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TECIDO EPITELIAL

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CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
TECIDO EPITELIAL 
 
 Os epitélios são constituídos por células poliédricas justapostas (se aderem, geralmente, 
por meio de junções intercelulares) entre as quais há pouca substância extracelular. 
 
Principais funções: revestimento de superfícies (por exemplo, na pele), absorção de moléculas 
(por exemplo, nos intestinos), secreção (nas glândulas), percepção de estímulos (por exemplo, o 
neuroepitélio olfatório e gustativo) e contração (exercida pelas células mioepiteliais). 
 
 Praticamente todos os epitélios estão apoiados sobre tecido conjuntivo. No caso dos 
epitélios que revestem as cavidades de órgãos ocos, esta camada de tecido conjuntivo recebe o 
nome de lâmina própria. A porção da célula epitelial voltada para o tecido conjuntivo é 
denominada pólo basal e extremidade oposta, geralmente voltada para uma cavidade ou espaço, 
é denominada pólo apical; a superfície desta última região é chamada superfície livre. 
 
 Na superfície de contato entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente há uma 
estrutura chamada lâmina basal. Esta estrutura só é visível com o microscópio eletrônico, 
aparecendo como uma camada elétron-densa, formada por uma delicada rede de delgadas fibrilas 
(lâmina densa). As lâminas basais podem ter ainda camadas elétron-lucentes em um ou ambos os 
lados da lâmina densa, chamadas de lâminas lúcidas. Os componentes principais das lâminas 
basais são colágeno tipo IV, as glicoproteínas laminina e entactina e proteoglicanos (por 
exemplo, perlecan, um proteoglicano de heparan sulfato). A lâmina basal se prende ao tecido 
conjuntivo por meio de fibrilas de ancoragem de colágeno tipo VII. 
 
 Lâminas basais existem também onde outros tipos de células entram em contato com 
tecido conjuntivo. Seus componentes são secretados pelas células epiteliais, musculares, adiposas 
e de Schwann. Em alguns casos, fibras reticulares (produzidas por células do tecido conjuntivo) 
estão intimamente associadas à lâmina basal, constituindo a lâmina reticular. 
 
Funções das lâminas basais: papel estrutural e na filtração de moléculas; influenciar a 
polaridade das células; regular a proliferação e a diferenciação celular, ligando-se com fatores de 
crescimento; influir no metabolismo celular; organizar as proteínas nas membranas plasmáticas de 
células adjacentes, afetando a transdução de sinais através destas membranas; servir como 
caminho e suporte para migração de células. A lâmina basal parece conter informações 
necessárias para algumas interações célula-célula, como reinervação de células musculares (é 
necessária para o estabelecimento de novas junções neuromusculares). 
 
 O nome membrana basal é usado para denominar uma camada situada abaixo de 
epitélios, visível ao microscópio de luz e que é formada pela fusão de duas lâminas basais ou 
de uma lâmina basal e uma lâmina reticular. 
 
