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Elaboração de relatórios
	Um dos objetivos da disciplina de Química Geral é desenvolver no estudante o hábito de relatar por escrito, de forma circunstanciada, as experiências desenvolvidas no laboratório. Isso porque o bom desempenho técnico e a habilidade de elaborar relatórios concisos são valorizados amplamente no meio acadêmico e no âmbito profissional.
	A clareza do texto é um requisito fundamental para a compreensão do assunto abordado. Assim, o relatório deve ser redigido com frases curtas e objetivas, que evitem interpretações dúbias e tornem a leitura menos cansativa. O tempo verbal deve ser o passado, na voz passiva e de forma impessoal.
	É conveniente lembrar que todo profissional deve zelar pela boa qualidade da sua linguagem oral e escrita, sem tornar-se obrigatoriamente um literato. Este procedimento facilita a troca de informações e demonstra o nível intelectual atingido pelo indivíduo.
	Um relatório é composto (geralmente) pelas seguintes partes:
		-folha de rosto;
		-introdução;
		-objetivos (podem ser descritos no final da introdução);
		-descrição dos métodos e do material utilizado;
		-descrição e discussão dos resultados;
		-conclusão;
		-referências bibliográficas.
O conteúdo de cada uma destas seções será descrito brevemente a seguir.
Folha de rosto
	Contém os elementos essenciais à identificação do relatório e do estudante:
-nome do(s) autor(es);
-título;
-finalidade do trabalho e identificação da instituição, do departamento e da disciplina a que ele se destina (no caso de relatórios acadêmicos);
-local (cidade);
-ano, em algarismos arábicos.
Introdução
	Sempre que possível, a introdução deve incluir os resultados de um levantamento bibliográfico sobre o tema do relatório e sobre os métodos empregados. Nesse caso, as referências bibliográficas devem ser citadas no texto, e listadas no final do relatório.
	Na introdução, o trabalho experimental realizado é colocado no contexto apropriado e relacionado com o conhecimento cientifico em geral, conduzindo o leitor gradativamente aos objetivos do experimento.
Objetivos
	Na formulação dos objetivos, o autor deve deixar claro o que pretende obter ou realizar em cada etapa da experiência.
Material e métodos
	O material utilizado (especialmente os reagentes e os equipamentos) deve ser relacionado. No caso dos reagentes especifica-se o fabricante, o grau de pureza e a concentração (ou a densidade). Se os resultados de um experimento forem dependentes de um equipamento ou peça de vidraria específicos, eles devem ser descritos de forma detalhada, incluindo especificações como tipo, dimensões, marca e modelo.
	É essencial que o procedimento adotado na execução da experiência seja descrito minuciosamente, incluindo quantidade de reagentes, tempo, temperatura de reação e métodos utilizados. A descrição deve ser de fácil entendimento, para que a experiência possa ser reproduzida pelo leitor se necessário.
	Nesse item do relatório não devem ser incluídos os resultados obtidos, nem os cálculos realizados com os dados experimentais. 
Resultados e discussão
	Esta seção deve conter os dados coletados e/ou calculados no decorrer da experiência, registrados sempre que possível em tabelas ou gráficos, com o numero correto de algarismos significativos. No caso de cálculos repetitivos, é suficiente a indicação de apenas um deles.
Apresentação tabular e gráfica dos resultados
Tabelas
	Num relatório, as tabelas têm por função agrupar os resultados de forma simples, clara e organizada. Existem normas técnicas para a apresentação tabular de dados; algumas delas serão discutidas a seguir.
	As tabelas são constituídas geralmente por título, cabeçalho e corpo e devem ser numeradas (com algarismos arábicos colocados antes do título) para facilitar a sua localização no corpo do relatório.
	O título deve preceder a tabela e informar brevemente sobre o seu conteúdo, indicando as condições experimentais em que os resultados foram obtidos.
	O cabeçalho especifica o conteúdo das colunas que compõem o corpo da tabela; ele deve ser separado dos dados por um traço horizontal. Na identificação de cada coluna devem ser mencionadas as unidades (g, mol, mL, ºC, J, etc) das grandezas medidas (massa, quantidade de matéria, volume, temperatura, energia, respectivamente, entre outras).
