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Resumo da Teoria de Campo de Lewin

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Resumo da Teoria de Campo de Lewin
A Teoria de Campo de Lewin procura explicar a natureza e o comportamento humano, afirmando que os comportamentos das pessoas resultam de um conjunto de fatores que coexistem no ambiente em que essa pessoa desenvolve a sua atividade, fatores estes que incluem a família, a profissão, a política e etc. Esse conjunto de fatores constituem uma relação dinâmica e de interdependência, a que Lewin chama de campo psicológico (constitui o próprio espaço de vida do indivíduo, definindo a forma com que este percebe e interpreta o ambiente externo que o rodeia). Cada pessoa faz uma interpretação subjetiva a cerca das outras pessoas, das coisas e dos fenômenos, que constituem o seu ambiente e são traduzidas em valências, isto é, tem um determinado valor.
Para Lewin o homem é um ser do universo e no universo. É um ser social, consciente, inteligente, capaz de representar a realidade do ambiente no qual está inserido. A relação homem/universo, não é apenas cósmica e existencial, mas influente, modificadora e transformadora. Os fatos do meio influenciam a pessoa e os fatos relativos à pessoa influenciam o meio. O homem possui duas partes, uma íntima, representada pelo círculo fechado se isolando do resto do universo e a outra por uma dupla realidade perceptiva e motora. Ele é produto do meio (campo) e da energia que possui em um determinado momento. Descreveremos a baixo, os principais conceitos da Teoria de Campo de Lewin.
 Lewin chama de meio psicológico, o espaço em torno da pessoa, ou seja, como o sujeito percebe o espaço a sua volta, e de meio comportamental o mundo físico, incluindo os fatos sociais. Esses dois conceitos são importantes na teoria lewiniana por considerar pessoa, meio e espaço vital fundamental para o entendimento da teoria. O espaço vital é equivalente ao meio geográfico somado ao meio comportamental, é onde o comportamento ocorre, inclui tudo que é necessário à compreensão do comportamento concreto de um ser humano individual em um dado meio psicológico e em determinado tempo. Ele funciona como um mapa, que encerra todas as condições para se compreender como funciona uma cidade ou uma região. Na psicoterapia podemos encontrar o meio geográfico (sala) e os organismos em interação entre si. Esses elementos somados tornam-se um meio comportamental. Nesse sentido, entende-se que na psicoterapia existem dois campos: cliente e psicoterapeuta. Dessa forma, o psicoterapeuta está em intima relação com o cliente, especialmente se o tema não contém um campo de força discriminado, havendo uma homogeneidade entre o ego do psicoterapeuta e do cliente. De repente, o cliente diz algo novo, diferente, com uma força ou energia específica, alguma figura torna-se distinta neste campo (fundo opaco), imediatamente tudo muda. O psicoterapeuta, embora continuando ligado ao campo geográfico (o cliente) de uma maneira confusa, distingue algo claro neste campo. Toda a realidade do momento terapêutico passa a concentrar-se naquela zona de tensão e força (o novo tema).
A energia trata-se de uma força presente no ser humano e que é ou está ligada em algum sistema. Uma emoção, por exemplo, é uma forma de energia presente no campo (corpo da pessoa) e que produz nele um efeito alterando sua atividade perceptiva ou motora. Já a tensão significa um estado alterado de uma região com relação a outra região. Quando um sistema está em tensão, tende a espalhar esta tensão para os outros sistemas, quebrando a tensão. Uma lembrança, uma emoção podem alterar os sistemas de equilíbrio da região. Quando uma pessoa está tensa pode não conseguir pensar corretamente, quando uma pessoa está fisicamente cansada pode não conseguir pensar ou dormir, etc. Atrás de toda tensão existe uma necessidade. Trabalhar uma tensão muscular, significa ir à busca de uma ou das necessidades que provocam a tensão. 
Uma necessidade surge sempre que se sente que uma tensão ou energia se diferencia em uma determinada região. Esta necessidade pode ser um desejo, um motivo, fome, sede, sexo, etc. É importante no trabalho psicoterápico distinguir uma necessidade verdadeira de uma falsa. As necessidades estão muito ligadas ao meio, campo geográfico, social, econômico, afetivo em que a pessoa vive. Ligado ao problema das necessidades está o problema do valor que se dá a esta necessidade. É o que Lewin chama de valência. Algo terá valência positiva quando reduz a tensão de uma região e negativa quando produz tensão. 
Para que se opere a mudança no sujeito, o que o autor chama de locomoção psicoterápica precisamos do conceito de força ou vetor. A força está ligada à necessidade e não à tensão. Ela existe no meio psicológico e a tensão no sistema intrapessoal. É necessário, portanto, que haja uma locomoção de força de uma região para outra para que o espaço vital seja reestruturado. Quando se reestrutura positivamente o espaço vital, significa que ocorreu "uma cura", uma mudança existencial. 
A força tem três propriedades: direção, energia, ponto de aplicação. A ação do psicoterapeuta só poderá surtir efeito se estes três elementos forem de fato analisados e trabalhados, ou seja, o trabalho tem que ter uma direção, uma energia própria, um ponto real e concreto de ação. Após o cliente ter descoberto algo, ele precisa saber e sentir que direção tem este sentimento, com que tipo de energia ele pode contar, onde exatamente começar ou o que fazer exatamente. Ele tem que saber o que, de fato, quer.
Grupo: Claudia de Sales, Priscila Grechi e Yasmin Rebuzzi.

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