casamento. (Art. 1561, par 1) (Art. 1561, par, CC)
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
Uma vez extraída a certidão de habilitação que possui prazo de validade de 90 dias, os nubentes encontravam-se aptos para a realização do casamento, o qual poderá ser público e particular.
O casamento público é aquele realizado nas dependências do RCPN, já o particular é aquele celebrado na residência ou em clubes. Em ambos casos, o casamento obrigatoriamente será realizado de portas abertas.
A finalidade é permitir que qualquer pessoa, caso conheça algum impedimento dos nubentes, que informe a autoridade celebrante.
Após o juiz ouvir a manifestação dos nubentes, a qual precisa ser verbal, pessoal, afirmativa e sucessiva. Após o juiz de paz ouvir a firmação dos nubentes, irá declarar realizado o casamento nos termos do Art. 1535, CC. Se antes do juiz de paz proferir as palavras sacramentais, um dos nubentes ou o próprio juiz de paz falecer, o casamento não será considerado válido. Entretanto, após a celebração do casamento e antes da assinatura do livro se um dos cônjuges falecer, o casamento será válido, pois a assinatura do livro é mero procedimento administrativo.
DO CASAMENTO POR PROCURAÇÃO
O casamento poderá ser realizado por procuração, realizado por instrumento público com poderes específicos. Como a manifestação é pessoal, cada cônjuge precisa de um procurador distinto, inexistindo restrições quanto ao sexo do procurador.
Se o mandante revogar a procuração e não certificar o mandatário, o casamento será considerado válido, caso ocorra a coabitação. Se esta não ocorrer e tendo o mandatário celebrado o ato, poderá exigir perdas e danos do mandante.
DA PROVA DO CASAMENTO
O casamento se prova mediante a certidão de registro, no caso de perda, basta solicitar a 2 via, entretanto, se por qualquer motivo, o cartório não puder emiti-la, deverá ser proposta a ação declaratória.
Na ação declaratória, primeiro deve-se demonstrar a razão, pela qual, se propõe a ação e posteriormente será demonstrada a existência do casamento.
Com a sentença, o juiz determinará o registro no RCPN (no livro de registro tardio), consequentemente, que seja extraída nova certidão de casamento.
DO CASAMENTO RELIGIOSO COM A PRODUÇÃO DE EFEITOS CIVIS
O casamento poderá ser celebrado pela autoridade religiosa com a produção de efeitos civis.
O casamento realizado somente no religioso poderá produzir efeitos civis, basta que os cônjuges solicitem ao RCPN, a produção dos efeitos civis. Todavia, precisarão de casamento, não possuam qualquer impedimento.
Existindo impedimento à época da celebração, somente, poderá ser considerado realizado o casamento, a partir do momento em que cessar o impedimento.
10/03/2016
DO CASAMENTO NULO
Em conformidade com o disposto no Art. 1548, será nulo o casamento contraído pela pessoa que não possa manifestar de forma inequívoca a sua vontade mesmo que este Estado seja transitório. 
A lei estabelece que as pessoas que contraírem o casamento com inobservância aos impedimentos do Art. 1521, acarretará a nulidade do ato.
Quanto ao pródigo este poderá contrair núpcias desde que o faça no regime da separação obrigatória de bens.
A ação de nulidade poderá ser proposta por qualquer interessado ou pelo MP. 
A sentença produzirá efeitos ex-nunc (não retroage), pois resguarda-se os direitos de terceiros de boa fé.
DO CASAMENTO INEXISTENTE (mediante coação física irresistível)
- É aquele contraído com a violação de algum dos elementos de existência (sujeitos, objeto e manifestação de vontade). Uma vez declarado inexistente os efeitos serão ex-tunc (retroagem) ressalvando-se os direitos de terceiro de boa fé.
DO CASAMENTO ANULÁVEL
- O CC estabelece as hipóteses de anulabilidade do casamento no Art. 1550
I – Quanto a idade núbil (dezesseis anos) se do casamento resultar gravidez na forma do Art. 1551, será considerado válido.
Quanto à ação anulatória o prazo decadencial será de 180 dias a partir do momento que cessar a incapacidade (a partir de 18 anos).
