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Aula Renato GENITO URINÁRIO

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Aula Renato – MICROBIOLOGIA 2 
SISTEMA GENITO – URINÁRIO
Características gerais
É importante lembrar que em sua maior parte o sistema genito urinário é estéril. Os rins não são colonizados por bactérias. Um rim infectado não esta no seu estado normal. Isso acontece da mesma forma com a bexiga e os ureteres. Bactérias na bexiga é característica de um quadro de infecção urinária. O local que começa a aparecer bactérias é na uretra, no meato urinário, na glande. Uma outra característica importante é que existe um transporte de materiais (fluidos) de dentro para fora do corpo. Ou seja, existe um fluxo que tende a lançar fora aquilo que ta passando pelo trato urinário, não é como o sist. Digestivo que coloca pra dentro. Existe um fluxo mucoso e urinário, e também existe um pH baixo que é considerado defesa do organismo, também chamado de resistência pois não faz parte do sistema imunológico.
Existe um fluxo mucoso que é normal entre as mulheres durante um ciclo e um fluxo urinário que é comum em todos, e também existe um pH vaginal baixo que é determinado pela presença de lactobacilos. 
Primeira função do pH baixo: 
Inibição da proliferação de tipos bacterianos que não toleram a acidez. A acidez é um componente de defesa.
O pH vaginal baixo neutraliza a alcalinidade do esperma, de forma que pra haver a fecundação o pH naquele local esteja neutro. Portanto o pH vaginal baixo favorece a neutralização da alcalinidade do esperma. Auxilio no processo de fecundação.
A presença de microorganismos em regiões anatômicas estéreis resulta quase sempre em doenças, a bactéria se adere, coloniza e começa a causar danos.
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
Muito comum e ela responde por grande parte dos processos infecciosos, tanto comunitário, ou seja aquilo que acontecem nas nossas casas residencialmente, tanto nos processos infecciosos hospitalares o que se torna comum os óbitos nos hospitais por infecção no rim, infecção urinária. É raro conhecer uma mulher que nunca tenha tido um processo infeccioso na bexiga, e acomete bastante mulheres na faixa etária de 40 anos.
A ITU caracteriza-se pela presença de microorganismo patogênicos nas vias urinarias, nem sempre que estamos diante da presença de uma infecção no trato urinário quer dizer que vai haver desenvolvimento de um quadro clínico, as vezes a pessoa ta infectada e é assintomático, mas pode ser que ela mais pra frente desenvolva a doença.
A infecção quando acomete os rins chamamos de infecção do trato urinário alta, que geralmente é uma complicação de uma cistite, ou uma pielonefrite que significa que há presença de PÚS (resto de bactéria morta pela presença do sistema imunológico), quando a infecção ocorre na bexiga chamamos de cistite ou infecção do trato urinário baixo, então deve-se tratar para que não se torne uma infecção do trato urinário alta. Quando ocorre uma simples infecção na uretra chamamos de uretrite. Como pode se diferenciar as infecção do trato urinário baixa e ta começando a acometer os rins?
Muda-se os sintomas, pois o paciente inicia com uma cólica baixa, e depois passa a ter uma dor lombar (costal), podem vir outros sintomas além da dor como: uma náusea que pode vir a se tornar vômito por conta do comprometimento renal, porém a forma mais segura é um exame de imagem para ver se não há pus nos rins.
Existe classicamente uma menor incidência de infecção no trato urinário dos homens, isso se deve a alguns fatores anatômicos como uma uretra mais longa e uma atividade bactericida do fluido prostático. Da mesma forma que as mulheres têm o pH vaginal acido, os homens tem esse fluido prostático bactericida. A uretra longa favorece a não infecção dos homens pois o caminho até a bexiga é mais longa.
Nas mulheres além da uretra mais curta, há também a proximidade do ânus com a uretra e o vestíbulo vaginal, o que é um dos grandes fatores para possibilitar a colonização por enterobactérias, 95% das infecções no trato urinário das mulheres são causadas por escherichia coli por conta dessa proximidade por isso a higiene bem feita é de grande importância.