 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
JUNÇÕES INTERCELULARES 
 
 A adesão entre células é em parte devida à ação coesiva dos membros de uma família de 
glicoproteínas transmembrana chamadas caderinas, que são dependentes de Ca²+. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
JUNÇÕES DE ADESÃO 
ZÔNULAS DE ADESÃO DESMOSSOMOS ou MÁCULAS 
DE ADESÃO 
HEMIDESMOSSOMOS 
* Na célula, parece abaixo da 
zônula de oclusão; 
* Circunda a célula e 
contribui para a aderência 
entre células vizinhas; 
* Uma característica 
importante desta junção é a 
inserção de numerosos 
filamentos de actina em 
placas de material elétron-
denso presentes no 
citoplasma subjacente à 
membrana da junção. Os 
filamentos fazem parte da 
trama terminal, uma rede de 
filamentos de actina, 
filamentos intermediários e 
espectrina existente no 
citoplasma apical de muitas 
células epiteliais. 
* É uma estrutura em forma de 
disco, presente na superfície de 
uma célula, e que é sobreposta à 
estrutura idêntica presente na 
superfície da célula adjacente; 
* No lado citoplasmático da 
membrana de cada uma das 
células, e separada da membrana 
por um estreito espaço, há uma 
placa circular chamada placa de 
ancoragem composta de pelo 
menos 12 proteínas; 
* Em células epiteliais, filamentos 
intermediários de queratina se 
inserem na placa de ancoragem ou 
então formam alças que retornam 
ao citoplasma. Como os filamentos 
intermediários de queratina são 
muito fortes, os desmossomos 
promovem uma adesão bastante 
firme entre as células; 
* Em células não epiteliais os 
filamentos intermediários ancorados 
em desmossomos não são 
constituídos de queratina mas de 
outras proteínas, como desmina e 
vimentina; 
* Proteínas da família da caderina 
participam da adesão provida por 
desmossomos, mas pode ser 
abolida pela remoção de Ca²+. 
* Têm a estrutura de meio 
desmossomo e prendem a 
célula epitelial à lâmina basal. 
No entanto, nos 
desmossomos as placas de 
ancoragem contêm 
principalmente caderinas, 
enquanto nos 
hemidesmossomos as placas 
contêm integrinas, uma 
família de proteínas 
transmembrana que pode agir 
como receptores para 
macromoléculas da matriz 
extracelular, tais como 
laminina e colágeno tipo IV. 
 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
JUNÇÕES IMPERMEÁVEIS 
ZÔNULAS DE OCLUSÃO ou JUNÇÕES ESTREITAS 
* São as junções mais apicais da sequência; 
* Cada zônula de oclusão forma um cinturão que circunda a célula completamente; 
* A função principal é promover uma vedação que impede o movimento de materiais entre 
células epiteliais, tanto do ápice para a base como da base para o ápice. Deste modo, as zônulas 
de oclusão participam da formação de compartimentos funcionais delimitados por folhetos de 
células epiteliais. 
 
JUNÇÕES DE COMUNICAÇÃO 
JUNÇÕES COMUNICANTES ou JUNÇÕES GAP 
* Não estão presentes no músculo esquelético; 
* São formadas por porções de membrana plasmática em forma de placas, onde há agregados 
de partículas intramembranosas; 
* As proteínas da junção comunicante, chamadas conexinas, organizam-se em hexâmeros em 
torno de um poro hidrófilo. Este conjunto, chamado conexon, é a unidade estrutural da junção. 
Conexons de uma célula se alinham com conexons de células vizinhas de modo a formar canais 
hidrófilos entre as duas células; 
* As junções comunicantes permitem o intercâmbio de moléculas de até 1.500 Da. Moléculas de 
sinalização como AMP e GMP cíclicos, íons e alguns hormônios podem atravessar essas junções 
fazendo com que as células de muitos tecidos trabalhem de uma maneira coordenada em lugar 
de agirem como unidades independentes (ex.: participam da coordenação das contrações do 
músculo cardíaco); 
* São mantidas por um processo ativo e, por esse motivo, inibidores metabólicos (especialmente 
aqueles que bloqueiam a fosforilação oxidativa) inibem sua formação. 
 
* Complexo unitivo: conjunto de zônula de oclusão, zônula de adesão e toda a parede lateral 
da região apical de muitos tipos de células mais a fileira de desmossomos. 
 
 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE LIVRE DAS CÉLULAS EPITELIAIS 
 
Microvilos: projeções em forma de dedos, ou pregas de trajeto sinuoso; presente em células que 
exercem intensa absorção como as do epitélio de revestimento do intestino delgado e dos túbulos 
proximais dos rins; nestas células absortivas, o glicocálice é mais espesso que na maioria das 
células e o conjunto de glicocálice e microvilos é visto facilmente ao microscópio de luz, sendo 
chamado de borda em escova ou borda estriada; no interior dos microvilos há grupos de 
filamentos de actina. 
 
 
 
Estereocílios: prolongamentos longos e imóveis de células do epidídimoe do ducto deferente 
que na verdade são microvilos longos e ramificados e que, portanto, não devem ser confundidos 
com os verdadeiros cílios; aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de 
moléculas para dentro e para fora da célula. 
 
 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
 
Cílios: prolongamentos longos e dotados de motilidade, presentes na superfície de algumas 
células epiteliais; são envolvidos pela membrana plasmática e contêm dois microtúbulos centrais, 
cercados por nove pares de microtúbulos periféricos; os cílios são inseridos em corpúsculos 
basais, que são estruturas elétron-densas situadas no ápice das células, logo abaixo da membrana 
(a estrutura dos corpúsculos basais é análoga à dos centríolos); o ATP é a fonte de energia para o 
movimento ciliar. 
 
Flagelos: a estrutura dos flagelos, que no corpo humano estão presentes apenas em 
espermatozoides, é semelhante à dos cílios, porém os flagelos são mais longos e limitados a um 
por célula. 
 