II – Menor em idade núbil sem autorização de um dos pais ou dos dois. No caso a pessoa já se encontra na idade núbil, todavia, a autorização para a habilitação foi irregular.
III – vicio de vontade nos termos do art 1556. I – identidade (civil, psíquica, física), honra e boa fama. II – praticado crime, III – defeito físico, IV – doença mental. 1558 – Coação resistível.
No inciso III verifica-se a possibilidade de se anular o casamento em decorrência de erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge.
Inciso IV. - Admite-se ainda, a anulabilidade do casamento em decorrência de um dos contraentes não possuir o pleno discernimento para prática do ato.
No caso do inciso V do art. 1550, será possível a anulabilidade se ocorrer a revogação do mandato desde que não ocorra a coabitação.
No caso do inciso VI, a incompetência da autoridade celebrante é territorial (competência relativa).
O Juiz togado somente poderá realizar casamento com autorização expressa do Presidente do Tribunal de Justiça.
Obs.: Atualmente a jurisprudência vem entendendo que o casamento celebrado por interesse financeiro caracteriza erro de identidade sobre o cônjuge admitindo-se sua anulabilidade.
Com a celebração do casamento passa a incidir o regime de bens e os deveres de ambos os cônjuges.
DOS DEVERES DE AMBOS OS CÔNJUGES
- Após a realização do casamento, incide deveres para ambos os cônjuges a saber:
I – Fidelidade recíproca (obrigação negativa – não trair o seu cônjuge). A violação deste dever poderá implicar culpa no caso da dissolução da sociedade conjugal. O sexo virtual, atualmente, segundo a jurisprudência, caracteriza adultério. Namorico não é adultério, mas sim injúria grave que possibilita a dissolução da sociedade conjugal com a discussão da culpa.
II - vida em comum no domicílio conjugal – quanto à vida em comum no domicílio conjugal, esta obrigação encontra-se relativizada sendo reconhecida hoje a possibilidade dos cônjuges residirem em imóveis distintos. Na vida “more uxório” compreende-se a prática do ato sexual. A recusa reiterada caracteriza violação do débito conjugal.
III – mútua assistência - esta abrange a assistência espiritual, moral e financeira.
24/03/2016
Quanto a guarda, sustento e educação dos filhos, esta decorre do poder familiar.
Quanto ao respeito e consideração mútua, esta obrigação não se extingue com a dissolução da sociedade conjugal
DO REGIME DE BENS
Com a celebração do casamento passa a incidir o regime de bens. No direito civil brasileiro vigora o princípio da livre escolha quanto ao regime de bens, logo, os nubentes ao procederem a habilitação deverão informar qual regime de bens vigorará no casamento.
No Código Civil de 1916 vigorará o princípio da imutabilidade do regime, logo, uma vez escolhido o regime, este vigora, até a dissolução da sociedade conjugal. O NCPC adotou o princípio da mutabilidade do regime de bens, logo, os cônjuges poderão, mediante a providência jurisdicional, com o pedido devidamente fundamentado, demonstrando a inexistência de prejuízos à terceiros, solicitar a alteração do regime de bens.
- Quanto a alteração do regime de bens dos casamentos celebrados na vigência do CC de 1916, a princípio não se admitia sua alteração, atualmente, a doutrina majoritária, em face do princípio da retroatividade mínima. (Art. 6 da LINDB), admite-se a alteração do regime.
- Caso os nubentes, tenham interesse em contrair núpcias, por um regime diverso do supletivo legal, deverão realizar o pacto antinupcial.
O regime da comunhão parcial de bens tornou-se o regime supletivo legal, com o advento da Lei 6.515/77 (lei do divórcio) anteriormente a lei do divórcio, o regime supletivo legal era o da comunhão universal de bens.
DO PACTO ANTENUPCIALQuando os nubentes optarem por um regime diverso do regime legal, deverão proceder ao pacto. Trata-se de um negócio jurídico formal, devendo obrigatoriamente ser realizado por um instrumento público.
A insolvência da forma exigida para a validade de pacto antenupcial, não invalida o casamento, o qual vigorará com o regime supletivo legal.
O pacto antenupcial é um negócio jurídico realizado, sob condições suspensivas.
No pacto antenupcial podem os nubentes, inserir cláusulas e condições, desde que, não contrariem a lei ou o próprio regime de bens escolhido.