Em relação as mulheres existem alguns fatores pré disponentes e que alguns deles se enquadram para os homens, o fator pré disponente é aquele fator que pré dispõe o paciente a uma infecção. A gravidez é um fato pré disponente, pois de uma maneira geral a mulher vai ter uma diminuição das defesas tanto para preservar o embrião que é uma relação imunológica da mulher com o embrião, que esta ali como um ser que não pertence a mulher, se for pensar de uma forma lógica, as células de defesa da mulher fagocitária o embrião, então há uma diminuição natural da mulher por conta disso. Há também um aumento da progesterona que causa um relaxamento maior da bexiga e que favorece a estase urinária, se há um relaxamente a mulher terá uma maior dificuldade de eliminar a urina e também os enficteres dela estão mais relaxados, existe mais facilidade das bactérias chegarem à bexiga.
O climatério é a menopausa, o momento onde os hormônios das mulheres ficam descontrolados e varias alterações no organismo da mulher acontecem, sendo que essas alterações hormonais interferem em todas as partes de musculatura dos esfíncteres, o que favorece que a urina seja eliminada com mais dificuldade e que os esfíncteres sejam mais frouxos.
Obstrução urinária também é um fato PRÉ DISPONENTE, qualquer coisa que impeça o fluxo constante de urina como por exemplo o aumento da próstata, anomalias congênitas, cálculos urinários, tumores, tudo que impede esse fluxo normal vai favorecer o desenvolvimento de infecção no trato urinário. Essa obstrução gera uma infecção porque o fluxo de urina fica comprometido e levaria os microorganismo juntos para fora do corpo. 
A inserção de corpos estranhos podem carregar as bactérias para o sistema urinário e servir de local de aderência e proliferação, como por exemplos as sondas, cateter... Podem não somente carregar os microorganismo para dentro mas também interferir nos mecanismos naturais de defesa. Bactéria também forma biofilme em superfície como vidro, plástico, poliéster, não é só em tecido vivo.
Doenças neurológicas porque elas interferem no mecanismo de esvaziamento da bexiga favorecendo a estase (urina estática que não consegue ser eliminada) e também a presença de DSTs pois essas doenças geram uma microbiota diferenciada, uma pessoa com sífilis por exemplo tem tudo alterado como pH, potencial de oxi – redução, além disso a pessoa vai tomar antibiótico e a microbiota será afetada. 
CITE 3 FATORES PRÉ DISPONENTES DA INFECÇÃO NO TRATO URINÁRIO¿
A PATOGÊNESE DAS ITU (COMO A DOENÇA SE CONSTRÓI ATÉ OS SINAIS CLÍNICOS)
Os microorganismos uropatogênicos, colonizam o intestino grosso e a região Peri anal, os organismos que causas as infecções do trato genito urinário estão no nosso próprio organismo. Nas mulheres pode haver a colonização do vestíbulo vaginal e do meato uretral e posteriormente ocorre ascensão para a bexiga ou rins.
Para que uma bactéria comece a desenvolver um processo de infecção e doença ela precisa aderir e colonizar o local. 
Em condições normais existe uma competição porque o meato urinário e a uretra do homem não é estéril, já existem bactérias ali presentes colonizando, vai haver uma competição entre os uropatogenos e a microbiota vaginal e também da uretra, que é constituída predominantemente pelos lactobacilos, ou seja, pra que se desenvolva a infecção urinária é preciso que esses uropatôgenos vençam a barreira da microbiota normal. A colonização da vagina por exemplo, é facilitada principalmente pelo uso de antibióticos e pela má higiene. A migração para uretra e bexiga é desencadeada principalmente pela atividade sexual e pela alteração do pH vaginal. A alteração por antibiótico e pelo hipoestrogenismo que habitualmente ocorre na menopausa, é um fator que FAVORECE A INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO.
Crianças até os 3 anos de idade não se desenvolve infecção no trato urinário (exceções para problemas congênitos, alguma obstrução), isso começa a acontecermais na puberdade reprodutiva, mas se a criança possui algum fator pré disponente, o fluxo urinário tem dificuldade de descer, desenvolvendo assim a infecção. Deixar a criança muitas horas seguidas como por 7 horas é um fator que vai favorecer a pré disposição para infecção.