TIPOS DE EPITÉLIOS 
 
1 - Epitélios de Revestimento 
 
 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
 
 
 As células neuroepiteliais sãos células de origem epitelial que constituem epitélios com 
funções sensoriais especializadas (ex.: células das papilas gustativas e da mucosa olfatória). As 
células mioepiteliais são células ramificadas que contêm miosina e um grande número de 
filamentos de actina. Elas são capazes de contração, agindo, por exemplo, nas porções secretoras 
das glândulas mamárias sudoríparas e salivares. 
 
2 - Epitélios Glandulares 
 
 As moléculas a serem secretadas são em geral temporariamente armazenadas nas células 
em pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, chamadas grânulos de secreção. 
 
 As células epiteliais glandulares podem sintetizar, armazenar e secretar proteínas (por 
exemplo, pâncreas), lipídios (adrenal e glândulas sebáceas) ou complexos de carboidrato e 
proteínas (glândulas salivares). As glândulas mamárias secretam todos os tipos de substâncias. 
Menos comuns são as células de glândulas que têm baixa atividade sintética, como as 
sudoríparas, que secretam principalmente substâncias transportadas do sangue ao lúmen da 
glândula. 
 
 Um exemplo de glândula unicelular é célula caliciforme, presente no revestimento do 
intestino delgado ou do trato respiratório. 
 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
 As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células 
proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após o que sofrem diferenciação adicional. 
As glândulas exócrinas mantêm sua conexão com o epitélio do qual se originaram. Esta 
conexão toma a forma de ductos tubulares formados por células epiteliais e através destes ductos 
as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade. Nas glândulas 
endócrinas, a conexão com o epitélio foi obliterada durante o desenvolvimento. Estas glândulas, 
portanto, não têm ductos e suas secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu 
local de ação pela circulação. 
 
 De acordo com a organização de suas células, podem ser diferenciados dois tipos de 
glândulas endócrinas. No primeiro tipo, as células formam cordões anastomosados, entremeados 
por capilares sanguíneos (ex.: adrenal, paratireoide, lóbulo anterior da hipófise). No segundo tipo, 
as células formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado (ex.: glândula 
tireoide). 
 
 As glândulas exócrinas têm uma porção secretora (adenômero) constituída pelas células 
responsáveis pelo processo secretório e ductos que transportam a secreção eliminada das células. 
 
 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
 Alguns órgãos têm funções tanto endócrinas como exócrinas e um só tipo de célula pode 
funcionar de ambas as maneiras - por exemplo, no fígado, onde células que secretam bile através 
de um sistema de ductos também secretam produtos na circulação sanguínea. Em outros órgãos, 
algumas células são especializadas em secreção exócrina e outras em secreção endócrina; no 
pâncreas, por exemplo, as células acinosas secretam enzimas digestivas na cavidade intestinal, 
enquanto as células das ilhotas secretam insulina e glucagon no sangue. 
 
BIOLOGIA DOS TECIDOS EPITELIAIS 
 
 A área de contato entre o epitélio e a lâmina própria pode ser aumentada pela existência 
de uma interface irregular entre os dois tecidos, sob forma de evaginações do conjuntivo, 
chamadas papilas. As papilas existem com maior frequência em tecidos epiteliais de revestimento 
sujeitos a forças mecânicas, como pele, língua e gengiva. 
 
Polaridade 
 Em muitas células a distribuição de organelas no pólo basal é diferente no pólo apical. Isto 
significa que diferentes partes dessas células podem ter diferentes funções. 
 Os vasos sanguíneos não penetram nos epitélios e, portanto, todos os nutrientes das 
células epiteliais devem vir dos capilares sanguíneos existentes no tecido conjuntivo subjacente. 
Esses nutrientes se difundem pela lâmina basal e entram nas células epiteliais através da 
superfície baso-lateral. Receptores para mensageiros químicos que influenciam a atividade das 
células epiteliais estão localizados na membrana baso-lateral. Em células epiteliais que têm 
intensa atividade de absorção, a membrana apical pode possuir proteínas intergrais de membrana 
que são enzimas, como dissacaridases e peptidases, que completam a digestão de moléculas a 
serem absorvidas. A diferença entre as várias porções da membrana é provavelmente mantida por 
junções estreitas que impedem que proteínas integrais da membrana de uma região passem para 
outra região. 
 