No pacto não incidirá o princípio da redução (Art. 184, CC) logo, a nulidade de uma cláusula do pacto, implicará na nulidade de todo o pacto e, consequentemente, incidirá o regime da comunhão parcial de bens.
No pacto que adotar o regime da participação final de aquestos, podem os nubentes, inserir cláusula dispensando a outorga uxória do outro cônjuge (Art. 1658, I , CC)
DO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
Até o advento da Lei 6.515/77, era o regime legal e concretiza-se pela comunicabilidade, de todos os bens, presente e futuros, adquirido a título oneroso ou gratuito, assim como as dívidas passivas.
- Somente se excluirá da comunicabilidade patrimonial, os bens em conformidade com o disposto no Art. 1668, CC.
31/03/2016
DO REGIME DA SEPARAÇÃO DE BENS
Como não se trata do regime supletivo legal, haverá necessidade da realização do pacto antenupcial.
Este regime se divide em: 
Regime da Separação Legal ou Obrigatória de Bens – a Lei impõe em determinados casos que os nubentes ao contraírem núpcias deverão fazê-lo necessariamente por este regime. Em conformidade com o Art. 1641, as pessoas que contraírem núpcias com inobservância das causas suspensivas para o casamento independentemente do regime escolhido se sujeitarão a separação obrigatória. 
Quanto a determinação acerca da pessoa maior de setenta anos ser obrigada a adotar este regime evidencia-se a inconstitucionalidade, pois viola o princípio constitucional da isonomia.
Alguns doutrinadores defendem a legalidade do dispositivo para evitar o golpe do baú.
Quanto às pessoas em idade núbil que necessitem de suprimento judicial incidirá o regime da separação judicial.
Quanto ao efeito patrimonial, posteriormente a entrada em vigor da Lei 10.406/2002 (CC) a súmula 377, do STF, passa a ser majoritária. 
A comunicabilidade somente ocorrerá quanto aos bens adquiridos onerosamente na constância do casamento, evitando-se dessa forma o enriquecimento sem causa.
Regime da Separação convencional de bens – Neste regime, os cônjuges estabelecem a incomunicabilidade do patrimônio durante a vigência do casamento. No pacto antenupcial é permitido, quando da sua realização, que os nubentes estabeleçam a comunicabilidade de um determinado bem ou de alguns bens. O que não se admite é a inserção de cláusula determinando a comunicabilidade de todo o patrimônio.
Obs.: No regime da separação convencional se no pacto antenupcial os nubentes determinarem a comunicabilidade de parte ou de um determinado bem a doutrina convencionou chamar este regime de separação parcial de bens.
DO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
Com o advento da Lei 6.515/77, torna-se o regime supletivo legal. Este regime implica na comunicabilidade patrimonial dos bens adquiridos a título oneroso ou por fato eventual.
Os bens anteriores ao casamento não se comunicarão.
Os bens se comunicam os adquiridos na constância do casamento a título oneroso mesmo que esteja só no nome de um dos cônjuges.
07/04/2016
DO REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL DE AQUESTOS.
Neste regime na vigência do casamento vigora a separação patrimonial possuindo cada cônjuge patrimônio próprio. Para a livre disposição independentemente da outorga uxória, haverá necessidade de se incluir no pacto antenupcial a livre disposição dos bens de cada cônjuge, desde que particulares.
Com a dissolução da sociedade conjugal será verificada a variação patrimonial presumindo a lei a meação.
05/05/2016
DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL
Em conformidade com o disposto no Art. 1571, CC, ocorre o término da sociedade conjugal pela morte de um dos cônjuges, pela nulidade ou anulabilidade do casamento, pela separação judicial e pelo divórcio.
O divórcio foi inserido através da Lei 6515/1977, permitindo a extinção do vínculo conjugal. 
O divórcio pode ser:
Divórcio direto – anteriormente a EC n 66/2010, somente poderia ser pleiteado se os cônjuges encontrassem separados de fato a pelo menos dois anos. O divórcio direto pode ser consensual ou litigioso. Sendo consensual os cônjuges se encontram em comum acordo e consequentemente se o divórcio for judicial a Petição Inicial será assinada por ambos os cônjuges.
