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ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS E LESÕES DE CÁRIE

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ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS
AV 2 – RADIOLOGIA CLINICA 
ATRIÇÃO
é o desgaste fisiológico da dentição resultante de contatos Oclusais entre os dentes superiores e inferiores, que ocorre nas superfícies incisal, oclusal e interproximal. O desgaste interproximal leva os pontos de contato a se tornarem superfícies planas de contato.
surgem facetas de desgaste nas cúspides e nos rebordos marginais. As bordas incisais dos incisivos apresentam aplainamento. As facetas de desgaste ocorrem nas superfícies oclusais dos molares, nas cúspides linguais dos dentes superiores e nas cúspides vestibulares dos dentes posteriores inferiores.
A dentina sofre pigmentação quando fica exposta e o contraste entre dentina pigmentada e o esmalte deixa em evidência as áreas de atrição.
Radiograficamente, alteração nos limites normais da estrutura dentária, modificando as superfícies normalmente curvas em superfícies planas. A coroa é encurtada e é continuada nas superfícies incisal ou oclusal de esmalte. Uma redução no tamanho das câmaras pulpares e dos canais radiculares pode ocorrer porque a atrição estimula a deposição de dentina secundária, o que pode resultar em uma completa obliteração dessas estrutura
Abrasão
desgaste dentário não-fisiológico provocado por contato com objetos. É resultado da fricção induzida por hábitos viciosos ou ocupacionais. O exame clínico normalmente revela a presença de abrasão.
Causas: escovação dentária incorreta e uso inadequado ou excessivo de fio dental, hábitos de fumar cachimbo, abrir grampos de cabelo usando os dentes, uso impróprio de palitos de dente, grampos de próteses removíveis e cortar linhas de costura com os dentes.
O principal tratamento recomendado para a abrasão é a eliminação dos hábitos e agentes causadores. Áreas muito desgastadas podem ser restauradas.
Abrasão por escovação inadequada
Movimento da escova no sentido anteroposterior com uma pressão excessiva. Isso leva as cerdas a adquirirem uma forma de cunha entre a coroa e a gengiva. Devido ao desgaste causado por esse tipo de escovação, uma depressão em forma de “V” é criada na porção cervical dos dentes, normalmente envolvendo o esmalte e a superfície mais macia da raiz.
Os aspectos radiográficos desse tipo de abrasão são imagens radiolúcidas nas porções cervicais dos dentes. Esses defeitos têm formato semilunar bem definido com bordas de maior radiopacidade. 
Abrasão uso do fio dental
Local mais comum é a porção cervical das superfícies interproximais logo acima da gengiva. Os aspectos radiográficos das lesões causadas por fio dental são radiolucências semilunares estreitas nas áreas cervicais das superfícies interproximais.
Erosão
resulta de uma ação química que não envolve atividade bacteriana.
A fonte do ácido pode ser vômitos crônicos ou refluxo ácido de desordens gastrointestinais ou uma dieta rica em grandes quantidades de comidas ácidas, frutas cítricas ou bebidas carbonadas.
Os ácidos da regurgitação atacam as superfícies linguais, já os ácidos da dieta desmineralizam principalmente as superfícies vestibulares.
As lesões são geralmente depressões lisas e brilhosas presentes na superfície de esmalte, na maior parte das vezes próximas à gengiva.
Em exames radiográficos aparecem como defeitos radiolúcidos na coroa.
A erosão é tratada com a identificação e remoção do agente causador, assim como a abrasão.
Reabsorção
é a remoção de estrutura dentária por osteoclastos, denominados odontoclastos, quando esses reabsorvem estruturas dentárias.
Pode ser interna ou externa. A externa afeta a superfície mais externa do dente e a reabsorção interna afeta a superfície mais interna da câmara pulpar e dos canais radiculares.
Reabsorção Interna
Ocorre dentro da câmara ou canal pulpar e envolve a reabsorção da dentina circunjacente. Isso resulta em aumento do tamanho do espaço da câmara pulpar, em detrimento da estrutura dentária. As lesões são radiolúcidas e têm formato redondo, oval ou alongado dentro da raiz ou da coroa, sendo contínuas com a imagem da câmara ou canal pulpares. O contorno é usualmente bem definido e suave ou levemente festonado.
