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Fichameto 2 Geo. Política HATZEL

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GF 406 -   GEOGRAFIA POLÍTICA  
Prof. Márcio Cataia – PED Luciano P. Duarte 
Bruna Cristina Gama Campagnuci RA: 135124  
  
FICHAMENTO    (Aula 2) 
RATZEL, Friedrich. O solo, a sociedade e o Estado. Revista do Depto. de Geografia. São Paulo, FFLCH-USP, n. 2, 1982, pp 93-101.
No primeiro paragrafo de seu trabalho, Hatzel já traz a importante concepção de que não se tem Estado sem um solo, sem um território, dando importância à Geografia Política. Deste modo também deve ser com o tipo mais simples de sociedade, o seja são irrepresentáveis sem um solo, porem segundo o autor, mais fácil perceber as leis da evolução geográfica do desenvolvimento da família e da sociedade do que no desenvolvimento do estado, visto que as primeiras estão mais profundamente enraizadas no solo.
Em HABIATÃO E ALIMENTAÇÃO Hatzel defende que, entre o homem e o solo há essencialmente 2 relação:
- habitação: a qual permaneceu quase que invariável no tempo, mas possui diferenças que podem ir desde pastores nômades ou agricultores da África tropical (mesmo sem uma organização politica e com uma fraca ligação com o solo) à apartamentos amontoados.
- alimentação: sendo esta a necessidade de quaisquer seres, e condicionante para o lugar de habitação e extensão do terreno de produção e tempo de permanência em um local de acordo com as fontes de alimentação.
 “A caça emprega os homens de preferencia, enquanto que coleta de fruto é muito mais ocupação das mulheres e crianças. Quanto mais a caça e a pesca são produtivas, mais há mulheres e crianças disponíveis para o trabalho doméstico; e tanto mais, por consequência, a casa pode ser solidamente construída e convenientemente disposta” (p.95).
É dessa necessidade, de permanência no solo de acordo com a habitação e alimentação, que o estado extrai sua força, pois sua tarefa é proteger o território contra ataques esternos. É importante ressaltar ainda deste tópico, a existência de uma confusão ainda entre o estado e a família, o caráter político é recoberto pelo caráter doméstico e somente quando a família se fragmenta e os acordos sociais se distinguem é que vemos o estado com o objetivo de defender o solo.
No terceiro capítulo, “O SOLO E A FAMÍLIA”, o autor debruça-se sobre a relação da família e o solo, a qual se dá na forma mais simples em uma família monogâmica e expande-se assim seu território conforme o crescimento da família, podendo chegar à um clã, e por sua vez se faz como estado. Porem quando chega “gente de fora” se sente os efeitos das diferenças dos valores de terra e dessa forma, em meio á separação em unidades políticas e econômicas, que o estado se forma.
Já em “O SOLO E O ESTADO”, quarto capítulo, Hatzel expressa que todo o crescimento da sociedade é um crescimento do estado, e quando este estabelece limites as sua dimensão, se adensa condicionadamente o crescimento natural da população, se não houver obstáculos. Porem se não houvesse intervenção, política ou social, a relação do homem com o solo de alteraria em todos os lugares aumentando-se sempre mais a população quanto que se reduz a parcela de solo ocupada, sendo o estado o responsável por impedir esse crescimento natural e determinando migrações. 
Ainda dentro deste capitulo, o autor diante dos fatos por ele apresentados, diz então que a sociedade é o intermediário entre o estado e o solo. Pois se não houver um equilíbrio entre a atividade economia, social e o território há uma instabilidade na constituição do Estado. Desse modo, ele afirma nas linhas seguintes que o “solo é a base real da política”(p.99), pois a organização de uma sociedade depende de seu solo e o conhecimento da natureza física do território. “ Uma política verdadeiramente prática tem sempre um pouto da partida na geografia.” (p.99), já que o solo se faz fonte de toda servidão, o homem deve fazer nele seu império , viver e morrer nele e se submeter a lei, pois é nele que cresce egoísmo político, fazendo do solo objeto principal da vida pública.
Por fim, no seu ultimo capítulo “ O SOLO E O PROGRESSO” , Hatzel introduz como a ciência encontra o solo, “ sempre idêntico a si mesmo, um fundamento imutável aos eventos mutáveis da história” (p.100) mas se fez necessário iniciar um estudo da relação entre a sociedade e seu território a fim de entender o papel do homem e seu destino representando-se em seu solo, servindo este como teatro à sua atividade. Dessa forma, é surpreendente como nas considerações relativas ao progresso histórico há uma tendência em nos atenhamos à realidade, nos apegando ao sentido sólido do solo, vendo então a evolução social e política se reproduzir pelo espaço. A medida que o território do espaço aumenta em km² cresce também o seu poder , riqueza, força e seu tempo de permanência.

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