Em conformidade com o ART. 1581, CC, o divórcio poderá ser realizado sem a prévia partilha de bens, a qual será efetuada em um momento posterior.
Se na Petição Inicial os cônjuges informarem que os bens ficarão em condomínio estará evidenciada a partilha de bens sendo necessário a posteriori Ação de Extinção de Condomínio a qual se processará na Vara Cível.
Existindo filhos admite-se que na Inicial já se estabeleça a pensão alimentícia, a guarda e a regulamentação de visita.
O divórcio direto litigioso ocorre quando um dos cônjuges não mais tem o interesse de manter o casamento ou imputa ao outro a violação do débito conjugal. Um dos cônjuges será o autor e o outro o réu. Se o réu não contestar sofrerá os efeitos da revelia e após a certificação pelo cartório da inexistência de contestação, o Juiz irá proferir a sentença em 30 dias.
Se o divórcio imputar a culpa as partes deverão produzir as provas necessárias para que o Juiz possa firmar o seu convencimento.
Após a audiência, no prazo de 30 dias, o Juiz deverá proferir a sentença.
O divórcio conversão caracteriza-se pela conversão da separação judicial em divórcio. Exigia antes da Emenda Constitucional 66 um ano do trânsito em julgado da separação judicial.
A conversão realiza-se nos mesmos termos estabelecidos na ação que decretou a separação judicial. Qualquer alteração deverá ser solicitada mediante ação própria (Ex. Exoneração de pensão).
O divórcio conversão será consensual ou litigioso. No litigioso não há discussão de culpa pois esta já ocorreu eventualmente na Ação de Separação Judicial.
Com o advento da EC 66/2010, inexiste prazo para o divórcio.
Atualmente, a separação judicial não é mais utilizada em razão da inexistência de prazo para a realização do divórcio. Ressalta-se que as pessoas que se encontram separadas judicialmente caso queiram o reestabelecimento da sociedade conjugal poderão fazê-lo mediante uma simples petição ao Juízo que decretou a separação judicial e consequentemente ocorrerá o reestabelecimento nos mesmos termos do casamento.
DO DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL
O divórcio consensual poderá ser realizado extrajudicialmente conforme a Lei 11.441/2007. Para sua realização, exige-se que 
seja consensual, 
com prévia partilha de bens, 
inexistência de filhos menores, 
inexistência de gravidez 
e assistência de um advogado. A certidão expedida deverá ser registrada junto ao RCPN.
DA UNIÃO ESTÁVEL
Somente passa a ser reconhecida como entidade familiar com o advento da Constituição Federal no Art. 226, par 3. 
Apesar da previsão constitucional somente com Lei 8.971/94, a União Estável passa a ser regulamentada no direito brasileiro.
Anteriormente à Lei 8971/94, no caso da existência de uma União Estável, existia a necessidade de se demonstrar a existência de uma sociedade de fato e no caso de sua dissolução, indenização por serviços prestados.
A lei 8971/94 ao entrar em vigor somente reconhecia a união estável na hipótese das pessoas se encontrarem na qualidade de companheiros a pelo menos cinco anos a contar da data de entrada em vigor da lei ou na hipótese da existência de prole. 
A lei reconheceu o direito a meação dos bens adquiridos onerosamente.
Estabeleceu ainda, a equiparação do companheiro ao cônjugena ordem da vocação hereditária do Art. 1603, CC de 1916.
Com o advento da Lei 9.278/96, deixa de existir lapso temporal para a caracterização da união estável. Exige-se que a convivência seja pública, contínua e duradoura com a finalidade de constituir família.
A jurisprudência firmou-se no sentido de que a Lei 9.278 derrogou a Lei 8.971 passando consequentemente a União Estável a ser regulada por ambas as Leis.
Com o Novo Código Civil de 2002 (Lei 10.406/2001), a União Estável possui os mesmos requisitos estabelecidos pela Lei 9.278.
Somente se admite a União Estável quando a pessoa não possuir impedimentos para o casamento salvo se a pessoa casada se encontrar separada de fato ou judicialmente. Art. 1723,par1.
Quanto ao regime de bens, salvo contrato escrito, vigora o regime da comunhão parcial de bens.
