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Fichameto 3 Geo. Política SANTOS

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GF 406 -   GEOGRAFIA POLÍTICA  
Prof. Márcio Cataia – PED Luciano P. Duarte.
Bruna Cristina Gama Campagnuci RA: 135124  
  
FICHAMENTO    (Aula 3) 
SANTOS, M. O retorno do território. In Santos, M.; Souza, M. A.; Silveira, M. L. (orgs.), Território, globalização e fragmentação. São Paulo: Hucitec/ Anpur, 1994.
Santos inicia seu texto expressando-se a cerca da noção de território, que segundo ele, é herdada de uma modernidade incompleta. É o seu uso que o fazer ser objeto de análise social, tratando-se de uma forma heterogenia “ fundamental para afastar o risco de alienação.. perda de sentido da existência individual e coletiva...” (p.255). O autor confirma a importância do Estado-Nação com divisor de águas exaltando a noção jurídico-política no território. “Hoje, a natureza é histórica… inclusive o chamado “meio ambiente”. Seu valor “local” é relativo, ou, em todo caso, relativizado.”(p.255).
Santos, introduz no terceiro parágrafo da sua obra a noção pós-moderna de transnacionalização do território, o qual era antes fundamento do Estado Nação. Porem nem tudo é “transnacionalizado”, o território habitado acaba criando movimentos de resistência, mesmo nos locais onde os vetores da mundialização são mais intensos. Neste contexto, o autor reforça sobre a importância do papel da ciência, da tecnologia e da informação, visto que é preciso se atentar aos conhecimentos da realidade total, e não somente de mundialização e globalização, uma vez que o território usado é sinônimo do espaço humano, espaço habitando, tendo este por sua vez objeto e ações que dinamizam a fluidez virtual. “Mas os objetos não nos dão senão uma fluidez virtual, porque a real vem das ações humanas, que são cada vez mais ações informadas, ações normatizadas.” (p.256).
Segundo Milton Santos, a partir dessa realidade, temos no território novos recortes provenientes da nova construção do espaço e da nova função que o território ganha. Basicamente o que o autor quis dizer é que, temos agora o que ele chama de horizontalidades (os domínios da contigüidade, daqueles lugares vizinhos reunidos por uma continuidade territorial) e verticalidades (formadas por pontos distantes uns dos outros, ligados por todas as formas e processos sociais), e rede constituindo uma nova realidade e dando sentindo a expressão verticalidade, o que se tem então é um território formado tanto por lugares contíguos tanto por lugares em rede, “São os mesmos lugares, os mesmos pontos, mas contendo simultaneamente funcionalidades diferentes, quiçá divergentes ou opostas. “ (p. 256). 
Em sequência, Santos traz explicações sobre o acontecer solidário no território e suas 3 formações: - Homólogo: que se modernizam de acordo com a informação especializada; - Complementar: aquele das relações entre a cidade e o campo, consequência da necessidade do intercâmbio geograficamente próximo; - Hierárquico: resultado da tendência da racionalização da atividades através de um comando ou organização. Em qualquer um dos casos, a informação tem quase o mesmo papel, " de reunir as diferentes porções do território" (p.257). Nos casos do acontecer homólogo e complementar, observamos uma maior ocorrência das formas relevâncias das técnicas, enquanto que do acontecer hierárquico a relevância esta nas normas, na política.
Santos também apresenta a questão da dialética do território, visto que este é utilizado pelo homem, e, portanto passível de ter uma dialética. Tal se afirma através de um controle local e remoto da parcela "técnica" da produção e um controle remoto da parcela técnica da produção, tal parcela da aos locais regionais, certo controle sobre o território que os rodeia, baseando- se na densidade técnica-informacional do território. 
É valido ressaltar ainda da discussão de santos, o conflito entre o espaço local e o global introduzindo, o afim de melhor esclarecer, o conceito de espaço banal (terrtório de todos), o fato é que o mundo agora é do mercado universal, o qual atravessa tudo, e dos governos mundiais, “Mercado das coisas, inclusive a natureza; mercado das ideais, inclusive a ciência e a informação; mercado político. Justamente, a versão política dessa globalização perversa é a democracia de mercado.” (p. 259). Segundo o autor, o neoliberalismo e a democracia de mercado, são alguns dos principais fatores dessa globalização perversa. 
“Na democracia de mercado, o território é o suporte de redes que transportam regras e normas utilitárias, parciais, parcializadas, egoístas (do ponto de vista dos atores hegemônicos), as verticalidades, enquanto as horizontalidades hoje enfraquecidas são obrigadas, com suas forças limitadas, a levar em conta a totalidade dos atores.” (p. 259).
Por fim, me parece importante ressaltar da conclusão do autor que, o território se reafirma pelo lugar na forma de novos nacionalismos e localismos. A tendência é que os lugares se unam na verticalidade com normas rígidas do neoliberalismo, como todas as tendências indicam, mas também na horizontalidade dando resistência a base de vida comum, as normas regionais.

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