Reabsorção Externa
Na reabsorção externa os odontoclastos reabsorvem a superfície mais externa do dente. A superfície radicular é mais comumente envolvida, mas a coroa de um dente não irrompido também pode ser afetada. A reabsorção pode envolver o cemento e a dentina e, em alguns casos, gradativamente se estender até a polpa. Quando a lesão se inicia no ápice, ela geralmente causa uma reabsorção branda da estrutura dentária que resulta em um ápice radicular mais arredondado (Fig. 18-39). Quase sempre o osso e a lâmina dura acompanham a raiz reabsorvida e apresentam um aspecto normal ao redor de sua estrutura encurtada.
Dentina secundária
é aquela depositada na câmarapulpar após a completa formação da dentina primária. Esse é um processo normal do envelhecimento e resulta de alguns estímulos como mastigação ou trauma de baixa intensidade. A dentina secundária também se desenvolve após traumas crônicos derivados de algumas condições patológicas como cárie de progressão moderada, trauma, erosão, atrito, abrasão ou um procedimento restaurador.
Radiograficamente, a dentina secundária não é distinguível da dentina primária. Ela é vista na imagem radiográfica como uma redução no tamanho da câmara pulpar e dos canais radiculares.
Nódulos pulpares
são focos de calcificação que se formam dentro da polpa.
Radiograficamente, eles podem ser vistos como estruturas radiopacas dentro da câmara pulpar e/ou canais radiculares ou se estendendo desde a câmara até os canais. Eles também podem aparecer como uma massa densa única ou como diversas radiopacidades pequenas. Seu contorno varia de bem definido até uma margem mais difusa.
Esclerose pulpar
é outra forma de calcificação que ocorre na câmara pulpar e nos canais radiculares. Ao contrário dos nódulos pulpares, a esclerose é um processo difuso.
A esclerose pulpar difusa produz uma coleção generalizada e mal definida de finas radiopacidades que se estendem por grandes áreas da câmara pulpar e dos canais radiculares.
Hipercementose
é a deposição excessiva de cemento nas raízes dentárias.
Radiograficamente, a hipercementose é visualizada como uma formação excessiva de cemento ao redor de parte ou de toda a raiz.
Abfração
Causa multifatorial ( flexão dental, quebra dos cristais de hidroxiapatita)
Causado por contatos prematuros
Formato de cunha
Fratura dentária
Classificação: transversa, longitudinal, oblíqua (desnivelamento)
Dissociação: Técnica de clark
Detecção radiográfica das lesões de cárie
Superfície interproximais
A forma de uma lesão radiotransparente inicial no esmalte é classicamente um triângulo com sua base voltada para a superfície do dente (Fig. 16-5), estendendo-se através dos prismas de esmalte. Contudo, outras formas de lesão também são comuns, podendo aparecer como um “ponto”, uma faixa, ou uma linha fina. As lesões em superfícies interproximais são mais comumente encontradas nas áreas entre o ponto de contato e a gengiva marginal livre.
Superfícieis oclusais
As lesões oclusais se iniciam mais comumente nas paredes da fissura do que na sua base e, portanto, tendem a penetrar quase que perpendicularmente em direção à junção amelodentinária.
Durante o progresso do processo carioso, uma linha radiotransparente se estende ao longo da junção amelodentinária.
Superfícies vestibular e lingual
As lesões de cárie vestibular e lingual ocorrem mais frequentemente nos sulcos e fissuras do esmalte. Quando pequenas, estas lesões são normalmente redondas; à medida que crescem, vão se tornando elípticas ou semilunares. Elas apresentam bordas proeminentes e bem definidas.
Superfícies Radiculares
envolvem o cemento e a dentina e estão associadas à retração gengival.
As lesões verdadeiras de cárie podem ser distinguidas das superfícies íntegras principalmente por uma descontinuidade da imagem da superfície radicular e
pelo surgimento de uma borda interna redonda difusa onde a estrutura dentária foi perdida.
Associação com restaurações
A lesão de cárie que se desenvolve na margem de uma restauração preexistente pode ser denominada cárie secundária ou recorrente.
essa lesão que se desenvolve em uma superfície restaurada é muito freqüentemente uma nova desmineralização primária, causada por falhas no contorno e na extensão da restauração, levando ao acúmulo de placa.
Referência: WHITE, Stuart C.; PHAROAH, Michael J.. Radiologia Oral: Fundamentos e Interpretação. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2007. 741 p.

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