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Fichameto 4 Geo. Política Raffestin

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GF 406 -   GEOGRAFIA POLÍTICA  
Prof. Márcio Cataia – PED Luciano P. Duarte.
Bruna Cristina Gama Campagnuci RA: 135124  
  
FICHAMENTO    (Aula 4) 
RAFFESTIN, C. O poder (cap. III). In Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ática. 1993.
“O terceiro capítulo, “O poder” da obra de Claude Raffestin “Por uma geografia do poder”, divide-se em 3 seções: O que é o poder; Os trunfos do Poder e O campo do Poder. No primeiro deles o autor traz inicialmente um debate de distinção entre o poder (com letra minúscula) e o Poder (com letra maiúscula), onde o segundo se faz presente no Estado e em seu território, sendo também mais fácil de ser reparado “por que se manifesta por intermédio dos aparelhos complexos que cercam o território, controlam a população e dominam os recursos”(p.52). 
Para Raffestin, podemos encontra o poder em todos os lugares sendo inútil procura-lo n existência de um lugar central, visto que ele é o que o autor chama de alicerce móvel das relações de força, que induzem estados de poder constantemente a partir das desigualdades. 	A partir desta ideia principal, Raffestin segue afirmando que o poder se faz através das relações de força construindo o que ele chama de “Campo do Poder”(p.53). O qual se aparenta ao um campo de força de um imã. Raffestin segue esse raciocínio apresentando algumas formas de definição do Poder por Foucault e conclui disso que toda relação é um foco de surgimento do poder, o qual nasce de profundas estruturas e esta diretamente ligado “à manipulação dos fluxos que atravessam e desligam a relação, a saber, a energia e a informação”(p.54), ou seja, o poder é uma combinação entre a energia e a informação que pode varias suas forças entre um fator e o outro. Para exemplificar tal ideia Raffestin apresenta um gráfico onde temos em um eixo a energia; no outro a informação e alguns vetores de variação do poder de acordo com a intensidade de um ou outro componente. É importante ressaltar que o autor também afirma que há uma ligação entre o poder e o saber, visto que a energia pode ser transformada em informação, através do trabalho e das relações sociais do homem. 
Em "Os trunfos do Poder", o autor inicia afirmando que a população esta na gênese de todo o poder dando ao território sa importância nesta questão. Normalmente o triunfo do poder está associado ao domínio de determinada localização ou povo. Segundo o autor " O território é um triunfo particular, recurso e entrave, continente e conteúdo, tudo ao mesmo tempo. O território é espaço político por excelência, o campo de ação dos triunfos. " (p. 59 e 60). Desse modo, certa organização é fundamental para estabelecer relações entre os tipos de triunfo existentes e não cometer erros que podem ser fatais, e gerem como consequência a perda de um dos triunfos.
Em seguida em, "O campo do Poder" são feitas distinções, sobre os tipos de relações que podem ser estabelecidas pelo poder. São estabelecidas relações assimétricas ou dissimétricas, em que há ganhos e custos para aqueles que se associam. Uma outra associação pode ser de ganho/perda para os dois atores; relações em que um dos atores sai ganhando e o outro ator perde, e o contrário; relações em que existem 3 ou mais participantes e que boa parte dos pressupostos são dissimétricos; existem sistemas em que 3 ou mais participam e existe equilíbrio de ganhos e custos por parte dos atores e, por fim, relações fundamentais pelos participantes e que os custos acabam se elevando em relação aos ganhos.
Sem sombras de dúvidas as correlações são necessárias, em algumas delas todos os envolvidos saem ganhando, em outras, todos os envolvidos acabam perdendo e existem as associações em que os atores acabam entrando em equilíbrio de custos e gastos. A partir dessas relações de associação é que o triunfo do poder pode ocorrer, sendo consideradas correlações positivas para algumas e negativas para outros.

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