ETIOLOGIA DAS ITU 
O grupo de enterobactérias são as mais prevalentes nas infecções do trato genito urinário principalmente nas mulheres, as escherichia coli são responsáveis por 85% das infecções do trato urinário comunitário (desrespeita aquilo que esta fora do hospital) e mais de 50% das infecções do trato urinário são hospitalares que é uma prevalência altíssima. Existe uma outra escherichia coli chamada upec (uropatogênica escherichia coli) que não foi listada na aula passada, e a diferença delas para as outras é que essa tem uma adesina específica para o sistema genito urinário. Essa adesina está na ponta da fimbria, e essa adesina é uma proteína que tem receptores específicos nas células hospedeiras para que a bactéria se ligue. A UPEC tem a adesina específica para o sistema genito urinário, uma questão de compatibilidade química molecular. Além disso, a klebsiella pneumoniae também é uma bactéria importante, proteus vulgaris e as pseudomonas aeruginosa. Nas gram + chama-se a atenção para os enterococcus estão no processo de infecção urinária. A escherichia coli é a vilã do problema.
Essas bactérias possuem armas para favorecer a infecção no trato urinário, que são: 
Flagelo – sem ele dificilmente a bactéria consegue chegar a bexiga. O tipo de flagelo mais comum na escherichia coli é aquele que envolve toda a célula bacteriana (lembra uma medusa) ao longo de toda a superfície celular tem flagelo. Com isso ela terá mais força de motilidade. Quanto mais flagelo uma bactéria tem e quanto mais disposto ao redor da célula eles estão, mais fácil eles se locomovem.
Cápsula – é um fator de resistência anti fagocitário.
Fimbrias - é uma estrutura da célula bacteriana que vai ser responsável pela aderência, que possui a adesina específica para o sistema genito urinário.
Lipopolisacarídeo ou LPS – é uma estrutura que caracteriza a parede células das bactérias gram – e são um determinante anti gênico, e existe uma hemolisina, ou seja, uma porção tóxica que as bactérias produzem e provoca a lise das hemácias, o que acarreta em sangue na urina.
A cistite baixa exige a invasão e aderência dos microorganismos na bexiga levando a uma resposta inflamatória por isso leva a tanta dor, clinicamente caracteriza-se pela presença de DISÚRIA – MIXAÇÃO DIFICIL, DOLOROSA E URGENTE E PIÚRIA – QUE É A PRESENÇA DE PÚS NA URINA. 
Cerca de 30% das cistites apresentam comprometimento dos rins, o diagnostico de infecção do trato alto ou baixo deve ser feito quando estiver presente um dos fatores mencionados a seguir, no caso se for paciente do sexo masculino que é mais difícil de ocorrer os sintomas, idade avançada, no caso de ser uma infecção hospitalar, gravidez, cateter urinário, instrumentação recente do trato urinário, alterações anatômicas ou funcionais, histórico de infecção na infância que pré dispõe para a vida toda, presença dos sintomas por mais 7 dias, uso recente de antibióticos e imunossupressão. A pielo nefrite, infecção do trato alto, que também pode ser chamada de nefrite intersticial bacteriana, existe a invasão e a aderência microbiana no rim levando a uma resposta inflamatória e essa resposta compromete a função renal. Essa inflamação causará dor, mal estar, podendo não ficar só nisso, podendo vir com febre, calafrios, náuseas e vomito que já significa ser um quadro mais grave e o rim estar mais comprometido. É o principal fator para o choque séptico em mulheres jovens, quando essa infecção não é bem tratada, pode haver uma proliferação de bactérias tão grande que elas ganham a corrente sanguínea, não somente a presença da bactéria mas as toxinas que elas podem produzir, levam ao choque séptico. 
A uréia é tóxica e começa a necrosar as nossas extremidades, vai se acumulando (semelhante com o ácido úrico que vai se acumulando e fazendo bolhas) a uréia é mais tóxica, se acumula e começa a corroer.
A bacteriuria assintomática, caracterizada pela presença de bacteriurias significativas em pacientes sem sintomas atribuídos ao trato urinário. Para que se possa diferenciar a infecção de uma contaminação (saber se a bactéria saiu da bexiga ou se aderiu a urina no meio do caminho) deve ocorrer o crescimento do mesmo microorganismo em duas uroculturas com contagem de colônias acima de 100 mil por ml, menos de 100 mil bactérias por ml é a quantidade normal do meato urinário.
Em relação a recorrência da doença, existindo duas formas da pessoa ter a infecção urinária novamente, podendo ser por recaída (presença do mesmo microorganismo que não foi efetivamente eliminado, como o mal tratamento com o antibiótico, houve só uma cura clínica não uma cura microbiológica, ocorre até duas semanas após o termino do tratamento) ou uma reinfecção que é um novo episódio de infecção, podendo ser a mesma bactéria que te reinfectou, os sintomas reaparecem em período maior que 2 semanas após o termino de tratamento. 