	O corpo da tabela é formado por um conjunto de linhas e de colunas onde os dados são colocados. As colunas podem ser separadas, para maior clareza, por traços verticais. Finalmente, a tabela completa deve ser delimitada, no alto (acima do cabeçalho) e na parte inferior (logo após a última fileira de dados) por traços horizontais. Informações adicionais, como a fonte dos dados tabulados (quando extraídos da literatura) e referencias complementares ao procedimento experimental (adotado na obtenção dos resultados) podem ser colocadas abaixo da tabela (“rodapé”). Há vários exemplos de tabelas distribuídas pelos capítulos deste manual; o estudante é convidado a examiná-los e identificar os componentes mencionados acima.
Gráficos
	A representação gráfica é uma das formas mais eficientes de que os cientistas dispõem para reunir e avaliar dados experimentais. Partindo de tabelas adequadamente construídas, pode-se transpor os resultados para um sistema apropriado de eixos, geralmente na forma de pontos ou barras. Estes, uma vez reunidos, permitem observar a tendência geral com que os valores medidos das variáveis se modificam (nas condições da experiência). Além disso, uma curva experimental é um poderoso recurso para interpolação e extrapolação, que são procedimentos que possibilitam a previsão de resultados que seriam obtidos em condições diferentes das utilizadas.
	A maioria das determinações realizadas no laboratório envolve apenas duas grandezas (variáveis) cujos valores numéricos modificam-se no decorrer do experimento. Uma destas variáveis é freqüentemente controlada pelo observador (tempo, temperatura de reação, volume de amostra, por exemplo) e é denominada variável independente; a outra quantidade tem seus valores medidos experimentalmente (pH, absorbância, alturas de picos cromatográficos, corrente gerada por um sistema eletroquímico, entre outras) e constitui a variável dependente. Os valores medidos para a variável dependente são determinados pelos valores fixados para a variável independente.
	Num sistema de eixos cartesianos, é de praxe representar-se a variável independente no eixo horizontal (eixo X ou das abscissas); no eixo vertical (eixo Y ou das ordenadas) é representada a variável dependente. As escalas dos eixos X e Y devem ser escolhidas para que os gráficos ocupem a maior porção possível do papel utilizado, sem que os pontos fiquem muito próximos ou muito afastados uns dos outros. Recomenda-se ainda que o gráfico seja aproximadamente simétrico, ou seja, que contenha eixos de comprimentos semelhantes.
	Em geral, o ponto com coordenadas (0,0) corresponde à origem do gráfico. No entanto, esta origem não precisa ser necessariamente representada, dependendo do intervalo determinado pelos valores numéricos das variáveis dependente e independente.
	Todo gráfico deve ser numerado e apresentar um título colocado abaixo da figura. No caso de existirem legendas explicativas, estas devem ser colocadas à direita do gráfico. Após o lançamento dos pontos, a curva deve ser traçada de modo a representar a tendência média dos dados experimentais, ou seja, não se deve unir simplesmente os pontos através de segmentos de reta. É importante realçar que os resultados experimentais geralmente não permitem o traçado de uma curva ou reta perfeitas, em função dos erros normalmente associados às medidas.
	Após o registro dos resultados, passa-se à discussão do seu significado e dos fatores teóricos/experimentais que afetam a precisão das determinações realizadas. Nessa parte do relatório, os dados obtidos devem ser comparados com os valores encontradosna literatura (quando apropriado).
Conclusão
	Deve ser breve e fazer referência aos objetivos da experiência e ao significado dos resultados para o conhecimento científico em geral.
Referências bibliográficas
	Ao final do relatório, as fontes bibliográficas consultadas devem ser relacionadas segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), observando a ordem de citação das referências no texto do relatório, ou observando a ordem alfabética do sobrenome do primeiro autor. Há uma lista de referências bibliográficas no final de cada capítulo deste manual; o estudante é convidado a observar como os elementos de identificação das fontes bibliográficas são descritos nessas seções.

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