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Depósitos hidrotermais: Depósitos de ouro orogênico Goldfarb et al. (2003) Modified from Hangemann and Cassidy, 2000 Depósito Hidrotermal Temperatura (°C) Profundidade (m) hipotermal 300 - 600 3.000 – 15.000 mesotermal 150 - 300 1.200 – 4.500 epitermal 50 - 200 < 1.500 teletermal < 100 Próximo à superfície Distância de depósitos minerais com corpos ígneos intrusivos origem magmática: Waldemar Lindgren (1860 – 1939) Dubé et al, 2007: Modified from Poulsen et al., 2000 Groves et al. (1998) Rochas hospedeiras: metamórficas Estágios de deformação compressional - transpressional Orógenos acrecionários (ambiente colisional - margens de placas convergentes) DEPÓSITOS DE OURO OROGÊNICO METALOGÊNESE EM ORÓGENOS ACRECIONÁRIOS Zonas de suturas (falhas de empurrão ou transcorrente) definem limites de terrenos em orógenos acrescionários potencial para hospedar mineralizações que se formam em sistemas hidrotermais profundos (>6 km), em nível de crosta intermediária depósitos de Au orogênico A atividade fluidal é intensa e gerada durante o metamorfismo dos terrenos sedimentares e vulcânicos acrescidos ao orógeno. DEPÓSITOS DE OURO OROGÊNICOS: Diferentes níveis crustais (< 5 km a 20 km), sob condições de fácies xisto verde baixo a granulito (mais comum na fácies dos xistos verdes), a temperaturas entre 250°C e 650°C. Os fluxos hidrotermais mineralizantes podem ocorrer no evento progressivo ou retrógrado do metamorfismo; As hospederias são grauvacas, xistos, ardósias, granitóides, etc. Associação com greenstone belts 1) Associam-se a sequências oceânicas acrescionárias e a margens continentais 2) Vinculam-se a grandes zonas de cisalhamento crustais, especialmente com os sistemas strike-slip mais antigos, em falhas de segunda ordem e intersecção de falhas; 4) Relacionam-se com orogêneses extensas e com os períodos de grande crescimento da crosta continental; 5) Associam-se espacialmente com depósitos VMS 6) Estruturas causadas por diferenças de competência entre rochas são os sítios preferenciais para deposição do minério PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS DEPÓSITOS DE OURO OROGÊNICOS Groves (1998) Podem se formar em diferentes níveis crustais, a profundidades que variam de < 5 km a 20 km, sob condições de fácies xisto verde baixo a granulito (mais comum na fácies dos xistos verdes). • Alteração hidrotermal evidencia adição de CO2, S, K, H2O, SiO2 e Na; • Associação com Ag, As, Sb Te Se W Mo Bi B • Apresenta baixos níveis de concentração de Cu, Pb e Zn e razão Au/Ag= 5. Distribuição espacial dos depósitos orogênicos Tectônica acrescionária do Kaapaval (3230 - 30180 Ga) Goldfaber (2010) Modified from Dube and Gosselin, 2007 Poulsen et al. 2000 QC-QT VEINS Porphyry + QC VEINS AU-VMS INTRUSION- RELATED + VEINS Porphyry INTRUSION- RELATED: VEINS INTRUSION- RELATED Sismicidade e fluidos Bombeamento sísmico Fraturamento hidráulico e deformação dúctil de veios formados em condições rúpteis Rutter & Brodie (1995), Pirajno (2009) Robert et al., 2005 Veios de quartzo e carbonatos, vertical e lateralmente contínuos Associação de minério: arsenopirita, pirita, albita, sericita, clorita, scheelita, estibnita, pirrotita, tetraedrita, calcopirita, turmalina e tardiamente ouro, galena, esfalerita, Au/Ag > 1 e Ag, Sb, As, W, Hg, Bi, Mo, Pb, Zn, Cu e Ba associados Alteração hidrotermal: Carbonatização, albitização, sericitização, silicificação, sulfetação, cloritização PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS DEPÓSITOS DE OURO OROGÊNICOS DEPÓSITOS DE OURO OROGÊNICO: ESTILOS DE MINERALIZAÇÃO Estilos de mineralização Sistemas de veios: corpos tabulares de espessura métrica e extensão ao longo da direção e mergulho de dezenas a centenas de metros (e.g. até 3 km – Kolar, Índia). DEPÓSITOS DE OURO OROGÊNICO: ESTILOS DE MINERALIZAÇÃO Estilos estruturais Estilos estruturais Estilos estruturais Alteração hidrotermal Sericitização, carbonatização, cloritização, de-silicificação, sufetação Reações em condições de fácies xisto verde Carbonatização Goldfaber (2010) Carbonatação de rocha metassedimentar Mina de Au de Cuiabá - Quadrilátero Ferrífero (Xavier et al. 2000). Carbonatação de BIF em torno de veios Mina de Au de São Bento- Quadrilátero Ferrífero. Roberto Xavier Sulfetação Goldfaber (2010) Flin Flon, Canada BIF: sulphidation front Sulfetação em rocha metassedimentar substituição de siderita por pirita relacionada a veios de quartzo discordantes. Mina de Au de Cuiabá - Quadrilátero Ferrífero (Xavier et al. 2000) Roberto P. Xavier Modelo de evolução contínua de Groves (1998) Depósitos mais rasos Depósitos mais profundos Ocorrência de Ouro Depósitos de ouro orogênico • Ouro nativo: cor com polarizadores descruzados amarelo muito vivo • Pirita: ocorre comumente como cristais euhedrais cúbicos, apresenta cor amarela pálida, é isótropa, mas frequentemente apresenta anisotropia anômala devido à incorporção de elementos traços na estrutura, como As e Co. • Arsenopirita: também ocorre preferencialmente em cristais euhédricos. Difere da pirita pelo hábito, cor mais clara (amarelo-branco) e principalmente forte anisotropia (cores azul forte, marrom). • Pirrotita: em geral ocorre como cristais anédricos, que ocupam os espaços entre os demais minerais. Difere por apresentar cor bege e forte anisotropia em tons de marrom. Associação de minério típica: Ocorre associada a quartzo, carbonatos, sericita em veios fortemente deformados. pirita (pirrotita) Cristais euhedrais de pirita, Mina de Cuiabá Quartzo Anisotropia da arsenopirita Pirita Pirrotita Arsenopirita Pirrotita Em luz transmitida: pirita com sombra de pressão associada a quartzo e material carbonoso distribuído ao longo da foliação milonítica Associações minerais Geração de fluidos hidrotermais em orógenos colisionais Pirajno & Chen (2005) Roberto P. Xavier . Soluções aquosas . Salinidade < 6 eq.% peso NaCl ( < 2eq.% NaCl ) . 10 a 30 mol% CO2 (15 a 25 mol%) . CH4, N2, e H2S em concentrações subordinadas pH aproxima-se da neutralidade (5.2) a levemente alcalino (6.8), sendo definido pelas assembléias albita – sericita, biotita – ankerita e plagioclásio – anfibólio diopsídio Diagrama temperatura versus salinidade, mostrando a maior estabilidade dos complexos cloretados em altas temperaturas (A) e dos sulfetados em baixas temperaturas (B) (Large et al. 1988). Fluidos mineralizantes em depósitos de Au orogênicos Os fluidos são aquo-carbônicos com alto CO2, N2 e CH4, salinidade entre < 5-8 % NaCl eq., com temperaturas entre ~ 250-400 oC e pressão entre >1-4 kb. Fluidos mineralizantes em depósitos de Au orogênicos Fontes dos fluidos O CASO DO OURO COMPLEXOS DE Au EM SOLUÇÕES HIDROTERMAIS Cl - Br - I - HS - S -2 Sn -2 S 2 O 3 -2 S n O 6 -2 As 3 S 6 -3 Sb 3 S 6 -3 Te -2 NH 3 OH - CN - SCN - OXIDAÇÃO COMPLEXOS +1 Au(CN) 2 - ; Au(HS) 2 - ; AuCl 2 - +2 Au(R 2 (NCS 2 )) 2 , onde R= C 2 H 5 ou C 3 H 7 +3 AuCl 4 - +4 (NO) 2 AuF 6 +5 AuF 5 ; CsAuF 6 +6 AuF 7 FLUIDOS HIDROTERMAIS: TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO DE METAIS Aplicando o princípio de Le Châtelier, as reações acima indicam que a deposiçãodo ouro pode ser promovida por diminuição da atividade de HS- e de fO2 e aumento de pH. PRECIPITAÇÃO DO OURO Variações na temperatura ineficiente. Assembléias de alteração não mudam ao longo das estruturas hospedeiras e em profundidade. Mistura de fluidos ineficiente. Uniformidade da composição dos fluidos e composição de 18O em minerais em depósitos do Pré-cambriano e Fanerozóico. Reação fluido-rocha ao longo da estrutura Sulfetação 2Fe3O4 + 6H2S + O2 = 3FeS2 + 6H2O Au(HS)2 - + FeO silicatos = Au + FeS2 (não balanceada) Mudança de pH do fluido hidrotermal: KAl3Si3O10(OH)2 (mica branca) + 2SiO2 + 3Na + = 3(Mg,Fe)5Al2Si3O10(OH)8 (clorita) + 15CaCO3 + K + + 15CO2 = Redução do fluido: PRECIPITAÇÃO DO OURO Imiscibilidade do fluido (1) Aumento do pH do fluido - H2S, CO2 e SO2 migram para a fase gasosa, impedindo a formação de substâncias ácidas como HCO3 - ou H2SO4; (2) Aumento da O2 - CH4, H2S e H2 tenderão a migrar para a fase gasosa mais eficientemente do que as espécies oxidadas CO2, SO2 e H2O. Tanto o aumento de pH como O2 resultam no aumento da solubilidade do ouro no fluido – inibem a precipitação do ouro! Perda de S do fluido para a fase gasosa durante a imiscibilidade favorece a precipitação: Au(HS)2 - + ½ H2 = Au + H2S + HS - 4 Au(HS)2 - + 2 H2O + 4 H + = 4 Au0 + 8 H2S + O2 temperatura pH O2 aH2S Seward (1982) e Brown (1986) O CASO DO OURO http://cgc.rncan.gc.ca/mindep/method/alteration/index_e.php#fig01
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