O novo CC determina que a União Estável possa se converter em casamento mediante pedido ao Juiz (Ação de Conversão de União Estável em Casamento). A finalidade é a produção de efeito ex-tunc (retroage), eles serão considerados casados desde o início da constituição da união estável.
Quanto a união homo afetiva o STF reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
12 05 2016
DA FILIAÇÃO
Em face do Princípio Constitucional da isonomia entre os filhos, não poderá haver distinção, proibidas quaisquer designações discriminatórias.
Critérios determinantes da filiação:
Nascidos até 180 dias após o início do estabelecimento da sociedade conjugal.
Nascidos nos 300 dias subsequentes a dissolução da sociedade conjugal. Neste caso, 300 dias, é o prazo máximo de gestação. A contagem do prazo se inicia após a separação de corpos ou a separação de fato.
Havidos por fecundação artificial homóloga (mesmo pai e mãe) mesmo falecido o marido. A inseminação artificial pós-morte somente será admitida neste caso se existir autorização expressa do marido.
Havidos por inseminação artificial heteróloga, mesmo que falecido o marido. Há necessidade de expressa e neste caso a paternidade se baseia no Princípio da Afetividade.
Inexistindo autorização expressa do marido posteriormente a sua morte não haverá presunção de paternidade.
DO RECONHECMENTO DOS FILHOS
Voluntária – É irrevogável. Decorre da própria vontade admitindo se sua realização por atos intervivos ou causa-mortis. Poderá ser por escrito particular ou por instrumento público. Não se admite no ato do reconhecimento voluntário a inserção de condição ou termo. (Art. 1613, CC) (Ato jurídico lícito Stricto Senso)
Involuntária ou forçada – É aquele realizado mediante via judicial. A ação de investigação de paternidade é personalíssima, competindo ao filho enquanto viver (imprescritível). Passando aos herdeiros se morrer menor ou incapaz. (Art. 1606).
Sendo a ação proposta, no caso de falecimento do autor, acorrerá a sucessão processual.
DA AVERIGUAÇÃO OFICIOSA DA PATERNIDADE – Em conformidade com o art. 2, da Lei 8560/92 se a genitora proceder a certidão de nascimento sem informar o nome do genitor será encaminhado ao MP o qual será parte legítima para a propositura da ação.
Obs.: Em se tratando de ação de investigação de paternidade, o réu devidamente citado que se recusar a realização do exame de DNA, em conformidade com art. 231, CC, e Súmula 301 STJ, trará por consequência a presunção de paternidade.
Não há presunção de paternidade no caso de revelia.
DOS ALIMENTOS
Trata-se, segundo Orlando Gomes, da prestação fornecida a uma pessoa para satisfazer as necessidades da vida.
ESPÉCIES:
Quanto a natureza
Naturais – É a prestação fornecida com a finalidade de prover a subsistência do alimentado.
Civis ou côngruos – São os alimentos fornecidos para a manutenção do status sócia do alimentado. 
Quanto a causa jurídica
Legítima ou Legais – São os alimentos decorrentes do casamento, da união estável do parentesco e encontram-se previsto no art. 1694, CC.
Voluntários – É o que decorre da livre manifestação de vontade, como por exemplo, a doação de alimentos, como decorre de um contrato não se subordina ao binômio Necessidade X Possibilidade.
Indenizatórios – São os alimentos que tem por origem a prática de um ato ilícito. Ex.: Acidente de Empresa de Ônibus.
20/05/2016
QUANTO AO TEMPO
Definitivos – São os alimentos fixados, em sentença. Ressalta-se que a sentença que fixa alimentos, não faz coisa julgada material, podendo ser alterada a qualquer, tempo, em função do binômio NECESSIDA X POSSIBILIDADE.
Provisionais – São aqueles que encontram amparo no art. 4 da Lei 5478/98. Exigem a prova pré-constituída do dever de alimentar.
Provisório – São os alimentos pleiteados através de uma ação cautelar ou incidente. Uma vez produzida a prova do dever alimentar, tornam-se definitivos. Caso a prova demonstre a inexistência da obrigação alimentar, extingue-se os alimentos. Ressalva-se que os alimentos são irrepetíveis (não pode cobrar o que foi pago) em face do alimentado, todavia, aquele que pagou indevidamente os alimentos poderá exigir da pessoa que efetivamente deveria ter pago.