Inervação 
 A maioria dos tecidos epiteliais é ricamente inervada por terminações nervosas 
provenientes de plexos nervosos da lâmina própria. 
 
Renovação das Células Epiteliais 
 Em tecidos epiteliais de revestimento estratificados ou pseudo-estratificados as mitoses 
ocorrem na camada basal do epitélio, a camada mais interna próxima à lâmina basal, onde se 
encontram as células-tronco desses epitélios. 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação Médica 
 
Em certas condições anormais, um tipo de tecido epitelial (ou conjuntivo) pode transformar-
se em outro - metaplasia. Exemplos: transformação do epitélio pseudo-estratificado ciliado 
que reveste os brônquios em epitélio estratificado pavimentoso em fumantes; em indivíduos 
com deficiência crônica A, os tecidos epiteliais presentes nos brônquios e bexiga urinários são 
substituídos gradualmente por epitélio estratificado pavimentoso. 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
Controle da Atividade Glandular 
 Normalmente as glândulas sãos sensíveis tanto ao controle nervoso como ao endócrino. 
 
Células que Transportam Íons 
 Todas as células são capazes de realizar transporte ativo de íons, contra seu gradiente de 
concentração e de potencial elétrico. 
 Algumas células epiteliais (por exemplo, dos túbulos proximais e distais do rim e dos ductos 
estriados das glândulas salivares) usam a bomba de sódio para transferir sódio através do epitélio 
do ápice para a base; isto é conhecido como transporte transcelular. 
 
Células que Transportam por Pinocitose 
 Os epitélios simples pavimentosos que revestem os capilares sanguíneos e linfáticos 
(endotélios) ou que revestem as cavidades do corpo (mesotélios) realizam pinocitose e suas 
células são pobres em organelas. Essas células usam vesículas para transportar moléculas entre 
uma cavidade e o tecido conjuntivo que se apoiam e este transporte pode fluir através das células 
em ambas as direções. 
 
Células Serosas 
 As células acinosas do pâncreas e das glândulas salivaresparótidas são exemplos de 
células serosas. As células serosas são poliédricas ou piramidais, têm núcleos centrais 
arredondados e polaridade bem definida. A região basal destas células exibe uma intensa 
basofilia, que resulta do grande acúmulo de retículo endoplasmático rugoso sob forma de 
cisternas associadas a abundantes polirribossomos. Na região apical há um complexo de Golgi 
bem desenvolvido e muitas vesículas arredondadas, envolvidas por membrana e com conteúdo 
rico em proteínas (grânulos de secreção). Em células que produzem enzimas digestivas, como as 
acinosas do pâncreas, estas vesículas são chamadas de grânulos de zimogênio. 
 
Células Secretoras de Muco 
 A célula secretora de muco mais bem estudada é a célula caliciforme dos intestinos e sua 
secreção é constituída por glicoproteínas intensamente hidrofílicas. O aparelho de Golgi é muito 
desenvolvido. 
 
Sistema Neuroendócrino Difuso 
 Estudos feitos inicialmente no sistema digestivo revelaram a presença de um grande 
número de células endócrinas, entremeadas nas células epiteliais não endócrinas. 
 
Células Mioepiteliais 
 Várias glândulas exócrinas (ex.: sudoríparas, lacrimais, salivares e mamárias) contêm 
células mioepiteliais fusiformes ou de forma estrelada. Estas abraçam as unidades secretoras da 
glândula como um polvo abraçaria um pedregulho arredondado. Elas se localizam entre a lâmina 
basal e o pólo basal das células secretoras ou das células dos ductos. São conectadas umas às 
outras por junções comunicantes e desmossomos. O citoplasma contém numerosos filamentos de 
actina e miosina. As células mioepiteliais também apresentam filamentos intermediários de 
 
CAROLINE FELICIANO - MED 107 
 
queratina, o que confirma sua origem epitelial. A função dessas células é contrair-se em volta da 
porção secretora ou condutora da glândula e assim ajudar a impelir os produtos de secreção para 
o exterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo da 11ª edição do livro Histologia Básica - Luiz C. Junqueira e José Carneiro. 
Aplicação Médica 
Tumores benignos e malignos podem originar-se da maioria dos tipos de células epiteliais. 
Carcinoma é um tumor maligno de origem epitelial (a denominação sarcoma é reservada para 
tumores originados do tecido conjuntivo). Os tumores malignos derivados de tecidos epiteliais 
glandulares são normalmente denominados adenocarcinomas; estes são os tumores mais 
comuns em adultos.

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