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Fichamento 1 Geo Politica BORON

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GF 406 -   GEOGRAFIA POLÍTICA 
Prof. Márcio Cataia – PED Luciano P. Duarte
Bruna Cristina Gama Campagnuci		 	RA: 135124 
 
FICHAMENTO      (Aula 1)
BORÓN, A. O retorno da geopolítica. Correio da Cidadania, 09/05/2014.
O autor inicia seu trabalho anunciando a problemática geopolítica presente no estudo das relações internacionais, ou segundo ele, o imperialismo. Primeiro porque o assunto tinha sido expulso dos campos dos assuntos internacionais e nas obras dos pensadores de esquerda, mas agora voltou à tona, e segundo por que “sua reincorporação não tem nada de casual ou acidental, mas é um sintoma de um fenômeno que transcende o plano da teoria e semiologia: a decadência do império norte-americano”. 
Para Borón, e também ao meu ver, um dos motivos da Geopolítica ter perdido sua força é o fato de seus conceitos e generalizações estarem presentes na obra de Karl Ernst Haushofer, geógrafo e general alemão, o qual debruçado sobre o conceito de espaço vital propôs uma visão vigorosamente determinista, no que se refere nas relações entre os diferentes estados. Foi tal conceito a inspiração de Hitler para justificar o expansionismo alemão e consequentemente a composição da Segunda Guerra Mundial. “Hauschofer teve como fonte de inspiração a obra de um geógrafo e politico britânico, Halfor John Mackinder, que em 1904 havia escrito um muito influente artigo sobre ‘o pivô geográfico da história"
A geopolítica, por sua vez nascida em um contexto colonial, imperial e racista, hoje ressurge a partir desse contexto capitalista atual, o qual conta com um modo de produção global e despossessão territorial. Contexto este que direciona Milton Santos e David Harvey à geografia Marxista, visto que o política e a luta de classe se desenvolve sobre bases territoriais e sociais, proporcionando uma articulação entre a analise da geografia, o espaço e os fatores econômicos; sociais políticos e militares, e demanda uma "reflexão sistemática sobre a geopolítica do imperialismo".
Há varias razões convincentes para a esquerda retomar as problemáticas geopolíticas, segundo o autor, mas o motivo para a direita já o ter feito é a moda intelectual de autores acadêmicos norte-americanos, os quais usam cada fez mais a geopolítica em seus debates e pesquisas. Porem, não se trata simplesmente de uma moda, e sim de uma forma das classes dominante norte-americanas cuidar para que não sofra perdas inadmissíveis. O autor mostra como exemplos o grande arsenal dos EUA, que pode acabar com a vida de todo o planeta e a preocupação com o enfraquecimento do modo de vida e segurança nacional de acordo com a redistribuição mundial do poder, trazendo alguns acontecimentos como exemplo destes fenômenos.
"Mudanças inesperadas, muito profundas e ocorridas em tempo muito curto, que nos obrigam a refletir sobre - e a atuar em - uma transição geopolítica mundial que dificilmente pode ser realizada de forma pacífica. Se olharmos para as lições da história, todas as transições geopolíticas anteriores foram violentas. Nada permite supor que hoje a história será mais benigna para os nossos contemporâneos, especialmente se reparada a desproporção fenomenal de recursos militares que são retidos pelo centro imperial, comparativamente a todos os outros países do planeta".

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