O diagnóstico laboratorial é realizado com a coleta da urina, essa coleta pode ser feita através do jato médio (eliminação do primeiro jato, que levará o grosso das bactérias embora mecanicamente, e ela é colhida por assepsia e preferencialmente a primeira urina do dia) se a primeira urina do dia não for coletada deve-se coletar uma amostra de urina com um intervalo de 2h da ultima mixação para que haja uma amostrar mais condizente com a realidade microbiológica da pessoa, dar tempo de proliferar.
O diagnóstico laboratorial é feito a partir da cultura bacteriana da urina, e o diagnostico definitivo se dá crescimento e identificação do microorganismo. Nas primeiras 12 horas já dá pra dizer algo.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Ingerir bastante liquido para que você tenha um fluxo urinário saudável, evitar reter urina urinando sempre que a vontade surgir, praticar relações sexuais sempre protegidas, urinas após relações sexuais, evitar o uso indiscriminado de antibióticos sem indicação médica, para as mulheres especificamente, limpar – se sempre de frente para trás após usar o banheiro para não carregar a bactéria para o meato vaginal, lavar a região perianal após as evacuações, evitar o uso de absorventes internos, evitar o uso de duchas ou chuveirinhos, evitar o uso de roupas íntimas de tecido sintético preferir algodão que favorece a absorção.
DSTs
SÍFILIS 
Agente: Treponema pallidum
É uma doença considerada a doença depois da AIDS mais badalada, no entanto não é a mais prevalente, o agente da sífilis tem endoflagelos que passam por dentro da parede celular, é um espirilo que permitem que eles façam os movimentos tradicionais dos espirilos. São microorganismos muito fastidiosos, demoram a crescem, morrem fácil, são sensíveis, por isso são dificilmente cultivados em vitro com eficiência. Ela tem o desenvolvimento em várias fases, tem a fase primária que pode vir a se manifestar até a terceira fase. Mas não é necessário que para ter a fase terciária passe pela secundária.
A fase primária da Sífilis ocorre duas a três semanas após o contato com o microorganismo, ocorre um cancro local, uma ferida na região genital, nessa fase a doença é transmissível sim, para o homem transmitir para mulher é mais difícil, pois na mucosa vaginal é difícil de ver. Essa fase fica boa sozinha, pode aparecer 8 a 11 semanas depois a fase secundária, que vem as erupções na pele, a pessoa aparenta ter uma gripe pois pode apresentar febre, fadiga, podem aparecer erupções na boca, lábios, gengiva, barriga e é uma ferida bem típica pois também é transmissível pois nessa fase também tem treponemas, depois a pessoa pode entrar na fase latente depois da fase primaria, ela necessariamente não precisa passar pela fase secundária. Essa fase latente não terá nenhum sinal clínico. A fase terciária pode aparecer até 40 anos depois da pessoa ter apresentado a fase primária,agora já não é mais o agente que ta causando problema, é uma conseqüência imunológica, pois a pessoa ficou exposta ao treponema por muitos anos, e começa a ter doenças auto imune, o sistema imune fica auto estimulado e começa a achar que tudo no corpo é treponema, chega na válvula cardíaca e a destrói achando que é o treponema, no cérebro, na cartilagem nasal e em outros locais...
Na fase primaria aparece o cancro duro que é uma ferida indolor, ocorre regressão espontânea e há infecção dos linfonodos e consequentemente a pessoa evolui para uma aparente cura. 
Na fase secundária aparece essas lesões infectantes que são parecidas com o cancro que apareceu no genital, por isso é importante diferenciar um herpes de uma ferida como essa. 
A fase terciária tem essas lesões chamadas de GOMA que são horríveis e destrutivas em qualquer lugar do corpo. Nessa fase as pessoas tendem a apresentar problemas cardíacos pois o sistema imune reconhece as válvulas e o miocárdio como estranhos e atacam, apresentam também problemas neurológicos e etc. 
A sífilis congênita também é importante e que resulta em 50% de abortamento interrompendo a gravidez, causando natimorto, ou lesões quando a criança resiste que aparecem na criança antes dos 2 anos, como lesões mucocultaneas, osteocondrite, cegueira, má formação dos dentes, deformações ósseas etc. Fazer sempre uma boa anaminese dos pais, para identificar o problema da criança.