Obs.: O simples fato do alimentado completar a maioridade, não extingue o dever do alimentante. O STJ estabeleceu recentemente, nesta hipótese, a inversão do ônus da prova. Desta forma, o alimentante ao ingressar com a ação visando a exoneração do seu dever alimentar, não precisa demonstrar que o alimentado não mais necessita dos alimentos.
Quem precisa provar a necessidade da manutenção é o alimentado.
O dever alimentar decorre do Princípio da Solidariedade Familiar, por esta razão, inexiste limites para prestação alimentar, pautando-se a mesma no binômio NECESSIDADE X POSSIBILIDADE.
O Estatuto do Idoso, no art. 12, estabelece inclusive a obrigação dos filhos maiores à prestação dos alimentos.
Inexistindo parentes em linha reta que possam prestar os alimentos serão chamados os da linha colateral.
Os alimentos no novo CC são irrecusáveis, não podendo ser objeto de Novação, compensação ou penhora.
DO BEM DE FAMÍLIA
Este instituto surge no século XVIII NO Estado Americano do Texas com a finalidade de promover a colonização. Originariamente, o Estado do Texas estabeleceu que a pessoa que fixasse a sua residência no estado, teria o benefício da impenhorabilidade de sua residência e do terreno, por dívidas posteriores a sua fixação no Estado.
Em decorrência de sua aceitabilidade passou a ser utilizado por outros estados americanos.
Com o advento do CC francês, foi inserido o Instituto e consequentemente, como o CC de 1916 baseou-se no CC francês e alemão foi inserido no Direito Pátrio o Instituto do Bem de Família.
O CC de 1916, estabelecia que os cônjuges poderiam destinar um imóvel de seu patrimônio para bem de família. O imóvel precisava estar quitado e devidamente registrado no RGI.
Uma vez instituído, o imóvel se torna impenhorável e inalienável por dívidas posteriores a sua instituição (Art. 70, CC 1916). A impenhorabilidade recai sobre o imóvel, o terreno, os equipamentos, as plantações, as benfeitorias, as acessões e pertenças.
Somente se excepcionaria a impenhorabilidade por dívidas decorrentes de impostos relativos ao próprio prédio e por despesas do condomínio (década de 40).
A instituição perdurou enquanto a entidade familiar fosse viva e até que os filhos menores completassem a maioridade (Art. 73, CC/1916)
DO BEM DE FAMÍLIA LEGAL (L 8009/90)
A Lei estabeleceu que o imóvel utilizado como residência familiar será considerado bem de família, independentemente da providência da entidade familiar.
Atualmente, a jurisprudência admite que vários imóveis possam ser simultaneamente objeto de proteção da lei.
Este imóvel apesar da impenhorabilidade é passível de ser alienado independentemente de autorização judicial. A exceção à impenhorabilidade encontra-se prevista no art. 3, da Lei 8009/90. No caso do falecimento da entidade familiar este imóvel será inventariado e partilhado.
No novo CC o bem de família voluntário sofreu profundas alterações.
Atualmente para a instituição do bem de famíliasomente poderá ocorrer no limite de um terço do patrimônio líquido dos instituidores a época da instituição.
Uma vez instituído o bem de família mediante o registro junto à matrícula do imóvel torna-se impenhorável e inalienável excepcionando as dívidas decorrentes de tributos relativos ao prédio e despesas de condomínio conforme art. 1715, CC.
Se posteriormente a entidade familiar não possuir condições de manutenção do bem, como bem de família, poderá solicitar ao Juiz, ouvido o MP, a sua extinção.
A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família, todavia, se a dissolução ocorrer pela morte de um dos cônjuges e for o único bem do casal, o cônjuge sobrevivo poderá solicitar a extinção do gravame.
Caso a dissolução da sociedade conjugal ocorra por qualquer outro motivo não se extinguem o bem de família.
Obs.: Atualmente, possuímos duas espécies de bem de família, o legal ( Lei ???/90) e o convencional previsto no CC. Somente poderá ser beneficiário da Lei 8009/90 quem não houver registrado seu imóvel como bem de família convencional.

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