O diagnostico é clinico, microscópico e principalmente sorológico. A sífilis é historicamente uma doença de promiscuidade militar por isso é pedido exame de sífilis para os soldados.
O tratamento é bem simples, a base de penicilina. 
GONORREIA
Agente: Neisseria Gonorrhoeae
É uma doença infecciosa que se caracteriza pela presença abundante de secreção purulenta diferente da sífilis que não tem secreção. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes diferente do homem que geralmente apresenta muito fluxo. A Neisseria é muito agressiva pois ela apresenta uma endotoxina gonorréica que é a principal responsável pelos danos nas células hospedeira, ou seja, ela libera a toxina e essa toxina destrói as células hospedeiras pois ela é citotóxica e com isso há um estimulo que gerará uma inflamação local. Essa toxina pode paralisar os sílios da tuba uterina permitindo uma ampla colonização bacteriana local, podendo deixar a mulher estéril.
CLAMIDIOSE 
Agente: Chlamydia Trachomatis
É uma bactéria em forma de coccus, mas meio ovalada, é a DST mais relatada nos Estados Unidos. Muitas vezes a clamidiose é assintomática e tem as manifestações clinicas semelhante com a gonorréia. Só muda a cor do fluído, pois na gonorréia é purulento e aqui a secreção é meio branco amarelado, meio transparente. Existe uma forte ardência que a pessoa relata ao urinar, dor na relação sexual, dor abdominal, sangramento entre os ciclos, e entumecimento testicular (aumento). Se a doença se alastrar a pessoa em uma fase primária pode apresentar vesículas e ulceras no trato genito urinário, numa fase secundaria a pessoa pode apresentar uma linfadenopatia generalizada e na fase terciária fibrose na drenagem linfática, fistulas, e estreitamento uretral e retal.
CANDIDÍASE
Agente: Candida Albicans
É uma das causas mais freqüentes de infecção genital, se caracteriza por uma coceira muito intensa, ardência, dor nas relações sexuais, e a presença de um corrimento vaginal em grumos. É muito comum só não é muito relatada. No homem se apresentam como uma hiperemia da glande e do prepulso com prurido, na mulher também nos lábios.
HPV (verrugas genitais)
Agente: Papiloma vírus humano
Responsável por mais de 30 tipos diferentes de DST mas que o vírus faz parte da microbiota normal da pessoa, quando a pessoa desenvolve a doença é algo que ta fugindo da normalidade e geralmente é assintomático. A uma relação de estudos com o câncer de colo de útero, mas é algo que não é convincente cientificamente.
Quando a pessoa possui uma proliferação exagerada do HPV ela apresenta as verrugas genitais que não possuem relação com câncer.
AIDS (síndrome da imuno deficiência adquirida)
Agente: 
Existem cerca de 15 mil pessoas por dia contaminadas, 33 milhões de pessoas no mundo contaminadas. Cada vez diminui mais o numero de mortes por HIV e no Brasil estima-se que 1 milhão de pessoas sejam soro +.
A AIDS é um conjunto de sintomas e infecções nos seres humanos resultante no dano específico do sistema imunológico ocasionados pelo vírus. A transmissão ocorre geralmente por secreção genital ou sangue e não pela saliva. Sua via de transmissão é sexual, intravenosa, ou mãe e filho (transmissão vertical). A transmissão intra venosa tem crescido muito através de transfusão de sangue, uso de material contaminado. A manifestação clinica é semelhante a uma gripe ou mesmo uma mononucleose. À ainda a presença de uma linfadenopatia, gânglios inchados, pode ter uma meningite viral, e esses sintomas são largamente ignorados.
O diagnostico é principalmente sorológico, com muita atenção para a janela imunológica que é a não identificação do vírus no exame por um tempo, e depois de alguns meses ele pode aparecer nos exames. O teste é muito especifico, ele só detecta a pessoa que é claramente soro +. Uma pessoa que ta começando a ter uma resposta imunológica só agora o exame não pega. 
Para prevenção é indicado o uso de preservativos, mas existem mais de 300 artigos na comunidade cientifica disponíveis provando que o poro do látex do melhor preservativo que existe no mundo é 10x maior que o tamanho do vírus, é muito perigoso confiar apenas no preservativo. 
O tratamento é feito com anti retro viral que diminui a carga viral, e hoje em dia já tem casos até de curas.

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